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Grande leilão de design na Dinamarca

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Design nórdico (Foto: divulgação)

Para comemorar o centenário de nascimento de um dos nomes mais importantes do mundo do design, Hans Wegner, a casa de leilões Bruun Rasmussen armou uma oportunidade única para que os amantes do mobiliário nórdico adquiram peças icônicas e cheias de história. No dia 3 de dezembro acontece, em Copenhague, o leilão Wegner 100 years, com móveis e luminárias criados pelo dinamarquês.

O evento fecha um calendário completo de comemorações, no qual a Bruun Rasmussen colaborou emprestando peças históricas para os museus Designmuseum Danmark e Kunstmuseet, sendo o último em Tønder, a cidade natal de Wegner. Agora, tais itens originais de época compõem, até hoje, a maior coleção de criações do designer, englobando desde as mais raras, criadas no fim dos anos 1930, passando pelos clássicos e chegando à suas últimas produções no fim dos anos 1980. As cadeiras Dolphin, China, Round, Peacock e Flag Halyard são apenas alguns exemplos.

E como de longe o design nórdico não foi feito apenas por Wegner, no dia 4 de dezembro serão leiloados móveis de outros nomes memoráveis no evento Nordic Design. Dentre os expoentes do mobiliário estão Kaare Klint, Arne Jacobsen, Børge Mogensen e Finn Juhl, além das luminárias do mestre Poul Henningsen e pratarias de Georg Jensen.

Wegner 100 years
Data: 3 de dezembro
Horário: 16 h
Nordic Design
Data: 4 de dezembro
Horário: 15 h
Local: Casa Bruun Rasmussen, DK-1260, Copenhague, Dinamarca

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 

Design nórdico (Foto: divulgação)

 


Massa de pizza: para fazer sucesso em casa

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Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

Quem conhece o Vamos Receber sabe que somos fanáticas por uma boa pizza! Da compra dos ingredientes para a massa até o último detalhe da mesa, temos um enorme prazer em preparar tudo para receber para uma redonda.

É por isso que hoje, mais que compartilhar com vocês uma inspiração para a mesa e nossa receita de família para a massa da pizza, a coluna é um verdadeiro convite para que todos vocês aproveitem o final de semana para repetir essa experiência tão gostosa de reunir pessoas queridas para uma pizzada. Vejam só e resista quem puder!

Para a mesa, sugerimos arranjos em frascos de azeite, levando manjericão, tomilho, tomatinhos, hortelã e cebolinha. Tudo pode ser facilmente encontrado em uma ida rápida a qualquer supermercado.

Em nossos arranjos, preparados pelo querido Marcio Leme, da Milplantas, usamos alguns frascos que compramos durante uma deliciosa viagem de férias à Toscana, na Itália, mas um efeito semelhante pode ser obtido se forem aproveitadas quaisquer latas de azeite como vasinhos para os arranjos com os tomates e temperos. Quem estiver por perto e tiver disposição, pode dar um pulo no Mercado Municipal de São Paulo, onde há diversas opções super charmosas.

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

Não se esqueçam do azeite para que os convidados possam se servir à vontade. Optamos por deixar galheteiros em cada lado da mesa e usamos alguns que trouxemos da viagem à Itália, lindos, de cerâmica pintada com motivos de olivas.

E como pizza e formalidade não combinam, deixem à disposição alguns guardanapos de papel para quem quiser comer com as mãos. Para facilitar, basta cortar as fatias em tamanhos pequenos.

LEIA TAMBÉM: 'Vamos Receber' dá dicas com estilo

Para não deixar o charme de lado, usamos guardanapos de papel chancelados com a inicial do nosso sobrenome e dispusemos paninhos de limpeza em minivasos de cerâmica. Assim, quem sentisse necessidade, poderia limpar as mãos com água quente e perfumada após saborear o seu pedaço.

Em uma outra mesa da casa, pode-se montar uma ilha deixando, de um lado, os copos para água, taças para vinhos, gelo e bebidas e, de outro, pratos, talheres e  guardanapos de tecido para dar suporte a quem quiser comer a pizza no prato. Fizemos exatamente isso e decoramos o centro da nossa mesa com um belíssimo arranjo feito também apenas com temperos pelo nosso querido Marcinho da Milplantas. Optamos por guardanapos verdinhos para combinar e porta-guardanapos de azeitonas – trouxemos as azeitonas da Itália e os porta-guardanapos foram feitos especialmente para nós!

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

A verdade? Todos usaram o lado dos copos e bebidas e quase ninguém o dos pratos... porque é uma delícia comer a pizza com as mãos mesmo, tudo muito descontraído e alegre como uma noite assim tem que ser.

E, para terminar, aqui vai a receita da massa da nossa pizza – um segredo da família Senna que contaremos só para vocês!

Os ingredientes estão abaixo e a quantidade sugerida faz 10 discos de massa.

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)


Modo de Preparo

1. Em um bowl, coloque primeiro a água, depois a gema, depois o fermento, o sal e depois o fio de azeite.
2. Mexa cada ingrediente para homogeneizar.
3. Adicione 1 kg de farinha de trigo e amasse bem até secar, homogeneizar e não ficar grudando nos dedos.
4. Soque bem a massa para retirar o ar.
5. Deixe descansar por uma hora, no mínimo, coberta com um pano úmido.
6. Na hora de começar a fazer, prepare pequenas bolas, um pouco maior que uma bola de tênis, bem homogeneizada.
7. Ao abrir o disco, faça um berço de farinha de trigo e abra as bolas com um rolo em cima da farinha. Vá abrindo uniformemente para formar um disco do diâmetro da sua pá de madeira.

Dicas dos chefs: (i) deixe o disco bem fininho e tire o excesso de farinha; (ii) comece a preparar, sempre forrando antes com o molho de tomate, exceto para as pizzas doces; (iii) os embutidos e frios sempre ficam embaixo, cobertos pelo queijo, para evitar que eles queimem ou ressequem.

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

 

Receita de massa de pizza (Foto: Michelle Moll / Divulgação)

Bem, nosso convite para uma inesquecível pizzada foi feito. Agora é com vocês! Um beijo e bom final de semana.

Thais Senna e sua sogra, Maria Emilia Senna, são apaixonadas por vestir a mesa, especialmente para receber amigos e familiares queridos. A dupla comanda o blog Vamos Receber, que traz sempre uma novidade sobre o tema.

Verão para relaxar e sonhar

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Casa Vogue de dezembro de 2014 (Foto: Matthieu Salvaing)

Já estamos em dezembro, o mês mais alegre do ano. Há quem diga o contrário, mas ter um motivo extra para encontrar os amigos, confraternizar com os colegas, se reunir coma família, é sempre bom. É um momento, também, de renovação. De refletir sobre os pontos altos e baixos vividos nos últimos tempos, relacionar os objetivos a serem buscados nos meses que virão e... fazer uma justa pausa. 

Para os amantes das artes e do design, como nós, esse período de reflexão e relax só começa, porém, após a Art Basel e a Design Miami, que prometem agitar o sul da Flórida, de 3 a 7 de dezembro. Por isso mesmo, dedicamos um caderno inteiro ao que de melhor nossos leitores encontrarão na cidade mais hype do momento.

Fizemos um roteiro com os eventos must go paralelos às feiras: arte pública, performances, mostras, instalações e até a estréia mundial do mais recente filme de Tim Burton, Big Eyes. Levantamos, ainda, os principais empreendimentos imobiliários que estão mudando o skyline local, cada um com seu tesouro: assinaturas estreladas, serviços personalizados, acervo de museu e vistas estonteantes. Para decorá-los, uma seleção de ambientes inspiradores e compras espertas para a casa.

Homenageamos, por fim, os dez anos da Design Miami, iniciativa que elevou o design à categoria Triple A – artístico, audacioso e avant-garde – e que a cada edição surpreende os visitantes com instalações que emocionam e olham para o futuro. Depois do ritmo intenso que o início do mês promete, nada mais merecido do que as férias de fim de ano, para um mais-que-feliz 2015!

Para saber o que você encontra na Casa Vogue deste mês, confira o sumário. A revista chega às bancas e à banca do iPad no dia 3 de dezembro.

