A fachada sutil quase não se destaca na paisagem londrina. Pode-se arriscar dizer, inclusive, que tal construção, na forma de um bloco retangular de tijolinhos, passa praticamente despercepida para os transeuntes. Do lado de dentro do muro, no entanto, uma surpresa: o interior do imóvel guarda uma casa contemporânea de três quartos e dois andares, recém-reformada pelo escritório de arquitetura Phillips Tracey.
Quando os arquitetos chegaram ali, o endereço, que costumava funcionar como consultório de cirurgias dentáras, estava abandonado há tempos. Eles precisaram renovar e adaptar o uso do imóvel, a fim de transformá-lo na residência do casal com filhos pequenos.
As linhas simples e os tijolinhos da arquitetura foram preservados e, para conversar com eles, chegaram novas aberturas genorosas, emolduradas por esquadrias de alumínio. No interior da obra, o minimalismo reina nos revestimentos e no mobiliário. O piso é coberto de concreto polido, enquanto o branco lavado predomina no teto e nas paredes.
Seguindo o conceito minimalista, a cozinha pode ser escondida graças às novas portas trazidas pela reforma. Além de estética, a solução contemplou o desejo de trazer versatilidade ao ambiente. Assim, é possível transformá-lo em uma área de lazer conectada com o exterior. Posicionado ao lado da mesa, o sofá modular garante estilo e conforto.
No caso da suíte principal, os profissionais optaram por deixar as placas de concreto à mostra no teto e em uma das paredes. A marcenaria de carvalho foi a aposta para criar um contraponto em relação aos revestimentos frios.
O carvalho também deu forma à nova escada, que atualmente é ladeada por um painel de vidro de dois andares, que permite a contemplação do jardim.
O corredor forrado por madeira conduz os moradores até os três dormitórios, onde portas de correr permitem integrar ou não as varandas. Graças às novas aberturas, a luz natural entra em abundância e deixa ainda mais vivo o dia a dia no lar.
Desde abril, quando a Casa Vogue foi até Milão conferir os lançamentos do Salão do Móvel 2015, algumas tendências entraram no radar da redação e não saíram mais. Esta sala criada pelo Studio KO traz uma boa dose delas. Para começar, um enorme sofá se torna a estrela do ambiente ao desfilar sua estrutura arredondada, também presente em parte dos outros itens, e o tom azul, queridinho de todas as marcas neste ano. O tapete, também circular, abusa da geometria, assim como a mesa lateral de concreto, ao lado da poltrona. Para finalizar, uma mesa de centro adiciona leveza visual ao apostar na transparência do vidro. O resultado é elegante e conectado com os dias de hoje.
Três caixas brancas, com 3,4 m, 5 m e 2,8 m de altura, dão forma à monumental T/A house, posicionada em um espaçoso terreno, no norte de Tel Aviv, Israel. O jogo de volumes desenhado pelo escritório de arquitetura Paritzki & Liani alterna espaços fechados e abertos e, com a ajuda de generosos painéis de vidro usados como divisórias, a distinção entre interior e exterior se perde em vários cantos da casa.
Apesar do layout atual – e monumental! –, os arquitetos revelam ter se inspirado na arquitetura vernacular, especialmente nas casas de fazenda da Apúlia (Puglia), da Catalunha e de Jafa. "O modelo de integração de ambientes dessas obras antigas, que permite um fluxo permeável das atividades e dos moradores, serviu como fonte de referência", revelam os profissionais do escritório.
A entrada para carros foi posicionada na diagonal da planta, respeitando a porta da frente e as áreas sociais. As generosas aberturas no final de cada um dos blocos brancos são feitas de portas de vidro de correr, permitindo vista total para o jardim, durante todo o tempo. Para reforçar a conexão com o verde, algumas paredes do térreo têm aberturas quadradas.
O casal com quatro filhos pediu um jardim generoso, já que a região é calma e residencial. No quesito decoração, as escolhas foram todas pautadas pelo acervo de arte pessoal deles. O volume central foi idealizado, então, como uma galeria privativa, que revela as mais importantes obras da coleção.
Quando colocadas juntas, as características apresentadas resultam em uma obra que permite a contemplação da arte, da natureza e que, sobretudo, incentiva o convívio social.
Com a evolução tanto das tecnologias quanto das mídias digitais, nada mais natural do que ver o design seguir o mesmo caminho. Com essa perspectiva, Benjamin Hubert decidiu que sua antiga marca, Benjamin Hubert Ltd., criada há cinco anos, precisava de renovação. Surge então a Layer, especializada em produtos para o mundo físico e para o digital: nesse contexto, objetos e softwares se conectam para melhorar a experiência humana.
"Os nossos últimos cinco anos foram fenomenais. Neles, eu tive a oportunidade de trabalhar em projetos e com clientes que eu só poderia sonhar quando começamos. Mas é hora de evoluir e apresentar mais do que meu ponto de vista. É preciso refletir sobre nosso approach, formado por múltiplas visões e norteado por intensas pesquisas", contou o designer.
A mudança estabelece um importante ponto na carreira do designer, que já criou para marcas de peso como Moroso, Ligne Roset e Menu (uma jarra cujo processo de aeração fosse mais eficiente). De acordo com o designer, ele não quer parar de produzir móveis e objetos, mas prefere focar em outras áreas e também reitera a importância de usar o design para criar mais do que móveis com estética agradável.
A Layer já tem parceria com marcas como Nike, BMW, Samsung, Braun e Oral-B, e pretende criar produtos que ofereçam mudanças na maneira em que as pessoas vivem – e em como elas viverão.
