Repensar, refletir, ressignificar, redesenhar. O tema de 2017 do CONAD (Congresso Nacional de Designers de Interiores), que será realizado em 9 e 10 de agosto em São Paulo, convida todos a "zerar" o pensamento e avaliar a forma como usamos e projetamos a vida e o morar. O congresso, considerado o maior do segmento na América Latina, levará novamente ao São Paulo Expo uma série de palestras com profissionais respeitados no mercado da decoração.
Cerca de 13 conversas serão realizadas nos dois dias de evento e a Casa Vogue conduz uma delas. Taissa Buescu, diretora de redação, mediará um bate-papo no dia 9/08, às 13h40, com a presença de três mulheres experts em diferentes segmentos: Fernanda Marques, arquiteta, Renata Tilli, paisagista, e Christina Hamoui, designer de interiores. Pensando em alternativas para o futuro, o quarteto falará sobre o quanto a evolução da tecnologia, o comportamento social, o compartilhamento de bens e a geração millenial estão influenciando a concepção da casa.
Sob curadoria de Monica Barbosa, o evento também contará com palestras do designer de interiores Fabio Galeazzo, da trendhunter Sabina Deweik, da italiana Marcella Bricchi, líder do programa de design do Istituto Marangoni, e de Blanca Lliahnne, representante da Pantone no Brasil. A programação completa de palestras e as inscrições, estas em aberto até 4 de agosto, estão disponíveis no site da CONAD. Os valores variam entre R$ 110 e R$ 425.
10º CONAD - Congresso Nacional de Designers de Interiores
Quando: 9 e 10 de agosto de 2017
Onde: São Paulo Expo - Rodovia dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo, SP.
Ingressos: R$ 110 (estudantes e professores associados), R$ 220 (profissionais associados) e R$ 425 (não associados).
Desta vez não é a China que bateu mais um recorde. Quem agora abriga a maior ponte de pedestres suspensa do mundo é Suiça. Ligando as cidades de Zermatt e Grächen ao longo da trilha Europaweg, a construção atingiu 494 metros de comprimento, que ficam suspensos a 85 metros de altura.
Para quem não sofre de acrofobia, a paisagem da ponte Charles Kuonen é de encantar: além de alta e gigantesca, ela corta um vale repleto de árvores e tem vista para os alpes Matterhorn, Weisshorn e Bernese. Como as grades são baixas, é possível ver o precipício bem abaixo dos pés!
Estima-se que a caminhada pela construção seja de 10 minutos, percurso muito mais rápido do que a viagem anterior pelo vale de Zermatt, que durava quase quatro horas. E não só o visual tira o fôlego por ali: a altitude em relação ao nível do mar é de 2200 metros.
Aos fãs de culinária, não faltará programas incríveis se depender do Rio Gastronomia 2017, uma realização O GLOBO. A sétima edição do evento acontecerá no Píer Mauá, nos finais de semana do dia 4 ao 6, e 10 a 13 de agosto, reunindo nomes importantes do mercado da comida, assim como palestras, degustações, workshops de empreendedorismo e muitos sabores.
Com vista para o Museu do Amanhã, o evento espera 60 mil visitantes - 20 mil a mais do que no ano passado. Isso porque os investimentos ultrapassam a ambientação descolada e confortável para todos transitarem e degustarem com conforto, com agenda mais completa.
Ao todo são 200 estabelecimentos participantes oferecendo pratos a preços acessíveis. Entre eles estão os concorridos do Copacabana Palace (MEE, Pérgula e Cipriani), Gula Gula e Casa do Sardo. Da Bela, Torninha (Niterói) e o Barão (Itaipava/Petrópolis) são estreantes na programação. Botecos e quiosques cariocas não ficaram de fora, com Bar do David e Clássico Beach Club como exemplos, muito menos os badalados food trucks da cidade.
Aos que gostam também de experimentar sabores na própria cozinha, o Rio Gastronomia oferece uma feira de pequenos produtores para aproximá-los do consumidor final. Na Feira dos Sabores os visitantes encontrarão desde queijos e geleias até embutidos e cachaças do estado.
Aulas e workshops com chefs estrelados tomam conta dos auditórios, com temas variados, como o lámen perfeito, açougue vegano, gastronomia sustentável, sucesso dos drinques com gim, alimentos funcionais e tantos outros. Jefferson Rueda, do Casa do Porco Bar, Helena Rizzo, do Maní, Francis Mallmann, do Bodega Garzón, e a equipe do The Taste Brasil, programa do GNT, são alguns dos nomes presentes nas palestras.
Tanta explosão de sabor e texturas, com muito conteúdo, não poderia deixar de convidar os pequenos para a experiência. Espaço ao ar livre e aulas especiais para crianças fazem parte do Espaço Infantil Sesc. Um programa saboroso para toda a família!
Rio Gastronomia 2017
Local: Armazéns 3 e 4 - Píer Mauá
Endereço: Avenida Rodrigues Alves, 20, Praça Mauá, Rio de Janeiro
Horários: de 4 a 6; 10 a 13 de agosto; sexta, das 16h às 23h; sábado, das 12h às 23h; e domingo das 12h às 22h.
Ingressos: ingressocerto.com/riogastronomia (descontos para assinantes O Globo, clientes Santander MasterCard e Claro Clube)
Classificação: livre
É na chamada zona de exclusão, área mais afetada pelo acidente da Usina Nuclear de Chernobyl, a apenas 14 km de distância de onde ocorreu o desastre, que acaba de ser inaugurado o Chernobyl Hostel Polissya, um albergue criado pela Agência do Estado da Zona de Exclusão para oferecer uma melhor experiência aos turistas que visitam a região.