 

Dezembro 2014 (#352)

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Casa Vogue de dezembro de 2014 (Foto: Matthieu Salvaing)

26 Expediente

28 Colaboradores

30 Casavogue.com.br

Editorial

33 Taissa Buescu apresenta a edição

Antena

36 News: Design, arte, arquitetura e lifestyle now!

48 Expo: Quando o invisível está à vista

50 Shopping: Inspirar-se em drinques traz twist ao décor

60 Shopping on-line: Tempo de cultuar o rei sol

Estilo

70 Ícone: A secular Vista Alegre se abre para o novo

74 Design Brasil: O top 10 da criação nacional em 2014

78 Tendência: Uma África nunca antes imaginada

88 Quartos de criança: Para dormir e brincar

94 Produto: Toalhas de praia que vão eternizar seu verão

Especial Miami

100 Roteiro: Um mergulho nos eventos imperdíveis durante Art Basel e Design Miami

106 Design Miami: Dez anos de uma marca cult

110 Insiders: Personalidades que são radares do cool dão dicas preciosas

116 Residencial: Qual novo edifício tem a sua cara?

122 Compras: Flórida, shopping destination também para a casa

124 Entrevista: Peter Marino, carreira e coleções celebradas

126 Estilo: Decoradores brasileiros assinam espaços luminosos

Gente

132 Entre 4 paredes: Adriano Pedrosa descortina o Masp que vem aí

136 De flores: Clean, simples, chic: eis o mantra entoado por Jeff Leatham

Especial

139 Móveis outdoor levam cor, design e emoção a um jardim de Burle Marx

Universo Casa Vogue

148 Luxo e despojamento equilibram-se no refúgio projetado por Luis Laplace em Ibiza, o qual, implantado sobre um leito de pedras e com vistas de tirar o fôlego, reverencia a natureza

156 A arquitetura colonial e o mobiliário da época foram o alvo de Jorge Elias ao idealizar uma residência com perfume histórico em Paraty, para um casal de colecionadores

162 Sob o olhar de Jacques Grange, um conjunto de velhas cabanas de pescadores na costa do Alentejo ganhou interiores surpreendentemente elegantes

168 Amplo, bem iluminado e com aberturas generosas, o apartamento concebido por David Bastos em Salvador destaca o horizonte da capital baiana em todos os ambientes

174 Dando preferência ao artesanato e à mão de obra nativos na casa que delinearam em Trancoso, os arquitetos do Vida de Vila criaram um projeto rústico, marcado pela leveza

198 Endereços

Las Look

202 Trilha cósmica

Geometria brasileira em Paris

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Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

A partir de hoje (2/12), a galeria parisiense Boulakia é tomada, pela segunda vez, pelo abstracionismo geométrico brasileiro. São as obras de Gonçalo Ivo que ganham pela sétima vez uma individual na capital da França.

A arte de Ivo explora questões plásticas como a coloração e a forma autônoma de linguagem. Estudos de cor se unem a formas geométricas que exploram texturas, formas e sugerem sobreposições e transparências poéticas.

Filho do poeta Lêdo Ivo e arquiteto de formação, o artista não tinha como seguir outro caminho. Cresceu cercado de intelectuais como Iberê Camargo e João Cabral de Mello Neto, figuras que frenquentavam sua casa decorada com obras de Lygia Clark, Alfredo Volpi, Eliseu Visconti e muitos outros mestres modernos e antigos.

"Gonçalo usa técnicas do passado – têmpera de ovo, caséine, esmalte dammar – para dar uma forma mais aprofundada e lírica a seu trabalho pictórico", comenta Fabien Boulakia, dono da galeria que recebe quinze obras de grande escala produzidas durante os últimos três anos.

Gonçalo Ivo paintings
Data: até 5 de janeiro de 2015
Local: Galeria Boulakia
Endereço: 10 avenue Matignon, 75008 Paris, França
Horário: de segunda a sexta, das 10h às 13h e das 14h30 às 19h; sábados, das 10h às 13h e das 14h30 às 18h

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

Golçalo Ivo (Foto: divulgação)

 

 

Móveis que são companheiros de vida

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Henge (Foto: divulgação)

Quando a italiana Henge nasceu, em 2007, tinha como objetivo explorar a maior quantidade possível de materiais naturais e de técnicas tradicionais para produzir móveis livres de tendências e de formas preconcebidas. Quase dez anos depois, a ideologia da marca continua a mesma, mas a expertise e a versatilidade criativa só cresceram. Tanto que as cadeiras, poltronas, sofás, mesas, luminárias e estantes se espalharam pelo mundo – incluindo o Brasil, onde acabam de desembarcar na loja paulistana Orbi.

Apesar do resgate das técnicas manuais – incluindo algumas que haviam sido esquecidas com o tempo –, o design da Henge é supercontemporâneo. As formas limpas criadas por Massimo Castagna, designer e diretor criativo da marca, combinam referências ao mundo da arte e formas geométricas com o detalhismo da produção artesanal. Assim, cada material pode mostrar o que tem de melhor – seja o latão queimado sem adição de químicos ou madeira finalizada com óleos e ceras clássicas. "Tudo é feito para ressaltar a singularidade da matéria-prima", conta Patrizio Baldi Papini, CEO da marca. O toque hi-tech fica por conta da sustentabilidade. Pensando no planeta, luminárias recebem lâmpadas de LED.

Novos metais, madeiras e pedras se integram ao catálogo da marca, aumentando as possibilidades de criação italian made. Alguns são especiais e raros, como o carvalho do pântano, uma madeira fóssil com sofisticada coloração cinza, e a pedra Capuccino, com veios em tons de branco, marrom e cinza que formam arabescos. Para deixar as peças ainda mais especiais, a marca permite que os clientes as customizem, escolhendo os materiais que mais os agradam e auxiliando no nascimento de itens verdadeiramente únicos.

A mobília traz características que são ao mesmo tempo funcionais e cheias de personalidade. Mesmo com linhas simples, as formas são pensadas para não passarem despercebidas. E graças à qualidade de ponta, tais móveis são feitos para acompanhar o dono por uma vida inteira. "O que vive com a gente é muito mais que uma peça de mobília. É companheiro de viagem", define poeticamente Massimo Castagna.

Henge (Foto: Divulgação)

 

Henge (Foto: divulgação)

 

Henge (Foto: divulgação)

 

Henge (Foto: divulgação)

 

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Henge (Foto: divulgação)

 

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Henge (Foto: divulgação)

 

Henge (Foto: divulgação)

 

 

Henge (Foto: divulgação)

 

 

Uma casa reformada com memórias

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 (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

O ano era 1960 quando o crítico de dança Francis Mason se apaixonou por uma das casas de tijolos vermelhos da Charlton Street, rua na região nova-iorquina de Greenwich Village. Logo aquele seria o lar em que ele e sua esposa Patricia, que acabou se tornando uma famosa corretora de imóveis na região, criariam sua filha Leslie Mason.

O tempo passou e a garota tornou-se uma amante de casas como seus pais. Aos 30, largou a profissão de atriz e seguiu os passos da mãe, tornando-se também uma corretora. As lembranças da vizinhança ganharam força em sua memória e, em 2001, ela acabou comprando por cerca de US$ 2 milhões uma casa como a que havia crescido a apenas algumas portas de onde moraram seus pais.

Foram necessários 12 anos até que ela e o marido, Thad Meyerriecks, ambos na casa dos 50, conseguissem reformar a construção, que havia sido dividida em 3 apartamentos. Ao vender a casa anterior para a diretora de cinema Sofia Coppola por cerca de US$ 9 milhões, resolveram desembolsar mais U$ 1 milhão para o retrofit. É nesse ponto que entram na história o arquiteto David Hottenroth e a designer de interiores Elizabeth Bauer.

O charmoso prédio passou a integrar novamente apenas uma residência. O que antes era o apartamento térreo – onde Francis Mason morou durante os últimos seis meses de vida, em 2009 – tornou-se uma sala de estar. Em um dos andares, foi mantida a renovação feita por um antigo morador dos anos 1960, que havia trazido de volta as características originais da construção. Além disso, foi contruída uma extensão de dois andares com uma enorme parede de janelas que deixa entrar a vista do quintal criado por Miranda Brooks, em 2003. Na área verde, mais lembranças: o jardim foi composto apenas pelas plantas favoritas da mãe de Leslie.

