O primeiro edifício de microapartamentos de Nova York está prestes a ser concluído. De acordo com o anúncio dos profissionais do escritório nArchitects, responsáveis pelo projeto, o prédio em construção desde março será inaugurado no próximo mês de dezembro, na região de Kips Bay, em Manhattan. Chamada de My Micro NY, a iniciativa faz parte de um plano do governo que visa solucionar o problema de falta de habitação a preços acessíveis na cidade. Atualmente, a média de preço para alugar um apartamento de um quarto, em Manhattam, é de U$ 3.400, o equivalente a mais de R$ 10 mil.
Somando 3.250 m² e nove andares, o edifício modular se divide entre 55 pequenos apartamentos que variam de 23 até 35 m². No formato de containers, as unidades pré-fabricadas, com estrutura de aço e lajes de concreto, são produzidas em uma indústria, no Brooklyn, e chegam prontas para serem erguidas por um guindaste e encaixadas no edifício.
O projeto faz parte de um concurso organizado por Michael Bloomberg, ex-chefe do governo municipal de NY, e financiado pelo Departamento de Habitação, Desenvolvimento e Preservação da Cidade. Eles convocaram arquitetos para compor microprojetos que pudessem servir como um novo modelo de habitação a preços acessíveis, especialmente para famílias de um ou dois integrantes.
Cada apartamento terá pé direito de três metros de altura, cozinha compacta, área de descanso, banheiro e um armário. De acordo com o goerno os preços para aluguem vão variar entre U$ 900 té U$ 1.492.
Consciente do cenário da cidade, que sofre um boom de construção de edifícios de luxo e, por outro lado, tem uma carência de projetos de habitação social, a prefeitura quebrou a lei de zoneamento e decidiu investir neste projeto inédito.
A ideia de hoje aqui no Vamos Receber é desmistificar as crenças de que preparar um bom peixe é algo complexo e de que os iniciantes na cozinha têm poucas chances de sucesso na empreitada. Com a ajuda da incrível e querida chef Luiza Zaidan, ensinamos uma receita saborosíssima e realmente simples de fazer: Robalo com Crosta de Pistache.
O toque todo especial – e não menos prático – na apresentação do prato fica por conta da travessa lavrada da maravilhosa linha Folhagem, da Rosa dos Ventos, que vai ao forno e suporta altas temperaturas. Assim, de forma linda e fácil, a comida já sai pronta para ser servida. As porcelanas da Rosa dos Ventos são feitas à mão no ateliê atrás da loja. Ali, a massa de porcelana importada é queimada em alta temperatura para dar luz a peças-desejo, nas mais lindas formas e cores.
1. Tempere o robalo com sal, pimenta, suco de limão e reserve.
2. Passe o azeite na assadeira que irá ao forno. Disponha os filés na assadeira e pincele mais azeite por cima.
3. Misture a manteiga, a farinha de rosca, o pistache triturado, sal e pimenta e despeje sobre os filés. Aperte para fixar bem.
4. Leve ao forno por 20 minutos a 180°C, ou até que a crosta fique dourada. Se precisar, ligue um pouco o grill do forno.
Um belo prato, não é mesmo? Esperamos que tenham gostado.
Um beijo e bom final de semana!
Thais Senna, sua sogra, Maria Emilia Senna, e Adriane Danilovic são apaixonadas por vestir a mesa, especialmente para receber amigos e familiares queridos. O trio comanda o blog Vamos Receber, que traz sempre uma novidade sobre o tema.
Se você está acompanhando a São Paulo Fashion Week, percebeu que 2016 deve ser um ano de tecidos estruturados, apelo vintage, ousadias (como os casacos até o chão) e brancos que vão do verão ao inverno. Tendências que parecem sem sentido algum, mas que você provavelmente vai usar e achar bem comuns. O segredo está por trás dos conceitos pesquisados pelos cool hunters. Uma série de comportamentos observados, entendidos e validados que devem pautar a estética da decoração quase ao mesmo tempo, de acordo com a consultora de marketing Dany Von Artzingen, especializada em cool hunting pela Future Concept Lab, na Itália. Dany é mais uma das confirmações na programação do Casa Vogue Experience, e fala exatamente sobre Cool Hunting no evento.
O conceito não é novo, mas em uma era de excesso de informações, ajuda cada vez mais a filtrar o que estará em alta nos próximos tempos. “Cool hunting é um estudo de comportamento de consumo e de interesses, de lifestyle e mindstyle de grupos”, detalha. Como um filtro, é aplicável tanto à moda quanto à decoração. “Tenho certeza de que são dois universos convergentes. A arte está muito presente em ambos, assim como a gastronomia. Os materiais, estampas e texturas seguem as mesmas ideias de comportamento e se pautam pelos mesmos desejos”, explica.
Quer um exemplo? Uma forte tendência de naturalidade nos envolve nesse momento. Materiais como fibras naturais, pedras E plantas estão no décor e nas roupas, mas também em alta se o assunto for comida. O tropicalismo e o resgate do DNA brasileiro também ganham cada vez mais força, para onde quer que se olhe. “É o Brasil revalorizando sua história, revendo seus conceitos, em meio à crise. Ela faz as pessoas olharem mais para o mercado interno, para o que temos aqui”, diz Dany. Prepare-se para ver também, em todos esses mundos, muito branco, tons pastel com pitadas fluo. Ao transportar as passarelas para a moda casa, ela imagina uma sala com um mix bem definido. “Sofá de Antonio Citterio, tapete de crochê de Patricia Urquiola, almofadas coloridas, mobiliário vintage por perto, muitas plantas e quadros de artistas brasileiros renomados”, diz ela.
Para “farejar” as tendências de longe, como ela, é preciso cercar-se de referências – livros, viagens, revistas e observações do local onde você vive e das pessoas ao redor – mas, acima de tudo ter curiosidade, segundo ela. “Não existe mais uma tendência só. Há várias e é preciso validá-las. Por isso acredito que vivemos a era de ter estilo. Os interesses, em uma casa, evoluem muito”.