Aberta desde 2011 para visitação – embora os níveis de radioatividade não sejam recomendáveis para grávidas ou crianças, por exemplo, a zona de exclusão se tornou um importante ponto turístico para a Ucrânia e atrai interessados não só na história do desastre, mas também nos resquícios da União Soviética que permanecem no local.
O novo hostel tem diárias por cerca de US$7,60 e capacidade para abrigar 102 hóspedes em acomodações simples, mas que fornecem tudo que é necessário para uma estadia curta e confortável, incluindo quartos com TV de plasma, banheiro, chuveiro e móveis modernos, além WiFi gratuito.
Por mais surpreendente que pareça, este albergue não é a única acomodação disponível na zona de Chernobyl, embora aparente ser uma das mais próximas ao desastre. A região já possuí uma série de edifícios antigos que foram reconstruídos para oferecer quartos aceitáveis para os visitantes.
Foi no dia 26 de abril de 1986, há pouco mais de 31 anos, que a o reator nuclear número 4 da usina de Chernobyl explodiu, contaminaram com radiação até três quartos do território europeu e tornando parte do que hoje é a Ucrânia praticamente inabitável. Atualmente o reator foi isolado, mas a área de 30 km² que cerca a usina permanece quase que totalemnte despovoada.
Saltos com o corpo solto sem medo do impacto no chão. Ele não trava o movimento. Ao contrário: volta ainda mais belo e sedutor. Os pés marcam as batidas dos tambores. Pas de deux e fouettés dão lugar a remelexos de quadril, ombros e pélvis. São gestos aparentemente simples e repetidos, formando desenhos no palco e efeitos especiais. Nas vozes de Elza Soares e Juçara Marçal, do grupo Metá Metá, uma pista: “Parece até que o som do seu cajado ensina o nosso pé... Mas se não vem no amor ou vem do alto, só gente a gente é. Quem pisou no chão, quem pisou no céu, quem pisou no caos”. Se o Grupo Corpo criou, em 42 anos, um vocabulário coreográfico único, cheio de inflexões e reflexões notadamente brasilianas, e a certeza comum, ao final de cada espetáculo, de que os bailarinos ganham ar divino no palco, já estava mais do que na hora de compor um balé dedicado às entidades da umbanda e do candomblé.
Senhor da energia da transformação e da dinâmica, Exu é quem melhor entende as questões mundanas, colocando-se como intermediário entre os homens e os espíritos, e é protagonista de Gira, balé que estreia este mês. Não podia ser diferente. Uma das figuras mais sensuais das religiões afrodescendentes, ele encarna nos corpos vigorosos e nos requebrados dos bailarinos.
A ideia é celebrá-lo e eliminar a fama demonizada que a entidade ganhou na cultura brasileira. “Um dos nomes de Exu é Bará, que quer dizer ‘rei do Corpo’. Para os iorubás [um dos maiores grupos étnico-linguísticos da África Ocidental], Exu é a força dinâmica que move os corpos, é o senhor do caos e do que ele tem de potente e inovador”, explica Kiko Dinucci, outro integrante do Metá Metá, que compôs as músicas e contou com a participação de Elza Soares nas gravações.
Há novidades na construção deste espetáculo. Os bailarinos nunca saem de cena: entre um número e outro, eles sentam em cadeiras negras e se cobrem com um véu do mesmo tom. “Eles ficam em volta de um quadrado iluminado até serem chamados para participar da festa. Me inspirei nas atitudes das entidades, mas é importante dizer que não queremos recriar um terreiro no palco”, afirma o coreógrafo Rodrigo Pederneiras. Assim, a gira – ritual de incorporação e conexão com a outra dimensão – só pode acontecer no centro iluminado.
A outra inovação acontece nos corpos dos integrantes. A arquiteta e figurinista Freusa Zechmeister colocou todos de saia e torso nu. Apesar de já ter usado saia nos meninos em Sem Mim e ter vestido macacões semelhantes para eles e elas em Triz, Freusa afirma que agora quer eliminar qualquer resquício de gênero. “Gostaria de abolir qualquer identidade – não quero, por exemplo, cabelos diferentes interferindo no movimento ou revelando quem é cada bailarino. Vou eliminar a distinção entre homens e mulheres, pois no terreiro todos são tratados da mesma forma.”
A maquiagem vermelha nos pescoços garante a dramaticidade do cenário e da iluminação assinados por Paulo Pederneiras. A cor, somada ao preto dos tules, vale lembrar, compõe os tons que representam Exu. Se a ocupação do espaço por Rodrigo e Paulo impressionam, é interessante notar a participação de Freusa. A roupa e os corpos dos dançarinos são como objetos, elementos decisivos para a arquitetura do espetáculo e, por isso, ela procura desenhar uma “indumentária permissora”. “As saias vão dar continuidade e ampliar os movimentos que o Rodrigo criou”, diz.
No terreiro, o ritmo acelerado do atabaque e a dança levam à transcendência. Desta vez, parece que os jogos de cintura e marcações de pé, que já tanto nos conectou a esses bailarinos endeusados, vão finalmente nos conectar com outra dimensão e nos ligar a um Brasil em transe.
