O concurso é nacional e interessados em participar podem se inscrever até 8 de outubro e enviar os projetos até 8 de novembro, de acordo com o edital disponível no site do museu. Os três melhores estudos preliminares serão premiados. O terceiro colocado ganhará um prêmio de R$ 10 mil, o segundo, R$ 15 mil, e o primeiro, R$ 25 mil – além, é claro, de celebrar o contrato para a elaboração do projeto da reforma.
O plano é que o museu esteja reformado e pronto para receber o público em 2022, quando celebramos o bicentenário da Independência do Brasil. O “Concurso Nacional de Arquitetura para o Restauro e Modernização do Edifício-Monumento do Museu Paulista da Universidade de São Paulo” é realizado pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (FUSP), com apoio institucional do IAB/SP e CAU/SP.
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O morador mais antigo deste endereço vive à beira da piscina. “O jatobá centenário estava aqui bem antes de nós chegarmos. Faz todo sentido nos adaptarmos a ele, e não o oposto”, diz o arquiteto Samuel Lamas, autor do projeto próximo do Lago Sul, área nobre de Brasília. Exemplos de respeito pelo entorno e de admiração pelo que há de melhor no mobiliário nacional pautaram toda s as etapas da construção desta casa de 750 m² e se revelam em detalhes. Um deles é a paleta que trouxe para dentro as cores do s arredores.
A fim de acertar o tom dos ladrilhos hidráulicos que revestem o piso, Samuel enviou uma amostra do terreno para um a fábrica paulistana. As nuances complementares do caramelo tão característico do cerrado seguem as mesmas bases: o amarelo vem da flor do ipê; o verde opaco, das folhas das espécies nativas; e o marrom copia a casca das árvores. Outro capricho é visto no cuidado que mantém o acesso à rua sem grades ou cercas, mesmo com piscina à frente. Ainda não há nada mais moderno que a convivência harmoniosa com o espaço urbano.
Exemplos de respeito pelo entorno e de admiração pelo que há de melhor no mobiliário nacional pautaram todas as etapas da construção desta casa de 750 m² e se revelam em detalhes
Esse modernismo inerente à cidade aparece exuberante na combinação dos móveis que, mesmo pertencendo a época s distintas, convivem com naturalidade. Sergio Rodrigues, Bernardo Figueiredo, Jorge Zalszupin e Fetiche Design fizeram amizade com Achille Castiglioni, Vico Magistretti, Erwan e Ronan Bouroullec e Toshiyuki Kita. Mais dessa influência contemporânea se vê no traçado nada óbvio da distribuição da residência.
Aqui, a estrutura não se rende à fácil solução de dividir a área entre o que é íntimo e o que é social. As três suítes paralelas contam com varandas independentes. Nelas só entra o sol da manhã – o entardecer na capital federal pode ser inclemente no verão – e cada uma tem saída para o jardim dos fundos. No trecho mais central, a cozinha aberta para o living recebe luz do pátio interno, uma das poucas pistas de que o curso de arquitetura de Samuel começou no Brasil, mas foi concluído em Roma. “A diferença é que em vez do pátio seco, de pedra, mais comum na Itália, trouxemos verde para espaço”, observa .
Tudo recebeu a atenção manual de alguém. Na cidade de mil sotaques, falou mais alto o jeito brasiliense: aberto ao novo, mas com um punhado de referências familiares"
Quando se trata da construção, as frases no plural aparecem espontaneamente. Quase sempre fazem referência à influência de seu pai, o engenheiro civil Ruy Lamas, parceiro no escritório. “Ao concluir um projeto com aprovação dele, sou capaz de convencer qualquer cliente de uma decisão na qual acredito”, brinca. Desafiar a sabedoria do profissional experiente, que resistiu à ideia de um a casa sem telha de barro e com ladrilhos no chão, foi escola para ambos. “Eu desenhava a viga limpa e ele mostrava que acrescentar uma cantoneira evitaria que a água voltasse. Foi com a participação do meu pai que defini as esquadrias baixas com inclinação suave, de forma que escoassem a chuva e fossem confortáveis quando alguém quisesse sentar ali. É um a parceria fantástica.”
O detalhamento máximo, que valoriza a tecnologia sem eliminar o saber artesanal, ajudou a escolher o ipê para as esquadrias e a cobrir paredes com fulget ou com argamassa polimérica. Tudo recebeu atenção manual de alguém. Na cidade de mil sotaques, falou mais alto o jeito brasiliense: aberto ao novo, mas com um punhado de referências familiares.
Get the look
O olhar panorâmico de Samuel Lamas mistura de forma sábia peças artesanais e elementos brasileiros com ícones do design mundial
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Alter do Chão surgiu na minha trajetória com gosto de vida nova. Conheci esse paraíso no Réveillon de 2014, quando o Soul Kitchen, empresa do meu marido, Alexandre Pernet, organizou sua primeira festa por lá. Ele tinha visitado o lugar com os dois sócios alguns meses antes. O trio se apaixonou pela região e decidiu organizar uma festa chamada Vai Tapajós!, que levaria cerca de 500 pessoas para uma semana de vivências na Amazônia. À época, ainda estávamos nos conhecendo, mas pensei: “Esse menino é mesmo muito ousado!”.
Ao desembarcar, desacreditei na beleza não óbvia daquela paisagem. Eu já tinha ido à região do Rio Negro, no Amazonas, e visto fotos de Alter, mas não imaginava encontrar tanta exuberância. Sou suspeita, pois eu e Pernet temos um vínculo muito especial com a Amazônia paraense: estabelecemos uma conexão tão forte com a natureza, a energia e as pessoas que, em novembro de 2016, celebramos a nossa união ali, com a presença de 200 amigos e familiares, durante cinco dias.