Com generosos 1.200 m², essa nova casa localizada dentro de um condomínio fechado, na Grande Belo Horizonte, pertence a um casal com dois filhos adolescentes, que confiou à arquiteta Estela Netto o projeto de interiores. Os proprietários tinham um desejo em mente: ambientes esteticamente impactantes, mas, ao mesmo tempo, acolhedores.
Para atendê-los, Estela buscou tirar partido da imponente arquitetura, com suas linhas retas, amplos vãos e pé-direito que chega a 6,5 m no living. Também apostou em uma paleta de beges e marrons e em tecidos e texturas com toque macio.
Os ambientes se distribuem por dois andares. No primeiro piso, há o living, a sala de jantar e a cozinha, enquanto o segundo guarda a área íntima com cinco quartos, além do home theater. Há, ainda, uma edícula onde foi instalado um espaço gourme, integrado ao jardim e à piscina.
Na área social, para evidenciar a monumentalidade da arquitetura, a escolha recaiu sobre o mármore marrom imperial, que veste a parede não envidraçada do living e marca a entrada da residência. Além de transmitir luxo, a inserção desses blocos de pedras minimizou a frieza do piso do mármore branco.
Alinhada à arquitetura existente, a área social tem mobiliário de linhas contemporâneas (Líder Interiores), tecidos sedosos e superfícies brilhantes. A iluminação teve papel importante na busca por uma atmosfera intimista e sofisticada. Executado pela Ever Light (iluminação básica) e pela Abatjour de Arte (iluminação decorativa), o projeto permitiu criar variadas cenas, ajustando-se às necessidades dos usuários.
Luminárias instaladas na entrada, na sala de jantar e no quarto da filha foram desenhadas especialmente para o projeto, dando um toque de exclusividade a mais. O conceito utilizado nas áreas sociais se repete no setor íntimo da casa.
O home theater possui cores neutras e itens que proporcionam calor, como o sofá de linhão, as poltronas de camurça e o tapete felpudo, todos fornecidos pela Lider Interiores. No quarto do casal, onde predominam tons off-white, a ampla metragem permitiu criar um ambiente de estar com sofá e tapete de camurça, além de um recamier de linhão.
Do lado de fora, o projeto almejou um pouco mais de descontração, com destaque para o uso da madeira. O material reveste o forro das varandas ao redor da casa e também está presente na ampla mesa de madeira, com capacidade para dez pessoas, eleita para o espaço gourmet.
O branco total, elemento mais forte nesse quarto, passaria despercebido se não fosse a introdução de um item de impacto. Como toda a decoração é clara, o jogo de cama faz toda a diferença. Nesse caso, o escritório Binti Home apostou no amarelo e na estampa geométrica com aspecto handmade, que combina muito bem com os acessórios de ares étnicos. Para mudar o visual, basta trocar a colcha por outra diferente. Vasos com plantas em lugares estratégicos aquecem a decoração e dão vida ao mezanino – nesse cenário minimalista, elas são essenciais.
A cidade de Chicago é uma referência para o desenvolvimento da arquitetura norte americana e mundial. Aliada a uma mistura de otimismo pragmatismo e aberta a novas possibilidades, após o grande incêndio de 1871 – que deixou grande parte da cidade destruída – rapidamente conseguiu transformar uma catastrofe em oportunidade, atraindo a atenção de arquitetos do mundo inteiro. O local tornou-se um laboratório para se repensar a maneira como se fazia arquitetura, promovendo uma evolução de métodos construtivos e novos estilos. Grandes nomes da arquitetura como Louis Sullivan, Frank Lloyd Wright, Daniel Burnham e Ludwig Mies van der Rohe deixaram sua marca na cidade.
A primeira bienal de arquitetura de Chicago, inaugurada no dia 3 de outubro de 2015, permanecerá em exibição até 3 de janeiro de 2016. A inciativa de transformar a cidade mais uma vez em um centro de discussão e pesquisa veio do prefeito Rahm Emanuel. Com tema “O Estado da Arte da Arquitetura” (The State of the Art of Architecture), a bienal é palco de projetos inovadores e experimentações, demonstrando como a criatividade e inovação podem transformar radicalmente nossa maneira de viver.
Sob a curadoria de Joseph Grima e Sarah Herda e mais de 100 participantes de 30 países diferentes, são apresentadas inúmeras exposições, instalações e eventos espalhados pela cidade. O publico é convidado a se envolver e repensar formas de se fazer e enxergar a arquitetura, gerando uma discussão global sobre novas possiblidades e tendências para o futuro. Dentro desse contexto, discute-se a nova crise habitacional, a expansão das cidades sem planejamento, questões climáticas e desigualdade econômica.
Apesar de muitas vezes divergentes, essa multiplicidade de visões e pesquisas convergem para um ponto em comum: a importância da Arquitetura e o quanto ela influência nossas vidas.
Destacamos aqui algumas instalações e projetos durante nossa visita à exposição:
Rock Print
Gramazio Kohler Research, Eth Zurich + Self-Assembly Lab and MIT
A tecnologia desenvolvida para o Rock Print sugere um novo olhar sobre o modo construtivo para a escala da arquitetura. Este grande volume se sustenta através de dois elementos: pedra e fios. Um robô imprime uma grande estrutura de fios no chão e milhares de pedregulhos são acomodados. No final da bienal, os fios serão retirados, “desfazendo` a obra. Confira o vídeo.
Architecture Is Everywhere
Sou Fugimoto Architects – Tóquio - Japão
Com a instalação, Sou Fugimoto decifra o real estado da arquitetura, “ela está em todos os lugares”. Pequenos objetos do cotidiano como caixas de fosforo, batata frita, esponga vegetal sao recontextualizados, propondo que a arquitetura poderia surgir de qualquer lugar.