Brasis do Corpo
21, 1992
Divisor de águas, 21 marcou o período em que a companhia mineira voltou a convidar músicos para fazer composições personalizadas. Marco Antonio Guimarães, do grupo UAKTI, criou para um balé vigoroso, cuja coreografia final é uma explosão de cor e requebrados contagiantes que faziam referência aos folguedos populares e às festas do interior. No cenário, um patchwork de pedaços de chita (na foto, acima) já revelava a brasilidade do grupo que conquistou fãs no país e no mundo.
PARABELO, 1997
Coreografia mais dançada pelo Corpo fora do Brasil, Parabelo tem música de Tom Zé e José Miguel Wisnik e traz a memória do baião. Para a cenografia, Fernando Velloso e Paulo Pederneiras buscaram as imagens de ex-votos. As músicas resgatavam outras referências nacionais, como Canudos e a paisagens do Sertão.
BENGUELÊ, 1998
Com música de João Bosco, o espetáculo (acima, na foto) exaltou o passado africano na nossa cultura. Por isso a música evocava ritmos afro-brasileiros, como o maracatu, o candomblé e o congado. Ora festivos, ora ritualísticos, os movimentos sugeriam danças tribais nas quais as figuras humanas podiam aparecer animalizadas. Paulo Pederneiras imprimiu marcante efeito no palco com filas de bailarinos em diferentes planos.
ONQOTÔ, 2005
Caetano Veloso e José Miguel Wisnik compuseram músicas para um balé sobre a origem do Universo e de questionamentos existenciais inerentes à condição humana. “Onqotô”, “pronqovô” e “qemqosô” são, respectivamente, “onde estou?”, “para onde vou?” e “quem eu sou?” em “mineirês”. Os pas de deux da música Mortal Loucura e o efeito de luz no solo de Tão Pequeno estão entre os mais belos momentos da companhia.
A Tarte Flambée, ou “torta cozida nas flamas", é uma tradicional receita da região da Alsácia. Também conhecida por ser uma espécie de versão francessa da pizza, o prato tem massa bem fina e recheio simples, de queijo, cebola e bacon. Uma ótima saída tanto para petiscos, quanto para jantares mais desconstraídos, que você aprende a preparar, passo a passo, com a receita da chef Marta Fragozo do restaurante carioca Flambée.
Ingredientes para a massa:
250g de farinha de trigo
50ml de óleo vegetal
1 colher rasa de café de sal
150ml de água morna
Ingredientes para cobertura
1 cebola grande
40g de manteiga
250g de bacon
100g de queijo emmenthal ralado
250g de farinha de trigo
5cl de óleo vegetal
1 colher rasa de café de sal
150ml de água morna
200g de creme de leite azedo
5g de pimenta-do-reino
5g de sal
5g de noz-moscada moída
Modo de preparo:
1- Numa vasilha, misture a farinha com a água, sal e óleo;
2- Mexa muito bem com as mãos, sovando a massa;
3- Cubra a massa com um pano e a deixe massa descansar à temperatura ambiente por uma hora, cobrindo com um pano;
4- Separe a massa em duas partes iguais e faça duas bolas com cada metade;
5- Unte uma mesa com farinha. Abra a massa, formatando um retângulo;
6- Disponha depois sobre uma lâmina de papel-alumínio;
7- Coloque a manteiga numa frigideira e doure as cebolas;
8- Em outra frigideira, junte a manteiga e doure o bacon em cubinhos em fogo médio
9- Espalhe o creme de leite temperado sobre a massa com uma colher, deixando a distância de um dedo da borda;
10- Acrescente a cebola, o bacon e o queijo ralado sobre o creme;
11- Coloque no forno quente por dez minutos;
12- Corte os retângulos e sirva.
Existem momentos que demolir é mais fácil e prático do que reformar cada detalhe. Caso desta propriedade no bairro do Pacaembu, em São Paulo, com projeto assinado pelo DMDV Arquitetos. O terreno com aclive acentuado abrigava outra casa, antiga, porém, nada modernista. Os donos queriam algo menos descaracterizado e decidiram reformular toda a estrutura, mas não imaginavam que tudo iria abaixo.
“Retiramos tudo o que havia por lá, deixamos apenas os tijolos, reaproveitados da melhor maneira”, comenta o arquiteto Renato Dalla Marta, sócio do escritório. A antiga fachada com rampa de acesso e outras grandiosidades deu lugar para uma dinâmica mais intuitiva, sobrando espaço para outras inovações.
Como o prazo para a entrega da nova casa era curto, o DMDV propôs a estrutura metálica para conduzir toda a arquitetura. “Além de ser mais rápido de instalar - estima-se 15 dias no total para esta residência -, a estrutura metálica traz uma leveza para a casa”, comenta Renato. Ambientes amplos ganharam destaque com o fechamento de vidro total e luz natural graças ao posicionamento estratégico dos cômodos conforme o movimento do sol.
Sendo a garagem, localizada no nível da rua, o único local parcialmente enterrado, o concreto dá sustentação ao pavimento. Por ali, lavanderia, quatro vagas para carros e depósito ganham iluminação e ventilação provindas de pequenas aberturas para o jardim, que, por sua vez, contém cisterna enterrada para captação de água da chuva, reutilizada pelo sistema de irrigação.
No andar superior, os moradores convivem a maior parte do tempo, entre sala de estar, jantar, cozinha integrada e home theater. A área externa contém dois jardins, um na parte da frente e outro ao fundo, com piscina, deck de madeira, churrasqueira e uma edícula transformada em brinquedoteca para as duas filhas do casal brincarem.
