Os toques clássicos norteiam esse apartamento feito para um casal com um filho em São Conrado, no Rio de Janeiro. Assim que conseguiram esse imóvel de 250 m², os proprietários foram ao encontro das arquitetas Roberta Moura, Paula Faria e Luciana Moreira, do escritório Roberta Moura & Arquitetos Associados, para personalizá-lo e deixá-lo com visual claro e confortável para receber os amigos.

"Quando eles vieram ao escritório, tinham acabado de casar e estavam construindo o primeiro apartamento juntos. Ele já morava sozinho e ela já sabia o estilo de decoração que queria. Ficou para nós o desafio de juntar alguns móveis já existentes com a nova decoração", contam as profissionais. Muitas peças foram aproveitadas, como a mesa de jantar, a mesa de centro e a poltrona da sala de TV, que se somaram a outros objetos trazidos de viagens ou dados como presente de casamento.

A parte social, que compreende uma área de 100 m², está dividida em hall de entrada, lavabo, sala de TV, sala de estar e sala de jantar. Era desejo do casal que o décor contemplasse elementos clássicos com uma estética moderna atemporal e elegante. Para conferir esse estilo na decoração, o trio usou e abusou de uma base neutra, com revestimentos claros.

O living ganhou projeto de marcenaria que misturou laca branca com madeira de peroba do campo. O piso recebeu placas de mármore travertino dando amplitude ao ambiente, que ganhou dose extra de iluminação, além da natural que vem das grandes janelas. Acompanhando o visual clean, sofás, mesa e cortinas brancas.

Na sala de estar, a parede de tijolinhos funciona como pano de fundo para o espaço, criando um clima acolhedor e descontraído. Próximo ao cômodo, uma parede de cortinas de linho quase transparente, que pende do teto, separa a sala de estar da de jantar. O décor foi criado para produzir uma iluminação cênica, imprimindo um toque de requinte e frescor ao ambiente.

Ao lado aparece o lavabo, que diferentemente dos banheiros sociais, que ganharam pastilhas em diferentes tons de azul na decoração, recebeu uma cuba esculpida em mármore travertino.

A planta original trazia quatro quartos na ala íntima e foi modificada visando maior conforto: um quarto foi transformado em um closet. Bebendo no universo do futebol, o quarto da criança conta com decoração de bolas e com uma bicama para acomodar os amigos.

Há muito folclore e muita história envolvendo o Carnaval de Notting Hill, em Londres. Organizado por Rhaune Laslett, o Festival de Notting Hill, que posteriormente recebeu o nome de Carnaval, tinha como objetivo levar pessoas às ruas para celebrar suas diferenças e reconhecer o que tinham em comum em um momento de muita violência racial.

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Fundado em 1964 - seis anos após os confrontos entre brancos e imigrantes recém-chegados das colônias britânicas do Caribe -, em um dos bairros mais famosos da capital inglesa, o evento é considerado hoje a maior festa popular da Europa. Enquanto os brasileiros comemoram o feriado no início do ano, os britânicos aproveitam o mês de agosto para cair na gandaia.

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E é desse legado que nasce o hotel The Laslett, da rede Linving Rooms - The Hotel Alternative. Com projeto do escritório de arquitetura e design Waldo Works, o hotel, que será aberto no verão londrino, é fruto da inspiração dessa herança cultural vibrante e desse espírito criativo vivo ainda no bairro.

Instalado em cinco mansões em estilo vitoriano, em Pembridge Gardens, o lugar fica próximo à estação Notting Hill Gate e da famosa rua Portobello Road Market - não se esqueça de entrar na "The Notting Hill Bookshop", a livraria que foi palco para uma das cenas no filme de mesmo nome, com Hugh Grant e Julia Roberts. 

O hotel combina a sua identidade britânica com achados e influências de todo mundo. Os 51 quartos trazem no décor o melhor estilo "lar doce lar", ou seja, aconchegante, além de peças garimpadas em marcas britânicas, como Pinch e Race Furniture.

A paleta de cores em tons neutros transmite tranquilidade, elemento indispensável na decoração, e confere uma estética moderna com o espírito urbano da cidade. O cenário criado por essa mistura de tons suaves, quase monocromático, é perfeito para o uso de mobiliário moderno, reforçando o estilo contemporâneo do espaço.

O mix de materiais é composto por madeira, espelho e ferro. A composição ganha ainda obras de arte e itens de iluminação, como spots e luminárias pendentes. As texturas aparecem nas roupas de cama, no carpete e nas cortinas. O The Laslett também contará com um espaço público dinâmico, onde há café, restaurante e bar e ainda espaço para exposições e loja.

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A cor é sempre um elemento utilizado no décor para definir o sexo da criança e assim criar uma "personalidade" predeterminada. Para fugir desse estereótipo, um ambiente branco com tons suaves de rosa, azul e cinza é uma opção. O cômodo ganha uma estética clean e tranquila com a presença dos poucos móveis - como a cômoda e a cama -, e contemporânea pelo uso de alguns objetos, entre eles prateleiras e bandeirolas penduradas no teto. A espaçosa janela garante boa entrada de iluminação natural reforçando uma atmosfera equilibrada. Os brinquedos dão um toque lúdico e reafirmam a estética inocente, junto com o tapete, outro detalhe importante na decoração, que aqui traz textura e quebra a monotonia cromática da parede.

Quer ver mais ambientes inspiradores como este? Acesse o board de decoração no Pinterest da Casa Vogue e faça uma coleção dos seus espaços favoritos!

O desafio não era simples. O projeto arquitetônico precisava refletir o perfil dinâmico e prático do cliente, em uma área social de 45 m² e uma suíte máster de 15 m², em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

João Pedro Crescente e Raquel Zaffalon, do escritório Ambidestro, para atender o desejo de um jovem empresário que tem o hábito de receber amigos em casa, trabalharam com um layout que se altera de acordo com o uso. Além do projeto de marcenaria, o sofá e a mesa de jantar também foram desenhados pela dupla, criando peças únicas.