Polis Station
Studio Gang, Chicago US
No passado, incidentes de violência enraizaram tensões entre policiais e comunidade. A partir da necessidade de transformar o sistema policial no Estados Unidos, o Studio Gang traz um novo olhar para este equipamento público e acredita que esse espaço de particular função, poderia expandir para diferentes usos, aproximando a polícia e cidadãos, trazendo perspectiva de confiança entre ambas.
Piranesi Circus
Atelier Bow-wow – Toquio Japão
Com referência à Prisão Imaginária de Piranesi, várias escadas são dispostas no pátio do “Chicago Cultural Center”. O visitante não consegue utilizar os acessos mas pode observar a instalação de diferentes ângulos do prédio. Uma análise sobre as limitações do cotidiano – ineficientes equipamentos de circulação – simulando uma prisão imaginária.
Tomás Saraceno
Berlim, Alemanha
Com algumas variáveis como música e tempo, diferentes aranhas criam quatro “espaços” diferentes. Para Saraceno, as teias sugerem moldes para redefinir a relação entre o homem e a natureza. Confira o vídeo.
Com algumas variáveis como música e tempo, diferentes aranhas criam quatro “espaços” diferentes. Para Saraceno, as teias sugerem moldes para redefinir a relação entre o homem e a natureza. Confira o vídeo.
“Isso vai mudar completamente a humanidade, é o mais perto que já chegamos do teletransporte”. Com tais afirmações, Bibop Gabriele Gresta, diretor de operações, introduz o conceito da inovadora rede de transporte de altíssima velocidade Hyperloop, que terá sua pista de teste construída a partir de novembro, na Califórnia. O protótipo em escala real do sistema, planejado para lançar passageiros a uma velocidade de até 1.223 quilômetros (ou 760 milhas) por hora através de uma rede de túneis, transportará 10 milhões de pessoas ao longo do período de teste. A velocidade alcançada é praticamente igual à do som, que é de cerca de 1.225 km/h.
Os passageiros vão viajar em cápsulas automatizadas, desenhadas a partir de um poderoso sistema de vácuos e imãs, dentro de túnel elevado a uma velocidade de até 257 km/h (160 milhas por hora). Já as cápsulas vazias serão testadas no potencial máximo do sistema, a 1.223 km/h (760 milhas por hora).
O conceito da Hyperloop começou a ser idealizado, em 2013, pelo empresário Elon Musk, fundador da companhia de carros elétricos Tesla Motors, do Paypal e da companhia de exploração espacial SpaceX. O primeiro esquema proposto deverá cobrir uma rota de 400 milhas entre Los Angeles e São Francisco em apenas 30 minutos, oferecendo uma alternativa mais rápida e barata que o transporte rodoviário, ferroviário e até mesmo aéreo.
Com custo previsto de U$ 150 milhões, a construção da pista de oito quilômetros (cinco milhas) será realizada em Quay Valley, uma cidade movida à energia solar, em Kings County, Califórnia, e levará 32 meses para ser concluída.
O serviço será abastecido por energia renovável e gerará um excedente de energia solar, eólica e de energia cinética que poderá ser vendido de volta para a rede pública e tornar o serviço lucrativo.
A primeira coisa que se nota ao visualizar a sala de jantar criada pela Binti Home é que as cadeiras ao redor da mesa possuem personalidades diversas. Mas não é apenas esta multiplicidade de formas que dá graça ao espaço. Mesmo entre os assentos, existe uma profusão de texturas diferentes sobre cada uma das superfícies. O mix de cortiça, estofado, madeira e metal – nas versões polida e desgastada – cria uma atmosfera calculadamente rústica, arrematada pelo tapete com desenhos africanos.
Hambúrguer de picanha com tomate assado e queijo raclette no pão australiano da Casa Vieira Souto
Rendimento: 2 porções
Ingredientes
• 500 g de picanha
• Óleo vegetal pra fritar
• Azeite
• 1 colher (de chá) de orégano
• 100 g de queijo raclette
• 250 g de tomate
• 2 pães australianos
• Salada e batata frita pra acompanhar
• Pré aqueça o forno à 200º. Limpe a carne, tirando a gordura excessiva e moa sem temperar
• Divida a carne em duas partes iguais, faça bolas e aperte
• Coloque na geladeira antes de fritar
• Coloque uma frigideira média no fogo com um fio de óleo, enquanto esquenta, tempere a carne com sal grosso e pimenta do reino a gosto
• Coloque as carnes na frigideira por 2 minutos, depois vire por 1 minuto
• Corte o queijo e coloque em cima da carne, leve ao forno por 1 minuto
• Tire do forno e acrescente o tomate assado
Modo de preparo tomate assado
• Coloque uma panela com água para ferver e pré aqueça o forno a 150º. Faça um X no tomate. Quando a água ferver, coloque os tomates na água e deixe 15 segundos
• Retire da panela com escumadeira, deixe esfriar e tire a casca. Corte em 4 pedaços e tire as sementes. Numa assadeira, coloque azeite, os tomates cortados, orégano e sal grosso. Asse por aproximadamente 40 minutos
Montagem
• Sirva com pão australiano, salada e batata frita
Antes da renovação, a ala social de apenas 35 m² do apartamento, em Porto Alegre, estava incrivelmente subdividida em quatro ambientes distintos: salas de TV e de jantar, estar com lareira e uma área para bar e churrasqueira. Insatisfeitos com tal disposição carregada de móveis, que trazia a impressão de uma área menor, os moradores confiaram a reforma da área aos profissionais João Pedro Crescente e Raquel Zaffalon, do escritório de arquitetura Ambidestro.