E parece que mais gente já percebeu esses encantos. A praia local foi apelidada de “Caribe Brasileiro” e eleita “a mais bela praia de água doce do mundo” pelo The Guardian. O título é justo graças à areia branquinha e ao Rio Tapajós, que corre refrescante e cristalino. O povoado fica a 30 minutos de carro de Santarém e exibe mais de 300 praias, além de uma infinidade de igapós, igarapés, trilhas na floresta e comunidades ribeirinhas acolhedoras.
As paisagens podem ser bem diferentes ao longo do ano. Assim, sugiro que se informe antes de decidir o período da viagem. Se você quer aproveitar as praias e ver os grandes bancos de areia, é melhor escolher a fase de estiagem, entre setembro e janeiro. A cheia também é bonita, quando as pontas de areia quase desaparecem, deixando à mostra igapós e florestas inundadas.
Indico sempre a experiência de se hospedar nos barcos, existem os mais confortáveis com cabines, mas há aqueles nos quais os hóspedes dormem em redes. É, sem dúvida, uma aventura que permite viver a Amazônia intensamente, sem se preocupar com o incômodo de mosquitos à noite – devido à acidez das águas, não há muitos por lá.
Ao desembarcar, desacreditei na beleza não óbvia daquela paisagem. Eu já tinha ido à região do rio negro, no Amazonas, mas não imaginava encontrar tanta exuberância"
Letícia Veloso
No Réveillon, ficamos hospedados no Aruã, um barco superconfortável, que dividimos com amigos e se transformou no nosso lar por dez dias. Ele conta com um time de bordo que gosta de organizar surpresas, a ponto de arrancar lágrimas de emoção.
Mas há opções de charmosas pousadas para quem prefere ficar em terra firme: a recém-inaugurada Vila de Alter, das nossas amigas Andrea e Regina; ou a Beloalter, do Seu Zé e da Dona Irene, que tem uma prainha particular e uma equipe carinhosa. Na Vila de Alter costumamos acordar com o que chamamos de “despertador natural”, as famílias de macacos zog-zog que aparecem por lá.
As arraias são a única preocupação. Minha dica é arrastar os pés no fundo do rio e, assim, caso toque em uma arraia, ela deverá fugir"
Letícia Veloso
A jornada começa cedo. A pedida é alugar uma voadeira (pequena lancha), abastecida com água e cerveja Tijuca, e sair para explorar a região. Meus passeios preferidos são a Floresta Nacional do Tapajós; as praias do rio Arapiuns; a Casa do Saulo, onde é possível passar o dia na praia e degustar o melhor da culinária local; o Lago Verde, com seu espelho-d’água e pássaros lindos; a Comunidade da Coroca, onde há a produção de um mel milagroso, que uma vez me curou, em dois dias, de uma forte dor de garganta; e a Comunidade de Urucureá, que produz cestarias deslumbrantes. Evito as praias da cidade e da Ilha do Amor, pois são muito cheias.
As arraias são a única preocupação durante o banho de rio. Por isso, verifique com alguma pessoa da região se é um bom local para tomá-lo. Minha dica é arrastar os pés no fundo e, assim, caso toque em uma arraia, ela deverá fugir. O risco dos passos distraídos é pisar sobre seu ferrão e ser ferido, e, possivelmente, envenenado.
A cozinha local é outra atração. Prove a costelinha de tambaqui e as combinações com jambu, erva que causa leve formigamento na boca, bem como o bolinho de piracuí. Inclua no seu cardápio, ainda, o sorvete da marca O Boto e a piracaia, um churrasco de peixes divino, cuja brasa está sob uma estrutura encravada na areia.
Não bastasse a vida diurna, a vila conta com restaurantes e festas divertidas que vão noite adentro – para dançar carimbó, o Espaço Gastronômico Alter do Chão é a melhor alternativa. Além de tudo isso, com sorte, você pode encontrar famílias de boto pelas águas.Éo arremate que torna a experiência ainda mais emocionante
Em Alter do Chão, a maioria dos estabelecimentos não aceita cartões de débito ou crédito e só existe um caixa eletrônico 24 horas na cidade. Por isso é importante levar dinheiro em espécie.
ONDE COMER E BEBER
CASA DO SAULO Não deixe de provar o bolinho de piracuí com geleia de abacaxi e tambaqui, molho de castanha-do-pará, banana-da-terra e camarão. Rod. Interpraias, s/nº, Carapanari. RESTAURANTE ARCO-ÍRIS Vale a pena experimentar todos os itens do cardápio, mas os hambúrgueres são os nossos preferidos. Pça. 7 de Setembro, s/nº, tel. (93) 3527-1182. RESTAURANTE CARANAZAL A melhor pedida para o almoço é a galinha caipira do Luiz. Av. Engenheiro Fernando Guilhon km 25, Santarenzinho. RESTAURANTE FAROL DA ILHA Nosso prato favorito é a moqueca à moda da casa. R. da Orla, s/nº, tel. (93) 9922-66704. RESTAURANTE MANGO Não deixe de experimentar os bolinhos de piracuí. R. da Orla , s/nº (ao lado do farol da ilha). RESTAURANTE SIRIÁ É a melhor dica para os vegetarianos. R. Lauro Sodre, 441, tel. (93) 9911-22745. PIZZARIA AMAZÔNIA Para variar da (saborosa) comida local ou provar a pizza de piracuí. R. Raimundo Branco, 339, tel. (93) 99186-0459
DA MATA PARA O MUSEU
Um dos passeios mais interessantes da região está conquistando artistas e designers do mundo. A Fordlândia, no município de Aveiro, foi fundada em 1927 por Henry Ford para abastecer sua empresa do látex necessário à confecção de pneus para seus automóveis. O fim do projeto, em 1945, resultou numa cidade fantasma no meio da Amazônia. Interessados por essa utopia perdida, os ingleses Azusa Murakami e Alexander Groves, do Studio Swine, criaram uma alternativa para as visões de Ford ao desenhar uma coleção de móveis revestidos de borracha e pele de pirarucu (abaixo). Já a artista inglesa radicada no México Melanie Smith fez uma série de fotografias (à esq.), vídeos e um livro inspirado na história do local.
