No campo parece ser mais difícil escapar das tradições construtivas. A arquitetura, de modo geral, apresenta-se homogênea. Mas exceções aqui e ali existem. Esta casa, desenvolvida pelo escritório Powerhouse Company, é um ótimo exemplo. Com a planta em formato de estrela – ou em formato de mão, como preferem definir os arquitetos –, a morada destaca-se na paisagem plácida de Sjælland, na Dinamarca.
Vista de fora, a casa parece ser formada pela união de cinco pequenas cabanas, que seriam perfeitamente normais se não estivessem unidas pelo centro. A justificativa desta configuração incomum é a incongruência dos pedidos feitos pelos clientes. Enquanto um membro da família desejava que a casa fosse bastante singela, aconchegante e arquetípica, outro sonhava com uma casa de veraneio bastante ampla e com atmosfera contemporânea.
O jeito foi partir do desenho tradicional das cabanas dinamarquesas para, depois de uma renovação do modelo, alcançar a tal morada de ar mais atual.
Internamente, a casa também soluciona necessidades opostas dos familiares. A organização dos cômodos propicia diversos espaços mais isolados, para momentos privados (especialmente dos adolescentes), e alguns espaços coletivos, destinados ao convívio, como as salas de estar e jantar, e a cozinha. Algumas características, no entanto, unem os diversos ambientes da casa. Todos os espaços têm paredes alvas, piso de madeira e teto angular.
A residência criada, com seu estilo ao mesmo tempo rústico e moderno, exige pouca manutenção, o que é ideal para uma casa de veraneio. A ideia, afinal, é estimular o lazer e a diversão, não a dor de cabeça.