Leslie Mason, with a green cabinet from reGeneration, at her home in the Greenwich Village neighborhood of New York, July 7, 2014. After several family moves throughout her life, Mason is living back on Charlton Street, a few doors away from the house she (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

NEW YORK, NY - JULY 7, 2014: Home of Leslie Mason. Master bathroom. CREDIT: Bruce Buck for The New York Times.  NYT_Charlton_1407-07                               NYTCREDIT: Bruce buck for The New York Times (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

NEW YORK, NY - JULY 7, 2014: Home of Leslie Mason. Master bedroom. CREDIT: Bruce Buck for The New York Times.  NYT_Charlton_1407-07                               NYTCREDIT: Bruce buck for The New York Times (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

A two story extension with walls of casement windows overlooking the garden and lights by the Urban Electric Co. in the kitchen at the home of Leslie Mason, in the Greenwich Village neighborhood of New York, July 7, 2014. After several family moves throug (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

NEW YORK, NY - JULY 7, 2014: Home of Leslie Mason. Front parlor. CREDIT: Bruce Buck for The New York Times.  NYT_Charlton_1407-07                               NYTCREDIT: Bruce buck for The New York TimesPublished 08-07-2014 (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

NEW YORK, NY - JULY 7, 2014: Home of Leslie Mason. Front parlor with sleeping, golden lab, Luna. CREDIT: Bruce Buck for The New York Times.  NYT_Charlton_1407-07                               NYTCREDIT: Bruce buck for The New York TimesPublished 08-07-2 (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

NEW YORK, NY - JULY 7, 2014: Home of Leslie Mason. Stairway. CREDIT: Bruce Buck for The New York Times.  NYT_Charlton_1407-07                               NYTCREDIT: Bruce buck for The New York TimesPublished 08-07-2014 (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

NEW YORK, NY - JULY 7, 2014: Home of Leslie Mason. Master bedroom. CREDIT: Bruce Buck for The New York Times.  NYT_Charlton_1407-07                               NYTCREDIT: Bruce buck for The New York TimesPublished 08-07-2014 (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

Dining chairs from the Versace Estate, a lady’s desk heirloom and a painting in the stairwell by Jim Denney at Leslie Mason's home in the Greenwich Village neighborhood of New York, July 7, 2014. After several family moves throughout her life, Mason is li (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

Bedding from John Robshaw in Lucy Mason’s bedroom, daughter of Leslie Mason, at their home in the Greenwich Village neighborhood of New York, July 7, 2014. After several family moves throughout her life, Leslie Mason is living back on Charlton Street, a f (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

Walls painted in Farrow & Ball’s Skylight color and a bathtub from Victoria + Albert in the bathroom at Leslie Mason's home in the Greenwich Village neighborhood of New York, July 7, 2014. After several family moves throughout her life, Mason is living ba (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

A garden designed by Miranda Brooks using plants beloved by Leslie Mason’s mother; peonies, roses, clematis, lavender, lilac and forget-me-nots, at Mason's home in the Greenwich Village neighborhood of New York, July 7, 2014. After several family moves th (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

Throw pillows from Les Toiles du Soleil in a garden designed by Miranda Brooks using plants beloved by Leslie Mason’s mother; peonies, roses, clematis, lavender, lilac and forget-me-nots, at Mason's home in the Greenwich Village neighborhood of New York,  (Foto: Bruce Buck / The New York Times)

 

Décor do dia: novas cores para o Natal

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Décor do dia (Foto: reprodução)

Natal é tempo de celebrar, presentear e, naturalmente, decorar a casa com os clássicos enfeites e luzes. Mas não é porque a data é tradicional que a decoração precisa ser também. Na sala de estar acima, a designer de interiores Emily Henderson deixou de lado as cores usuais e caprichou em uma paleta ousada, mas muito criativa e elegante. Para começar, o verde do pinheiro deu lugar ao branco, uma opção contemporânea que guia o restante da decoração clean. Mantas alvas de pele ecológica adicionam conforto ao ambiente, deixando-o pronto para receber amigos e familiares enquanto velas, renas e outras pequenas árvores natalinas se espalham pelo espaço, preenchendo-o com o espírito das festividades. Splashes de preto e de turquesa são responsáveis por adicionar energia e frescor inesperado nos enfeites da árvore, nas embalagens dos presentes e em muitos outros detalhes. Para completar com sofisticação, elementos dourados trazem consigo a elegância atemporal do brilho metálico e completam um ambiente preparado para sediar momentos inesquecíveis.

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Décor do dia (Foto: Casa Vogue)

 

 


O Grande Sertão de Araquém Alcântara

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Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)

Araquém Alcântara viajou 9.200 km nos últimos dois anos para realizar o seu 47º livro, Veredas. Visitou cidades com nomes evocativos e desconhecidos na São Paulo onde vive: Serra das Confusões, Buriti Cristalino, Catimbau, Brotas de Macaúbas e Vão de Almas.

Na hora de clicar as imagens em preto e branco, a inspiração veio do autor de Grande Sertão: Veredas. “Procurei retratar o sertão como o palco de uma grande tragédia, tal como fez Guimarães Rosa”, conta o fotógrafo. "Também quis ir atrás das belezas esquecidas, a fim de reparti-las".

Araquém imprimiu as fotografias em quadritone – uma cor terrosa, como o próprio sertão. O trabalho ressalta os efeitos da luz na pele dos sertanejos, no couro dos animais, no relevo da região.  “É o tom do sertão, da magia, do arcaico, do atemporal”, conta o fotógrafo.

O livro mede 26,5 x 30,5 cm, mas quem deseja ver as imagens em tamanho maior pode passar na Galeria de Babel, em São Paulo. A exposição Veredas, com curadoria de Eder Chiodetto,  inaugura os espaços reformados do estabelecimento. Fica por lá até 31 de janeiro de 2015.

Livro Veredas
160 páginas
Editora TerraBrasil

Exposição Veredas
Data: até 31 de janeiro de 2015
Local: Galeria de Babel
Endereço: Alameda Lorena, 1257, Casa 2, Jardim Paulista, São Paulo, SP
Horário: de terça a sexta, das 14h às 19h; sábados, das 11h às 17h

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)


 

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)


 

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)


 

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)


 

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)


 

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Araquém Alcântara/Reprodução)


 

Araquém Alcântara lança livro "Veredas" (Foto: Juan Esteves/Divulgação)


 

Décor do dia: mix vintage e geométrico

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Décor do dia (Foto: reprodução)

Apesar de tendências de decoração por si só não serem sinônimo de ambientes bem construídos, a boa utilização delas pode resultar em muita personalidade. É o caso da sala de estar acima, criada na Suécia pela Alvhen Makleri & Interiör, que une em um mix de temporalidades o hit vintage com as estampas geométricas.  Enquanto os quadriculados e desenhos estilizados trazem nas almofadas e no tapete a estética contemporânea, elementos de época injetam charme do passado de forma inusitada: um baú revestido de couro faz as vezes de mesa de centro ao lado de um pufe do mesmo material. Objetos dourados, mesmo que atuais, evocam charme e elegância de época criando uma conexão entre o que é novo e o que é antigo. Para finalizar com muito charme, uma estreita prateleira sobre o encosto do sofá cria espaço para acomodar quadros de maneira cool.

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Décor do dia (Foto: Casa Vogue)

 

 

O glamour do vidro na decoração

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Versatilidade é a sua força: o vidro pode estar na fachada de um prédio suntuoso, numa taça de vinho, numa luminária de formas ousadas ou até compondo um aparador inteiro. Mesmo fazendo parte do dia a dia, ele não perde a sofisticação e se encaixa em qualquer estilo de décor.

Casa Vogue pediu a profissionais experts em luxo que indicassem suas peças favoritas feitas desse material. Veja abaixo e garanta a leveza e transparência para o lar!

Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Raphael Briest)

André Carício, arquiteto
“A luminária Kaipo Too traz o espírito da marca holandesa Moooi, cujas criações surpreendem com combinações inusitadas. Na peça concebida pelo designer Edward van Vliet, por exemplo, as formas de uma lamparina antiga aparecem no vidro, material moderno e atual, e isso a torna fascinante. Gosto muito do trabalho de Edward, que desenha produtos para interiores inspirado na mistura de várias culturas, do Oriente Médio, da África e da Ásia.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Paulo Giandália)

Beto Galvez, decorador, e Nórea de Vitto, arquiteta
“Gostamos do vidro por sua leveza e transparência: essas características permitem que os objetos decorativos e utilitários feitos do material se combinem a diferentes peças e integrem estilos variados de decoração com harmonia. Entre os itens que admiramos estão as elegantes garrafas coloridas da designer americana Elizabeth Lyons para a Holly Hunt, que trazem uma leitura contemporânea do vidro no desenho de linhas clean.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Romulo Fialdini)

Denise Barreto, arquiteta
“Acho que o luxo, hoje, está ligado à arte, ao design e ao artesanal. Os objetos precisam emocionar. É exatamente o caso do pendente assinado por Alison Berger: são pequenas campânulas de cristal tcheco que recebem gravações de textos de Leonardo da Vinci sobre luz, atmosfera, estrelas e os ciclos da lua. Quando acesas, revelam um efeito mágico.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Marcus Steinmeyer)

Otto Felix, arquiteto
“Copos coloridos são interessantes pelo efeito que dão a uma mesa de refeições ou quando exibidos numa cristaleira da sala de jantar. As cores lisas junto à transparência do vidro alegram o décor de forma sofisticada, sem serem cansativas nem chamarem a atenção em demasia. Este conjunto da Missoni Home é versátil, pois, mesmo idealizado para vinho, pode ser usado no dia a dia.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Salvador Cordaro)

João Mansur, arquiteto
“Sou fã da designer de joias italiana Elsa Peretti. Em seus produtos, ela revela criatividade em formas inusitadas e sabe usar como ninguém as cores certas para cada objeto. Foi um grande boom quando ela estabeleceu sua parceria comTiffany e ainda hoje continua um sucesso. Suas peças viraram clássicas e atemporais. É ela que assina este elegante castiçal de vidro azul. Puro bom gosto!”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Editora Globo)

Jorge Elias, arquiteto
“Gosto muito desta luminária que me leva às mais remotas lembranças dos meus tempos de faculdade de arquitetura, quando estudávamos as criações da escola Bauhaus. É uma peça absolutamente atemporal, em que é possível se observar a versatilidade do vidro, uma vez que ele compõe a cúpula leitosa e também a base transparente. Um material curinga, que se adapta a qualquer estilo de ambientação.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Editora Globo)

Andrea Teixeira e Fernanda Negrelli, arquitetas
“Vidro é um material incrível, pois pode dar forma às peças mais variadas, neutras ou coloridas, de características diversas. Por isso, se encaixa em qualquer ambientação, da mais sofisticada à mais divertida. Os pesos de papel da Armani Casa são bons exemplos: reúnem beleza e exclusividade, além de serem assinados por um dos maiores estilistas do mundo e produzidos artesanalmente, um a um. Não existem dois iguais.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Miro)

Ari Lyra, designer de interiores
“Sou um aficionado dos vidros. Na minha casa tenho muitas peças feitas do material: pratos, vasos, cinzeiros, luminárias e até móveis. De um mesmo objeto, tenho modelos de estilos variados, antigos e modernos. E não os deixo guardados – meus vidros são usados sempre, no cotidiano. Um dos utilitários que adoro é a chaleira de vidro transparente com infusor de aço inox, que comprei na loja Scandinavia Designs.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Romulo Fialdini)

Felipe Diniz, arquiteto
“O vidro, além de ser um material bonito, é prático. Graças à sua versatilidade, ele vai bem em diferentes situações, como é o caso do aparador Pi, da designer Jacqueline Terpins, que me agrada muito por sua leveza. Suas linhas simples e elegantes, aliadas à transparência das superfícies, fazem com que o móvel pareça flutuar, assim como os objetos colocados sobre ele.”
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Gente Expert vidro (Foto: divulgação)
Gente Expert Vidro (Foto: Marina Malheiros)

Esther Giobbi, decoradora
“Eu sou uma admiradora das peças de Murano, que são feitas comas técnicas artesanais do vidro soprado. Aqui, no Brasil, nós temos um verdadeiro representante dessa artesania veneziana, o Mario Seguso. Da sua fábrica, em Minas Gerais, saem copos, bowls e cinzeiros cheios de beleza e criatividade. Um exemplar que eu adoro é o vaso AD3, que combina linhas nos tons de vermelho e água-marinha sobre o fundo incolor.


* Matéria publicada em Casa Vogue #351 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)
 

 

Cores vibrantes sobre base sóbria

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

Essa residência de 372 m² foi projetada para atender às necessidades de um casal maduro, em uma nova etapa da vida, após a saída dos filhos de casa. Implantada em um condomínio fechado, em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, a construção reflete a personalidade vibrante de seus usuários e funciona como um ponto de encontro de toda a família nos finais de semana.

O projeto de interiores, sob o comando das arquitetas Luciana Araújo e Nathália Otoni, do escritório Óbvio Arquitetura, foi desenvolvido com foco na criação de ambientes elegantes e modernos. Como os moradores possuem animais de estimação, a necessidade de garantir fácil manutenção influenciou a escolha de revestimentos e materiais como madeira, laca e couro. No piso, a opção foi por mármore travertino impermeabilizado nas áreas sociais e por piso vinílico com textura de madeira nos demais ambientes.

Outra preocupação das arquitetas foi maximizar as qualidades arquitetônicas da casa, que se destaca por seus espaços generosos, integrados e bastante iluminados, com uma interessante vista para a Lagoa dos Ingleses. Diante disso, a disposição do mobiliário procurou deixar circulações fluídas e dar a sensação de que o espaço é ainda mais amplo.

LEIA TAMBÉM: Pousada com ar de casa no Rio de Janeiro

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

No pavimento de acesso foram alocados os ambientes de vocação social, como living e sala de jantar integrada ao espaço gourmet por meio de amplas portas de correr. Para esses locais buscou-se um mobiliário de linhas simples e tons neutros, complementados por peças de destaque de cores intensas. É o caso da poltrona vermelha criada por Gaetano Pesce, fornecida pela B&B Itália, e das telas coloridas do artista plástico brasileiro Rogério Fernandes que adornam as paredes.

Uma particularidade dos proprietários dessa casa é o gosto do proprietário por vinhos e o apego de sua esposa por peças com memórias da família. Para atendê-los, as arquitetas criaram uma estante de 4,5 m de altura, executada em laca azul e bege. A peça possui uma adega seca integrada e é local de exposição dos vinhos e objetos de acervo do casal.

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

Por toda a residência em Nova Lima, a iluminação foi trabalhada para realçar a arquitetura e valorizar o mobiliário por meio de sancas e cortineiros iluminados, além de pontos de luz em áreas estratégicas. No living se destacam o duo de pendentes fornecidos pela Iluminar que valorizaram o pé-direito duplo e a abertura na fachada frontal. Na escada que conduz ao pavimento superior, arandelas dão ênfase e tornam esse elemento mais especial.

E MAIS: Descontração e cor para cobertura

No segundo pavimento está o setor íntimo da casa, incluindo a suíte do casal, um escritório e dois quartos de hóspedes. Na suíte principal, a vista para a Lagoa foi o ponto de partida para a disposição do mobiliário. Para criar um espaço relaxante e acolhedor, o design se apoiou em uma paleta em tons de bege e marrom associados à madeira. Já no escritório, o ponto central é a mesa de trabalho executada pela Florense e que pode ser usada por duas pessoas simultaneamente. O tom oliva usado na marcenaria e o papel de parede geométrico (Ravello) adicionaram sobriedade e elegância ao décor.

No último pavimento foi criada uma sala de televisão mais reservada sob a laje de concreto aparente. Nesse espaço, o sofá de linho oferece conforto para toda a família e os tons mais escuros criam um cenário mais intimista.

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

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Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

Óbvio Arquitetura (Foto: Divulgação)

 

Charme para as refeições em família

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Provocar a vontade de voltar a se reunir com as pessoas queridas é a proposta deste ano da mostra Mesas Decoradas, promovida pelo D&D Shopping, em São Paulo, até 14 de dezembro. O evento traz quase trinta ambientes criados por arquitetos, decoradores, chefs de cozinha e outros profissionais criativos.

Com o tema "Ocasiões do Cotidiano", a mostra traz inspiração para situações como Natal, Réveillon, jantares a dois, chás da tarde e até almoços de domingo. Em todos eles, a mistura de materiais e adornos cria charme e sofisticação.

