Pinheiros ganhou um novo endereço para quem quer apreciar pães, quindins, tortas, tapiocas, bolos e outras delícias feitas da forma mais natural possível. É a Padoca do Maní, localizada na rua Joaquim Antunes, 138. O endereço abriga um café da manhã completíssimo no estilo slow food: comida para apreciar sem pressa. A padaria herdou do Maní, da chef e sócia Helena Rizzo – escolhida como a número 1 do mundo –, referências daquilo que é simples, porém rico em experiência sensorial.
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A escolhida para comandar a cozinha é Fernanda Valdívia, formada pelo Senac e com especialização em pâtisserie na Espanha. “A Padoca é fruto do encontro de todos nós ao longo do tempo de amadurecimento. E chegamos a esse resultado, uma fermentação natural e lenta, para dar mais sabor, mais textura”, conta ela no blog do Maní.
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Uma dose de nostalgia no café
A valorização do sensorial, parte do DNA gastronômico da marca, também está no ambiente, projetado pelo Estúdio Vitor Penha. Mesinhas de ferro - e um cheiro inesquecível de pão fresquinho - recebem os visitantes. Os materiais rústicos dominam o ambiente, com paredes descascadas e tijolos aparentes, despertando um sentimento profundo de nostalgia caipira. Aliás, o símbolo da Padoca é um pé de galinha estilizado. Revestimentos como massa corrida e tinta não participaram do projeto. “Tudo o que você faz tem de afetar o sensorial. Quando se faz um projeto que exibe suas imperfeições com conforto, com abertura, as pessoas se identificam com a humanidade daquilo - afinal, não somos perfeitos. É como se o gesso entre as relações se quebrasse”, conta o arquiteto Vitor Penha.
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Dotado de consciência projetual - a capacidade de diminuir impactos ambientais e ter um cuidado mais abrangente com as matérias-primas -, a madeira de demolição aparece nas portas e no chão; o piso da entrada absorve água, a tubulação é aparente e a iluminação é de LED. O garimpo também marca presença: Vitor trouxe uma luminária de Londres para estrelar o projeto.
É possível ver a alma do projeto em todos os cantos da Padoca: nas plantas, no décor, no grafite feito por Helena e também nos lambe-lambes do artista Francio, da GaleriaF28, que estampam as paredes. Quando perguntado sobre o que ele amou experimentar na Padoca, a resposta foi longa: “É tudo maravilhoso. Os ovos mexidos, com receita especial, os bolos, a cuca... A tapioca também é muito boa e o tradicional pão na chapa. Fica a dica!"