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“Quando chegamos pela primeira vez no apartamento, o cliente tinha três ambientes – churrasqueira, estar e jantar – que não se conversavam. Articulamos estes três programas, sem perder a funcionalidade e praticidade”, explicam os arquitetos.

No projeto, foi encontrada uma situação muito recorrente nos imóveis atuais: a área da sacada (já integrada ao apartamento quando do início da obra) possuía forro de gesso mais baixo que o restante do living e recebia a churrasqueira. Como solução, a sacada recebeu pintura cimentícia nas paredes e no forro. “Além de facilitar a limpeza na área da churrasqueira, surgiu uma espécie de portal que diferencia os ambientes.”

A parede da lareira foi revestida com um painel em marcenaria (Mercatto Marcenaria - Porto Alegre), que também esconde a porta de entrada do apartamento. O espelho no final do painel ajuda na ilusão de continuidade do bloco de madeira que se encaixa sob uma parte do forro revestido de concreto aparente (Microcim - Dr. Parede - Porto Alegre) e propõe uma sobreposição de corpos e texturas elegante.

O escritório ainda projetou um buffet elevado do piso, que serve de apoio para a churrasqueira e a mesa de jantar, unindo essas duas áreas. A peça é envelopada com quartzo cinza absoluto na parte externa e internamente recebe um móvel em marcenaria com sistema de fecho toque, sem puxadores aparentes.

A mesa de jantar (Arte com Ferro) é multifuncional, pois tem altura de mesa de bar e pés com rodízios industriais, possibilitando que se mova pelo espaço e criando diferentes cenários de jantar e confraternização.

O sofá, revestido com lona azul (Courotam), apresenta terminal aberto em uma das extremidades para criar um espaço de articulação entre a churrasqueira e a sala de estar.
Uma bicicleta vintage do proprietário ganhou destaque pendurada na parede ao lado de uma poltrona costela (designer Martin Eisler) em couro envelhecido caramelo.

O quadro na parede é da premiada artista gaúcha Teresa Poester e a fotografia junto ao buffet é do também renomado fotógrafo André Lichtenberg (Bolsa de Arte - Porto Alegre).

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Cercado por muito verde e árvores centenárias, o Café-restaurant De Plantage, em Amsterdã, é uma ótima dica para quem está passeando pela cidade. Próximo ao jardim zoológico Natura Artis Magistra, conhecido também como Artis, e ao Verzets Museum, o lugar, instalado em um edifício de 1870, respira história.

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No coração do bairro Plantage, o edifício resistiu à guerra e à ocupação nazista e hoje, restaurado, ostenta uma estética moderna que olha sempre ao passado.

No salão, que conserva em sua estrutura traços da arquitetura original, uma árvore faz sombra ao bar e impera no espaço concorrido. Os suportes verde-água conferem um acabamento industrial, reafirmado pelo uso do tijolo em algumas colunas e ditando o estilo fabril do ambiente. Móveis contemporâneos dialogam na composição marcada por uma paleta de tons sóbrios com acabamento em madeira.

À noite, o lugar que nasceu com a proposta para ser um misto de café e restaurante, é tomado por uma luz baixa, que ganha um clima de restaurante superacolheador. Do belíssimo balcão de mármore, saem caprichados drinques, e da cozinha, receitas com influência mediterrânea.

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Além do espaço servir refeições completas, ali é possível também tomar café da manhã ou fazer uma pausa para um rápido lanche. Se a ideia for essa, nada melhor que sentar nas mesas espalhadas do lado de fora.

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Cheio de charme e ultrafeminino, o quarto recebeu dois elementos que marcam uma estética: a luminária cinza, inspirada na tradicional arte japonesa do origami, e os quadros, que fazem referência ao mangá, nome dado ao estilo dos desenhos das histórias em quadrinhos daquele país. A madeira foi empregada em abundância e aparece no berço com design escandinavo, que acompanha o desenvolvimento do bebê virando cama, na estrutura da cadeira, no tampo da mesa e nas molduras das obras de arte expostas na parede pintada com um cinza bem claro. Merece atenção a pera, feita do mesmo material, que traz um design puro e orgânico à composição. O tapete com estampa geométrica aquece o ambiente e dialoga com a leveza das dobraduras do pendente de luz.

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A Taberna 474, do restaurateur Ipe Moraes, carrega no nome a tradição das tascas portuguesas, pequenas vendas que comercializavam vinhos, se diferenciando dos restaurantes por sua proximidade ao povo local. Com a cozinha influenciada pela cultura ibérica surgiram receitas como o Fettuccine Integral à Lisboeta, que você aprende abaixo. Bom apetite!

Rendimento: 1 porção
Tempo de preparo: 15 minutos

Ingredientes

• 30 ml de azeite
• 80 g de tomate cereja
• 130 g de fettuccine integral
• 100 g de atum (preferencialmente fresco)
• Sal e pimenta do reino a gosto
• Raspas de limão siciliano

Modo de preparo

• Esquente o azeite e acrescente o tomate cortado ao meio
• Salgue e adicione a pimenta do reino a gosto
• Em outra panela, cozinhe o fettuccine e adicione ao tomate. Salteie. Sele o atum na chapa e fatie
• Monte o prato colocando o atum sobre a massa e acrescente algumas raspas de limão

O ambiente acima é ideal para quem gosta do despojamento do litoral. Ele pode ser incorporado tanto numa morada praiana ou mais urbana, conferindo uma estética acolhedora. O frescor marítimo aparece nas paredes rústicas de madeira e no grande lustre central, no melhor estilo candelabro. Os tons de areia de alguns objetos, como a cabeceira, as cortinas e as cúpulas dos abajures, reforçam esse estilo e dão um toque acolhedor ao ambiente. Os vãos verticais da parede junto com a prateleira horizontal conferem um apelo visual instigante. O estilo navy entra com tudo na composição pelo uso das cores azul e branco. A luz natural cria no espaço uma conexão entre os usuários e a natureza.