“Nosso objetivo é mostrar as mesas da vida real, que podem ser luxuosas, simples, tradicionais, contemporâneas, formais ou informais, mas que traduzem, como nenhum outro ambiente da casa, as relações humanas”, ressalta Vânia Ceccotto, superintendente do D&D Shopping. A curadoria do evento é de Mônica Barbosa.

Mesas Decoradas
Data: até 14 de dezembro
Local: D&D Shopping - Piso Superior
Endereço: Av. Nações Unidas, 12.555, Brooklin, São Paulo, SP
Horário: segunda a sexta, das 10h às 22h; sábado, das 10h às 21h e domingo das 14h às 19h
Entrada gratuita

Confira os detalhes de cada mesa:

Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Natal em Família, por Ana Andrade
Folhas de bananeira e utensílios de louça multicolorida conferem a essa mesa um ar bem brasileiro – afinal de contas, estamos comemorando o Natal nos trópicos. Tapete de fibras naturais e cadeiras de madeira com linhas contemporâneas completam o efeito.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Na Cozinha da Vovó, por Ana Bardini e Adriana Speyer
Flores campestres, tecidos em crochê e muitas fotos de crianças dão a cara de casa de avó para essa mesa. O toque moderno fica por conta dos espelhos misturados a porta-retratos e vasos de flores com diferentes cores, que dão ao espaço um divertido ar de improviso.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Brunch na Casa de Praia, por Ana Rita Sousa e Silva
Velas, flores frescas e a porcelana azul da avó recebem a família depois de uma manhã agitada na praia. Elementos rústicos trazem o frescor de balneário: as capas de linho nas cadeiras, os móveis de vime e até as samambaias.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Fim de Ano em Família, por Andréa Gonzaga
O branco, cor típica do Réveillon, domina essa mesa na toalha, flores e louças. O toque dourado aparece nos adornos metálicos e taças de cristal. O resultado é um ambiente com aparência de festa, remetendo à época de final de ano, com comemorações que sempre propiciam bons encontros.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Jantar de Uma Família Unida, por Christiane Roy
A mesa rústica contrapõe-se à leveza das cadeiras de acrílico e dos arranjos de flores e velas. Louças e copos azuis e brancos complementam o marrom quente da madeira. O objetivo era criar uma mesa para as festividades corriqueiras.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Jantar Mágico de Natal, por Cilene Monteiro Lupi
Nesse ambiente, a arquiteta celebrou a alegria das músicas natalinas. Velas, ramos de pinheiros naturais, além de árvores e toalha feita com partituras rememoram os momentos nostálgicos. O lustre romântico e as cadeiras dão elegância ao espaço.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Crianças na Cozinha, por Claudia Elias Andrade
Acessórios práticos, mesa ampla e cadeiras aconchegantes ajudam uma avó a lidar com a bagunça dos netos nesse ambiente povoado por brinquedos e cor. Um cooler e um fogão antigo garantem que todos possam cozinhar.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Casamento no Jardim, por Claudia Gallasso
Festas em áreas externas não precisam perder o charme – ou acabar antes do pôr do sol. Bambu, madeira e tecidos brancos oferecem elegância descontraída nesse ambiente. Ombrelones iluminados permitem celebrar noite a dentro.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Almoço para os Amigos dos Amigos, por Cristiane Schiavoni
Para criar esse ambiente, a profissional partiu do dito popular: "sempre cabe mais um". Imaginada para um almoço de improviso, a mesa une cadeiras de modelos diferentes, jogos de jantar e guardanapos. O misto de cores vibrantes e transparência garante harmonia.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Refeição Sempre Cabe mais Um, pela chef Danielle Dahoui
Pratos e sousplats de cores diferentes não impedem que essa mesa, criada com ar de improviso, tenha harmonia. O segredo está nas estampas discretas, que não confrontam as flores, verdadeiras protagonistas da decoração. A toalha de crochê transmite aconchego.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Cores de Verão, por Erick Jacquin
Estrela do programa Masterchef, da Band, o chef Jacquin montou essa mesa pensada para refeições práticas. Cores alegres e a ausência de toalhas convidam a momentos de leveza e descontração.

Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Café da Manhã de uma Pequena Família, por Gerson Dutra de Sá e Ana Lucia Salama
A mesa de madeira de demolição e o sofá turquesa formam uma base neutra para a energia cromática da toalha amarela e as almofadas azuis e laranjas. Louças e cristais retrô facilitam a união das gerações.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Chá das Meninas, por Idalia Maria Daudt
O Clube de Bordado da Casa das Madalenas, em Londrina (PR), inspirou essa mesa, pensada para o chá da tarde em uma república feminina de estudantes de moda e design. Delicados arranjos de flores coloridas, além da louça vintage, trazem romantismo e valorizam o fazer artesanal.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Jantar Romântico Contemporâneo, por Jóia Bergamo
Talheres, toques de vermelho e velas dão a essa mesa o tom perfeito para uma casal apaixonado. As peças luxuosas conferem elegância a esta mesa, que não só trata de beleza, mas também de tendências que podem ser eternizadas.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Almoço Lúdico entre Amigos, por Natália Meyer e Danielle Cortez
Buscar a natureza dentro de casa é o objetivo desse ambiente onírico, que tem direito até a um balanço à mesa. A mistura de vasos de flores com diferentes alturas, luminárias modernas e ânforas marcam a inspiração contemporânea.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Jantar no Campo, por Paulo Evangelista e Luiz Fernando Salgado Franco
Cestas de vime repletas de frutas, tapete em cores campestres e tampo de madeira rústica celebram o ar de fazenda nessa mesa pensada para um orçamento enxuto. Não faltam vinho e arranjos florais.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Almoço de Domingo na Fazenda, por Renata Castilho e Camila Buciani
A chef Luiza Zaidan se apaixonou pelo mundo da gastronomia na fazenda de sua avó. Essa mesa a homenageia. Tenta recriar o ambiente aconchegante misturando móveis despojados a ornamentos de prata e cristal.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Almoço de Domingo na Varanda, por Silvana Lara Nogueira
Cores cítricas e materiais naturais criam uma atmosfera íntima no espaço pensado para receber família e amigos. Papagaios de louça e flores amarelas celebram a proximidade com a natureza.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Mesa de Natal para as Crianças, de Tatá Cury
Brinquedos, pinheirinhos e até canetas coloridas enfeitam essa mesa onde adultos não sentam. A combinação entre vermelho, branco e dourado garante harmonia natalina. As peças também ajudam o tempo a passar mais rápido para os pequenos que não veem a hora de abrir os presentes.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Caloroso Lanche de Verão, por Tatiana Rizzo e Miguel Prata
Frutas e flores celebram o calor nessa mesa pensada para um grupo de amigos se divertir. Cadeiras de palhinha e o tampo da mesa à mostra garantem o despojamento tropical.
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Mostra Mesas Decoradas 2014 (Foto: Edu Castello/Divulgação)

Doce Cotidiano do Jovem, por Vilma Massud
Essa mesa foi pensada para um casal com idade entre 25 e 30 anos que vive na correria de uma cidade grande. Jogos americanos oferecem a chance de tomar um bom vinho nas taças coloridas de forma prática e, ainda assim, elegante.

Criatividade de ponta no Design Miami

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Editora Globo (Foto: cortesia Miami Design District)

Tudo começou como uma aventura calculada de Craig Robins, o corajoso empreendedor responsável pelo desenvolvimento do Design District, ao norte de Downtown Miami. “Foi Sam [Keller, então diretor da Art Basel] quem, durante a Bienal de Veneza de 2005, me deu a ideia de fazer um evento de design paralelo à Art Basel Miami Beach. Ali nasceu a Design.05, rebatizada Design Miami no ano seguinte”, lembra Robins.

Audácia, pioneirismo e compromisso com a qualidade do conteúdo são a chave do sucesso da feira que, em dez anos, duplicou de tamanho e conquistou prestígio, sempre acompanhando as edições anuais da Art Basel – em junho na Basileia, Suíça, e em dezembro na Flórida. Das 15 galerias que participaram da primeira empreitada, 11 estarão presentes junto a outras 24 na grande tenda, em Miami Beach, para celebrar seu 10º aniversário, de 3 a 7 de dezembro.

E MAIS! Conheça o roteiro artsy para fazer em Miami durante os eventos.

Ficaram na história as instalações que a Design Miami encomendou aos seus designers of the year. Elastika, feita por Zaha Hadid no ano inaugural, foi, para nossa sorte, mantida no átrio do Moore Building, tornando-se um ícone do Design District.