Os pedidos do jovem casal, que tem dois filhos pequenos, foram claros: espaços maiores, fluidos e com ares mais contemporâneos. “Sugerimos transformar em apenas dois ambientes generosos para estar e de jantar. Isso definido, nossa estratégia foi criar um sofá único e central, que de um lado serve a sala de estar e, do outro, funciona como banco para a mesa de refeições. Assim, conseguimos um sofá de três metros em uma sala de somente 35 m²”, conta a dupla.
Com a chegada do novo móvel, desenhado pelos arquitetos, tornou-se possível reunir até 10 pessoas em volta da mesa. Emoldurando a sala de jantar, brilha outro elemento expressivo trazido pela obra: o portal de madeira. Além da iluminação embutida, as placas da marcenaria escondem um armário com bancada, cuba de apoio para a churrasqueira e até uma miniadega.
“O pé direito desse apartamento era mais baixo na sacada. Para solucionar o desnível, decidimos delimitar a área da sala com esse portal.”, contam os projetista. Mas, para além da solução estrutural, o móvel deveria ter apelo estético. João e Raquel elegeram a espécie cinamomo aveludado e entregaram à Schuster Marcenaria a execução do projeto, que tratou de organizar o sentido do veio das diferentes placas de forma a esconder os pontos de encaixe.
“O posicionamento é como um quebra-cabeça, que faz desaparecer o encontro entre as partes”, revelam. O tom claro deriva da inspiração escandinava, que justifica também a escolha da mesa de jantar Tulipa, do finlandês Eero Saarinen. A peça traz as texturas naturais do mármore para a sala, assim como o novo aparador cinza escuro, do mesmo material.
“As peças de mármore, com formas simples e elegante, refletem o estilo mais contemporâneo do cliente e, ao mesmo tempo, valorizam as peças antigas do acervo da família. O design mais limpo chegou para criar o contraste”, revelam os arquitetos. Seguindo tal proposta, destaque para a luminária de chão, Lift, design Fernando Prado, da Lumini, e para as obras de arte, eleitas na Galeria Mamute.
Com a obra, a sala parece ter dobrado de tamanho e a integração da família melhorou. "É um conceito atual: enquanto tem gente almoçando, pode ter gente vendo TV. E, o melhor, a gente conseguiu incluir móveis grandes em uma área relativamente pequena", concluem os profissionais.
Esta sala de estar orquestrada pela Benjamin Moore lança mão de uma vantagem estrutural: além de ter pé-direito duplo, o espaço possui um bom número de janelas amplas. Tal privilégio, capaz de trazer luz, se torna ainda mais poderoso graças à paleta de brancos escolhida para cobrir elementos-chave do décor, desde o piso de tábua corrida até o conjunto eclético de móveis. A madeira em sua textura natural surge para temperar o espaço com rusticidade na poltrona com formas retrô e na estrutura mezanino. E como se não fosse o suficiente ter a vista do verde, a natureza penetra o living e se instala através de um arranjo minimalista de galhos e de uma mesa lateral de fibras naturais.
Depois que se cruza a porta de entrada do apartamento de 98 m², localizado em um prédio antiguinho, em São Paulo, é impossível ignorar o efeito poético das divisórias de cobogó. O arquiteto Alan Chu decidiu explorar a fundo o uso de tal elemento ali, atribuindo a ele funções que excedem o caráter construtivo: o item vazado aparece como acabamento e como parte estrutural de novos móveis.
Além da estética, a opção pelo material atendeu ao principal pedido feito pela jovem proprietára: uma reforma econômica, que imprimisse ares femininos no imóvel. No mais, ela confiou no estilo do arquiteto, que já tinha visto outras obras dele, como este apartamento de 36 m², em São Paulo.
"A cor natural deste cobogó cerâmico é laranja, mas mesclamos o tom original com partes pintadas de branco. Escolhi o modelo porque ele tem um formato diferente dos outros: é mais curvo e delicado, o que funcionou pra trazer o charme feminino. Ele cria uma espécie de renda no layout do apartamento", explica Alan, referindo-se a nova divisória criada com o material.
Posicionada entre a cozinha e a sala de estar, a estrutura vazada otimiza ventilação e a iluminação naturais, além de criar vários efeitos de luz e sombra. O mix de texturas fica por conta de outra ideia do projeto: descascar as paredes e deixar o tijolo aparente, mas pintado de branco. "Considero que o resultado final do layout é uma mistura de estilos: um pouco brasileiro, um pouco japonês e um pouco escandinavo", classifica Chu.
Além desta divisória, o cobogó reaparece como revestimento de uma das paredes internas da cozinha e na estrutura de dois móveis: o aparador (na foto abaixo) e a mesa da sala de estar. Nos novos itens de design, desenhados por Alan, o elemento vazado esbanja sua cor natural e dialoga com as peças de materiais naturais trazidas pela reforma, entre elas a icônica poltrona de madeira Peacock, design Hans J. Wegner, na sala.
"O cobogó é um material de construção, mais barato que os acabamentos convencionais. É justamente por isso que ele surge como uma alternativa econômica nesta obra: pois cumpre a função de acabamento.", revela Alan. Outra decisão econômica foi o uso do compensado de madeira em todo o projeto de marcenaria. Além dos móveis da cozinha, tal material brilha no closet, equipado com uma descolada composição de caixotes organizadores e araras livres.
Respeitando os desejos da nova moradora, a obra tratou de usar a área do segundo dormitório para dar luz a um closet e a um banheiro maior. Hoje, o imóvel tem um único quarto, mas a jovem pode aprovietar a nova sala de vestir e o banheiro espaçoso, onde coube até uma banheira.
Localizado no coração de Roma, próximo à icônica Piazza Navona, o hotelG-Rough exala o charme da cidade eterna, cercada por arte, moda e cultura em toda a parte. A história, também presente em qualquer canto, faz parte dessa hospedagem luxuosa, instalada em um prédio construído nos idos de 1600 e reformado em 1800.
