Como o designer Yaacov Kaufman conta, a elaboração de um banquinho dá ideia para outro e assim sucessivamente. E, depois de oito anos de muito trabalho, ele expõe até o início do mês de junho, no Museu de Design Holon, em Israel, 450 peças deste produto, na mostra que leva, obviamente, o nome de Bancos. “Para mim, o banquinho é uma forma de expressão como o quadrado da tela é para o pintor. Um banco é um arquétipo com uma história, mas também é uma estrutura lógica e um estudo de morfologia”, explica.
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Muita criatividade, formatos superdistintos e resultados nada convencionais não faltam entre as centenas de banquinhos. Curiosidade, surpresa e até estranheza são facilmente vistas nos rostos dos visitantes em meio a tantas possibilidades deste objeto simples e funcional. “Os processos são, geralmente, uma reação em cadeia, pois podemos ver grupos, famílias e semelhanças”, esclarece Kaufman.
Os materiais utilizados são os mais tradicionais, como madeira, metal e plástico. Ele acredita que a contribuição deste trabalho é, principalmente, “a promoção de uma discussão interna sobre morfologia, estrutura e forma, o que pode interessar tanto a designers e arquitetos como ao público em geral”.
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Na exposição, o designer, com curadoria de Galit Gaon, permite que os espectadores tenham acesso ao processo de fabricação, “uma espécie de escrita automática de objetos tridimensionais e uma consciência que permite escolher, selecionar ou reduzir”. E complementa: “Um olhar mais atento revela uma trama detalhada e fascinante sobre os valores e princípios do design”.
Polonês, Kaufman mora em Tel Aviv, Israel, onde é sócio do estúdio Gaga e Design, no campo de mobiliário contemporâneo. Ele também trabalha na Europa.