*Letícia Veloso é sócia-diretora da Index Assessoria.
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Piso de madeira clara, paredes brancas e muita luz natural fazem deste um ambiente ideal para um home office, mas alguns detalhes adicionais foram importantes para transformá-lo num espaço de trabalho cheio de personalidade e conforto. À paleta neutra e clássica somou-se o impacto do preto, porém usado de forma delicada e contemporânea ao redor de quadros, na lareira e no mobiliário de madeira fosco. Quebrando o clima P&B, o azul traz suavidade ao décor aplicado no tapete e na dupla de poltronas de veludo.
Além do duo, outros móveis modernos com design assinado brilham no ambiente projetado pelo escritório australiano Robson Rak: à esquerda, está a First Chair, cadeira desenhada por Michele De Lucchi para a Memphis na década de 1950 e, próxima à mesa, a icônica poltrona Paulistano, de Paulo Mendes da Rocha. Tem jeito mais confortável e sofisticado de trabalhar em casa?
“Primeiro desenhar o processo. Depois, os produtos”, esse foi o princípio de criação da coleção Branco, lançada por Carol Armellini e Paulo Biacchi, do estúdio Fetiche, durante a MADE 2017. Composta por um banco, uma mesa e um biombo, a série não chama atenção apenas pelo desenho das peças em si, mas pelo acabamento dado ao Corian, que graças a intervenção da dupla mais parece uma madeira do futuro.
Essa é a segunda vez que Carol e Paulo resolvem explorar as propriedades do sofisticado material. Mas se da primeira vez, durante o desenvolvimento da cadeira Floresta Imperial, o trabalho investigou a flexibilidade do material, desta vez a “brincadeira” dos designers era ver até onde seria possível transformá-lo em outro material.
“Ficou algo meio ´Mad Max´, meio apocalíptico, meio asséptico”, comenta Paulo ao destacar o aspecto futurista do trabalho – que fica ainda mais impactante graças a opção por trabalhar sem nenhuma cor além do branco.
A superfície só ganha algum calor graças aos veios que imitam madeira desenhados pela dupla a partir de padrões naturais. A impressão, no entanto, não cria qualquer tipo de irregularidade na superfície e, de tão sutil, só fica realmente clara quando colocada contraluz.
Tanto pela perfeição dos veios fake, quanto pela forma final da peça – que faz referência ao mobiliário vernacular brasileiro – a coleção surpreendeu até mesmo decoradores e arquitetos que, logo de cara perguntavam: “Nossa, o que vocês fizeram para a madeira ficar assim? ”
O jogo entre ficção e realidade era justamente um dos objetivos do trabalho. Hoje as peças podem ser compradas sobre medida e - para além dos três móveis, pode facilmente ser adaptada à outras peças. “Criamos um acabamento”, resume Paulo.
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Quando realizei o sonho da casa própria, a primeira coisa que fiz foi adotar um gato. Foi assim que Steve, um resgatinho de três meses, entrou na minha vida. Foi uma convivência deliciosa, mas preciso admitir que fiz tudo errado desde o começo, quando pegá-lo no colo e senti-lo ronronando foi o suficiente para trazê-lo para casa. Porém, se tivesse um pouco mais de conhecimento, talvez tivesse feito algumas coisas diferente, como por exemplo...
CHECK UP VETERINÁRIO
Como chegou já castrado, até os dez anos suas visitas ao veterinário foram somente para vacinação. Porém, um dia ficou doente e teve o diagnóstico de FIV (também conhecida como AIDS felina), que não sei se ele herdou da mãe, da vida na rua até ser resgatado ou das vezes em que fugiu e voltou machucado. Muitos protetores testam os animais para a FIV e a FELV (leucemia felina) antes de doar. Ambas não são transmitidas aos humanos, mas são altamente transmissíveis a outros gatos pelo contato com secreções (sangue, saliva) ou ainda de mãe para filhotes. Mas ser portador não impede que o gato tenha uma vida longa e feliz.
TELAS DO BEM
Quando ele chegou em casa, não instalei telas. Achava que machos castrados não saíam de casa. Que ilusão: várias vezes ele escapou, e muitas ele voltou com sinais de briga. Talvez, SE tivesse tela em casa, ele não tivesse saído e contraído FIV. Se o gato morar em apartamento, a tela é ainda mais mandatória. Gatos são curiosos e qualquer movimento do lado de fora da janela é suficiente para se jogar, mesmo que do outro lado tenha 15 andares de queda livre.