As três suítes ficam no andar de cima, uma para o casal, outra para as pequenas e outra para visitas. Como a casa é totalmente envolta de vidro, brises verticais de madeira cumaru foram necessários para evitar o calor interno em excesso. Acima disso, um pequeno espaço para o escritório do proprietário complementa a casa com 500m² de área construída.
Junto com a retomada dos tons terrosos e a volta do vime, as texturas rústicas e naturais voltaram a ser tendência de decoração mesmo em ambientes urbanos, trazendo consigo a energia da natureza. A madeira, então, passou a ganhar protagonismo em ambientes como esta cozinha criada pela britânica Swoon Editions.
Apesar de toda a estética bruta que os veios da madeira trazem, os armários e prateleiras adicionam leveza visual com suas linhas restas e formas minimalistas, sem detalhes ou puxadores. O tampo de pedra contribui para que o visual natural se instale. Como um contraponto de elegância, a parede ganha um tom escuro de azul.
O Museu de Arte de São Paulo acaba de dar mais um passo rumo ao seu processo de revitalização. Após re-pintar as colunas de vermelho e trazer de volta os cavaletes de Lina, o Museu acaba de ganhar uma bolsa de US$ 150 mil para montar um grande plano de conservação do edifício.
O financiamento é resultado da conquista do prêmio Keeping It Modern 2017, entregue pela Fundação Getty, de Los Angeles. A instituição tem como objetivo a conservação arquitetônica de edifícios modernos e apoia projetos de pesquisa e planejamento em todo o mundo. Só este ano foram 12 premiados, que juntos somam uma colaboração de US $1.66 milhões.
Silvio Oksman, coordenador da equipe que desenvolveu o projeto e que agora colocará o plano em prática, explica que a doação deve ser 100% investida no desenvolvimento da pesquisa que tem como objetivo analisar a atual situação do prédio e definir parâmetros para a sua conservação.
“Hoje a gente não tem absoluta certeza de como o edifício se comporta”, comenta o arquiteto especializado em patrimônios modernos que admite que o projeto não seguiria em frente caso o prêmio não fosse conquistado. Silvio explica ainda que a equipe multidisciplinar deve iniciar seu trabalho no estudo das estruturas de concreto do museu, analisando como elas envelheceram ao longo dos anos – dando, claro, atenção especial a deformação das vigas superiores, responsáveis por sustentar as galerias sobre o vão livre.
Outros pontos como, por exemplo, a impermeabilização da cobertura, a tinta usada para pintar as vigas, a resistência das galerias ou mesmo o efeito das vibrações da estrutura nos dias de show, também serão analisados pelos pesquisadores que planejam entregar a diretoria do MASP, um plano de conservação que mapeie todo o edifício no prazo de um ano.
“Hoje o MASP trabalha com uma margem de segurança bastante grande, mas com a pesquisa podemos descobrir que a estrutura suspensa suporta estruturas mais pesadas, uma escultura maior, por exemplo”, explica Silvio ao exemplificar as descobertas que podem surgir após este estudo aprofundado.
Visto a importância do edifício de Lina Bo Bardi para a cidade de São Paulo, o projeto prevê ainda que o público acompanhe o desenrolar da pesquisa através de palestras abertas que colocarão em pauta temas já abordados pela equipe.
Desde a criação da premiação em 2014, outras 21 obras icônicas do modernismo mundial foram contempladas pela mesma doação da Fundação Getty, entre elas a Casa de Vidro, também de Lina Bo Bardi e a sede da Bauhaus, desenhada por Walter Gropius, na Alemanha.
Vencedor do Pritzker em 1995, e famoso por projetos modernos, minimalistas e que apostam no concreto, o arquiteto japonês Tadao Ando assina seu primeiro residencial fora da Ásia. O endereço? 152 Elizabeth Street, no bairro de NoLIta, em Nova York.
O edifício batizado com o mesmo nome da rua, tem sete andares, sendo um apartamento por andar, e foi projetado em parceria com o designer Michael Gabellini, que colaborou com o desenvolvimento dos interiores, além da colaboração da empresa Sumaida + Khurana.
Seguindo a identidade dos trabalhos de Tadao Ando, o edifício combina concreto polido, metal e vidro com elementos naturais e uma parede verde, criando, segundo o arquiteto, uma espécie de santuário.
"Uma casa tem que ser um lugar onde você possa refletir sobre sua vida. Este projeto é sobre isso. Quando você chega em casa, deve ter uma sensação de aquietação. Eu tenho que fazer algo que toca os corações humanos e deixa um sentimento dentro deles”, explica Ando ao apresentar o projeto.
Localizado no centro de Manhattan, mais especificamente no bairro de NoLIta, este edifício deve ganhar ainda um cuidado acústico extra. Vidros especiais garantem paz e silêncio em meio a agitação do bairro, mas sem comprometer a iluminação natural que virá através de janelas que vão do chão ao teto e circundam praticamente toda a área social do apartamento.
Para que um edifício funcione verdadeiramente, Ando defende que o equilíbrio de seus elementos deve ser perfeito e por isso trabalha no 152 Elizabeth muito mais do que o jogo de luz e sombra ou agitação e silêncio, mas também a harmonia completa entre todos os elementos que compõe o edifício: a água, a vegetação, o aço e o vidro.
Todos os dias nos deparamos com novas tendências - os tons terrosos, o millenial pinke tantas outras já marcaram o ano de 2017. Elas são reveladas por trend hunters, que avaliam o comportamento das pessoas e, nessa pesquisa, muito do que já foi moda no passado volta com força no presente. Enquanto isso, também buscamos descobrir o que virá de novo e, nesse processo, a tecnologia é de grande importância, podendo até servir de inspiração para uma decoração inovadora.