Editora Globo (Foto: divulgação)

Dois anos mais tarde, foi a vez de Tokujin Yoshioka levar 2 milhões de canudinhos para o terraço daquele edifício, em uma obra de tirar o fôlego, intitulada Tornado. Em 2010, Konstantin Grcic criou Netscape, uma composição de cadeiras de balanço de malha de aço que, de tão poética, acabou de ser incorporada ao PAMM – Pérez Art Museum Miami.

Não menos emocionantes são as novidades dos expositores. A Galerie Patrick Seguin, de Paris, chegou a reconstruir a casa desmontável de 64 m² projetada em 1945 por Jean Prouvé, com todos os móveis e complementos da época. Zesty Meyers, sócio da R&Company, de Nova York, conquistou espaço com a representação de grandes nomes do design brasileiro, como JoaquimTenreiro e Hugo França. Murray Moss, outro visionário, expos peças memoráveis comissionadas ao Studio Job, como a mesa Robber Baron (2007) ou a coleção Bavaria (2009). Moss, infelizmente, fechou sua galeria, mas estará presente nesta edição para um talk com o novo diretor da feira, Rodman Primack, sobre o uso de objeto-arte no dia a dia.

Rodman assumiu em março, recebendo o legado de Ambra Medda (2005-2010) e Marianne Goebl (2011-2013) e a difícil missão de superar o quase insuperável. E foi além. Ampliou o prêmio de designer do ano para Design Visionary, outorgado em 2014 a Peter Marino, que fará exposição na feira e também no Bass Museum of Art. Inovou, ainda, na criação do chamado Design Curio: “um espaço aberto à discussão com outras frentes, como a tecnologia, o artesanato, a biologia. Uma das quatro intervenções inaugurais do Curio, a Coral Morphologic permitirá ao visitante simular um mergulho nas barreiras coralinas da Flórida”, explica, com entusiasmo.

Esta edição comemorativa terá, ainda, as longevas parcerias com Perrier Joüet, Fendi e Swarovski, marcas que prometem continuar nos fazendo sonhar com suas instalações, e a energizante programação paralela do Design District. Uma festa, definitivamente, imperdível.


* Matéria publicada em Casa Vogue #352 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Editora Globo (Foto: cortesia Coral Morphologic)

 

Editora Globo (Foto: Petr Krejci)

 

Editora Globo (Foto: cortesia Joe Kramm para R & Comp)

 

Editora Globo (Foto: cortesia Design Miami)

 

Editora Globo (Foto: Steve Benisty)

 

Editora Globo (Foto: divulgação)

 

  (Foto: Cortesia Galerie Patrick Seguin)

 

 

 

Eduardo Srur e suas esculturas decapitadas

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Editora Globo (Foto: Divulgação)

Um banhista sem cabeça está sentado confortavelmente no quebra-sol da fachada da Galeria Rabieh, em São Paulo. No solário da mesma construção, um respeitável senhor parece prestes a se lançar de um trampolim sobre o mar de telhados do bairro. Nas suas costas, há o buraco de um tiro. Se o manequim pintado fosse de carne e osso, a bala teria atravessado sua coluna vertebral e perfurado um pulmão.

Os banhistas são esculturas que ocupavam pontes sobre o Rio Pinheiros, o poluído curso d'água que já foi um dos espaços de lazer preferidos de São Paulo. Fizeram parte da instalação As margens do Rio Pinheiros. Quem mora na capital sabe que ela causou furor: muitos motoristas pararam e ligaram para o Corpo de Bombeiros. Achavam que os manequins estavam prestes a se suicidar. Era mesmo, a ideia do criador das intervenções, Eduardo Srur: tirar os transeuntes da rotina para mostrar a irracionalidade de um rio transformado em esgoto.

Editora Globo (Foto: Dong Hyun Sung/Divulgação)

O artista não esperava que suas obras despertassem um sentimento forte a ponto de alguém decapitá-las, perfurá-las com balas ou banhá-las em tinta (também aconteceu). Mas, nessa entrevista para Casa Vogue, ele revela que achou a reação muito interessante.

"Isso é a violência que a gente tem em São Paulo, nos centros urbanos. O artista tem que ser inteligente o suficiente para absorver o golpe e devolver com um contragolpe". Isso ele faz na exposição Trampolim, aberta a quem chegar na Rabieh. Basta tocar a campainha e entrar.

Mesmo assim, o público deve ser bem diferente do passante comum que admira (ou depreda) as obras de Srur nas pontes. A galeria fica em uma construção minimalista recém–reformada na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, rua de luxo da cidade, que corta o bairro dos Jardins. Embora torça para que o atirador apareça por lá, Lourdina Rabieh, a dona do espaço, duvida que isso aconteça. Ela espera atrair colecionadores. "Essas peças têm história", conta. "Eu adoraria ter uma delas em minha casa". Nesse caso, uma cabeça a menos pode até valorizá-las.

Veja abaixo a entrevista com Eduardo Srur:

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

Em 2011 você jogou boias no espelho d'água do Congresso Nacional com a inscrição "arte salva". Salva mesmo?
Arte é uma possibilidade de salvamento. Não vai salvar, necessariamente, uma pessoa, mas indica um caminho alternativo. Eu sou um caminho alternativo para a anestesia, para a convenção, para o que a gente julga ser uma coisa correta e adequada. Venho e trago outro ponto de vista dessa realidade.

A cidade impõe condições que nos afastam de elementos essenciais de pensamento, de reflexão. As pessoas muitas vezes acabam sendo absorvidas pelo cotidiano e deixam de prestar atenção a essa realidade. Meu trabalho modifica essa paisagem, que nos é imposta o tempo inteiro. Gera um curto-circuito visual que faz a pessoa sair daquela zona de conforto por alguns instantes. E, com sorte, você gera reflexão.

O paulistano vive em uma cidade muito imprevisível. De repente os motoristas de ônibus entram em greve e São Paulo fica debaixo de uma nuvem cinza. Por que sua arte não passa despercebida nesse caos?
Uso estratégias antes de pôr na rua. Por exemplo, uma escultura desse tamanhinho, que está aqui na galeria, acaba sacudindo todo um lado da cidade. Porque foi instalado em um local pensado, porque existe todo um contexto em volta. E isso acaba trazendo condições favoráveis para o trabalho não passar batido.

Editora Globo (Foto: Divulgação)

Seu trabalho tenta trazer arte para quem geralmente não a vê. Essa é a proposta de espaços como o Jardim das Esculturas, no bairro da Luz. Mas sua obra é muito diferente.
Esse é um interesse, uma preocupação minha: atingir o maior número de pessoas com uma mensagem de arte, porque você cria uma aproximação maior do público com o objeto artístico. É o que a arte contemporânea busca fazer e muitas vezes não consegue. Ela tem discursos herméticos, direcionados para um determinado segmento. Meu trabalho fala para todo mundo, é uma obra aberta. Isso vai acontecer na galeria. Vou criar uma exposição em que todo mundo pode vir.

A sua obra é tão aberta que as pessoas podem até degolá-la... Na sua opinião, por que deram um tiro na sua escultura?
Não sei se eu faria o mesmo (risos). Isso é a violência que a gente tem em São Paulo, nos centros urbanos. Mas é muito interessante: as respostas da cidade e a velocidade com que eu as absorvo. O artista tem que ser inteligente o suficiente para absorver o golpe e devolver com um contragolpe.

Essa exposição é um contra-ataque – no campo das ideias, da criatividade. Eu absorvo a degola, a tinta, o tiro, ressignifico tudo isso e devolvo para a cidade os resultados que ela me deu um mês atrás. É muito diferente de retirar a escultura e restaurar. Existe uma troca de comunicação do meu trabalho com a cidade. Quando você perde o controle, tem as melhores surpresas.

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

Mostrei umas fotos das garrafas no Tietê para o taxista que me trouxe aqui. Ele quis entender como você faz para financiar sua arte.
Tenho um lado muito empreendedor. Trabalho com o campo da criatividade e tenho interesse em ser uma pessoa que possa negociar minhas ideias. Elas valem, e muito. Trazem parceiros, empresas, pessoas físicas e interessados, para materializarem o que eu proponho para a cidade.