Com uma atmosfera pouco convencional nos hotéis de luxo, mas muito acolhedora, os hóspedes encontrarão o conforto de uma casa no G-Rough. Logo na chegada, obras de arte dão as boas-vindas. O check-in é feito em uma galeria, que abriga exposições de artistas italianos, além de mobiliário assinado por designers emblemáticos dos anos 1930 a 70, como Ico Parisi, Giò Ponti, Guglielmo Ulrich e Aristide Seguso.
Com cinco andares, o antigo e histórico prédio possui tetos originais de madeira, paredes com pátina e uma planta compartimentada, típica dos apartamentos italianos. Os proprietários decidiram não descaracterizar o imóvel para instalar o hotel. Assim, poucas modificações foram feitas. O design de interiores ficou a cargo da dupla Benedetta Salini e Vittorio Mango, que não removeram trincas em pisos e azulejos e mantiveram a madeira desgastada pelo tempo, por exemplo.
O clima de tranquilidade é constante no hotel, que possui apenas dez suítes. Cada uma delas ganhou o nome de um designer italiano e uma decoração no estilo relacionado a essa personalidade. Há duas opções de quartos, alguns com vista para os pátios internos e os outros, voltados para a Piazza Pasquino. A exclusividade está em todos os detalhes, inclusive no café da manhã, que é servido diretamente nas suítes em qualquer hora do dia. Entre as delícias do cardápio, está uma seleção de produtos orgânicos locais.
A arte contemporânea faz parte da essência do G-Rough e está presente por onde o olhar percorre. Com curadoria de Guendalina Salini, em todos os andares e nas áreas comuns há obras que representam jovens artistas italianos. Seguindo essa premissa, o hotel oferece aos hóspedes passeios culturais, que fogem dos clichês de roteiros tradicionais. Eles proporcionam uma rara experiência em que mostram a Roma dos romanos aos seus visitantes, com uma mistura de história antiga e contemporânea. Trata-se de uma imersão nas artes, design e gastronomia da cidade eterna.
As curvas famosas que lançaram o calçadão de Copacabana ao estrelato nos anos 1970, somadas às geometrias do canteiro central assinado por Roberto Burle Marx, parecem um ícone da aura despojada do Rio de Janeiro, de chinelos nos pés e poucas frescuras. Para a felicidade de locais, turistas e entusiastas da cidade, o bairro não se desfez de seus valores tradicionais, e isso bastou para que um advogado francês o escolhesse para morar.
Não que a vista para o mar, o Pão de Açúcar e o Forte de Copacabana fosse pouca razão para amar a região. Mas a simplicidade da rotina na icônica Avenida Atlântica era a percepção que ele tinha de uma vida carioca: justamente o que queria experimentar, após a reforma idealizada pela arquiteta Paula Neder.
O dúplex de 365 m², no prédio dos anos 1950, estava bem compartimentado e destruído quando suas portas foram abertas pelo futuro proprietário. Foi necessário chegar ao esqueleto da construção para que o living renascesse integrado, em tons claros e clima de serenidade intencionalmente pensado por Paula.
Descontração e atmosfera elegante eram as palavras iniciais para o décor – sim, conceitos opostos, mas que possuem coerência ao serem embalados pelo lifestyle Rio. É um talento natural da cidade que viu nascer a bossa nova ali mesmo, na zona sul, e foi capturado pela arquiteta com leveza em linhas retas, padrões geométricos e funcionalidade – coincidentemente, sua especialidade ao projetar interiores.
“Procurei valorizar, por meio dessas ideias, a vista incrível da praia”, resume Paula. Sobre a base neutra do mármore crema egípcio, escolhido para todo o piso, foram empregadas poucas cores. O estar sem muitas divisões aumenta a sensação de amplitude e difunde ainda mais a luz natural por todos os espaços. Isso deixa em evidência os belos mosaicos no lavabo e nos banheiros – um deles, o mais colorido, homenageia Burle Marx.
Os revestimentos também surpreendem na cozinha, com o movimento interessante do painel de azulejos criado pelo Coletivo MUDA. Tudo contribui para o visual contemporâneo, como sonhava o morador. “Queria essas linhas limpas, móveis brasileiros atuais e do passado. "Ela criou com liberdade uma obra nova”, comemora o advogado.
A mobília leva assinaturas de Sergio Rodrigues, Jader Almeida, Arthur Casas, Isay Weinfeld, Rejane Carvalho e Paulo Alves, entre outros nomes nacionais que estão em fotografias e obras de arte no living. “Gosto da inventividade dos designers daqui e da percepção que eles têm da natureza. É importante, pois faço parte de uma fundação que defende a Mata Atlântica”, emenda.
No andar superior, a área íntima concentra duas suítes e um flat para hóspedes, já que o proprietário gosta de receber amigos e ver seu deslumbre com os cenários que mudam de cor ao longo do dia. “Foi essencial ter essa vista. Amo a paisagem extraordinária para os morros verdes, o Pão de Açúcar, Niterói e os desenhos de Burle Marx. Vejo um vínculo entre a geometria dos prédios, as ondas do mar e os movimentos do céu”, diz o francês inspirado.
De sua escrivaninha, no quarto, o guarda-corpo de vidro possibilita que o azul seja apreciado nos tons mais próximos do real. “Aqui escrevo livros, é um espaço de contemplação muito poético.” Estando lá em cima, ou quando desce para a praia, ele vive o que deseja: a experiência carioca em contornos verdadeiros, sem luxos vazios.