Entre os projetos estão um sistema acústico modular que permitirá a criação de áreas de trabalho flexíveis, uma coleção de caixas para a ONG britânica Maggies e um aplicativo para smartphone em parceria com a Carbon Trust, para conscientizar sobre as mudanças climáticas. A baixa produção de carbono dos softwares, em comparação com itens que precisam ser transportados e reciclados, é um dos principais motivos para readequação da marca.
Uma as estratégias utilizadas pelo designer para criar interesse em projetos específicos é a plataforma de Crowdspeaking Thunderclap. Derivada do Crowdsourcing – meio coletivo de financiamento – os apoiadores e colaboradores utilizam as redes sociais para alavancar o projeto. Uma vez que a campanha alcança a audiência prevista, a informação agendada nas redes é disparada das contas cadastradas.
Apesar do piso de madeira e dos detalhes arquitetônicos rebuscados, a sala de estar da imagem assume, sem medo algum, o minimalismo. Para começar, o branco se torna protagonista e abre espaço apenas para tons suaves e naturais, mas com alguns pontos de preto. Uma prateleira modular colocada na parede se torna, com a ajuda dos acessórios e dos quadros, um elegante aparador. Sob a mesa de centro redonda, um tapete felpudo traz aconchego enquanto, sobre ela, objetos decorativos sopram romance.
O próximo trabalho de Ai Weiwei, apesar de utilizar Legos, as tradicionais peças de jogos infantis, não será uma brincadeira. Em setembro, o artista chinês pediu à companhia dinamarquesa uma grande doação para seu novo trabalho, a ser exposto no dia 11 de dezembro, juntamente com obras de Andy Warhol, na National Gallery of Victoria, Austrália. Em resposta ao pedido, a companhia informou que não pode oferecer peças para trabalhos com viés político.
O artista postou a resposta da marca na web e, rapidamente, as mídias sociais ficaram recheadas de internautas que utlizaram a hashtag #legoforaiweiwei para apoiá-lo. Além disso, eles ofereceram peças para o artista, que prontamente encontrou uma forma de recebê-las.
No fim de outubro, Weiwei anunciou em seu Instagram, com a foto de um carro vermelho, que aceitaria os blocos para criar um trabalho na defesa da liberdade de expressão e da arte política – temas familiares para ele. Desde então, vários museus e galerias adquiriram Lego Containers, carros cujo teto solar tem uma pequena abertura para receber as peças. No final do mês, elas serão recolhidas e enviadas para a Austrália.
Apesar de não revelhar detalhes da próxima obra, é esperado que seja uma versão de um primeiro trabalho sobre a prisão de Alcatraz, realizada com tijolos de plástico para fazer mosaicos no piso, com o rosto de prisioneiros e ativistas políticos, como Edward Snowden e Nelson Mandela.
A sala da imagem acima comprova que um ambiente confortável e acolhedor pode ser ao mesmo tempo elegante. A começar pela escolha dos tons, uma mistura de azuis e cinzas – permeados por alguns terrosos e róseos –, que combinados entre si criam uma atmosfera de sossego. Além disso, por serem cores escuras servem como base para alguns acessórios se destacarem. O sofá com encosto alto é outro item de conforto, que parece abraçar quem ali resolver descansar. Texturas naturais, como algodão, seda e lã propiciam a maciez do toque. E, por fim, a lareira garante temperatura quentinha e a luminária de piso, uma iluminação indireta aconchegante.
A data é especialíssima e requer comemoração à altura: no bolo criado por Nelson Pantano, da The King Cake, tiras de pasta de chocolate dão forma a curvas arquitetônicas, complementadas por um “jardim” de suculentas de açúcar. No interior, massa de limão-siciliano com sementes de papoula recheada com creme de pistache. E que venham os próximos 40!
Bolo de limão-siciliano com semente de papoula e creme de pistache
Creme de Pistache
Ingredientes
• 2 latas de leite condensado
• 250 g de pistache moído
• 1 colher (de sopa) de mel
• 3 colheres (de sopa) de manteiga ou margarina sem sal
Modo de preparo
• Misture tudo em uma panela e leve ao fogo baixo até engrossar (o ponto é o de brigadeiro mole)
• Não deixe engrossar muito, senão o creme fica de difícil manuseio
Bolo de limão-siciliano com semente de papoula
Ingredientes
• 4 xícaras (de chá) de farinha de trigo
• 1 colher (de sopa) de fermento em pó
• ½ colher (de chá) de sal
• 200 g de manteiga sem sal
• 2 xícaras (de chá) de açúcar
• 3 ovos
• Raspas da casca de um limão siciliano
• ½ xícara (de chá) de suco de limão siciliano
• 1 colher (de chá) de extrato de baunilha
• 1 xícara (de chá) de iogurte natural integral
• 3 colheres (de sopa) de semente de papoula
• Em um bowl a parte, peneire a farinha, o fermento e o sal. Reserve
• Na batedeira, coloque o açúcar e vá acrescentando aos poucos a manteiga. Bata até virar uma massa fofa e pesada
• Acrescente os ovos um a um. Desligue a batedeira e raspe o fundo e as laterais do bowl onde estiver batendo. Volte a bater
• Acrescente a mistura de farinha, alternando com o suco de limão e o iogurte, começando e terminando com a farinha
• Acrescente o extrato de baunilha, as raspas do limão, e as sementes de papoula
• Leve para assar em forno baixo (180ºC - 210ºC) por aproximadamente 35 minutos. E então, aproveite!
