Uma pequena curiosidade do jardim da casa do holandês Lieske Schreuder o levou a criar uma inusitada instalação com excrementos de caramujos. Depois de observar que os animais gostavam de comer papel, Schreude adquiriu vários deles em uma fazenda de caramujos para testar o que aconteceria se ele os alimentasse com papeis coloridos.
E, surpreendentemente, a resposta foi positiva. O artista percebeu que o organismo dos bichos não absorvia o pigmento do material que comiam, por isso eles defecavam da mesma cor que os papeis ingeridos. O material que resultava dos caramujos não só tinha tons vibrantes, como também era maleável e, a partir daí, Schreuder viu a oportunidade de trabalhar os excrementos para criar pisos peculiares.
Na máquina portátil construída por ele, os caramujos entram em contato com papeis coloridos com estruturas celulares semelhantes à matéria vegetal que geralmente comem. A máquina tritura, mistura e pressiona o material defecado em telhas, que resulta depois em ladrilhos de diferentes cores. As fezes também podem criar delicadas linhas de cinco milímetros de diâmetro, ainda sem uso definido pelo artista.
O projeto faz parte de uma exposição intitulada Biodesign, instalada no The New Institute, em Rotterdam, na Holanda, até o dia 5 de janeiro.