Quantcast
Channel: Casa Vogue
Viewing all articles
Browse latest Browse all 23614

Reduto criativo do luxo em Miami

$
0
0
  (Foto: Bill Wisser)

“Um laboratório de criatividade.” É com esta frase que Craig Robins define o Miami Design District. Ele sabe o que diz. O bairro, afinal, é fruto do trabalho desse empreendedor que, há cerca de 15 anos, enxergou em uma região esvaziada às margens de duas autoestradas ao norte de Downtown, onde algumas fábricas e lojas de móveis funcionaram num passado distante, a oportunidade de criar uma vizinhança baseada em design, arte e consumo. Nove entre dez pessoas que falam sobre o Design District definem Robins como um homem de visão. Seu click foi ter percebido antes a vocação de Miami para se tornar o destino dos bem nascidos e viajados que é hoje. Depois de Nova York e Los Angeles, a cidade responde pelo terceiro maior mercado de luxo dos Estados Unidos. Assim como as duas líderes, pouca gente que vive em Miami é de lá – e a mistura de forasteiros engendrou um ambiente de trocas culturais e comerciais que só fez bem ao local.

Caminhar pela rua 40 é testemunhar a visão de Robins virar realidade. Mesmo que falte sombra em boa parte de suas calçadas e os canteiros de obras predominem na região, salta aos olhos a opção por incentivar uma vizinhança que privilegia o pedestre em vez do carro (sem o qual não se vive na Flórida). Melhor ainda é possuir uma gama de lojas onde se pode mobiliar uma casa inteira como que há de mais desejado no design internacional. A Luminaire Lab, por exemplo, tem entre seus habitués o designer Luis Pons, um dos primeiros inquilinos de Robins por ali, e Chad Oppenheim, arquiteto local cada vez mais requisitado. Na loja, acham-se peças de marcas como B&B Italia, Desalto, Vitra e Artek. Grandes grifes do décor também são o forte da Internum&Design e da Design Within Reach. Um passeio pelo showroom da Fendi Casa ou da brasileira Ornare pode ser recompensador.

Em 2013, a Dacra, empresa de Robins, fechou uma parceria com o fundo de investimento L Real Estate, cujo capital vem do grupo LVMH, dono de grifes do calibre de Céline, Pucci e Louis Vuitton, para ficar apenas em três que já têm pontos no Design District. Esta última, junto da Hermès, causou frisson ao abandonar seu bem estabelecido posto no Bal Harbour Shops para abrir no bairro. O jardim na cobertura da Hermès, inclusive, é o novo point preferido de Robins para assistir ao movimento – que, a depender dele, só tende a aumentar.

* Matéria publicada em Casa Vogue #340 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

  •  
  (Foto: Robin Hill)

 

  (Foto: James Harris)

 

  (Foto: Bill Wisser)

 

  (Foto: Divulgação)

 

  (Foto: Robin Hill)

 

  (Foto: Divulgação)

 


Viewing all articles
Browse latest Browse all 23614


<script src="https://jsc.adskeeper.com/r/s/rssing.com.1596347.js" async> </script>