Nascido em São Gonçalo e criado no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, Thiago Soares descobriu a dança por influência do seu irmão mais velho, Hugo, que tinha um grupo de street dance. Aos 15 anos, começou na dança clássica. Estudou no Centro de Dança Rio e, em 1998, aos 17, ingressou no corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A partir daí, sua carreira deslanchou. No mesmo ano, ganhou a medalha de prata no Concurso Internacional de Ballet de Paris e, em 2001, a primeira e única medalha de ouro do Brasil no Concurso Internacional de Dança do Teatro Bolshoi. Em 2002, ingressou no Royal Ballet de Londres e, quatro anos depois, se tornou o primeiro bailarino da companhia, posto que ocupa até hoje e que já foi do consagrado Rudolf Nureyev. Seu repertório inclui, entre outros personagens: príncipe Siegfried (O Lago dos Cisnes), conde Albrecht (Giselle), príncipe Florimundo (A Bela Adormecida), Basílio (Dom Quixote) e Romeu (Romeu e Julieta).
Em 2015, para comemorar os seus 15 anos de carreira internacional, Thiago veio ao Brasil e estreou seu espetáculo Paixão, nas cidades do Rio de Janeiro, Recife e São Paulo, interpretando um príncipe (Caresse du Temps), um caubói (La Bala) e ele mesmo (Paixão, em parceria com Deborah Colker). De acordo com o bailarino, esse espetáculo é um retrato de onde ele está e para onde quer ir. Antes de voltar para Londres, lançou uma coleção de roupa masculina de dança e fitness com a marca Balletto, em uma iniciativa pioneira na América Latina. Segundo ele, as roupas tem um estilo livre, leve e solto e foram inspiradas no seu guarda-roupa. Com 34 anos e 21 de carreira, Thiago já foi casado com a bailarina argentina Marianela Núñez, com quem mantém uma bem-sucedida parceria profissional no Royal Ballet de Londres. Além de sua paixão pela dança, ele adora arte, teatro, música e tudo relacionado à cultura.
Você acredita em casa ideal?
De uma certa forma sim. É uma casa arejada, tranquila, mais urbana e com coisas que a maioria das pessoas precisa. Fui criado em casa de vila, no Rio. Minha trajetória toda foi assim: de casa, de vila, de rua, de porta direto para a rua. Isso está muito em mim, me faz sentir bem. Acho que une a vizinhança e dá um estilo de vida mais humano.
Como é sua casa em Londres?
É um apartamento, mas tem a pegada de casa porque é um daqueles prédios pequenininhos, os Victorian houses. Ele é um casarão dividido em três unidades. Moro no apartamento do meio. Infelizmente, não tem jardim, mas tem parques muito próximos. Estou em Londres há 14 anos. É praticamente o tempo que tenho de carreira internacional. De profissão, já tenho 21 anos.
Em qual ambiente da sua casa você mais gosta de ficar?
No quarto de visitas, porque é onde procuro impressionar o hóspede e deixá-lo o mais confortável possível. Então, esse ambiente virou um espaço misto, escritório e quarto, e é muito aconchegante. Ele tem uma parede azul-royal. Gosto de ficar lá e ver televisão. É o quarto dos meus sonhos.
Na sua imaginação, qual objeto você gostaria de ser?
Adoraria ser a janela, porque olha para dentro e para fora. É uma espécie de vista.
Prefere um décor mais clássico ou contemporâneo?
Contemporâneo.
Flores para ganhar e presentear.
Rosas brancas ou vermelhas e até orquídeas, vai depender da ocasião.
Tem algum objeto de desejo?
Minhas sapatilhas. Elas me acompanham sempre.
A compra mais inusitada que você já fez.
Um guarda-roupa libanês, superantigo, que comprei em um brechó em Londres. Hoje, ele está no corredor da casa de um amigo, porque não entrou na minha casa. Depois, me dei conta de que ele não combinava com nada do que eu tinha.
E qual foi seu último achado para casa?
Uma caixa, com pedras por fora e veludo por dentro, que comprei em uma lojinha de coisas velhas, em Jerusalém, onde guardo incensos e velas.
Qual teatro transformaria em sua casa?
O Teatro alla Scala, em Milão.
Acontecimento que revolucionou sua vida.
Ganhar a medalha de ouro no concurso de Moscou, representando o Brasil, em 2001.
O que lhe inspira artisticamente?
Música, pessoas talentosas, dançar com outros bailarinos e outras companhias. Sou um bailarino que vou do clássico ao popular, apesar de estar em uma companhia clássica. Comecei no hip-hop e danço até hoje. Inúmeras pessoas me inspiram. Quando você se torna um artista de mente aberta e viajado, tira influências de tudo, desde o grupo que faz o passinho do funk até Baryshnikov e Nureyev. Hoje, assisto obras de teatro, sou obcecado pelos atores brasileiros e latinos, como Marília Pêra e Javier Bardem. No momento, estou trabalhando em uma obra nova, é um texto de Jean Cocteau. Enfim, quando você vai para o mundo, se permite beber em fontes miscigenadas, mais globalizadas. Tudo vira fonte de inspiração. O barato é que você pode beber e se servir de tudo. É quase um bufê artístico.
Lugar inesquecível.
Jerusalém. Indo até lá, você se dá conta de que é realmente the holy city. É um lugar muito sagrado, interessante, que tem muitas tendências e facetas, diferentes belezas e conflitos. De uma certa maneira, tudo acontece ali.
Você sabe cozinhar?
As coisas básicas sim. Faço carne, pasta com frutos do mar e feijão com linguiça. Meus pratos favoritos são da cozinha brasileira. Gosto de arroz, feijão, couve, carne e salada. Um tradicional PF é comigo mesmo. Não tenho restrição alimentar. Apenas me cuido.
Se pudesse voltar no tempo, quem você gostaria de ser ou conhecer?
Gostaria de encontrar pessoas que não estão mais vivas, como Kenneth MacMillan, John Cranko, George Balanchine e todos os coreógrafos que adoraria ter conhecido.