FORA DA CAIXINHA
Por ser um animal asseado por natureza, o normal seria o gato usar as caixas de areia por instinto, mas pode haver desvios. Segundo a bióloga Juliana Damasceno, doutora em psicobiologia e diretora da Well Felis, consultoria especializada em comportamento felino, a má pontaria pode ocorrer por motivos clínicos (patologias como cistite e outras doenças do trato urinário e digestivo) ou comportamentais. Passou pelo check up veterinário e está tudo em ordem? Então o problema provavelmente tem origem comportamental: “pode ser ansiedade, estresse, marcação territorial ou, por incrível que pareça, a própria caixa de areia”, conta.
Como são exigentes até com seu "banheiro", fatores como a quantidade de caixas de areia, tamanho e localização, tipo do granulado e limpeza podem levar o gato a procurar um local diferente para evacuar. Nesses casos, ela indica a instalação de caixas de areia em número maior que a quantidade de gatos (pelo menos uma a mais que o número de gatos da casa), com profundidade mínima de sete centímetros (para que consigam cavar e enterrar com facilidade) e grandes o bastante para que o animal consiga dar uma volta em torno do corpo dentro da caixa. Devem estar em locais silenciosos, de fácil acesso e longe de onde se alimentam. Para a manutenção da areia, o ideal é usar granulado fino e limpo pelo menos duas vezes ao dia. “Além disso, é bom lavar a caixa com álcool 70% e água morna uma vez por semana”, diz.
COMO CÃES E GATOS
Ter um cão não inviabiliza a chegada de um gato. Mas há algumas raças e mesmo SRDs que não toleram gatos ou outros animais. Meus cães (dogo argentino, border collie e whippet) que conviveram com o Steve o aceitaram tranquilamente – mas ele correu alguns riscos, em especial com a dogo. “Você deu sorte. Por ser um cão de caça, poderia ter dado muito errado”, diz o veterinário Daniel Costa, proprietário do canil Steel Hunter, de Itatiba (SP), que já teve um gato atacado e morto por seus cães. “Na verdade, só tenho um dogo que aceita gatos, todos os outros são hostis”, conta.
No caso do whippet, também poderia ter dado errado. “Há cães de determinadas linhagens que podem ter instintos de caça aflorados e perseguir pequenos animais, porém a maioria dos relatos que tenho do convívio entre whippets e gatos é positiva, mesmo entre animais já adultos”, diz a veterinária Daniele Scandalora, proprietária do canil BSC Whippets, de Arealva (SP).
Já a minha border collie fez o mesmo que os cães do veterinário Ivan Wirth, um dos proprietários do canil King Border, do Rio de Janeiro (RJ): “Não é do temperamento atacar ou hostilizar gatos, no máximo pastorear. A intolerância vem mais do gato do que do cão e a maioria tende a aceitar ou ignorar”, conta.
ATCHIM!
Sempre tive rinite crônica e quando ela piorou, o otorrino pediu um teste de alergia. Já tinha feito um quando criança, mas ao repeti-lo, estava lá, além das coisas de sempre (mofo, poeira, bolor, etc.), saliva do gato (e formiga, vai entender o universo).
Eu já o amava e não seria a alergia que me faria abrir mão da presença dele. Faço coro com o dr. Fábio F. Morato Castro, professor de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP e Supervisor do Serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele disse que os alérgenos do gato podem estar presentes em sua pele, urina ou saliva e eles são muito aderentes, podendo ficar “presos” às roupas das pessoas por até um ano”, informa.
O que fazer, então? “O ideal é encontrar uma solução positiva e prazerosa. Por exemplo, escovações mais frequentes podem ajudar a diminuir a presença de pelos no ambiente. Além disso, há também tratamentos e medicamentos específicos que podem ajudar o tutor a manter os sintomas sob controle”, indica.
E os gatos sem pelos? “Quem tem alergia ao alérgeno provavelmente terá problemas também com os gatos pelados”, diz a criadora Renata Garcial, proprietária do Gatil Anges d’Argent, de São Paulo (SP), especializado em Don Sphynx. “O que acontece é um menor potencial por não ter pelos voando no ambiente, fazendo os alérgenos circularem pela casa e roupas. A ausência de pelos permite um maior controle”, explica, com conhecimento de causa: ela criou gatos persas por anos antes de se dedicar ao Don Sphynx.
GATOS X PLANTAS
Comigo-ninguém-pode parece uma ameaça, mas é o nome de uma planta que faz muito mal para pessoas e pets. Ter uma planta venenosa em casa pode ser um convite a um acidente com seu gato, já que é comum que os felinos recorram à ingestão de plantas para induzir o vômito e se livrar de algo que não caiu bem. Grama comum e ervas como a cidreira, camomila e quebra-pedra funcionam bem para esse objetivo e não farão mal ao seu bichano. Por outro lado, plantas comuns em jardins, como o bico de papagaio, coroa de cristo, copo de leite e samambaias em geral, também podem representar riscos à saúde de seu pet. A dica é checar as plantas da casa antes do gato chegar e se não for possível abrir mão delas, restrinja o acesso às áreas onde são cultivadas.
GARRAS AFIADAS
Por que os gatos arranham?
A) Para se espreguiçar.
B) Para afiar as unhas.
C) Para marcar o território.
D) Todas as alternativas.
E) Nenhuma das alternativas.
As alternativas A, B, C e, principalmente, D, estão corretas. “Trata-se de uma forma de comunicação”, explica a dra. Juliana Damasceno. Os gatos possuem uma glândula secretora de feromônio entre os coxins (a parte fofinha das patas) e ao arranhar as superfícies, deixam este sinal olfativo nos locais, marcando seu território. Além disso, quando querem brincar, eles também costumam arranhar seu local favorito, sinalizando que estão prontos para a diversão.