Outubro é o mês do ano em que, graças à proximidade do Halloween, a estética dark ganha força. Mas para adotar o look na decoração de casa, não é necessário apelar para desenhos de morcegos, de bruxas e de abóboras. O quarto acima, criado pela Urban Outfitters, dá uma nova cara a tal proposta misturando os estilos industrial, boho e gótico. Para começar, as paredes de tijolos aparentes e tubulações expostas trazem o frescor típico dos lofts nova-iorquinos. Sobre a cama, um mix de colchas mistura roxo, rosa, azul e burgundy em padronagens orgânicas e boêmias. Os criados-mudos dão lugar ao despojamento de peças diferentes que assumem tal papel. De um lado, um banco acomoda livros, uma caveira e velas aromáticas inspiradas nos vidros de laboratório. Do outro, um baú vintage dá espaço a uma luminária geométrica que conversa perfeitamente com o pendente e com o pisca-pisca que surgem no teto. Para finalizar, tapetes de pele fake arrematam esse clima, que é obscuro, mas com frescor da natureza..
Tendência cada vez mais presente na moda, o gótico suave chega arrasando também na decoração. Se ainda é difícil entender o conceito, não há motivos para se preocupar: as 13 imagens abaixo explicam, com detalhes, como o visual pode funcionar em casa. Não existem regras e o preto nem sempre é a máxima. Os ambientes podem ser dramáticos ou minimalistas, ter referências exóticas ou mais sóbrias e, claro, recorrer a um mix de elementos fetichistas e vintages. Agarre seu sobretudo e prepare-se para as surpresas!
Nessa sala de estar criada pelas australianas Bree Leech e Heather Nette King, não é apenas o mix entre verde e azul petróleo que cria uma composição obscura. A poltrona aveludada, o arranjo de flores quase cinematográfico e o retrato sóbrio na parede tornam o gótico não apenas suave, mas também elegante. Um ambiente perfeito para aproveitar a lareira, abrir qualquer livro do Edgar Allan Poe e virar a noite mergulhado em histórias macabras.
Se Maria Antonieta fosse gótica, provavelmente ela escolheria essa sala de jantar para realizar suas refeições. Uma paisagem paradisíaca estampa o papel de parede, de seda pura pintada à mão e com detalhes bordados, desenvolvido pelo designer brasileiro Daniel Kostiuc, do escritório Intarya, em parceria com a Fromental. Nada de cores fortes: os tons dessaturados reinam nas poltronas, nas cortinas e nos tapete aveludados.
Esse banheiro, parte de uma casa vintage e obscura, vai na contramão dos ambientes sobrecarregados e aposta no essencial. Basta um banho ali para você poder se transformar em um gótico. O toque industrial do chuveiro de metal e das paredes de cimento queimado trazem simplicidade ao ambiente, enquanto a banheira revestida de tinta preta é a estrela da decoração. O toque final fica por conta do pequeno arranjo de flores roxas, além dos motivos botânicos que estampam o quadro e decalques nas paredes.
A inglesa Abigail Ahern tornou-se conhecida por criar ambientes e objetos que mesclam diversão e glamour em um pano de fundo dark e agradam até mesmo àqueles que torcem o nariz para os matizes mais escuros. Objetos e luminárias garimpados em mercados de pulga são ótimos para compor um ambiente cheio de personalidade, mas mantendo o humor e brilho. Se você se apaixonou, confira 15 ideias para adotar as paredes escuras!
Integrado ao living, o escritório tem, ao fundo, o amplo armário, cujas portas foram revestidas de tecido com motivo cashmere. Se a ideia é criar uma decoração cheia de personalidade, não hesite em investir em itens e objetos ousados e pessoais: achados vintage, retratos obscuros e um toque de verde com as plantas.
Nesse quarto feito pelo estúdio Disc Interiors, o tom escolhido foi um negro opaco, que se estende para as cortinas criando uma brincadeira monocromática de texturas. Para não deixá-lo tão sombrio, a almofada e a colcha ganham estampas. A poltrona mostarda é uma afirmação e diz: um móvel colorido faz toda a diferença na decoração.
Charme do passado, com uma pitada de opulência e um toque dark. Essa foi a receita usada pela Heritage Bathrooms na hora de criar o banheiro acima. Ao lado das louças com contornos vintage e das paredes com boiseries azul-escuras, uma escolha brilha: a substituição dos azulejos e outros revestimentos mais comuns em ambientes como este pelo piso de espinha de peixe. Arandelas em ambos os lados do espelho e a luminária pendente de cristal finalizam a decoração.
"Foi o coronel mostarda, com a chave de fenda, na sala de bilhar". Quem brincou do jogo de tabuleiro detetive pode sentir que está desvendando os mesmos crimes ao visitar o hotel Red Edition, em Nova York. O trio roxo formado pelo tapete, pela mesa de sinuca e pela luminária, juntamente com as diversas fotografias na parede, instauram um clima de mistério. Que comecem os jogos!
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Nessa sala de jantar, o cenário que poderia ser macabro surpreende com muita leveza e sofisticação. As paredes de tijolos aparentes brancos são cobertas por crânios, clavículas e fêmures que, em meio a utensílios de cozinha, ilustrações científicas e uma porção de objetos, criam camadas de diferentes tons de off-white. Inspi http://casavogue.globo.com/LazerCultura/Restaurantes/noticia/2015/02/um-restaurante-naturalmente-lindo.html
Esqueça o ditado que diz "menos é mais". Nesse quarto o protagonismo é das paredes pretas e do letreiro luminoso que diz "Aloha" sobre a cama. Estratégias como essa são uma forma de fugir da iluminação tradicional, além de instaurar um clima moderno no espaço de forma imediata. Adicione uma manta colorida e texturizada e objetos vintage para completar o décor.
Paredes, almofadas, luminária e objetos brancos. Como pode um ambiente assim ser gótico? Além dos tons dessaturados do sofá e da mesa de centro levarem frieza ao ambiente, fique atento aos objetos de referências diversas, como o dramático - apesar de pequeno - arranjo de rosas sobre a mesa, a caveira e os cavalos no quadros na parede. À esquerda, um galho de árvore seco dá o toque final à composição.