O que não pode faltar na sua agenda cultural?
Ver espetáculos em geral.
Leitura transformadora.
Tem um livro que me humanizou muito e fala sobre amizade. É O Caçador de Pipas.
De qual artista gostaria de ganhar ou comprar uma obra?
De Anish Kapoor. Sou “doente” pelas obras dele. Já estive com ele em alguns eventos. Sou superfã do seu trabalho. Acho que ele é super-relevante neste mundo.
Qual música faz você dançar em qualquer lugar?
O ritmo do funk é irresistível. Até quem não gosta de dançar deve sentir alguma sensação quando ouve esse som. Sua musicalidade mexe com todo mundo.
Filmes para assistir inúmeras vezes.
Assisto muitos filmes. Existem vários que são icônicos, como Casablanca e A Noviça Rebelde. Mas tenho um que me marcou muito e já vi várias vezes, é o The Thomas Crown Affair.
Um presente do qual vai se lembrar sempre.
Ganhei de presente um quadro de um artista de rua que é a imagem dos Arcos da Lapa, no Rio. Esse quadro fica na minha sala.
O que é luxo nos dias de hoje?
É poder fazer o que ama. Ter paz e saúde.
Imagem imortalizada na sua memória.
Tive o prazer de trabalhar com gente talentosa e conhecer pessoas incríveis. É muito difícil definir isso em uma resposta. Mas, na minha trajetória, existe uma foto do meu encontro com a rainha [Elizabeth II] que foi algo muito marcante para mim e que estará sempre na minha memória.
Você curte redes sociais?
Sim, Instagram e Facebook. Compartilho um pouco de tudo: muita coisa de arte e bastante do meu trabalho. Às vezes, publico coisas do meu cotidiano, dos meus amigos e de situações que acho que vão agradar aos meus seguidores. Não tenho muita regra. Minhas redes sociais não são só um business. Uso como um meio de estar próximo às pessoas.
O melhor do Rio e de Londres.
Do Rio, é o carisma e o cotidiano. É uma cidade que tem de tudo, que mistura business com lazer o ano todo. Uma boa imagem para ilustrar isso é o caminho do Centro do Rio para as praias de Copacabana, Leme e Ipanema, que você faz em alguns minutos. E de Londres, é a velocidade, a sofisticação e a prioridade dada à cultura.
Lembranças inesquecíveis do Brasil.
O idioma, o paladar, a música, o jeito brasileiro. E, em imagem, um prato de feijão e pessoas se abraçando.
Em 15 anos de palco, dançar é...
A minha melhor parte, meu modo de vida.
Israel protagoniza mais uma grande descoberta arqueológica. Escavações acabam de expor mosaicos ricamente trabalhados, feitos há 1.700 anos, durante o domínio do Império Romano. O mais inusitado é que os incríveis pisos foram encontrados durante a construção de um centro específico de tal modalidade artística, cujas obras, encontradas há duas décadas, datam da mesma época.
Os pisos encontrados em 1990 foram expostos no Metropolitan Museum em Nova York, no Louvre, em Paris e no Hermitage Museum, em São Petersburgo. Atualmente eles estão na Cini Gallery em Veneza, Itália. Seu retorno era esperado depois da instituição ser construída, mas a nova descoberta irá atrasar o projeto, e somente em 2016 os mosaicos poderão ser vistos juntamente.
O bloco, de 11 m x 13 m, fez parte do pátio de uma casa localizada em uma importante vizinhança durante o período romano e bizantino em Lod. O mosaico antigo estava sob a sala de estar dessa mesma construção.
As cenas retratadas incluem caça à animais, pesca, vasos e pássaros ricamente trabalhados em tons terrosos e beges. As autoridades israelenses afirmaram que as obras são de tirar o fôlego, e que estão entre as mais bonitas já encontradas. "A qualidade das imagens retratadas indica uma grande habilidade artística", falou Amir Gorzalczany, diretor da escavação, para a imprensa local.
Por não conter figuras humanas ou símbolos religiosos, os arqueologistas não conseguem descobrir há quem pertenciam. Porém, as imagens meticulosas e detalhadas refletem uma decoração ornamentada, sinal de tradição da alta classe que vivia no período.
Em seu interior, paredes brancas, pé-direito alto e um décor de linhas finas e precisas contrastam com belíssimos vitrais coloridos. Essa mistura inusitada é fruto de um projeto em Chicago, Illinois, assinado pelos escritórios Linc Thelen Design e Scrafano Architects, que remodelou uma antiga igreja para transformá-la no lar de uma família de cinco pessoas.
O espaço generoso, com cerca de 500 m², chamou a atenção dos moradores, que optaram por viver em um imóvel cercado de história e com um conceito inovador. Apesar das intervenções, a fachada se manteve intacta, a fim de preservar o caráter histórico do bairro, que possui casas no estilo vitoriano. Com ares de loft moderno, a casa-igreja teve o teto demolido e após a reforma ficou com sete quartos e seis banheiros, além de um grande ambiente de estar integrado.
A sala principal está no mesmo espaço da cozinha e da sala de jantar, formando assim o núcleo da residência, onde a família passa a maior parte do tempo reunida. O grande destaque desse ambiente certamente é a lareira. Ao passar pela porta de entrada é impossível não fixar o olhar na imensa parede cinza, revestida de quartzo, que vai até o teto, onde o arquiteto aproveitou para instalar a televisão e fazer alguns nichos no sentido vertical para abrigar as lenhas. Na sala de jantar, destaque para as cadeiras Masters, de Philippe Starck para a Kartell, que trazem curvas e contraste ao mobiliário branco.