“Ou seja, é um comportamento extremamente importante para felinos no geral e é fundamental prover um local ideal para que o gato exiba este comportamento”, explica. Para isso, ela indica arranhadores com altura suficiente para que o gato consiga arranhar em pé (sobre as patas posteriores) e forte o bastante para suportar o peso do felino. Pode ser difícil encontrar o modelo ideal, pois o gosto dos gatos pode variar: tem quem goste de arranhar na vertical, na horizontal, uns preferem tecidos ásperos (carpetes e sisal), outros preferem madeira... Descobrir o arranhador certo pode representar a trégua entre os bichanos e os móveis da casa.
*Em sua coluna Casinha Vogue, Adriana Mori mostra as belas interseções entre o mundo dos pets e o universo do design e da arquitetura.
Um escritório de design indiano desenvolveu um modelo de ar-condicionado que funciona sem eletricidade. A criação do Ant Studio, de Nova Delhi, é uma parceria com a Deki Electronics e se parece com uma instalação de arte moderna.
Os profissionais do estúdio usaram uma moldura de metal circular para conectar centenas de tubos de terracota, como uma colmeia. Esses tubos são encharcados de água uma ou duas vezes por dia e, na medida em que o ar quente entra pelas aberturas, o ar fresco evapora, resfriando o ambiente.
“Como arquiteto, eu queria criar uma solução que fosse ecológica e artística e, ao mesmo tempo, envolvesse técnicas artesanais”, explicou Monish Siripurapu, fundador do Ant Studio, ao “Arch Daily”.
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O novo apartamento de um jovem casal com duas filhas ganhou conforto e funcionalidade depois de uma reforma de quatro meses comandada pelos profissionais da Spaço Arquitetura, de São Paulo. Com 250 m² de área total, o imóvel no bairro de Perdizes, zona oeste da capital paulista, teve o layout da sala alterado e recebeu soluções de marcenaria que otimizaram ao máximo os espaços.
Para alcançar um resultado moderno, o escritório investiu em linhas retas e acabamentos em tons acinzentados e de laca brilhante. “Também fizemos a mistura do piso da área fria com a madeira”, contam os profissionais.
A área social, composta por sala de jantar, home theater e varanda, recebeu pontos de azul – presente, por exemplo, no tapete By Kamy que emoldura o estar. Painéis e armários camuflados guardam bebidas na adega e outros itens da casa. Um sistema de fechamento com vidro que desliza por esquadrias de alumínio pode isolar ou integrar os ambientes conforme o gosto dos moradores.
Na sala de almoço, usada para refeições rápidas, a escolha da cor laranja para as cadeiras justifica o desejo dos moradores de criar um ambiente divertido e descontraído.
Essa descontração também se reflete nos dormitórios das filhas do casal. Enquanto um deles é todo decorado com tons de rosa – já que a ideia era criar um “quarto de princesa”, com direito a escrivaninha millennial pink –, o outro foi parcialmente revestido com papel de parede azul turquesa da Orlean. Os tons vibrantes reaparecem nos respectivos banheiros, que trazem toques alaranjados, magentas e vermelhos.
Na suíte do casal, cores claras e uma penteadeira definem o décor. Próximo ao cômodo, o home office tem marcenaria ampla e espaçosa para acomodar os livros dos moradores de forma organizada, sem perder a estética.
Novidade no cardápio do restaurante Vino!, esta receita combina dois pratos clássicos que cairam no gosto dos brasileiros: o filé à parmegiana de mignon e o nhoque à romana, que é feito com semolina e não leva molho. Quem ensina o passo a passo, a seguir, é o chef Fabio Denardi. Delicie-se!
4 xícaras de leite
2 xícaras de semolina
2 colheres de manteiga
2 colheres de sopa de parmesão
2 ovos
Sal, pimenta e nós moscada a gosto
Modo de preparo do nhoque
Misture o leite, a manteiga, o sal, a pimenta e a noz moscada em uma panela, aquecendo até derreter a manteiga. Entre com a semolina cozinhando por 5 minutos. Adicione o parmesão e, por último, os ovos. Depois de frio, monte no formato desejado, polvilhe queijo parmesão ralado e leve ao forno para gratinar. Rende 5 porções.
Ingredientes do filé à parmegiana
1 bife de mignon de 200 g
2 colheres de sopa de farinha de trigo
2 colheres de sopa de farinha de rosca
2 ovos
1 xícara de molho de tomate
2 colheres de sopa de mussarela
1 colher de sopa de parmesão ralado
Sal e pimenta a gosto
4 xícaras de óleo para fritar
Modo de preparo do filé à parmegiana
Tempere o bife, passe no trigo, em seguida no ovo e por último na farinha de rosca.
Aqueça o óleo a 180º C e frite o bife até ficar dourado. Em um refratário, coloque o bife, o molho de tomate, a mussarela e o parmesão, e leve ao forno para gratinar.
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Seiscentos e setenta. Esse é o número de plantas cultivadas por Summer Rayne Oakes em seu apartamento de pouco mais de 110 m², no Brookling, em Nova York. A modelo e ambientalista é autora do site Homestead Brooklyn e chamou atenção da internet ao construir um verdadeiro oásis verde em meio a selva de pedra americana.
Nascida no interior dos Estados Unidos, a agora autora de livro e influenciadora digital, se mudou para a “cidade grande” há onze anos com o objetivo de aplicar o seu conhecimento ambiental na indústria, em especial na indústria da moda – mas nunca achou que duraria muito tempo longe da terra e das plantas, e ela estava certa.