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Esta residência revolucionou as constantes fugas para a natureza, empreendidas há tempos pela família, em seus momentos de lazer. Graças ao projeto do escritório de arquitetura norte-americano Salmela Architect, os proprietários têm agora um refúgio confortável, mergulhado numa área florestal ao lado da pequena cidade de Herbster, em Wisconsin, Estados Unidos. Quem chega é recebido pela varanda térrea, equipada com uma lareira externa e um deque estendido ao longo de toda a fachada voltada ao sul - a que mais se beneficia da incidência solar. Sobre o espaço, duas vigas de madeira dão suporte à galeria no formato de contêiner que parece flutuar no ar. Sua estrutura traz sombra, no verão, e protege da chuva e da neve, em outras épocas do ano.

O volume retangular de madeira - emoldurado por um painel ripado de cedro e com duas aberturas quadradas generosas nas extremidades - foi pensado como um ambiente praticamente ao ar livre, onde os usuários podem dormir conectados com o exterior, em dias quentes. Uma tela fina ajuda a manter os insetos longe, mas sem obstruir a vista.

A fachada da casa principal é toda revestida de preto, contrastando com a tonalidade clara do cedro. Uma vez do lado de dentro, o piso térreo revela cozinha integrada à área de jantar e à sala de estar, e, subindo, o primeiro andar guarda suíte principal, quarto com beliches, dormitório de hóspedes, além do acesso à galeria suspensa.

Todo o percurso interno é marcado por elementos pintados com tons primários, desde móveis, escadaria, portas e acessórios até frações do piso e da marcenaria. O resultado é uma obra que, além de ressaltar várias vistas para a paisagem, também explora o poderoso efeito das formas simples, como quadrados e retângulos, e das cores puras, criando um projeto único.

O que costumava ser uma casa paroquial para a Catedral de Santa Vibiana, em Los Angeles, inaugurada em 1876, abriga o lindo Restaurante Redbird. O endereço no centro passou por uma grande transformação, mas apresenta muitos elementos da arquitetura daquela época. Uma verdadeira viagem no tempo.

O chef Neal Fraser, junto com os restaurateurs Amy Knoll Fraser e Bill Chait e parceiros, oferecem aos clientes um ambiente que mistura o passado cuidadosamente preservado com acabamentos contemporâneos.

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O designer Robert Weimer e o arquiteto Osvaldo Maiozzi mantiveram os detalhes do barroco espanhol, com um teto pintado à mão pelo artista Guerin Swing e portas em arco. Uma porta de prata original, presenteada pelo papado em 1933, e obras do ceramista Adam Silverman (as lanternas da entrada) e da artista Nancy Baker Cahill (uma tela de pintura no salão) também são destaque da decoração do local.

O Redbird é dividido em um salão interior com mobiliário vintage que abriga um deslumbrante bar de mármore com 24 lugares -  uma lista elaborada disponibiliza coquetéis e vinhos do mundo inteiro - e uma sala de jantar no pátio com teto retrátil, que em dias claros e noites de céu limpo mostra o campanário da catedral lá no alto. À noite, dizem que é possível capturar estrelas.

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A cozinha proporciona experiências gastronômicas, utilizando, segundo o chef Fraser, ingredientes bem variados e servindo de lanches a sugestões mais requintadas.

A Lider Interiores, uma das maiores empresas de decoração e design mobiliário do país, estreou a 16ª edição da mostra Decora Lider no Ponteio Lar Shopping, em Belo Horizonte.  Diferentemente das últimas edições, a mostra não conta com nenhuma temática especifica, mas anuncia ambientes pautados pelo design inovador e funcional. Os espaços expositivos reúnem arquitetura, decoração, design, paisagismo, cultura, arte e lifestyle. Em cartaz até abril de 2016, a mostra conta com 17 ambientes cuidadosamente produzidos pelos profissionais convidados nesta edição. A seguir, confira os detalhes sobre cada um dos espaços.

16ª edição da mostra Decora Lider
Data: até abril de 2016
Local: Ponteio Lar Shopping, BR 356, nº 2.500, Loja 112, Bairro Santa Lúcia, BH - MG
Horário: Segunda a sábado, das 10 h às 22 h. Domingo, das 14 h às 20 h
Entrada gratuita