Você está dentro do sistema  o poder público autoriza sua obra; as empresas te financiam. Você se vê como um artista contra o sistema, a exemplo do inglês Banksy?
Todo mundo está dentro do sistema. O Banksy fala mal, mas está vivendo dele. Não existe mais o "fora da caixa". Você tem que estar dentro da caixa e entender as regras. Só tem um jeito de quebrar as regras do sistema: entender o jogo e depois propor uma mudança no meio do caminho. Eu não me vejo contra o sistema, mas absolutamente inserido nele, jogando e brincando com ele o tempo inteiro.

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

É muito romântica a ideia do artista não fazer parte do sistema. Isso não existe mais. Qualquer coisa que você faça, o sistema engole. É a Matrix. Quanto mais rápido você entender e responder a isso de uma forma criativa, melhor.

Não que seja fácil. Eu corro, trabalho, fico sem dormir. Recebo muito não. Isso é o que me diferencia de outros artistas que têm boas ideias, mas dificuldade de pôr em prática: a estratégia de procurar o sistema a meu favor. Você tem que jogar com o sistema. Acabei de descobrir isso.

Foi o taxista que perguntou como eu pago essas obras?

Foi. Talvez porque não tinha logomarca nenhuma. Por que é um jogo?
Porque meu trabalho é lúdico, caso contrário fica muito denso, chato. É um ponto de equilíbrio entre trazer crítica, reflexão, ser ácido, mas ao mesmo tempo ser bem-humorado. Eu sou um artista pop, falo com as massas e tenho interesse em aproximar as massas do meu universo artístico. Tem que ter humor em uma medida equilibrada. É como um bom papo.

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Tché Ruggi/Divulgação)

Tem outro artista que é muito pop, Romero Britto. Seu trabalho é pop em outro sentido?
Romero Britto é um decorador. Não gosto da produção dele porque é raso, não tem crítica. Meu trabalho é um pop engajado, político, eu movimento uma esfera de pensamento; ele não, pinta uma obra decorativa.

Não gosto da obra dele, mas acho muito interessante: ele se tornou um outsider do circuito da arte pelo seu poder de realização – sem precisar do circuito da arte. Se você inverter um pouco a mesa, isso é sensacional. Eu acho o Romero Britto, como celebridade e como realizador, um caso muito interessante. Não sou a favor dessa leitura que os críticos fazem dele – simplesmente deixam o cara de lado.

Você começou na pintura, certo?
Eu vejo o mundo como um pintor. Depois, começo a ter essa inquietação e usar outras linguagens, que vão chegar à intervenção urbana. Nela eu posso fazer tudo o que quiser: ser um performático, escultor, videomaker, fotógrafo, pintor... O tempo todo eu estou usando a cidade como uma tela em branco onde pinto minhas ideias.

Trampolim
Data: até 17 de janeiro de 2015
Local: Galeria Lourdina Jean Rabieh
Endereço: Alameda Gabriel Monteiro da Silva, 147, Jardim América, São Paulo, SP
Horário: de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábados das 11h às 17h
Entrada franca

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Tché Ruggi/Divulgação)

 

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

 

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

 

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

 

Editora Globo (Foto: Fernando Huck/Divulgação)

 

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

 

Entrevista com Eduardo Srur (Foto: Divulgação)

 


Miami é uma festa!

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Design Miami (Foto: Beta Germano)

E começa a maratona na Flórida! Depois de uma jornada um tanto dramática (demorei 24 horas para chegar em Miami por conta de atrasos e mudanças de voo), comecei o dia no design district – bairro idealizado por Craig Robins repleto de lojas de luxo, galerias e restaurantes deliciosos. A vizinhança ainda está em construção e cresce loucamente a cada ano: esta semana Craig comemora a aquisição de algumas instalações públicas. Marc Newson, John Baldessari, Konstantin Grcic, Sou Fujimoto, Xavier Veilhan, Zaha Hadid, entre outros, fizeram algumas obras que estão espalhadas pela área. Very cool.

E MAIS! Conheça o roteiro artsy para fazer em Miami durante os eventos

Foi lá que a Louis Vuitton lançou um projeto incrível com a família de Pierre Paulin. Explico: o designer idealizou uma casa, em 1972, para a Herman Miller, que nunca foi construída por causa da crise de petróleo. As maquetes pertencem, hoje, ao acervo do Centre Pompidou e serviram de base para a produção de 18 móveis maravilhosos que serão vendidos aqui em Miami. As peças deixam claro que Pierre pensou em uma casa super flexível, e como o layout é circular, elas podem ser remanejadas de acordo com as necessidades do morador: design trabalhando em função do homem e não o contrário. Me joguei no sofá com tecido da Kvadrat e não queria sair nunca mais! É fácil perceber também que ele estava propondo um lifestyle bastante sociável e inspirado nas culturas japonesas e árabes: todo mundo no chão! Ponto para a Louis Vuitton, que promoveu mais uma vez o design francês de forma chic e exclusiva, e com um toque gostoso de história (para quem não lembra, na design Miami do ano passado, a marca lançou uma casa idealizada por Charlotte Perriand)

Design Miami (Foto: Beta Germano)

De lá, corri para a abertura da Design Miami, que comemora 10 anos com galerias parceiras desde 2004 como a francesa Galerie Patrick Seguin. Este ano, Patrick reconstruiu quartos de universidades idealizados por Jean Prouvé, Charlotte Perriand, Pierre Jeanneret, Le Corbusier e Jean Royère, nos anos 1930 – mais design francês, mais vontade de ter vivido em outros tempos. A Fendi fez uma parceria bárbara com Britt Moran e Emiliano Salci (a.k.a. Dimore Studio), que idealizaram móveis para um suposto apartamento em Roma. Gostei especialmente das poltronas com detalhes no desenho dos pés que tinham um ar meio art déco

A Perrier-Jouët convidou os jovens austríacos Katharina Mischer e Thomas Traxler para fazer uma exposição super poética (todas as meninas gostaram, tenho certeza): eles pesquisaram algumas plantas raras e outras extremamente comuns na Europa e montaram uma mesa-maquete com sensores de calor. Quando alguém se aproxima do “jardim” as plantas abaixam para se proteger. O mesmo princípio foi usado para os espelhos: ramificações crescem quando estamos longe e desaparecem ao nos aproximarmos. A ideia da dupla é questionar a nossa relação com a natureza – meio lindo, meio hippie. Curti. 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

A Galerie Kreo apresentou várias coisas lindas. Entre elas, a mesa dégradée de Helena Jongerius. Já a Demisch Danant trouxe algumas peças de Pierre Paulin desenhadas para a casa de George Pompidou. A Garwan Gallery apresentou objetos do arquiteto Vincenzo de Cotiis feitos de vidro soprado, bronze, fibra de vidro e prata. Bem bonitos.

O grande destaque, no entanto, foi o Design Curio – setor novo da feira dedicado a instalações de jovens designers e curadores. O mais bacana, sem dúvida, foi a exposição da Ro/LU, promovida pela Patrick Parrish, a Various Projects e a Print All Over Me. Sucesso total. Para terminar o dia, fui jantar com Dan Riordan, presidente do prédio residencial Turnberry Ocean Club, que deverá ficar pronto em 2017. Desenhado pelo arquiteto venezuelano Carlos Zapara, este é mais um dos projetos que estão fervilhando por aqui e são responsáveis por provar que Miami não tem limites! E a gente ama.

* A jornalista viajou para Miami a convite da 3A Worldwide Brasil

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

Design Miami (Foto: Beta Germano)

 

 

 

Fervendo (e aprendendo) em Miami

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Visita guiada Casa Vogue em Miami (Foto:    )

Casa Vogue mostra que a Flórida não é feita só de compras, praias e flamingos...O Estado é cheio de arte, design, arquitetura e boa gastronomia, e queremos mostrar o que a cidade de Miami oferece a todos os nossos leitores. Primeira ação: em parceria com a Perrier-Jouët, marcamos presença na abertura da feira Design Miami com uma visita guiada por Taissa Buescu. Entre os destaques selecionados pela nossa diretora de redação, o espaço de Peter Marino – que ganhou o prêmio Design Visionary este ano e está com uma exposição bacanérrima no Bass Museum. 

Confiram em nossa galeria quais foram os poucos e bons convidados!

Ouça também o que nossa diretora de redação contou, em entrevista para a rádio CBN, sobre os happenings do momento. Os boletins de Taissa retornam nos dias 4 e 5 de dezembro, às 16h, sempre no programa CBN Total, comandado por Carolina Morand.