Sua primeira aquisição para o novo lar veio pouco depois da mudança. A planta escolhida foi uma Ficus-lira, que na época batia na altura do seu peito, e hoje toma conta do teto da sala. Daí em diante ela nunca mais parou de comprar e cultivar plantas – e hoje conta até mesmo com uma horta feita no antigo armário da cozinha, de onde ela pode tirar não só temperos, mas também legumes, como cenouras, batatas doce e espinafre.
Para além da sua floresta particular, Summer Rayne Oakes conta com um recipiente especial para compostagem, uma caixa com adubo orgânico e alguns convidados “especiais”, uma galinha chamada Kippee e dois insetos, um besouro azul e uma barata de Madagascar. “Eu sou um entomologista por formação, então os insetos me fascinam”, explica a jovem que desde de pequena colecionava os animais desde pequena.
Especialista no assunto, a ambientalista adaptou a casa para que ela apresente o ambiente mais adequado possível para as plantas. Assim, além de janelas e muita luz natura, o lar de Summer tem tapetes especiais que ajudam a manter a umidade entre outras tecnologias que mantem as plantas saudáveis – sem exigir muito de sua cuidadora.
Segundo Summer, com todos esses recursos, e uma mangueira de 45 metros de comprimento, ela demora cerca de 15 a 30 minutos diários regando suas plantas. Isso sem contar os domingos, dia que ela tira especialmente para dar atenção ao seu jardim e pode gastar de um a 8 horas cuidando da sua parte favorita da casa.
“As plantas me deram uma sensação de lar e de paz em meio à cidade. Eles são minhas companheiras, minhas professoras, minhas mentoras”, resume Summer.
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Aos 77 anos, Pasquale Natuzzi coleciona uma série de feitos. Entre eles, ter quatro netos com saúde e lucidez de fazer inveja à qualquer jovem e, claro, o sucesso da marca italiana de móveis de alto padrão Natuzzi, fundada por ele há 58 anos. Filho de marceneiro, Natuzzi começou cedo, aos 19 anos, e hoje a grife, na qual também atua intensamente como chefe de estilo, já atinge 123 países - incluindo o Brasil. Casa Vogue esteve com ele em Salvador, onde funciona a fábrica, e contou os detalhes de sua trajetória e perspectivas para o futuro. Confira a seguir a entrevista na íntegra.
Casa Vogue: Como a Natuzzi chegou ao Brasil?
Pasquale Natuzzi: O Brasil já tinha uma boa produção de couro e está próximo da costa leste dos Estados Unidos. Por essa facilidae, decidirmos vir para cá, em 2000.
CV: Há diferença no couro brasileiro em relação aos outros produtores?
P: Existem algumas particularidades sim, tendo em vista a forma como os animais vivem. No Brasil, há muita liberdade, o próprio clima propicia isso. Ainda dentro desse contexto há um cuidado no desenvolvimento para extrair as melhores peles. As do Brasil têm uma classificação média e média baixa em relação ao mercado europeu e americano.
CV: Quais os diferenciais da Natuzzi dentro do segmento moveleiro de luxo?
P: Temos 98 especialistas que trabalham constantemente na busca de novidades de criação e componentes. Não apenas para a escolha dos materiais, mas também nas opções de cores e tendências.
CV: O que mudou nesses anos todos de trajetória ?
P: Produtos multifuncionais para os espaços pequenos. O mundo mudou em uma velocidade enorme e a Natuzzi já está pensando nas novas exigências dos millenials que estão morando em espaços pequenos e nas principais metrópoles, como Tóquio. Nossos produtos levam em conta as multifunções, facilitando a vida do consumidor sem abrir mão do design e do conforto.
CV: E existe uma linha mais barata para esse público jovem?
P: Não, o que influencia é a escolha dos materiais.
CV: Quais as referências que inspiram a Natuzzi até hoje ?
Sendo a Natuzzi uma marca global, temos parcerias com arquitetos e designers que dão insights e também há um espaço de pesquisa. Eles fazem um grande brainstorming para então iniciar o processo de criação. São vários estímulos recebidos até nascer uma ideia e transformar em produto - isso pode levar de 3 a 6 meses. Mas o mais importante é não perder o ideal estilístico do grupo, ser harmônico. Vale lembrar que a Natuzzi é uma marca essencialmente masculina.
CV: Pretende considerar designers brasileiros nas próximas coleções?
P: Sim, admiro muito o trabalho de Niemeyer e gostaria de ter trabalhado com ele. A Natuzzi tem considerado essa responsabilidade, e reconhece a competência dos designers brasileiros. Por enquanto não há nenhum projeto em mente, mas gostaria de fazer algo com os Irmãos Campana.
CV: Quais as expectativas de crescimento para o Brasil?
P: No Brasil temos apresentado um crescimento de duas cifras e estamos num processo de expansão, embora o mercado esteja num cenário de estagnação. Na América do Sul teremos 45 lojas ao todo até o final do ano, sendo destas 38 brasileiras.
CV: E como você lida com os negócios com essa disposição toda, aos 77 anos?
P: Se deparar com desafios, crises, foram complexas. E isso me revigora. Ter uma boa família e fazer exercícios físicos também é fundamental - eu pratico esportes todos os dias.
CV: Você tem filhos?
P: Tenho 5 filhos, três mulheres e dois homens. E quatros netos.
CV: E algum deles pretende conduzir a Natuzzi no futuro?
P: Pasquale Jr., o mais novo, tem 27 anos. Ele é diretor de marketing e comunicação e estamos trabalhando para que ele seja o sucessor do grupo.