Na sala de estar acima, o cinza e o azul se unem para criar um ambiente elegante. Para isso, o teto foi pintado de grafite, sem medo de dar a sensação de um espaço menor, e a parede ganhou uma nuance acinzentada de azul. Para deixar tudo mais interessante, o sofá adiciona a textura do veludo, a mesa de centro a do couro e a cortina traz um discreto listrado.
A dupla que decorou esse apartamento, Robin Standefer e Stephen Alesch, do escritório Roman and Williams, era, inicialmente, especializada em sets de filmagens e ficou famosa por seus interiores com um mood obscuro. Tons escuros, móveis vintage e resbucados, garimpados em todas as partes do mundo, e o clima do início do século 20 finalmente transformaram a construção em um lar.
O nome Alpha eleito para a cadeira de madeira deriva da forma sugerida pelos contornos da peça: juntos, seu apoio e suas delgadas pernas fazem surgir uma letra 'A' perfeita. Apresentada pela marca Made in Ratio, do designer australiano Brodie Neill, durante a última edição do London Design Festival, a Alpha Chair foi um dos itens premiados pelo Wood Awards da feira 100% Design, que aconteceu entre 24 e 27 de setembro de 2015.
Debruçado sobre as mais recentes tecnologias que podem ser aplicadas durante o processo de molde de peças de madeira, Brodie Neill explorou o uso de ferramentas de CNC (Comando Numérico Computadorizado) com a intenção de traçar um produto high-end autêntico.
Após chegar ao desenho final, o designer optou, então, pelo uso de diferentes técnicas de impressão digital, responsáveis por materializar os moldes. O profundo estudo de técnicas e maquinários contemporâneos empreendido por ele resultou em uma cadeira com costuras quase imperceptíveis entre suas diferentes partes, que esbanja linhas elegantes e sensuais.
De acordo com o designer, a Alpha Chair da continuidade a sua busca pelo equilíbrio perfeito entre o uso de tecnologias de ponta e o de técnicas artesanais, assim como entre o uso de materiais naturais e artificiais. Formado designer pela Universidade da Tasmânia, Brodie soma em seu portfólio projetos para clientes como Swarovski, Alexander McQueen e Kundalini, e, atualmente, trabalha no estúdio da sua marca própria, a Made in Ratio, em Londres.
O biscoito mais valioso do mundo. Sobrevivente do naufrágio do Titanic, que matou mais de 1500 pessoas em 1912, o item acaba de ser vendido por £15 mil, na Inglaterra. Um colecionador da Grécia comprou o simples cracker dos leiloeiros Henry Aldridge & Son, no leilão de Devizes, em Wiltshire. "É o mais valioso biscoito da história. Nós não sabemos ao certo em qual bote salva-vidas ele veio, mas temos a certeza de que não foram encontrados outros itens do tipo", conta o leiloeiro Andrew Aldrige.
De acordo com a história contada pelos especialistas no assunto, o doce fazia parte do kit de sobrevivência de um dos barcos salva-vidas da embarcação e foi guardado pelo passageiro James Fenwick como um 'souvenir' do desastre. Ele colocou o doce em um envelope fotográfico e escreveu a nota "Biscoito Pilot do bote salva-vidas do Titanic, Abril de 1912".
A humanidade chegou ao futuro que imaginava: as descobertas espaciais cada vez mais interessantes, as informações e o consumo se baseiam em agilidades e facilidades. No entanto, os questionamentos são os mesmos desde o começo da jornada – quem somos? Para onde vamos? Como iremos? Respostas complexas, que devem se tornar ainda mais curiosas com a inauguração do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O projeto novíssimo tem curadoria do físico e doutor em cosmologia Luiz Alberto Oliveira, que é também mais um nome confirmado no Casa Vogue Experience, onde vai contar detalhes do museu em primeira mão.
O projeto começou em 2010, quando se imaginava que o espaço do Píer Mauá seria um museu de sustentabilidade. As ideias evoluíram até que se chegou ao conceito atual, o primeiro museu de ciência e tecnologia do Rio de Janeiro. “É diferente de tudo o que já vimos. Ao contrário de museus que conservam seus acervos, no Museu do Amanhã, esse acervo se renova continuamente. O amanhã não é uma data de calendário, e sim uma construção que faremos como membros da espécie humana”, explica Oliveira. Na prática, prepare-se para uma série de aventuras interativas, um museu de exploração. Labirintos, casas e praças relacionam-se a questões existenciais, na mostra permanente.
Para o Rio de Janeiro é um marco urbanístico que reforça a revitalização do Centro com a assinatura de Santiago Calatrava, arquiteto e engenheiro espanhol cujo trabalho Oscar Niemeyer, quando vivo, admirava. “A cidade vai recuperar o contato com a Baía de Guanabara e uma parte que era estrangulada pelo viaduto”, adianta o curador. Essa, aliás, é uma das experiências da primeira exposição temporária, Perimetral, audiovisual de Vik Muniz, Andrucha Waddington e SuperUber, que mostra a implosão do viaduto. A segunda exposição é Santos Dumont, o poeta avidor, prevista para março de 2016. LEIA: Top 10 (+1) do design em Paris
No dia 19 de novembro, quando as portas se abrirem oficialmente, quem estiver no Rio poderá passear por suas 53 vivências questionadoras. Entre as que farão coçar a cabeça, duas se sobressaem. “Seremos cerca de 10 bilhões de pessoas em 2060 e viveremos mudanças climáticas fortíssimas. Nesse cenário, o mundo tem entrado na adolescência, quando começamos a ser 'solares' (buscamos entender de fato sobre o sistema solar). O museu mostra os caminhos apontados por 36 profissionais das mais diferentes áreas. Não há nada igual no mundo”, conta Oliveira.