No piso, o tom claro do carvalho manteve a suavidade dos ambientes internos, sem deixar de criar uma sensação de aconchego na cozinha minimalista, onde o branco predomina nos armários, projetados por Linc Thelen, e nas bancadas de quartzo.
Com um pé-direito menor, a sala de TV é mais intimista do que os outros ambientes sociais e ganhou uma versão mais compacta da lareira em tons de cinza. Nos ambientes íntimos, cores e estampas aparecem, mas sem exageros, criando um décor que esbanja personalidade.
Tirando partido do pé-direito alto, o quarto dos meninos ganhou uma parede de escalada, o que garante muitos momentos de diversão. No espaço das meninas, papéis de parede delicados criam uma atmosfera de suavidade.
Além dos vitrais, outros elementos arquitetônicos da igreja foram mantidos no projeto atual, a exemplo da torre do sino, a alvenaria exposta em alguns espaços e a estrutura do telhado.
A marca S Simplesmente tornou-se sinônimo de sabor, saúde e simplicidade. A história começou quando o chef Thiago Medeiros inventou uma receita de pão sem glúten gourmet e uma linha de granolas artesanais. Ele começava a produção pela manhã, dentro da cozinha da sua avó, e, mais tarde, entregava as encomendas pessoalmente, na casa dos seus clientes espalhados pela cidade de São Paulo. O boca a boca trouxe mais e mais clientes bem rápido, todos apaixonados pelos produtos preparados pelo jovem chef vegetariano, que já apresentou várias receitas no nosso site, como, por exemplo, o passo a passo para um jantar mediterrâneo completo.
Então, um encontro entre amigos promovido pelo empresário André Almada conectou Thiago com Charles Piriou, empresário francês do mundo da gastronomia. Foi amor à primeira vista! Juntos, os dois jovens criaram um conceito inspirado em valores comuns, como simpatia, sinceridade e sustentabilidade, sem esquecer do tripé principal, que fez nascer a marca S Simplesmente : simplicidade, sabor e saúde. Você confere várias receitas da marca aqui.
A dupla começou com um site de vendas online e distribuindo seus produtos em empórios e lojas gourmet de São Paulo. Pouco tempo depois, Paulo Zaffalão juntou-se ao time, para abrir mais uma frente: a dos eventos. Assim, o trio foi ganhando fama e assistindo seu negócio crescer. Até então, eles recebiam seus clientes no fundo de quintal de uma casa da Vila Madalena, onde passavam a maior parte dos seus dias. Na última semana, no entanto, finalmente decidiram abrir seu próprio espaço: a Casa S, que funciona como flagship e vitrine da marca.
Ali, tudo é sazonal e funciona como grab&go e grab&stay, conceitos inédito no Brasil. Toda semana será criado um menu, com opções que variam em função das colheitas realizadas pelos produtores locais orgánicos cadastrados. No entanto, o cliente encontra sempre produtos frescos e de muita qualidade, como sucos, suchas, saladas, sopas, snacks, sobremesas e 'specials S Simplesmente'. Sentir-se em casa é o lema principal do projeto, que visa receber adeptos de um estilo de vida consciente e saudável.
Além dos itens da marca produzidos na cozinha artesanal, estarão à venda produtos de marcas selecionadas e alinhadas ao estilo do espaço, como Amma Orgânico, Loja do Chá, A Tal da Castanha, entre outros. O empreendimento está localizado na Vila Madalena, eleito recentemente um dos 20 bairros mais descolados do mundo, segundo pesquisa do portal de passagens Skyscanner.
“O bairro é um verdadeiro hub de tendências e representa bem o que fazemos no dia a dia. É um bairro arborizado, democrático, sem ostentação e multifacetado”, comenta Charles. O projeto arquitetônico leva a assinatura de Andrea Oliveira, especialista em sustentabilidade. A identidade e a estrutura da casa serão mantidas e a reforma será feita com uso de poucos materiais, sempre de forma consciente.
A parte externa será a área de convivência e terá terraço próprio, com um belo jardim, onde estarão dispostos mesas e bancos feitos com pallets de madeira. Na decoração, predominam as cores verde, branco e marrom, que representam a identidade da S Simplesmente.
Casa S
Endereço: Rua Mourato Coelho, 1008
Horário: de seg. a sex.: das 8h às 20h, e sáb.: das 9h às 14h. www.ssimplesmente.com.br
Pé-direito alto, iluminação natural e materiais acolhedores criam uma decoração elegante e sem exageros nessa sala. A combinação de dois tapetes sobrepostos, com diferentes espessuras, confere um ar despojado e chique, fazendo um bonito contraste com o piso de tom escuro. Materiais naturais, como lã, bambu, tecidos e madeira garantem uma sensação acolhedora e criam um estilo com ares étnicos, graças às estampas e as esculturas espalhadas pelo ambiente.
A noite de ontem (17/11), no Villa Jockey, em São Paulo, foi marcada por muitos brindes e comemorações. O endereço serviu como sede da 20ª edição do Prêmio Um Sonho de Banheiro, da Deca, que celebra o trabalho de arquitetos, designers de interiores e construtoras de todo o país. Parabéns aos vencedores!
Vencedores
Na etapa regional, os arquitetos premiados da região Sul foram Juliana Pippi nas (categorias Mostra e Comercial) e Taís Marchetti Bonettie Giovani Bonetti (categoria Residencial). Já as regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste contaram com Erika Novaes (categoria comercial); Léo Romano (categoria Mostra), Karla CristinaeEduardo Bittar (categoria Residencial). No Sudeste, os premiados foram Eduarda Corrêa Malta (categoria Comercial); Paula Neder (categoria Mostra) e Ângela Roldão (categoria Residencial). Na etapa regional destinada exclusivamente ao estado de São Paulo, a marca premiou Patricia Anastassiadis (categoria comercial); David Bastos (categoria Mostra) e Otto Felix (categoria Residencial).