Cem anos após sediar os Jogos Olímpicos pela última vez, Paris voltará a receber atletas do mundo inteiro para o que promete ser a primeira Olimpíada ecológica da história. Um projeto ambicioso que já tem um inspirador plano estratégico, desenvolvido pelo escritório Populous, responssável por outros grandes eventos esportivos.
Com o conceito de sustentabilidade em mente, o plano é dar prioridade para estruturas que já estão disponíveis na cidade. Na realidade, segundo a divulgação, 95 % das estruturas que devem ser usadas durantes os jogos já existem ou serão adaptações temporárias – o que não só diminui o dinheiro gasto e as intervenções desnecessárias na cidade, mas ainda faz com que quase todas as competições tragam de brinde vistas para os principais pontos turísticos parisienses.
Neste sentido, já podemos contar, por exemplo, com uma quadra de vôlei de praia aos pés da torre Eiffel, competições de maratona aquáticas no rio Sena, provas hipismo nos jardins do Palácio de Versalhes e corridas de ciclismo na Champs-Élysées.
Outro ponto chave dos Jogos de 2024 é a mobilidade. Dividindo os principais centros esportivos em dois núcleos, o Paris Centre e o Grand Paris, os organizadores garantem que ao menos 22 dos esportes que compõe a competição estarão localizados em um raio de no máximo 10 km de distância. Nos jogos do Rio, a Olímpiada contou com um total de 34 modalidades, lembrando que competições de futebol constumam rodar por várias cidades e provas como as de vela, pro exemplo, exigem locações bem especificas.
Mais do que isso, o plano exalta a malha metroviária de Paris e prevê que até 2024 100% dos espectadores poderão chegar a qualquer um dos jogos usando transportes sustentáveis. Algo bastante desejável na cidade que promete o fim dos carros à gasolina e diesel até 2040.
Quanto as construções que inevitavelmente terão que ser feitas, como a vila olímpica, por exemplo, a proposta é que, ao fim dos jogos, os edifícios se tornem moradias para a população de baixa renda.
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O casal norueguês Les Gautiers apostou na elegância do preto e das nuances mais escuras de cinza na hora decorar sua sala de estar – e essa paleta concisa surge na maioria dos elementos, sejam eles detentores de estética vintage ou sejam eles atuais.
Os tons mais escuros surgem na parede e na luminária de piso. Um pouco mais claros e azulados, aparecem no sofá chaise e o tapete com desenhos orientais. A fotografia em preto e branco entra na dança monocromática, mas traz um caráter contemporâneo ao décor. Ao lado, uma estante de módulos deixa tudo mais despojado.
Com a chegada da primavera, nada melhor do que inspirações para motivar o cultivo de plantas dentro de casa. O conceito de urban jungle, apresentado pela Casa Vogue há algumas temporadas, é o hit máximo da decoração contemporânea e aproxima as pessoas da natureza de uma nova forma. Se ainda estiver receoso com os cuidados, procure as espécies feitas para ambientes internos. “Houve uma revalorização do uso de plantas naturais dentro de casa nos últimos anos, mas comprá-las simplesmente por comprar e deixá-las morrer na semana seguinte é muito frustrante”, comenta Patricia Belz, idealizadora da Borealis, floricultura em Curitiba que dissemina o conceito de selva indoor.
A inspiração para o empreendimento começou, literalmente, dentro de casa. Patricia sempre gostou de plantas e as cultivava em seu apartamento. Com o tempo, os amigos começaram a perguntar e pedir dicas de como preservar tantas espécies mesmo trabalhando e viajando durante a semana. “Observando isso, identifiquei um nicho de mercado: moradores de apartamentos e que, embora não tivessem prática, espaço ou tempo para cuidar das plantas, gostariam de tê-las”, explica ela. O resultado é um espaço charmoso, repleto de plantas de todas as formas e cores, combinadas com uma decoração vintage, com jeito de farmácia antiga.
Trazendo um lado mais lúdico para o cultivo de plantas em casa, a Borealis ainda oferece aos clientes uma gama extensa de cerâmicas, de tamanhos e formatos diversos, feitos em parceria com a EnTorno Cerâmica. “Além de sanar essa demanda por espécies ornamentais de baixa manutenção, também queria criar peças que fugissem do tradicional vaso de terracota”, complementa. De raposas até os mais sóbrios, com desenhos geométricos, passando pelos bowls de vidro, os acessórios para os novos membros da casa são variados.
“Identificar a relação que você terá com com a planta que está levando é a chave do sucesso para criar uma selva em casa”, diz Patricia. “Além das plantas trazerem benefícios comprovados, elas são uma reconexão com a natureza. Um ambiente verde nos retira do stress, proporcionando um momento de pausa alheio às preocupações do dia-dia.” A primeira loja, inaugurada em 2015, ganhou espaço de bem-estar com o Botanique Café. Este mês, a proprietária expandiu o negócio, com a segunda loja, Borealis Concept, dedicada exclusivamente ao urban jungle.
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Reunir a família ou os amigos para compartilhar as refeições pode ser um momento muito especial, mesmo que o espaço físico seja limitado. Nossa lista com 10 ideias de salas de jantar pequenas prova que é possível adotar soluções funcionais sem abrir mão do estilo. Confira.
Marcenaria inteligente e móveis antigos reaproveitados são alguns dos recursos do projeto deste apartamento em São Petersburgo, na Rússia, assinado pela INT2architecture. Na sala de jantar, o armário que segue a largura da parede abaixo das janelas pode armazenar livros, talheres, copos, taças e louças – os furinhos nas portas fazem o papel de puxadores.