A bela Leandra Medeiros Cerezo nasceu em Belo Horizonte, em 1981, mas mudou-se para a Itália ainda criança. Estudou arte em Florença e aprendeu italiano, inglês, espanhol e um pouco de francês. Desde cedo, ela deixou fluir sua identidade feminina e, para evitar que a imprensa explorasse seu sobrenome paterno (ela é filha do ex-jogador de futebol Toninho Cerezo), adotou o T do seu amigo famoso, Riccardo Tisci, diretor de criação da Givenchy, com quem começou a trabalhar como assistente. Foi ele o responsável por lançá-la no mundo da moda em uma campanha da grife francesa em 2010. A partir daí, Lea virou uma celebridade fashion. Fez vários ensaios fotográficos para revistas hype, como Vogue, Vanity Fair, W, Love e Candy. Na TV, foi duas vezes entrevistada no programa da Oprah Winfrey e, em 2013, participou da versão italiana de Dancing with the Stars. Estrelou campanhas para Benetton, Blue Man e, em 2014, foi convidada pela Redken, do grupo L'Oréal, para ser a musa global da marca, sendo a primeira modelo transexual a protagonizar uma campanha mundial de beleza. Em 2015, foi eleita pela revista Forbes como uma das 12 mulheres que mudaram a moda italiana, ao lado de Franca Sozzani, Miuccia Prada, Eva Cavalli e Anna Dello Russo. A seguir, ela revela mais do seu lifestyle cheio de personalidade.
Quem é um ícone de estilo?
Pina Bausch por ter estilo sem ostentar, com muita simplicidade e, ao mesmo tempo, elegância. Para mim, ela representa o que falta hoje em dia.
Se você pudesse ser um objeto para a casa, qual seria?
Uma luminária, pois emana luz.
O que não pode faltar num projeto residencial?
Traços da personalidade do morador. É essencial que o projeto represente a pessoa que irá habitar aquele ambiente.
Você acredita em casa ideal?
Existe sim. É onde podemos receber as pessoas que amamos, onde nos sentimos seguros. Acabei de mudar para uma casa em Alto Paraíso [em Goiás]. Ela fica no alto de uma colina, com vista para o verde, para as montanhas. Vejo o nascer e o por do sol. Hoje, quero ficar próxima da natureza.
De qual ambiente da sua casa você gosta mais?
Gosto muito do banheiro porque é onde me preparo para o dia, quase como um ritual. É onde há água, onde acontece o processo de limpeza, seja física ou espiritual.
Cite uma peça de design atemporal.
A cadeira Flag Halyard, de Hans Wegner [design de 1950].
Flores para dar e receber.
Depende da pessoa, da situação e da intenção. Na aromaterapia, aprendemos que cada elemento natural tem o poder de alterar nosso humor, nosso cotidiano. A flor tem um poder muito imediato. Mais do que um elemento decorativo, ela tem uma função mais profunda. Por isso, para mim, qualquer tipo de flor é bem-vinda. Para presentear, levo tudo isso em consideração.
Um objeto de desejo.
A cadeira Wicker Peacock que apareceu no filme Emmanuelle [1974].
Qual foi a compra mais inusitada que você já fez?
Uma porta que comprei em Bali e levei para Gênova, onde ficava a casa em que morava com minha mãe.
Em que cenário você viveria?
O que escolhi para viver hoje: o mais próximo da natureza.
Qual foi o acontecimento que marcou sua entrada na moda?
Ser convidada para estrelar uma campanha da grife francesa Givenchy por um amigo.
O que você gosta de ler?
Ultimamente, tenho lido muito Umberto Eco. O Nome da Rosa e O Pêndulo de Foucault são alguns exemplos. Também gosto muito dos textos e ensinamentos de Sri Prem Baba.
Quais são suas referências estéticas, intelectuais e artísticas?
Além de Umberto Eco e Sri Prem Baba, Pina Bausch, Marquesa Casati – que, em imagem estética, era o oposto de Pina Bausch por ser over –, Mercedes Sosa, entre tantas outras.
Um lugar inesquecível.
Tailândia. Foi o país onde renasci.
Você gosta de cozinhar?
Não gosto de cozinhar, mas quero aprender. Meu prato favorito é pizza, aquela bem fininha, bem italiana.
Se pudesse voltar à vida como outra pessoa, quem seria?
Ninguém. Nunca me atreveria a pensar em viver uma vida que não fosse a minha.
O que não pode faltar na sua agenda cultural?
Viagens. Porque é uma oportunidade de conhecer pessoas, o mundo e diferentes culturas.
Arte transformadora.
Para mim, a arte que mais revolucionou foi a de Picasso, por ter sido o primeiro a mudar o ponto de vista, ir para o não óbvio, com total liberdade artística. Dalí também foi um visionário. Gosto muito também de Pablo Amaringo que, por meio da ayahuasca [ritual da medicina tradicional dos povos da Amazônia], retrata visões e aspectos espirituais.
De qual artista gostaria de ganhar ou comprar uma obra?
Hoje, de Pablo Amaringo.
Quais músicas não saem da sua playlist?
Gosto de reggae, principalmente Bob Marley, Mercedes Sosa, Yma Sumac, Pink Floyd e Janis Joplin.
Filmes para assistir inúmeras vezes. As Lágrimas Amargasde Petra von Kant, A Montanha Sagrada e Avatar.
Um presente do qual vai se lembrar sempre.
A viagem para Ibiza que minha mãe me deu. Era um pacote para ficar quatro dias. Fiquei morando um ano na ilha.
O que é luxo nos dias de hoje?
Ter tempo.
Uma imagem imortalizada na sua memória.
A foto da Marquesa Casati feita por Man Ray.
Você curte redes sociais?
Gosto do Facebook porque mantenho contato com meus amigos, quando estou viajando. Instagram [@leacerezo], curto e sou usuária, mas tenho restrições. Acho interessante para compartilhar mensagens ou imagens que representem um senso estético. As redes sociais são importantes porque funcionam como uma praça aberta, onde todos têm voz. Mas essa ostentação de selfie, corpo, poder, dinheiro, acho que é perigosa para o aspecto social e intelectual de hoje.