Ainda foram revelados os vencedores da etapa Nacional que contou com Patricia Anastassiadis (categoria Comercial); David Bastos (categoria Mostra); Otto Felix (categoria Residencial) e Fernando Piva (categoria Construtora), com projeto para a Construtora Stan.
Uma boa dose de ousadia pode render combinações elegantes e irreverentes, a exemplo da sala de jantar mostrada nessa imagem. Com um perfume dos anos 1950, as cadeiras revestidas de veludo verde e pés de metal dourado trazem certo ar de requinte, assim como o pendente chandelier, com contrastantes cúpulas pretas. O toque contemporâneo fica por conta da tela com traços que lembram um caderno de rascunhos. E para completar a mistura, mesa de madeira e adornos de cerâmica representam o estilo rústico. A base clara e janelas do piso ao teto trazem leveza, equilibrando o ambiente.
Em 1976 surgia na Itália um grupo que influenciaria futuras gerações durante muito tempo: o Studio Alchimia, fundado em Milão por mestres como Alessandro Mendini, Ettore Sottsass e Alessandro Guerriero. Sua principal missão era criar e comercializar design experimental e vanguardista, enquanto tentava percorrer um caminho oposto ao do grupo Memphis. E o design não foi a única forma de apresentar esse ideal de nova era. Desenhos, performances, desenhos arquitetônicos e exposições também fizeram parte dessa iniciativa.
Após beber na fonte do Alchimia, o duo Lanzavecchia + Wai criou a linha Fool's Gold, composta por aparador e armário feitos de folhas de aço corrugadas e envelopadas com um material cromado dourado. A técnica é a mesma do grupo oitentista, que aplicou um caráter único e de reconhecimento imediato para as peças do período pós-moderno.
A L + W foi formada em 2009, com a colaboração da italiana Francesca Lanzavecchia e do cingapurense Hunn Wai. A dupla se conheceu na Design Academy Eindhoven, na Holanda, e se graduou sob a direção de Gijs Bakker, cofundador da marca Droog, referência no segmento. Com tantas referências, seu trabalho não poderia ser menos desafiador.
Não apenas a forma e o acabamento entregam a homenagem ao Alchimia. A expressão "Ouro de Tolo" fala sobre o uso de materiais comuns, amarelos ou dourados, como a pirita, que podem ser confundidos com o nobre material. É a expressão "nem tudo que reluz é ouro" ipsis literis. O grupo pós-moderno era referência na criação de objetos irônicos, sempre confiando no valor sensual de suas criações, com produtos manufaturados com materiais baratos e de fácil aquisição.
A dupla acredita que o design também precisa de pesquisadores, engenheiros, artesãos e contadores de histórias - tudo ao mesmo tempo, se possível. Então surgem as criações ousadas, nas quais buscam desvendar a relação entre nossos corpos e sentimentos, ao mesmo tempo que não deixam de considerar as tendências do futuro. No começo do ano eles já foram destaque na nossa seleção especial. Confira abaixo mais de suas incríveis invenções.
Em homenagem aos 40 anos da Casa Vogue, dez designers brasileiros atendem a nosso convite e apresentam criações inéditas, sempre conectadas aos valores que norteiam a revista. Confira abaixo os grandes nomes e suas novas peças.
Rosenbaum e O Fetiche
Brasil sofisticado
Uma reminiscência das cadeiras de varanda feitas com espaguete plástico, bastante populares no Brasil e na América Latina há algumas décadas, a cadeira proposta por Marcelo Rosenbaum, Adriana Benguela (ausente na foto), Paulo Biacchi e Carolina Armellini tem raízes tropicais com sotaque contemporâneo. Na estrutura de ferro, o encosto é definido por um círculo que transpassa o assento, também circular, projetando-se para frente. “Fluido e flexível, o encosto abraça quem senta, e o diferencial do produto está justamente nesse abraço”, analisa Rosenbaum. Suportando as costas, uma trama de espaguete vazado de látex foi usada no protótipo, produzido pela Oppa – os designers, que já produziram duas linhas para a marca, ainda pesquisam novos materiais para a versão final do móvel, a ser lançado em breve. “Ao mesmo tempo em que essa peça tem uma identidade brasileira, ela é eclética e sofisticada, como a Casa Vogue”, avalia Paulo.
Memória minimalista
As esculturas desenvolvidas por Sergio Camargo em 1975 – mais especialmente os cilindros que as compõem – inspiraram a criação do banquinho Cil. “Levando em conta que são os 40 anos da Casa Vogue, voltei no tempo e decidi buscar uma referência naquele período, dentro de um assunto que me interessa muito, o das esculturas nacionais”, conta Zanini, que contou sua trajetória no começo do ano. “A peça é muito simples: é feita com uma antiga coluna de uma casa, de ipê, na qual entram dois elementos cilíndricos.” Nas laterais do bloco central (que mantém a seção da coluna original), duas reentrâncias recebem os cilindros, que são encaixados e colados.
Lirismo industrial
A estética contemporânea da cadeira Búzios não entrega sua inspiração inicial: os móveis de vime tradicionais. “Eles têm essas linhas mais orgânicas, em forma de concha, e eu quis fazer uma releitura disso”, diz Rodrigo, que já mostrou sua casa e sua rotina calma na metrópole. Para tanto, substituiu o vime natural pelo sintético, de PVC reciclado, e multiplicou o encosto da peça por três, dando origem a dois pés inusitados. O protótipo, que tem estrutura de alumínio, foi pensado para produção industrial. “É uma peça que tem relação com o passado e com o presente – seu desenho elegante casa com os princípios da revista”, reflete o designer.