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Adriana Caporali e Luciana Lage 
Sala de jantar
A dupla se inspirou no novo modo de viver para traçar a decoração deste ambiente de 27 m². Com predomínio de cores neutras, o lugar está dividido em dois espaços distintos, que se complementam. O principal é composto pela mesa de jantar e por um buffet de visual elegante e sem rebuscamento com foco na estética e na praticidade. O ambiente secundário é um apoio para a sala de jantar - confortável e descontraído foi pensado para ser um local para tomar um drinque ou um café. As especialistas elegeram cores neutras, como o fendi, o bege e o cinza, e móveis contemporâneos cheio de personalidade. A madeira, em vários tons, contrasta com a laca, o vidro e o espelho. A estante emoldura o ambiente com espaços versáteis para guardar utensílios, bebidas e adornos. A cortina, o papel de parede e os tapetes em tons de cinza fecham o décor. O tom azul nas poltronas dá uma bossa na instalação, ao lado do espelho que valoriza o conjunto e o pé-direito alto.
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Anamaria Diniz e Zilda Santiago
Sala de estar
As arquitetas projetaram um moderno e aconchegante ambiente de 49 m² intitulado Estar Social. Inspiradas em uma família que gosta de receber e que aprecia um lugar tradicional, as profissionais quiseram manter, no entanto, um ar informal. Trata-se de um espaço da casa com móveis confortáveis e robustos, como as poltronas e os pufes, que fazem as vezes de mesas de centro, e iluminação agradável, explorada pelos abajures dispostos estrategicamente no espaço. O roxo das paredes esquenta o ambiente, reafirmado pela cor dos sofás. Elementos quentes, como o couro e a madeira, contrastam de forma harmônica com nuances do bege. 
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Ângela Roldão 
Loft
Idealizado para gente jovem atenta às novas tendências, o espaço de 146 m² projetado pela  arquiteta mineira buscou um equilíbrio entre sofisticação e conforto. As três estantes de madeira escura servem como divisória do quarto para o restante do espaço. Os tapetes também entram em cena para delimitar os ambientes.  As cores foram contempladas por alguns móveis, como a poltrona e a estante amarela, enquanto os tons suaves aparecem nos lustres, sofás e pufes retangulares. A arquiteta utilizou o maior número de móveis possíveis, para demonstrar as inúmeras possibilidades que a Lider oferece.
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Beth Nejm
Sala de Estar
A arquiteta criou um espaço para momentos de relax do casal de meia idade, que gosta de receber vários amigos. Ali, sofisticação e descontração eram palavras de ordem, e indicaram a escolha por materiais orgânicos e iluminação cênica. Objetos com tendências atuais foram contemplados, tendo como objetivo um ambiente confortável, marcado por itens como a lareira de mármore e os diferentes sofás, e funcional, resultado proporcionado pela estante. As cores neutras como o marrom, cinza, preto e bege foram celebradas. Beth usou e abusou de detalhes na decoração, como as almofadas e as esculturas, deixando o cenário com forte apelo visual. Merece atenção a mesa amarela e o pendente natural.
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Carmen Calixto 
Quarto de blogueira
A arquiteta criou um ambiente de 19 m² inspirado na nova geração de blogueiras adolescentes superantenadas. Trata-se de um ambiente aconchegante e acolhedor, com características de home office. Os móveis modulados da Lider Interiores foram priorizados devido às inúmeras possibilidades de criações, como a penteadeira Múltipla, que deu um toque moderno e feminino ao ambiente. A especialista utilizou uma base neutra e trabalhou pontualmente com tons mais marcantes, como o azul e o marsala, contribuindo para destacar e valorizar as peças de design mais arrojado. O papel de parede com a estampa Chevron, uma padronagem muito utilizada no mundo da moda, está presente no quarto. Pensando no conforto da blogueira, a profissional utilizou uma cama com cabeceira estofada. Um espaço do cômodo foi reservado para que o "look do dia" seja comtemplado. Para proporcionar uma atmosfera mais, Carmem utilizou fitas de LED embutidas nos painéis modulados e na cabeceira da cama.
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Cristina Morethson e Angelo Coelho 
Quarto de casal
Um ambiente aconchegante e charmoso, combinando como uma cidade moderna e romântica, como Amsterdam. Assim é o ambiente apelidado de Amsterdam Couple Bedroom, projetado pela dupla Cristina Morethson e Angelo Coelho. Trata-se de um espaço íntimo e aconchegante, com mobiliário contemporâneo, que atende às necessidades de um casal focado no mundo moderno. Com 50 m², o quarto tem tons neutros, em gamas de cinza claro e toques de azuis. Para os materiais, foram utilizados acabamentos em madeira, laca, vidro, tecidos variados e couro. Pensadas para cultivar plantas dentro de casa, as jardineiras dão um toque de charme e cor adicionando vida ao décor.
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Fernanda Albert
Quarto de menino
A arquiteta uniu temas como arte, música e esporte, gostos de um jovem antenado, para alcançar um mood moderno e descolado. As necessidades básicas foram celebradas em um mobiliário prático e funcional. A paleta de cores é contemporânea e mistura tons de cinza com roxo, preto e azul. O quarto de 21 m² ganhou paredes com efeito concreto transmitindo sopros de descontração. O uso de peças clássicas, a exemplo da poltrona Berger Saarinen, em contraposição ao pufe Addams, de design mais ousado e irreverente, confere uma jovialidade intencionada. Destaque para o tapete em couro com desenho geométrico.
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Flávia do Prado e Letícia Dias
Terraço Lider
Para a concepção do espaço, Flávia do Prado e Letícia Dias se inspiraram na nova linha de varandas da Lider. O terraço com mede 28 m² foi criado para as pessoas que gostam de receber. As arquitetas e designers de interiores priorizaram as características dos móveis, como a fibra e a madeira. Enquanto o estilo rústico moderno impera nos materiais, a estética contemporânea aparece na delicadeza do traço de cada peça e do design. Foram utilizados materiais que remetem à natureza, como a madeira na sua forma mais bruta e a pedra na sua textura mais rústica. As profissionais saíram do senso comum dos tons de bege em varandas e partiram para cores mais fortes, entre elas o preto.