Pensando em como o passado e o futuro influenciam no morar, o Batalha de Tendências desta quarta-feira, programa ao vivo que acontece no Facebook da Casa Vogue, revela como o décor retrô e o futurista podem deixar suas referências em salas, quartos, banheiros e muitos outros cantos da casa de um jeito interessante. Confira a seguir os ambientes escolhidos!
Engana-se quem pensa que entre o vintage e o retrô não há diferença. Vintage é tudo aquilo que de fato veio do passado. Já o retrô traz de volta essas e outras referências, porém de um jeito atual. Na decoração, há infinitos jeitos de utilizar resgatar o antigo: seja utilizando uma única vitrola, o bule da vovó, ou até os telefones de disco, mas com novas cores, revestimentos e compondo com peças contemporâneas. No entanto, algumas tendências do passado estão com tudo novamente, caso do veludo. Caso não queira deixar a decoração datada, o segredo é saber dosar os objetos aos poucos, mesclando as épocas.
XNão é de hoje que o homem tenta adivinhar como serão os tempos que ainda estão por vir. O movimento futurista surgiu no incício do século 20 com a pretenção de criar uma nova estética para um novo tempo. Formas orgânicas, materiais tecnológicos, minimalismo visual, profusão de branco, tons fortes e pontuais, são apenas alguns dos ingredientes para a criação de um ambiente futurista - isso sem falar em um irresistível tempero de ficção científica.
Prédios antigos não faltam em São Paulo, difícil mesmo é encontrar um apartamento nessas joias arquitetônicas. Esta unidade de 1950, localizada na Av. 9 de Julho, na altura do Itaim, é uma delas. O casal com uma filha pequena adquiriu a propriedade e logo consultou a arquiteta Ana Bumachar para realizar o projeto da reforma, que consiste em decoração e algumas mudanças estruturais.
“Os espaços originais foram mantidos, porque já eram bem amplos”, afirma Ana, que ficou entusiasmada com o pé direito alto e o tamanho de cada cômodo. Os clientes queriam uma parede de tijolos na sala, único pedido explícito desde o início. Então, a arquiteta optou por resguardar a arquitetura da planta, atualizando, apenas, os revestimentos. Sem, claro, utilizar forro de gesso para não desvalorizar o pé direito de 3 metros de altura.
A iluminação natural, portanto, é garantida em toda a extensão do apartamento, com janelas grandes. A claridade segue na paleta da casa com alma carioca. A nova moradora fez questão de trazer objetos e móveis do antigo apartamento no Rio de Janeiro para compor o décor contemporâneo com atmosfera praiana, unindo a sugestões de design de Ana Bumachar.
As bases neutras da área comum revelam-se graças ao contraste com o verde das plantas e objetos metalizados, como o lustre pendente do jantar e bancos na sala de estar. O piso de taco original é um dos grandes protagonistas deste apartamento. Destaque também para o ladrilho hidráulico na cozinha, que reforça a estética vintage sem obviedades.
Amantes de uma boa cerveja certamente irão apreciar esta receita de hambúrguer de costela: a carne é acompanhada de ketchup, maionese e cebola caramelizada, cada um feito com uma cerveja diferente. Quem ensina o passo a passo do "Ultimate Beer Burguer" é o chef e sommelier de cervejas, Guilherme De Rosso, proprietário do Boteco Simples Assim e supervisor do curso de Beer Sommelier do Centro Europeu, ambos de Curitiba.
Ultimate Beer Burguer: hambúrguer de costela com ketchup e maionese de cerveja
Ingredientes de ketchup Weizen
1 cebola roxa grande picada
500 g de tomate fresco maduro cortado em quatro
500 g de tomates pelados em lata
3 dentes de alho
2 pimentas dedo de moça
200 g de açúcar mascavo
250 ml de cerveja de trigo (Hefe-Weizen)
100 ml de vinagre de malte (pode ser de arroz, caso não tenha)
1 colher de chá de tomilho fresco
1 colher de chá de canela
1 colher de chá de pó de cebola
1 colher de chá de pimenta cayenne
Sal e pimenta do reino a gosto
Manjericão fresco
Modo de preparo do ketchup Weizen
Doure a cebola em fogo médio. Acrescente o alho, todos tomates, a pimenta dedo de moça e cozinhe por aproximadamente 10 minutos, mexendo constantemente. Acrescente todos os outros ingredientes. Cozinhe com tampa fechada por aproximadamente 60 minutos abaixo da temperatura de ebulição (com bolhas esparsas e pequenas se formando da fervura). Cozinhe sem a tampa por mais 30 minutos. Deixe esfriar e bata no liquidificador.
Ingredientes maionese DIPA
50 ml de cerveja Imperial IPA
1 ovo inteiro
15 g de mostarda escura
Suco de meio limão rosa
Sal e pimenta do reino a gosto
200 ml de óleo de soja ou até emulsificar
Modo de preparo maionese DIPA
Num liquidificador, coloque todos os ingredientes exceto o óleo e a cerveja e bata em velocidade alta até misturar tudo. Depois, crescente o óleo a fio até emulsificar e dar o ponto de maionese. Para finalizar, acrescente a cerveja e bata até homogeneizar.
