“Atraídos pela linguagem escandinava, os proprietários queriam trazer tal identificação e lifestyle para dentro do apartamento. Além disso, outros pontos levados em consideração foram: planejamento, conforto e uso racional da área pra uma convivência organizada”, conta a arquiteta Patrícia Martinez sobre o projeto de 110 m² que criou para um casal jovem com uma filha pequena, em São Paulo. Para a composição, a profissional apostou na paleta sóbria e em móveis de linhas retas e essenciais, adicionando pinceladas estratégicas de objetos estampados com tons pastel e de madeira.
O teto de concreto aparente original do imóvel foi aproveitado pela arquiteta. Tal estrutura indicou ainda outra ideia para o novo layout: usar porcelanato com efeito de cimento queimado no piso. “Trabalhar as duas áreas com superfícies similares é uma solução modernista capaz de criar um ambiente muito limpo, o que me agrada muito. Como se trata de um espaço pequeno, é interessante ter essa verticalidade favorecida, faz muita diferença, pois configura um respiro no uso”, declara Patrícia.
Na nova configuração do lar, um dos elementos centrais é a elegante e imponente cozinha integrada, traçada por Patrícia e desenvolvida pela Ornare. Os moradores podem escolher entre refeições na bancada de mármore calacata ou nas cadeiras e na mesa de vidro, design Jacqueline Terpins – focadas pela luminária Under the Bell, da Micasa.
“A paleta tem uma base neutra, mas coloquei um pouco de cor nos detalhes a fim de proporcionar flexibilidade. Assim, quando a pessoa quiser repensar e reproduzir outra decoração, não precisa começar do zero”, declara a arquiteta.
Tal estratégia é explicada no living: em meio ao sofá e chaise claros (Decameron), o tapete (Fernando Jaeger) cumpre a função de trazer um pouco de cor. A arquiteta assina o desenho do painel de freijó, que recebe a TV e é equipado com nichos de madeira e metálicos. A peça foi executada pela Di Legno Marcenaria.
No quarto do casal, ela optou pelo uso de uma versão baixa de cabeceira, a fim de contornar a área enxuta. “Usei esse papel de parede com tons gráficos de branco e cinza, da Orlean, pensando na inspiração escandinava. Queria algo leve, assim os proprietários podem manter o estilo por um bom tempo sem cansar”, conclui.