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Izabel Felix 
Suíte de Hotel
O ponto de partida de Izabel Felix foi pensar em um projeto que priorizasse o conforto e a praticidade. O conceito foi traçar um quarto, no qual a beleza e o aconchego ressurgem de uma maneira sofisticada. No espaço de 36 m², a decoradora utilizou móveis clássicos e cleans, de fácil manutenção e duráveis, inseridos numa paleta de tons claros. Com jeitão de "cara de casa", a profissional preocupou-se em desenvolver um ambiente que pode ser instalado tanto em um hotel quanto em uma residência.
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Jacqueline Ortega 
Quarto de criança
A designer de ambientes projetou um quarto para criança sem aquele velho modelo básico de cores atribuído de acordo com o sexo da criança. A preocupação da profissional era o equilíbrio do espaço: lúdico e divertido, mas ao mesmo tempo harmônico. O resultado é um ambiente de 16 m², que mistura cores e texturas, estimulante para as brincadeiras e para o desenvolvimento criativo dos pequenos. O quarto é marcado pelas cores vibrantes e alegres aliado com um mobiliário limpo e funcional. Os móveis mesclam a madeira de carvalho com lacas de cores variadas, além de papel de parede, imprimindo texturas e personalidade instantânea ao ambiente. O piso de vinil, que simula a madeira, traz aconchego e é uma boa alternativa ao cômodo, porque tem fácil manutenção.
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Manuela Senna
Living da Lareira
Um espaço de 30 m², intimista e sem modismos, com peças refinadas e atemporais. É assim que Manuela Senna define o ambiente inspirado nas famílias que gostam de receber os amigos em casa para uma boa conversa junto ao calor de uma lareira. Sinônimo de conforto e acolhimento, o living recebe a poltrona Delgada revestida em couro, assinada pela Lattoog Design. Um extenso sofá abraça a estante que emoldura a lareira. E por último, um singelo jardim com iluminação direcionada. Elementos como a madeira, o couro, o linho e a laca resultam na paleta em tons neutros. O singelo jardim confere uma dose de verde ao ambiente.
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Estúdio Nada se Leva
Espaço Identidade
Para a Decora Lider Belo Horizonte 2015, os diretores de criação da Lider Interiores, Guilherme Leite Ribeiro e André Bastos, do Estúdio Nada se Leva, em parceria com Raquel Nogueira e Renato Yonemoto, responsáveis pelo visual merchandising das lojas, elaboraram esta área. São espaços-chaves, com foco maior no mobiliário do que na decoração, e que transmitem o "estilo Lider de viver". Ali, o cliente conhecerá o direcionamento da marca e os produtos espalhados por todas as lojas da marca. A instalação é dinâmica e será atualizada com novidades e tendências a cada quatro meses.
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Óbvio Arquitetura
Home office
As arquitetas apostaram em uma atmosfera moderna para o home office de 24,56 m², composto por um espaço de trabalho integrado a uma área de estar permitindo a praticidade do lugar de trabalho. A mistura do clássico e do contemporâneo se faz presente nos mobiliários e adornos utilizados, deixando o ambiente sofisticado e equilibrado. As especialistas utilizaram a mesa de jantar Áurea com duas poltronas e a estante modulada Cobogó. Na área de estar, o destaque é o sofá Concha, com estilo art déco e moldura de madeira maciça, combinado com a mesa lateral Mari no tom dourado. Para finalizar a composição, foram utilizadas texturas, como o couro envelhecido do sofá, o papel de parede Mika e o tapete com estampa geométrica personalizado tornando o ambiente neutro e intimista. Por se tratar de um cômodo comprido e com dois acessos, a circulação interna permite que o observador interaja com o espaço e se surpreenda com os detalhes do projeto. A iluminação foi pensada de forma que realçasse a arquitetura e valorizasse o mobiliário escolhido.
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Rosângela Brandão Mesquita e Eduardo Henrique Brandão
Living e Jantar do Seu João
O living é uma homenagem ao criador da Lider, João da Mata Nogueira. A integração de salas de estar e jantar, formando um ambiente de 27 m², resultou em um espaço contemporâneo com uma aura atemporal, já que traz em seu décor a personalidade do homenageado. Enquanto a contemporaneidade se manifesta por meio do mobiliário e da combinação de materiais como laca e madeira, as fotografias, os vídeos e as ferramentas de trabalho criam um clima de memorial dedicado ao senhor João. A estante modulada Cobogó foi escolhida para abrigar objetos, adornos e peças do acervo do fundador. A cor neutra em contraste com a madeira imprime requinte ao ambiente e aquece a decoração.
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Roziane Faleiro e Patricia Guerra
Home Cinema
A disposição dos móveis foi criada a fim de caracterizar a ambientação como intimista e acolhedora. No home cinema, de 20 m², foram utilizados novos objetos da marca, como as minicômodas Leg e a mesa de centro Pallus. Os bancos Mocho e a mesa lateral Entrelaçada estão soltos no ambiente, fazendo a vez de apoio ou assento, brincando com as funções de cada um. As chaises foram posicionadas à frente do sofá, o que geralmente é muito apreciado pelo público. Os tons claros escolhidos pelas arquitetas reforçam o conceito agradável deixando o décor ainda mais aconchegante. A parede foi forrada por um espelho, recurso que confere uma sensação de amplitude no espaço.
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Willemberg Lobato 
Sala de estar do casal
O projeto foi criado para um jovem casal sem filhos, que gosta de arte e peças herdadas de família. O ambiente transmite um ar masculino cosmopolita, como os moradores. Focar no design de interiores foi sua aposta para a área de 30 m².  Com isso, o mobiliário ganhou sinônimo de arte, devido ao seu posicionamento, e os elementos arquitetônicos aparecem tímidos. Foram escolhidos móveis com linhas retas e sóbrias e tons escuros no ambiente:  o teto preto, as paredes com dois tons de cinza e o piso madeirado. O espaço abriga também uma mesa de jantar, onde é possível fazer uma rápida refeição ou um jantar com muito requinte.