Ingredientes da cebola caramelizada com Dubbel
1 cebola média cortada à julliene
1 colher de açúcar mascavo
50 ml de cerveja tipo Dubbel
Modo de preparo da cebola
Em fogo baixo, frite a cebola na panela até murchar. Depois, acrescente o açúcar e a cerveja e deixe caramelizar e reduzir até o ponto desejado.
Ingredientes do hambúrguer
160 g de costela
Sal grosso
Pimenta do reino preta
Modo de preparo do hambúrguer
Com o auxílio de um aro, molde o hambúrguer de 160 g. Coloque-o para assar. Cubra o lado que não está no fogo com pimenta do reino e sal, deixe assar por 4 minutos e vire o hambúrguer. Após 2 minutos, acrescente queijo muçarela para derreter, se desejado, e asse por mais 2 minutos. Com o auxílio de uma pinça ou espátula, bata delicadamente o hambúrguer pra sair o excesso de sal grosso. Faça a montagem no pão com o ketchup, a maionese e a cebola. Cheddar inglês, bacon em fatias e pepino em conserva também são algumas opções para incrementar o prato!
Os franceses são conhecidos por comer muita manteiga e queijos, mas parece que o movimento vegan chegou com tudo e as opções não faltam em Paris. Nosso colunista Charles Piriou, da Simplesmente, foi conferir as novidades. Vamos ao roteiro!
Queijo vegetal em Paris? Oh oui! São excelentes, por sinal, e feitos com muito amor na Jay & Joy, umm verdadeiro ateliê de queijos em pleno coração da cidade. A boa dica é ir na quarta-feira, às 17h, quando a fundadora Mary Carmen promove uma degustação. Nosso xodó é o Joy Prairie, que parece um boursin, porém feito com amendoas, alho, ervas e sal rosa. Quem diria?
Café Ginger
Localizado no bairro popular da Bastille, o Café Ginger é frequentado por habitués que curtem seu cardápio de torta, lasanha ou rolo primavera acompanhado de várias opções de saladas coloridas e super nutritivas. Para quem quiser, eles vendem também lindas cestas de verduras orgânicas.
Le Trycicle
É um fast-food do jeito que gostamos. Tudo começou com um food-bike e virou sucesso. Com sua atmosfera cool que lembra muito Londres, lá é possível encontrar ótimos hot dogs. Prefira os horários mais tranquilos, fora do horário do almoço, para fugir da multidão.
L’Arpège
Curte alta gastronomia? Não deixe de viver a experiência do Alain Passard, um dos primeiros chefs estrelados no mundo a trocar a carne pelos legumes. No seu restaurante L’Arpège, prepare-se para rever todos seus conceitos e viver altas sensações a cada garfada. Um pouco mais fancy, vale também conhecer o restaurante do Alain Ducasse no Plaza Athenée.
42 degrés
Primeiro restaurante vegan e raw parisiense, o 42 degrés é original e surpreende pela estética e apresentação dos pratos. O nome se dá devido a temperatura em que são levados os ingredientes ao forno, que mantém os nutrientes e vitaminas.
Brasserie Lola
Única opção vegan perto da Tour Eiffel, o Brasserie Lola surpreende pela modernidade e criatividade, onde mistura-se clássicos franceses com ingredientes veganos.
Gentle Gourmet Café
O Gentle Gourmet Café é o lugar vegan mais cool e bem frequentado da cidade, com grande variedade de opções veganas. Os deliciosos pratos inspirados ds culinária francesa costumam ser lindamente decorados com flores comestíveis.
Espaços de transição, como corredores e halls de entrada, são ótimos cômodos para deixar a criatividade rolar na hora de pensar na decoração da casa. Como já mostramos neste ambiente com papel de parede claro com estampas botânicas, apostar neste revestimento é sinônimo de sucesso.
No caso deste espaço criado pelo escritório polonês Odwzorowanie, os motivos vegetais surgem sobre fundo negro, evocando palmeiras tropicais. A paleta escura de pretos e verdes se conecta imediatamente ao ambiente ao lado, com sotaque escandinavo mais pesado, que trabalha as mesmas cores, mas de maneira diferente: o verde cobre totalmente a parede enquanto o preto se mescla com o branco em um piso com padronagens geométricas. O resultado é cool e elegante.
Na era da alta velocidade e marketing de experiência, inovação e parcerias possiblitam que hoteis tragam propostas que vão muito além de um bom serviço de hospedagem.
O Hotel Café Royal, localizado no Picadilly Circus em Londres, anunciou um serviço que será lançado em setembro deste ano junto com a semana de moda na cidade: trata-se de um canal de compras personalizadas, em parceria com o matchesfashion.com, que busca atender os visitantes que precisam de peças de qualidade para eventos e reuniões importantes no mesmo dia.
Os hospedes terão acesso a uma exposição de produtos - uma espécie de showroom para homens e mulheres - separados em três ambientes pelas categorias esporte, formal e festa.
O bacana desse serviço é a colaboração. O Matchesfashion.com é um dos maiores curadores de luxo do hotel e a loja especial foi desenhada sob medida para o perifil dos hospedes. Esse serviço foi chamado de Fashion Now e promete entregar as encomendas por um stylist em até 90 minutos no quarto do cliente. O stylist irá auxiliar na produção de moda e também em eventuais alterações que precisem ser realizadas nas peças.