Identidade nacional
Para a criação da mesa lateral Terracota, o designer aprofunda seus experimentos com o barro cozido, “um material muito honesto, que gera formas puras”. A terracota foi introduzida em seu repertório com a coleção Conterrâneos, na qual unia objetos preexistentes para conceber novas peças. Agora, ele se vale da mesma plasticidade, mas com uma diferença importante: a estrutura da mesa – que deverá ser executada em larga escala, em breve – é uma peça única de barro torneado à mão. Encaixado numa reentrância da estrutura, o tampo removível de porcelana pode ser usado como bandeja. “Esta mesa dialoga com a Casa Vogue porque tem forte identidade brasileira”, afirma Brunno, que já criou um móvel em parceria com a revista.
Função e poesia
A luminária Passarinho utiliza métodos construtivos clássicos da indústria de iluminação (como a cúpula feita com repuxo) para dar forma a um produto que se destaca pelo frescor do desenho. Dispostas em uma haste metálica com acabamento preto, as cúpulas de latão polido remetem a passarinhos enfileirados nos fios de luz. O resultado é “um objeto que, apesar de relativamente simples, é elegante, como o que a Casa Vogue publica nas suas páginas”, aponta Ana. A versatilidade é outro ponto forte: como as cúpulas giram 180°, podem ser voltadas para cima ou para baixo, criando diferentes atmosferas: “Se elas são direcionadas para baixo, delimitam um foco e o resto do ambiente fica escuro, dá um certo drama. Para iluminar o espaço como um todo, basta girar algumas (ou todas) para cima, rebatendo a luz no teto”, exemplifica.
Natureza múltipla
Uma escada cheia de bossa foi a resposta do designer ao convite da Casa Vogue. Toda construída com madeira maciça, ela mescla a peroba-do-campo (usada nas barras verticais e em alguns degraus) e o pau-rainha (nas porcas e nos degraus restantes). “Resolvi fazer a escada de maneira a montar e desmontar, utilizando um sistema de porcas e parafusos também de madeira”, revela Ricardo. “Acho que a escada não precisa estar escondida na área de serviço: pode decorar a sala, servir para pendurar coisas, por exemplo, ultrapassando os sentidos convencionais da peça – apesar de servir muito bem para subir e pegar seus livros. É esse aspecto, de superar o convencional, que a peça compartilha com a revista.”
Tradição reinterpretada
A paginação dos clássicos pisos de parquet motivou a criação do banco Piano, Piano. “Esse tipo de piso, tão bonito, é cada vez mais raro, por isso quis trazer essa estética de outra forma para a casa das pessoas”, conta Gustavo. O apelo naturalmente existente no desenho ganha força com a aplicação de madeiras de tonalidades variadas (freijó, roxinho e ipê), que promovem contraste entre os diversos pedaços. O nome da peça faz alusão ao velho ditado italiano “piano, piano, si va lontano” (“devagar se vai ao longe”, em português), e brinca com o fato de inúmeras pequenas partes se juntarem aos poucos para compor um móvel maior. “Para desenhar o banco, pensei na tradição que tem a Casa Vogue de sempre mostrar o melhor do cenário e valorizar o design. E também na elegância”, explica o designer.
Resgate do artesanal
Criação dos irmãos Marcelo Alvarenga e Susana Bastos, do estúdio Alva, Belly é uma linha de porta-objetos de parede idealizada para guardar papéis, revistas e documentos. Apesar de funcionais, as peças chamam atenção mesmo é pela aparência elegante: compostas por vários nichos de diferentes tamanhos, combinam o uso de couro sola cru com pelo de vaca e camurça colorida. “Essa foi a oportunidade de unir duas vontades: a de conceber um ‘porta-coisas’ e a de aprender sobre o trabalho de selaria. Mesclamos o couro sola, normalmente usado na sela, com a camurça nos detalhes”, diz Susana. Ao tirarem partido de uma arte consagrada, os designers relacionam sua mais nova peça à Casa Vogue: “Para nós, a revista é uma referência, pois une tradição e inovação – e esse é um ponto que liga a publicação ao nosso objeto”, acredita Marcelo.
Brasilidade contemporânea
Um grande prisma triangular que se apoia em dois outros menores, mas de formato semelhante: eis o banco Três, criação minimalista que contrapõe a assepsia das formas geométricas puras à opulência dos veios da madeira rústica. O volume principal, feito de cumaru, se une de maneira assimétrica aos dois menores (dispostos um de cada lado), de pequiá, para causar a impressão de um certo desequilíbrio. “Parece que o banco está no limite da sustentação e que vai tombar a qualquer momento. Foi um exercício de estética e de formalismo”, relata Guilherme, que executou o protótipo em parceria com a Tora Brasil e deve lançá-lo em breve. “A Casa Vogue sempre falou do futuro do design nacional, então segui essa ideia de usar uma matéria-prima tipicamente brasileira, que é a tora bruta, mas com uma linguagem mais contemporânea.”
Longe do convencional
Uma penteadeira diferente? Uma cadeira com um encosto fora dos padrões? A peça imaginada por Pedro – um misto de mesa e mancebo – busca justamente suscitar esse estranhamento à primeira vista e questionar os limites de função entre diversos tipos de móveis. “Eu queria fazer algo que não fosse exatamente reconhecível como ‘é isso e tem essa função’, conta o designer. A mesma estrutura de açocarbono que sustenta o tampo (de mármore nero marquina) se prolonga e dá origem ao círculo vazado que faz as vezes de mancebo. O nome do móvel? “É Arauto”, explica, “porque a Casa Vogue, uma publicação que sempre foi de vanguarda na discussão sobre a arquitetura e o design, tem esse papel de arauto, de falar antes ou estar à frente dos outros.”