Adriana Frattini e Winnie Bastian durante o bate papo

Na última sexta feira (19/6) aconteceu, na Mostra Black, localizada na Oca do Parque Ibirapuera, a palestra Imaginar a surpresa: criando sets inspiracionais, elaborada pela equipe da Casa Vogue. Nela, a diretora de estilo Adriana Frattini e a editora de design Winnie Bastian revelaram de onde vem a inspiração para estampar as páginas da revista com tanta criatividade.

Veja em nossa galeria quem passou por lá

Clássico e contemporâneo. Veneza é expoente dos dois estilos esplendorosos – das pinturas de Tintoretto às obras de vanguarda apresentadas na 56ª Bienal de Arte: não faltam motivos para fazer as malas. Onde dormir? É só escolher entre passado e presente, ou um mix! 

Bar Dandolo do Hotel Danieli, em palazzo do século 14, com colunas de mármore feitas à mão

A poucos passos da Praça San Marco, o Danieli é um dos hotéis mais lendários. Estabelecido em 1895 – e hoje parte da exclusivíssima rede The Luxury Collection –, ele ocupa três belos palácios, sendo que o principal, o Palazzo Dandolo, data do século 14. A fachada cor-de-rosa, com soleiras de mármore e varandas com arcos pontiagudos, já virou cartão-postal da cidade. Outras imagens marcantes? O pátio gótico bizantino, as colunas de mármore (feitas à mão!) e a escadaria aberta com balaustradas são imperdíveis, mas a pièce de résistance é a coleção de suítes assinadas pelo francês Pierre-YvesRochon – algumas delas têm inspiração em divas do cinema, da ópera e da moda que lá se hospedaram.

Living da Royal Suite do hotel Il Palazzo, com pisos originais Terrazzo e lustre de Murano

Outro hotel histórico próximo à San Marco, o Il Palazzo, do grupo familiar The Bauers, foi decorado nos mínimos detalhes pela proprietária Francesca Bortolotto Possati. Ao lado de um time de arquitetos, ela garimpou cada peça de mobília e objeto de antiguidade deste palácio-hotel do século 19. A experiência, diz Francesca, é a de estar “morando como um veneziano”. Os pisos são de mármore e os tetos são adornados com trompe-l’oeil. Não deixe de conferir os lustres, vidros e espelhos de Murano, além das sedas Rubelli e Bevilacqua nos estofados, colchas e cortinas. 

Lobby do Generator Venice revela as vigas de madeira e as colunas originais do antigo armazém, além do piso de mosaico Fantini 

O antigo ganhou um twist eclético no Generator Venice, um hostel montado em um armazém de 1855, na ilha de Giudecca. Na restauração, as escadarias, as vigas de madeira, as colunas e a fachada foram preservadas. O charme ficou por conta da The Design Agency, baseada em Toronto, que misturou móveis de Tom Dixon e Marcel Wanders a peças de antiguidade. Pisos de mosaico Fantini, cortinas com tecidos Rubelli e lustres de Murano se mesclam a papéis de parede florais e neons. No lounge, uma lareira remanescente do século 16. 

Entrada para a sala de estar da suíte Alcova Tiepolo, do Aman Canal Grande, com pinturas chinesas e móveis de linhas contemporâneas

O diálogo entre passado e presente se revela majestoso no Aman Canal Grande Venice. No distrito de San Polo, ele foi instalado no antigo Palazzo Papadopoli, do século 16. Elementos históricos, como os afrescos de Giovanni Battista Tiepolo, estuques, espelhos, lustres originais do estilo rococó e trabalhos de Michelangelo Guggenheim fazem contraponto a móveis contemporâneos – a maioria da B&B Italia.

Suíte do PalazzinaG assinada por Philippe Starck

E que tal a leitura atual da Veneza romântica? É o que faz Philippe Starck no PalazzinaG, hotel com o selo Design Hotels. Por trás da fachada do século 16, situada em uma ruela nas proximidades do museu que lhe dá o nome (Palazzo Grassi), ambientes ganham vida com mobiliário customizado, estuque de cores fortes, objetos vintage, livros raros e objetos de Murano do artista francês Aristide Najean. Nas suítes, surpresa: no lugar de um diretório de guest services, uma “lista de vícios” propõe comer bem, beber, ler e se render às suas paixões em Veneza.

*Matéria publicada em Casa Vogue #357 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Quadro, tubo frontal, tubo de selim, garfo, aro, raio, pneu, rolamento... À princípio, tais peças não parecem elementos ideais para se constituir uma luminária, certo? Pois o designer berlinense Olli Meier provou o contrário. Ele adaptou, recortou e reparafusou partes descartadas de bicicletas, transformando-as na sua Berlin Bike Lamp. A inspiração veio das ruas, já que na cidade em que Olli vive, a capital da Alemaha, as bikes são meio de transporte primordial.

Só porque está quebrado, não significa que é inútil. Com tal frase, ele explica a ideia, que foi guiada por um espírito verdadeiro de reuso e reciclagem. O designer amarra aros descartados com pedaços dos pneus, instala ali dois bulbos de lâmpadas, e faz sustentação da estrutura a partir de um tubo de metal conectado ao teto. Em seu site, Olli disponibiliza aos interessados um guia para a construção da sua própria Berlin Bike Lamp.

Depois do curso de um ano na tradicional escola Le Cordon Bleu, em Paris, e experiência de seis meses de trabalho no premiado restaurante Noma, em Copenhague, a chef Bruna Leite prepara aulas e também almoços e jantares para os mais variados grupos de pessoas. Sua especialidade é fugir do trivial e acrescentar um toque personalizado a pratos contemporâneos. Confira abaixo a receita - fácil e rápida -, que ela enviou com exclusividade para os leitores de Casa Vogue.

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Ingredientes

150 g de queijo mascarpone
200 g de figos secos, cortados em cubinhos ou processados
2 colheres (de chá) de mel
300 g de queijo roquefort

Modo preparo

Forre uma terrine com filme plástico. Amasse o mascarpone com os figos e o mel. Corte o roquefort em fatias finas. Monte em camadas.

A Table Bleue, de Yves Klein, e o par de pratos de Pablo Picasso adquiridos da Christie’s sobre a lareira (séc. 18), na Mallett Antiques, são os destaques do living, que tem ainda espelho, na Florian Papp, cadeira, na Newel, sofá da George Smith forrado com tecido da Scalamandré, e tamborete, na John Rosselli Antiques

O termo pre-war building, nos Estados Unidos, é usado para se referir a um edifício erguido entre 1900 e 1940, antes da Segunda Guerra. Em Nova York, os apartamentos nestes prédios são disputados não só por seu valor histórico, mas por serem mais espaçosos, possuírem pé-direito mais alto que o das construções atuais e ainda apresentarem detalhes nobres, como piso de madeira de verdade, acabamentos elaborados, paredes de alvenaria (em vez de dry-wall) e uma lareira bien placé no living. Muitos desses condos luxuosos estão localizados na Park Avenue. É o caso deste, na esquina com a rua 79, região conhecida como Upper East Side, indicativa de poder, muito poder.