Os brasileiros que gostam de realizar suas compras mesmo antes de sair de casa poderão escolher peças no e-commerce e encontrá-las no quarto quando chegarem à capital inglesa. "Uma viagem pode ser repleta de surpresas - pode ser uma bagagem perdida ou simplesmente o desejo de adquirir algo novo. Em uma era de luxo experiencial, nosso objetivo é oferecer um nível excepcional de serviço para nossos clientes e o 'Fashion Now' oferece aos residentes o luxo de fazer uma viagem de compras sem ter que pisar fora do hotel ", explicou Francois Xavier Schoeffer, gerente do Hotel Café Royal.
Jorge Grimberg é escritor e criador de conteúdo para as indústrias de mode e lifestile. Na coluna Another Look, ele mostra para a Casa Vogue um pouco do que viu em suas viagens e andanças.
Neste mês, o DW! São Paulo Design Weekend concentrará na capital paulista mais de 300 eventos voltados para quem ama design nesta que já é a 6ª edição do festival. E a Casa Vogue estará presente na semana com uma programação especial de documentários: o Casa Vogue DOCs.
Com apoio da Suvinil, a exibição dos filmes, que abordam o tema design e arquitetura, acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de agosto, sempre às 18h30, no Cine Belas Artes, localizado no bairro Consolação. Após a apresentação dos mesmos, haverá uma roda de conversas com os profissionais envolvidos nas filmagens.
No dia 7, haverá a projeção de Várzea Queimada. Espírito, matéria e inspiração, com a participação de Marcelo Rosenbaum. No dia 8, é a vez de conhecermos Vilanova Artigas: o arquiteto e a luz, filme conduzido pela neta do arquiteto, Laura Artigas. Já o documentário Bernardes, que conta a história do arquiteto Sérgio Bernardes, terá a presença de seu neto, Thiago Bernardes. Todos os filmes são gratuitos, porém as vagas são limitadas! Clique aqui para se inscrever.
Casa Vogue DOCs
Quando: 7, 8 e 9 de agosto, às 18h30
Onde: Cine Belas Artes - R. da Consolação, 2.423 - Consolação, São Paulo.
Inscrições gratuitas.
“Criatividade e beleza podem resolver os problemas mais importantes do mundo”, essa é uma das máximas que guiam o trabalho do jovem Dror Bensherit. Nascido em Israel e com escritório sediado em Nova York o designer, que também merece o título de artista e futurista, já coleciona prêmios e reconhecimentos com peças e projetos surpreendentes que vão de vasos e malas a portos, condomínios e uma ilha na costa de Istambul.
Em busca de novas perspectivas, Dror é um criador que pratica a arte do questionamento e busca sempre ir além da função primeira de um designer. Abusando da liberdade para imaginar e abrigando disciplinas das mais diversas áreas do conhecimento, surgem novas tipologias e soluções que surpreendem não apenas pela engenhosidade, simplicidade ou criatividade, mas também por sempre carregar um conceito por trás.
Da bolsa dobrável ao condomínio, tudo que Bensherit cria dialoga com novas tendências do viver, morar ou consumir. Não a toa o israelense será o “Designer do ano” do BoomSPDesign 2017, fórum internacional que tem o intuito de discutir, atualizar, explorar e repensar o design.
Entre os muitos eventos promovidos pelo Fórum, que começa no dia 7 de agosto, está ainda uma palestra com Dror sobre o futuro. Um encontro que promete abrir a mente da platéia e abastecer os presentes com referências originais.
Mas se você, como a gente, não aguenta esperar. Também pode conferir conferir abaixo uma palinha com 5 das criações mais impressionantes de Dror Bensherit:
1. Biblioteca Nacional de Israel
Com formato triangular este edifício, que abriga hoje cerca de 5 milhões de livros, busca reforçar a relação entre os textos e o olho humano, a principal ferramenta usada para processar palavras. “Eu queria criar um edifício que simbolizasse essa internalização - uma agregação cada vez maior de conhecimento”, explica Dror ao falar da obra construída em 2012.
2. Vase of phases
“Assim como uma flor cresce dentro do solo quebrado, o espírito humano é moldado por dificuldades”, esta foi a reflexão que levou o jovem Dror, aos seus 25 anos, criar estes impressionantes vasos de porcelana que, não só foram premiados, mas também fazem parte do acervo de museus renomados como o Museu de Artes e Design de Nova York.
3. Peacock Chair
Sem cola ou costura, apenas três anéis de feltro dobrados e presos em uma estrutura de metal. Assim é uma das criações mais icônicas de Dror, a sua “poltrona pavão”. Fabricado pela Cappellini o móvel surpreende pela resistência adquirida apenas pela forma inusitada de usar o material e já foi usada por ninguém menos do Rihanna
4. Nurai
Qual o conceito de luxo para quem já tem tudo? Essa foi a pergunta que Dror se fez ao começar o projeto do condomínio de luxo criado por ele em uma ilha particular ao lada da costa de Abu Dabi. O resultado? Casas que parecem se esconder de baixo de um vasto tapete verde, oferecendo um equilíbrio quase que perfeito entre a privacidade buscada pelos futuros moradores e vida em comunidade típica de uma ilhota.
Localizado no coração de Istambul este passeio marítimo de 1,2 km era uma área portuária restrita, que abrigava os serviços de manutenção, entregas e embarque e desembarque de passageiros, mas privava a cidade de vistas deslumbrantes. Para transformar essa realidade Dror+Gensler foram além dos limites do terreno e, juntos, desenvolveram o que em breve será a primeira operação de cruzeiro subterrâneo do mundo. Um solução complexa, mas que devolver a cidade sua vista para o mar.