Localizado no último andar de um edifício em Milão, na Itália, o sótão de 60 m² foi transformado em um elegante apartamento dúplex. Apesar de possuir pouco espaço, o local improvável tinha características favoráveis à construção de uma habitação, graças à presença de diversas janelas.
Para facilitar a setorização dos ambientes, os arquitetos do escritório italiano Piùerre tiveram a ideia de projetar um mezanino, onde foram instalados escritório e quarto.
O apartamento fica em uma das extremidades do prédio, uma posição estratégica, pois lá é possível receber luz natural em boa parte do dia. Assim, os profissionais optaram por abrir duas claraboias a fim de facilitar a iluminação zenital. Como o espaço é integrado e não possui barreiras, todos os ambientes foram beneficiados com este recurso.
Apesar de o projeto ser caracterizado pela continuidade, o único espaço fechado é a área de serviço, que foi instalada em um bloco central, entre a sala de estar e a cozinha. Além disso, serve como sustentação para a escada de aço branca.
A divisão entre o quarto no andar superior e a cozinha, no inferior, foi feita com painéis de policarbonato a fim de produzir um interessante efeito luminotécnico à noite, quando a iluminação dos ambientes está ligada.
Para criar sensação de amplitude, as paredes do corredor de entrada do apartamento receberam dois tipos de revestimentos: de um lado, uma faixa horizontal de espelho duplica a largura do espaço, do outro, foi aplicado um papel de parede da Cole & Son, com estampas de árvores, o que gera efeito de movimento e traz um contexto de natureza para o ambiente urbano. Para finalizar, alguns cabideiros foram instalados exatamente sobre os nós dos galhos, criando uma ilusão de que os objetos estão pendurados nas árvores.
A cozinha, feita sob medida, possui armários baixos, onde estão todos os equipamentos, e alguns no alto da parede. Inteligente, a marcenaria do ambiente vai se prolongando até tornar-se um banco, próximo à mesa de jantar, que é sustentada por dois cavaletes móveis. Para complementar o espaço, os profissionais escolheram cadeiras dinamarquesas da década de 1950, que foram estofadas com duas cores diferentes, criando um jogo de cores harmônico.
Uma das mais recentes invenções do século XXI que vem ganhando muito espaço no mercado é o drone. Um aparelho eletrônico dirigido por controle remoto, equipado com quatro hélices e na maioria das vezes uma câmera. Alguns modelos possuem sistema de Gps integrado, o que permite muita precisão nos voos e estabilidade.
Ele revoluciona de diversas formas o sistema de captura de imagens, possibilitando infinitos pontos de filmagem a um custo relativamente baixo, ou seja, para conseguir takes aéreos, antes se usavam helicópteros ou aviões, já o drone faz o trabalho de maneira prática e discreta.
As leis de permissão para voos ao redor do mundo ainda estão sendo elaboradas, assim como certificados para pilotar, as quais determinam onde sobrevoar ou não. Aqui no Brasil, por exemplo, ainda não é necessário ter licença para pilotar.
Novas funções para essa ferramenta vêm sendo exploradas ao redor do mundo, como estudos de terrenos, mapeamento 3D, entrega de mercadorias e até mesmo protótipos para transporte de pessoas. Imagina-se um futuro com essas máquinas sobrevoando as cidades em diferentes rotas, tornando-se mais um componente entremeio a sociedade.
A TU Delft´s, escola de engenharia e design industrial na Holanda, desenvolveu um projeto de drone equipado com kit de desfibrilador para atender mais rapidamente um pedido de socorro, os resultados apresentados indicam que ele é dez vezes mais rápido do que uma ambulância, justamente por evitar congestionamentos.
No campo da arquitetura e fotografia, duas vertentes que lidam com a luz, sombra e geometria, o uso do drone permitiu alcançar um novo tipo de visão sobre o espaço. Consegue-se observar a paisagem aérea, alcançando novos panoramas e alterando a perspectiva do registro de imagens.
Além da maior flexibilidade de observação, engenheiros também estão desenvolvendo sistemas construtivos aplicando o uso dessa tecnologia - os drones receberem suas coordenadas via plano cartesiano, o que deixa sua rota precisa no momento de pegar uma peça pré-fabricada e aplicar em seu devido local no canteiro de obra. De bloco em bloco, a construção vai subindo.
Pode-se pensar que esse tipo de solução é algo muito futurista e talvez seu custo seja alto demais, porém não se imaginava até o final do século passado que um simples celular tivesse todos os recursos que possui atualmente e nem que se tornaria um aparato tão democrático.
Takes aéreos: Lucas Takaoka
Confira o vídeo da pesquisa do ETH Zurich Flying Machine Arena, sobre as possibilidades construtivas através do uso do drone.
"O nosso objetivo com o lançamento da Expo Revestir no Inhotim é ligar um universo que lida com a estética, a realização pessoal e a qualidade de vida com a criatividade humana." Com essas palavras, Antonio Carlos Kieling, presidente da Expo Revestir, introduz o Safari fotográfico, realizado ontem (18/11), em Minas Gerais, que a Casa Vogue foi conferir de perto!
Guiado por Maria Paz e Thomaz Regatos, dupla responsável pelo escritório Rizoma Arquitetura, de Belo Horizonte, que assina alguns prédios do museu a céu aberto, um grupo de jornalistas, arquitetos e representantes do meio passeou pelos jardins e construções do local em busca das melhores vistas. Aqui, você confere os cliques publicados no Instagram da Casa Vogue.