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Quando o arquiteto faz tudo o que quer

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  (Foto: Trevor Tondro/ The New York Times)

“Samy é um cara ótimo e Hedy é alguém muito especial”. Assim o arquiteto Dan Brunn descreve os melhores clientes que já teve. A relação que se estabeleceu entre o trio é quase familiar, faltou pouco para Brunn, 35, "adotar" o casal como seus pais alternativos, tamanho o carinho. Embora Samy e Hedy Kamienowicz não sejam exatamente jovens – ele tem 72 anos e ela 66 –, sua visão de mundo não é muito pouco rígida e fora de época. O que pode ser mais jovial do que conceder total liberdade criativa?

Foi assim que a negociação entre clientes e arquiteto se deu: não houve negociação. “Se você contrata alguém talentoso, você o deixa quieto”, diz a pequena e bronzeada senhora. “Todos os demais clientes perguntam ‘o que é isso?’ ou ‘dá para aumentar isso?’, mas com os Kamienowicz foi diferente, tudo neste projeto é sobre a arte de construir”, conta Brunn. “Os vazios propositais normalmente incompreendidos por clientes menos imaginativos, encarados como perda de espaço, foram todos aprovados”, felicita-se.

Da parte dos pagantes houve apenas três demandas: um elevador, pois Samy teve pólio na infância; paredes, para pendurar muitas fotografias, a grande paixão do casal dono na cadeia de lojas Samy’s Camera; e nada de marrom, cor odiada por Hedy.

  (Foto: Trevor Tondro/ The New York Times)

Quando Brunn apresentou o projeto ao casal tudo que ouviu foi uma frase incrivelmente curta: “vá em frente”. Não houve uma só modificação. Todos os caprichos do arquiteto saíram do papel, o que custou aos clientes oito milhões de dólares. O resultado foi uma residência praiana em Venice, Los Angeles, cujas formas reinterpretam o padrão Bauhaus.

Livre para voar, o arquiteto incorporou ao projeto alguns de seus elementos e materiais favoritos. Em vez de instalar pela casa aparelhos refrigeradores de ar, optou por refrescar os ambientes internos com uma técnica passiva: os espelhos d’água estrategicamente posicionados. Outro exemplo são as varandas infinitas, que quase circundam o volume todo da casa. O grande desafio foi encontrar o ponto certo que proporcionasse ao mesmo tempo muitas janelas e bastante paredes para os quadros. 

Samy e Hedy a vida toda desejaram morar em frente ao mar. Por isso, trazer a praia para dentro de casa era necessidade básica. A solução foi criar no pavimento superior, além dos planos de vidro que vão do piso ao teto, paredes parcialmente pivotantes. Essas placas giram de modo a gerar intervalos abertos entre elas de até 30 cm. Ficam os quadros e também a vista. Dois em um.

Ao realizar seus mais audaciosos sonhos profissionais, Brunn conseguiu, de quebra, materializar também o maior sonho dos seus clientes: um lugar incrível para morar, de onde se pode eternamente admirar o Pacífico.

  (Foto: Trevor Tondro/ The New York Times)

 

  (Foto: Trevor Tondro/ The New York Times)

 

  (Foto: Trevor Tondro/ The New York Times)

 

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