 

Muti Randolph e os espaços dançantes

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"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Romulo Fialdini/Divulgação)

Formado em artes visuais, o carioca Muti Randolph é mais conhecido pelos projetos de interiores. Seus clubes, galerias, instalações e cenários, movimentam-se conforme a música que toca no momento. A mistura de luz, som e artes gráficas cria uma arquitetura em fluxo.  Agora o livro Timespaces, lançado pela Beĩ, revela os principais trabalhos do artista.

"Ao criar cenários e projetos de arquitetura de interiores, eu realizava o sonho de entrar nas minhas ilustrações", lembra Randolph, um dos pioneiros da arte em computador no Brasil. "Vem desse desejo a busca por uma completa imersão sensorial em meus trabalhos, onde teto, paredes e piso se mesclam e se confundem", afirma no início do livro. 

Randolph criou um software que desenha cores e luzes em tempo real. Espaços criados com a ferramenta marcaram o design de interiores brasileiro. Um exemplo é o clube D-Edge, em São Paulo. O artista também assinou instalações em importantes eventos de cultura pop, como o Festival Coachella, nos Estados Unidos e a São Paulo Fashion Week.

O volume traz textos de dois jornalistas internacionais para analisar a obra de Randolph: Philip Jodidio, crítico de arquitetura da editora Taschen, que assina o prefácio; e Shonquis Moreno, ex-editora de design da revista Dwell, responsável pelos textos. A edição de luxo tem capa 3D e textos em português e inglês.

Timespaces
227 páginas
Beĩ Editora

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Marcio Madeira/Divulgação)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Marcelo Donatelli/Divulgação)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Carina Bueno de Macedo/Divulgaç)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Muri Randolph/Divulgação)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Romulo Fialdini/Divulgação)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Romulo Fialdini/Divulgação)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Muri Randolph/Divulgação)

 

"Timespaces" - Muti Randolph (Foto: Muti Randolph/Divulgação)

 

 

Lazer e elegância em cobertura carioca

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Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)

Morar de aluguel, mesmo no bairro nobre da Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, nem sempre é tarefa fácil. Por isso, quando a cobertura de 250 m² do edifício onde moravam foi posta à venda, o casal de empresários com um filho pequeno agarrou a oportunidade. Chamaram o escritório Bezamat Arquitetura para reformá-la e criar o apartamento de seus sonhos. 

Apaixonado por churrasco, o cliente estava ansioso para receber os amigos em uma área de lazer com a cara da família. Assim, a arquiteta Cristina Bezamat aproveitou ao máximo o espaço exterior em seu projeto. A parte mais longa recebeu um spa, com banheira de hidromassagem e jardim vertical. Um pergolado liga a sala de estar ao espaço. No outro extremo da laje fica uma cozinha com bancadas de madeira maciça, fogão e - claro, a generosa churrasqueira.

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)

"Durante o projeto, dedicamos muito tempo à parte interna; mais ainda ao exterior", conta a arquiteta. O cuidado fica claro nos detalhes, como a parede de mármore iluminada por arandelas no spa. O pergolado recebeu sofá da MAC Móveis, assentos de jardim da Breton e um aparador antigo da Rug Hold.

LEIA TAMBÉM: Para se sentir em casa no centro de NY

O projeto paisagístico da Orvalho, onde se destacam os jardins verticais, só complementou a arquitetura. "Algumas pessoas atribuem importância maior ao paisagismo no desenho de áreas externas, e deixam o layout de mobiliário e o cuidado com o uso em segundo plano", conta Cristina. "Fizemos o contrário".

Os arquitetos evitaram a paleta neutra. Assim, o branco do piso de Nanoglass e o marrom dos armários de freijó harmonizam-se aos tons de verde, azul marinho e marrom da sala de estar. O ambiente continua inspirado pela exuberância do Rio de Janeiro, mas marcado pela elegância. A tela de Andre Correa traz movimento e cor.

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)

Móveis de design atual criam sofisticação no apartamento. É o caso da mesa de centro Rosá, da Olho | Interni, e das poltronas da Arquivo Contemporâneo no living. Já o jantar integrado recebeu o pendente Dome, da La Lampe, e as cadeiras Anna, assinadas por Jader Almeida. O díptico de Manoel Novello cria um diálogo interessante com as formas orgânicas do restante do ambiente.

O toque moderno também chega ao quarto do menino, onde um colchão sobre o tablado cria uma cama divertida. Nichos expõem os brinquedos e livros, além de torná-los acessíveis.

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

Cobertura na Barra da Tijuca (Foto: MCA Estúdio/Divulgação)


 

 

O luxo segundo Philippe Nigro

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Philippe Nigro (Foto: Marcedes Jaén Ruiz / divulgação)

Philippe Nigro evita as luzes da ribalta. Entretanto, este é o seu momento: nomeado designer do ano de 2014 pela Now! Design à Vivre da Maison & Objet, ele concebe também o layout da sétima edição do Triennale Design Museum, em Milão, uma das mostras mais importantes do setor, em cartaz até fevereiro de 2015 – sem abandonar as colaborações com marcas do calibre da Ligne Roset, Baccarat e Venini, para citar só as mais recentes. O caso do francês de 39 anos é emblemático: após passar anos no estúdio de Michele De Lucchi, mestre do design italiano, demonstrou um talento nato para a elegância. Cada uma de suas criações carrega impresso o código de um novo luxo – e as coleções que assina para a Hermès são o mais claro exemplo. Hoje, Nigro mora entre Milão e Paris. Continua a ser homem de poucas e precisas palavras, mesmo enquanto nos fala de inspiração e golpes de sorte. Talvez o segredo do seu sucesso seja justamente esse perfeito equilíbrio. De Paris, Nigro concedeu esta entrevista exclusiva à Casa Vogue.

Sua pesquisa no campo do design e seu estilo elegante e original são apreciados em nível mundial. Como alcançou a sua identidade de designer? Como imprime sua assinatura em suas criações? Para um designer, o verdadeiro desafio é o de compreender a fundo o espírito e o DNA da marca com a qual colabora, sempre tendo em mente sua própria personalidade. Acho que todas as minhas criações têm em comum uma certa elegância, combinada a um toque de ironia capaz de surpreender as pessoas. Mas não sou da opinião que um determinado estilo [pessoal] deve ser reconhecido como a coisa mais importante. A assinatura do designer, para mim, deve ser secundária: não devemos vê-la imediatamente, à primeira vista.

Philippe Nigro (Foto: Philippe Lacombe / Divulgação)

O que é o luxo na sua opinião? Considera-o algo necessário – pensando no nome que deu para a sua coleção de 2013, Les Nécessaires d’Hermès – ou a elegância é casual? Eu gostaria que as coleções que fiz para a Hermès transmitissem a impressão de um mobiliário atemporal, de algo que nunca deixou de existir. Este é o meu conceito de luxo, a definição mais exata, na minha opinião: atemporal. A leveza das peças não tem nada de aleatório. Pelo contrário, a elegância de suas formas originais e surpreendentes, as funções escondidas e os materiais nobres empregados remetem claramente ao legado da marca francesa.

Quais os aprendizados de se trabalhar com a histórica maison? Nesse projeto, a Hermès me forneceu todos os instrumentos necessários para alcançar a perfeição no meu trabalho. E, para um designer, isso é fantástico, absolutamente incrível. Foi um golpe de sorte que me aconteceu, uma experiência magnífica que me fez pensar que nada é impossível.

Philippe Nigro (Foto: François Lacour / divulgação)

E onde encontrou inspiração para as coleções Les Nécessaires, de 2013, e Les Curiosités, deste ano? A ideia inicial era criar objetos simples e funcionais, que se adaptassem facilmente ao cotidiano das pessoas. Baseei-me na maestria dos artesãos, na sua competência em trabalhar com os mais diversos elementos. Além disso, me inspirei no universo da grife, especialmente na temática equestre, em 2013, e no setor de viagens, como os baús-armários da coleção 2014. Em Les Nécessaires, eu me propus a fazer referência, nas formas e, obviamente, nos materiais utilizados, àqueles cavaletes básicos [em forma de ‘X’] vistos na equitação para apoiar todos os acessórios que compõem o equipamento completo de um cavaleiro.

* Matéria publicada em Casa Vogue #351 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

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