Vista da Park Avenue a partir da janela do apartamento

Reeditar o espírito de um apartamento clássico na elegante avenida foi o mote do projeto no 15º andar, de 350 m², com três suítes, pronto em fevereiro, assinado pelo arquiteto e decorador Jorge Elias.

Visto a partir do canto da lareira, o living se desdobra em mais dois ambientes – no estar, em primeiro plano, pendente, na Nicholas Antiques, sofá da George Smith com tecido da Scalamandré, mesas laterais, na Newel, poltronas estilo Luís XVI com tecido da Lelievre, abajures e banco Luís XVI, na George N Antiques, tapete da Stark Carpet e papel pintado chinês do séc. 18 (à esq.), na Mallett Antiques

“Fiz uma grande reestruturação arquitetônica e desenhei todos os acabamentos. O décor tem cores suaves e românticas, ótimas peças de arte e de mobiliário. É mais clean, mais iluminado, porém dentro do meu estilo”, diz o profissional, obrigado a fazer dez pit stops em Nova York por conta da obra, elaborada para um casal com filhos, ligado ao Brasil por laços familiares, mas que vive na Europa.

Aquarela de Alexander Calder (anos 1970) no living

Após o hall, o visitante passa a uma galeria, com piso tradicional de mármore preto e branco. Centralizada na parede principal, está uma cômoda bombê, francesa, ladeada por um par de cadeiras de braço, inglesas, estilo Queen Anne. O conjunto é o que se convencionou chamar de chinoiserie, ou seja, móveis e objetos produzidos no Ocidente, com formas europeias e motivos  ornamentais inspirados na arte e técnica chinesas, em moda no século 18, e agora revivida no décor dos dias de hoje, conforme atestam essas três peças.

A suíte máster exibe papel de parede da Colony Roma, cama da Ebanista e criado-mudo da Holly Hunt

O ambiente seguinte, o living, é um amplo salão de convívio que reúne também a sala de jantar e uma sala de TV dissimulada, pois o aparelho foi embutido atrás do espelho da lareira. Esta, de mármore entalhado ao estilo Luís XVI, acentua as proporções áureas do espaço e forma um eixo harmonizador. Sobre a cornija, apenas um par de pratos assinados por Picasso e nada mais (para quê?). Pertencem à série produzida pela cerâmica Madoura, em Vallauris, sul da França, de Suzanne e Georges Ramié, sócios de 1941 a 1971 do grande artista espanhol em sua criativa incursão no milenar artesanato do barro cozido.

O lavabo mistura o alto contraste do piso quadriculado com o calor do papel de parede texturizado vermelho

Mas não é só isso. Ali, há mais dois objetos de desejo de colecionadores. Um deles está na parede. É a aquarela dos anos 1970 de Alexander Calder (1898-1976),que esteve no Brasil, em 1959, expôs no Masp e se deliciou com a simpatia e a informalidade dos nossos trópicos, conforme contam suas biografias. 

Cortinas de tecido da Scalamandré emolduram as janelas da sala de jantar, ambiente com mesa estilo Luís XVI e cadeiras da Maison Jansen, tudo na Newel, mangas dos castiçais da Ralph Lauren, pato da Companhia das Índias e tapete confeccionado por Guido de Angelis

O outro é a mesa de centro Table Bleue (1961-1963), um sanduíche de vidro e acrílico com o icônico pigmento azul registrado como International Klein Blue, a cor criada e que identifica o bad boy das artes francesas Yves Klein (1928-1962), incensado por sua obra monocromática. Klein desenhou a peça um ano antes de sua morte repentina, enquanto assistia, no Festival de Cannes, ao filme Mondo Cane, um cult chocante para a época, do qual ele participou. Coisas da história da arte.

*Matéria publicada em Casa Vogue #357 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Um dos quartos exibe o sóbrio mix de azul e marrom que aposta nas texturas para deixar o espaço ainda mais elegante

O outro dormitório é formado por referências orgânicas, tanto no papel de parede quanto nas gravuras na parede e no abajur, e investa na força solar do amarelo

As estampas podem ser usadas como uma estratégia certeira na hora de decorar um espaço. Sabendo muito bem disso, o estúdio Rabih Hage lançou mão de todos os tipos de padronagens para imprimir glamour, com discrição, neste dormitório. Enquanto o papel de parede mostra listras irregulares e dessaturadas, a cabeceira da cama assume tonalidades quentes e escuras na mesma direção, dando origem a um verdadeiro painel vertical. No piso, o tapete pincela a tradição dos afamados desenhos orientais enquanto a luminária sobre a mesa lateral rústica exibe um ponto de animal print. Para completar, até mesmo os quadros fotográficos apostam em padrões: enquanto em um deles as janelas quadradas de um hotel evocam precisão geométrica, o outro transforma troncos de árvore em abstração.

Quer ver mais ambientes inspiradores como este? Acesse o board de decoração no Pinterest da Casa Vogue e faça uma coleção dos seus espaços favoritos!

O jardim da Serpentine Galleries, parte do Kensington Gardens, em Londres, foi palco dos mais diferentes tipos de experimentações arquitetônicas nos últimos quinze anos. Do primeiro pavilhão, inaugurado por Zaha Hadid, em diante, grandes nomes se dedicaram ao desenho das construções temporárias, entre eles Smiljan Radić (2014), Sou Fujimoto (2013), Herzog & de Meuron e Ai Weiwei (2012), Frank Gehry (2008) e Oscar Niemeyer (2003). Pois, no próximo dia 25 de junho, será aberto ao público o pavilhão de 2015, assinado pelo premiado escritório espanhol SelgasCano. A obra - que já ocupa o terreno com sua estrutura disforme e poligonal, composta por painéis plásticos translúcidos e multicoloridos -, foi idealizada como uma homenagem às anteriores. 