A ideia é simples: gerar o menor impacto negativo no meio ambiente e maior positivo nas pessoas. Apostando na moda consciente, a turma da Reserva e o diretor criativo André Carvalhal criaram a marca AHLMA (uma variação do termo ‘atma’ que, em sânscrito, significa alma ou sopro vital) usando apenas matéria prima sustentável – algumas peças são feitas, por exemplo, com restos de tecidos de outras marcas.
A loja, é claro, não poderia ser tradicional. Batizaram de “academia” (para o corpo e o intelecto) o espaço de convivência multidisciplinar que ocupa o lendário endereço da primeira Richards no número 232 da Rua Carlos Góis, no Leblon. Além de roupas de 30 jovens grifes cariocas ( a AHLMA tem uma filosofia colaborativa e dá espaço para outros criadores) , a Academia da AHLMA oferece café da manhã (tudo vegano e orgânico, claro) all day com direito a AMÌ Sucos Prensados e uma mercearia que vende pães orgânicos e saladas.
Há, ainda, velas e perfumes para ambientes e uma boa seleção de plantas fáceis de cuidar e que se adaptam bem no interiores. Fãs de coquetelaria também podem se divertir na chopeira e no bar de gim degustando bons drinks enquanto esperam as roupas saírem das maquinas de lavar da House of bubble. “Tudo é pensando para não estimular o consumo do novo e sim o cuidado e o reaproveitamento do que já existe”, explica Carvalhal que também armou um ateliê de costura no andar de cima para você customizar a sua peça de roupa preferida: corte, borde, pinte ou faça pregas naquele vestido esquecido no armário!
A reciclagem aparece na área de roupas por assinatura – você paga um aluguel mensal e pode trocar de peças quando enjoar da anterior – e na arquitetura assinada por Tavares Duayer, que aproveitou as araras e outros objetos que sobraram da Richard, transformou a madeira do piso em banco para a área externa, organizou a captação da chuva para usar a água no bar e garimpou todos os móveis do espaço em outras marcas de moda que fecharam.
Para completar, a academia em si. Ao lado da sala de costura, é possível fazer aula de yoga e movimento coordenados pela Bá Rosalinski ou cursos de meditação e autoconhecimento organizados pela Carol Bergier, fundadora da Casa Soul.
Para ficar por dentro do universo da AHLMA e todo este cosmos místico, vale conferir o portal Onda Virtual da Nova Era, o O.V.N.E., que tem entrevistas com personagens que abraçaram este movimento que tem a cara do Rio de Janeiro: cheio saúde e boas energias neo hippie.
Serviço
Academia da AHLMA
Rua Carlos Góis, 208, Leblon
Uma pequena casa de 1860 na Vila Buarque com a fachada iluminada. O Fôrno, de Filipe Fernandes, Gabriel Prieto e Marcus Vinicius (a.k.a. Holy Burger) abriu semana passada com duas horas de fila na porta. Já era de se imaginar. Eles usam duas paixões internacionais – farinha branca e gim – num ambiente industrial e, ao mesmo tempo, aconchegante.
O cardápio desenvolvido por Filipe, é para poucos e bons: as pizzas são feitas com fermentação natural e farinha napolitana, os sanduíches podem ser servidos com quatro tipos de pães feitos na casa – focaccia, ciabatta, brioche e campagna.
Vale provar a Schiaccata – uma “pizza amassada”, Grana Padano, rúcula, burrata, cebola roxa e azeite – e o Pastrami Sandwich – pão de campagna, pastrami feito aqui, picles caseiro e mostarda. Entre as pizzas, vá de Prosciutto, com molho de tomate da casa, scamorza, rúcula e presunto cru.
E se você pensa que pizza só combina com vinho, está enganado. Os coquetéis foram pensados em parceria com Alê D´Agostino, da Apothek Cocktalis & Co: é possível encontrar clássicos bem executados como o Negroni, Manhattan, Old Fashioned, Milano Torino e Dry Martini (experimente o Dry 47 que é feito com o Monkey 47). Tudo vai bem com a trilha sonora com uma uma gostosa seleção de rock pop no tom certo.
O projeto de arquitetura é assinado por Herbert Holdefer, que também desenhou espaços do centro como a o Esther Rooftop e a Casa do Porco, as hamburguerias Cozinha 212 e Holy Burger, os peruanos El Balcón e La Peruana Cevicheria e a Padaria da Esquina.
O maior charme está no alto: a estrutura de madeira aparente aumenta o espaço e, ao mesmo tempo, aquece o ambiente industrial. “Tive que tirar um pedaço do estuque e acabei descobrindo que a armação por debaixo do forro é muito bonita”, explica Herbert.
Apesar da massa ser a protagonista, os sócios não queriam que o lugar tivesse cara de restaurante italiano. “A ideia era ganhar o mesmo clima de bares nova-iorquinos como o The Dead Rabbit”, explica o arquiteto que caprichou na serralheria e fez questão de valorizar a textura dos tijolos nas paredes com um projeto luminotécnico minucioso.
Os destaques do salão são o bar e a cozinha aberta que expõe a movimentação dos chefes abrindo as massas e montando os pratos no balcão de madeira sobre a reserva de lenhas para o forno (ele também pode ser elétrico!). Nas prateleiras, picles e os embutidos artesanais que dão toda graça às massas e pães. Ao fundo, pinturas de Márcio Moreno.
Serviço
R. Cunha Horta, 70, V. Buarque.
Tel. (11) 2645-9499
Terça à quinta das 19h à 0h. Sexta até à 1h; Sáb. 12h/1h; dom. 12h/23h; fechado às segundas.