“Buscamos uma maneira de permitir ao público experienciar a arquitetura através de elementos simples: estrutura, iluminação, transparência, sombras, leveza, forma, sensibilidade, mudança, surpresa, cores e materiais. Nosso pavilhão incorpora todos estes itens. Suas qualidades espaciais se revelam principalmente quando o visitante está no interior dele. Cada entrada permite uma viagem através de ambientes específicos, caracterizados por tons, luzes e volumes surpreendentes. Isto foi possível graças à criação do invólucro de duas camadas, feitas de um plástico à base de flúor opaco e translúcido. Como o nosso desenho marca o aniversário, pensamos a estrutura como uma homenagem a todas as histórias contadas pelos outros projetos”, revela a dupla de arquitetos José Selgas e Lucía Cano, à frente do SelgasCano.

Os visitantes podem mergulhar no interior brilhante do pavilhão por diferentes acessos e, no coração dele, encontram um espaço de descanso e um café. O local recebe um cronograma de diferentes eventos até o dia 18 de outubro. Depois da data, a estrutura será desmontada. “Mantendo o estilo lúdico e cheio de cores das suas obras, o SelgasCano apresenta uma extraordinária estrutura cristalina, tão orgânica quanto o entorno. Mal podemos esperar para entrar dentro dela e conferir o efeito da luz através dos painéis coloridos. Será um lugar para o encontro, onde as pessoas podem desfrutar de um café ou mesmo conferir os happenings que acontecerão durante todo o verão de Londres”, revela a diretora da Serpentine Galleries, Julia Peyton-Jones, e o Co-Director Hans Ulrich Obrist.

Quanto tempo é preciso para que possa um personagem de relevância cultural ser esquecido, ignorado ou totalmente desconhecido? Na era da informação rápida, abundante e imprecisa, sendo otimista, diria 10 anos. Poucos conseguem ser lembrados pelas gerações posteriores e o paranaense Artigas é um dos raros exemplos de arquitetos cuja obra é constantemente revisitada pelos jovens. Um dia fui (mais?) jovem e fiz parte do séquito de admiradores deste expoente da arquitetura paulista. Tinha 28 anos, um terreno com vista para o colégio Pio XII, declive muito acentuado, o que tornava qualquer obra caríssima para o bolso de um arquiteto tão jovem.

Um amigo da época e da vida, o Edu Leme, dono de uma galeria homônima, que era um dos meus jovens clientes e trabalhava no mercado financeiro, sugeriu que eu comprasse uma casa no Pacaembu, por ser melhor localizada e consideravelmente mais barata do que construir naquele "buraco". Saí um único dia com o corretor que, desanimado após visitar alguns imóveis, me disse: "tem uma casa que ninguém gosta... Muito esquisita e alta, mas se você quiser ver...". Mesmo antes de entrar, vibrei. "Eu quero!", gritei. "É essa aí e deve ser do Artigas!".

A casa onde moro há 24 anos faz parte da primeira fase bem "corbusiana": um cubo com janelas apoiado em pilotis. Artigas tinha a minha idade quando a desenhou, aos 28 anos, para um amigo, Rivadavia de Mendonça, que, até onde sei, era membro do " partidão" e pai de Inês Petit, esposa do falecido Francesc Petit da DPZ, cuja família eu conhecia por conta de vários almoços em Santana do Parnaiba. Moro ali até hoje e reluto em me mudar, apesar dos apelos constantes da Ligia, minha mulher, por ser uma casa, por ter escadas e sobretudo por eu estar lá há tantos anos, mesmo antes de nossas vidas se cruzarem.

Todos os dias admiro a implantação num terreno com aclive tão acentuado a iluminação natural em todos os cômodos, a ventilação cruzada, a ampla sala que se contrapõe aos pequenos dormitórios. Claro que tive que interferir para poder adequar o imóvel a nossa vida... A chapelaria virou lavabo, o quarto maior ganhou banheiro e closet, construí uma piscina – mas nada que removesse a autoria de Vilanova Artigas. A saber, hoje começa, no Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149), a exposição "Ocupação Vilanova Artigas". Imperdível!

O caminhão vermelho estacionado de forma incomum na cidade de Karlsruhe, na Alemanha, na verdade era uma obra do artista Erwin Wurm

Imagine a cena: um policial da cidade de Karlsruhe, na Alemanha, encontra um caminhão parado em uma área na qual é proibido estacionar e aplica nele uma multa. Nada de anormal, se não estivéssemos falando de um veículo completamente distorcido, cujas rodas de trás se apoiavam na parede de um edifício do Centro de Arte e Mídia (ZKM) enquanto as dianteiras estavam no chão.

Na verdade, o Mercedes MB100D vermelho é uma obra do artista austríaco Erwin Wurm - famoso por seus automóveis com formas nada convencionais -, e foi criada como parte das comemorações de 300 anos da cidade de Karlsruhe. Segundo o artista e o museu, o objetivo era mostrar o "mundano sob uma perspectiva diferente".

A multa aplicada por um policial nada bem-humorado tem o valor de 30 euros e deverá ser paga pelo museu ZKM

Como estava em uma zona de estacionamento restrito, a escultura acabou ganhando uma multa de 30 euros que, de acordo com um post no Facebook feito pelo museu ZKM, teria de ser paga por eles.

Apesar da falta de humor do policial responsável pela multa, o incidente só provou que a obra cumpriu seu papel e gerou uma discussão. Como bônus, o caso ainda ajudou a trazer notoriedade para o museu.

Outro ângulo da obra de Erwin Wurm