Uma reforma liderada pelo Estúdio Barino e executada pela Ramos Fagundes Empreiteira transformou o apartamento de 30 m² neste imóvel de 65 m² no Rio de Janeiro. Na sala de jantar, o revestimento cimentício divide o protagonismo com o pendente de impacto, provando que tamanho não é empecilho na hora de criar um ambiente com personalidade. Plantas e um tapete colorido complementam e trazem vida ao décor.
Um jovem casal encontrou a morada ideal no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, mas logo surgiu a dúvida: como decorar um apartamento alugado e deixar tudo com a cara dos moradores? A preocupação foi resolvida com o auxílio da arquiteta Alessandra Amado, que transformou o imóvel de 70 m² com ideias práticas e acessíveis, a exemplo da mesa de jantar com tampo colorido acompanhada de cadeiras Eames. Complementando o décor, a porta em tom escuro e o pendente industrial deixaram o ambiente descontraído e ao mesmo tempo acolhedor.
Este apartamento de 45 m² em Porto Alegre tinha um layout compartimentado. Por isso, a arquiteta Mariana Andrade, do escritório Syndrome Ideas, investiu na reformulação dos ambientes, integrando jantar, cozinha e varanda. Os antigos forros de gesso e madeira foram removidos para aumentar o pé-direito de toda a área – de quebra, a intervenção deixou aparentes as tubulações elétricas e garantiu a estética rústica que o morador aprecia.
Os proprietários desta quitinete de 32 m² em São Paulo queriam um espaço para comer e pediram à designer de interiores Adriana Fontana que, se possível, ele ficasse na sala, e não na cozinha. Ela criou, então, uma mesa que sai de um quadro da marcenaria. “Quando se abaixa a mesa, são reveladas prateleiras internas, feitas para guardar utensílios”, diz. A primeira, no mesmo nível do móvel, reserva galheteiro, guardanapo e temperos, enquanto as superiores guardam os copos, pratos e xícaras.
Mesa redonda
Ambientes integrados, linhas retas e uma escala tonal sóbria: o estilo de vida minimalista de um jovem médico foi traduzido pelo escritório do arquiteto Junior Piacesi neste apartamento de 78 m² em Belo Horizonte. A morada deveria seguir uma linguagem contemporânea e ter espaço suficiente para o proprietário receber amigos, descansar e trabalhar. “A primeira providência foi eliminar as barreiras físicas entre sala e cozinha, criando assim uma tipologia de planta ampla e coerente com a dinâmica do morador”, conta Piacesi.
Banco que vira baú
A jovem moradora deste apartamento de 48 m² queria ter um ambiente confortável para receber muitos amigos. Assim, a arquiteta Fabiana Silveira, do SP Estudio, foi acionada para comandar uma reforma que integrou ambientes na área social. Um recurso bem-vindo que veio com os móveis feitos sob medida foi o banco para oito pessoas colocado na sala de jantar para receber convidados em dias de festa. “Além de criar muitos espaços para sentar, ele é um baú para armazenamento”, diz a arquiteta.
Clean e sofisticada
Durante a reforma deste apartamento de 75 m² a duas quadras da praia de Ipanema, uma única parede foi removida. A separação entre a cozinha e a sala veio abaixo e deu lugar a uma bancada com uma placa de espelho corrediça, que serve ao mesmo tempo como bar e mesa de jantar. “É uma arquitetura clean e sofisticada ao mesmo tempo, como o Rio de Janeiro”, diz a arquiteta Carolina Freitas, que assina o projeto ao lado de Gabriela Eloy, do Studio Eloy e Freitas.
Mix de estilos
Nesta sala de jantar eclética, criada pela britânica Maven Belfast, as paredes cinza se combinam a um piso na mesma tonalidade para deixar que os elementos da decoração – nada discretos, neste caso – tomem a atenção para si. Ao redor de uma mesa de madeira, quatro cadeiras Panton desfilam um verde oliva, que também dá o tom dos assentos das poltronas nas cabeceiras. Uma criativa composição arremata o décor no aparador logo ao lado.
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Zurique, a maior cidade da Suíça deve receber em 2022 o maior Hospital Infantil do país. Muito além do tamanho, porém, o que chama atenção no complexo com cerca de 200 leitos é a disposição em usar a arquitetura para potencializar tratamentos médicos.
O projeto desenvolvido pelo escritório Herzog & De Meuron ficará em uma vizinha residencial, cercada de verde e não só se preocupa em integrar todas as áreas internas de forma prática e bonita, mas também em aproxima a natureza do interior do complexo – deixando o ambiente significante mais acolhedor e valorizar o tratamento holístico, no qual o paciente é tratado de forma interdisciplinar, levando em conta corpo, mente e as interconexões entre diversas práticas da medicina.
No total serão construídos dois edifícios, um, na área sul, tem fachada arredondada voltada para Burghölzli – um antigo prédio que abriga a Universidade de Psiquiatria – conectando-se a ele através de um amplo pátio. Já o complementar, na área norte, apesar de seguir o mesmo padrão de fachadas circulares, é mais alto e abriga setores de pesquisa e salas de aula para os alunos da Universidade de Medicina.
Com três andares bastante horizontalizados – além do piso térreo, o edifício sul traz, no patamar mais baixo, e também mais acessível ao público, as áreas de exames e tratamentos mais frequentes, além das salas de emergência, de tratamento intensivo e algumas salas de operação.
Já no primeiro piso elevado, ficam o restaurante e algumas das salas dedicadas a terapia – todas conectadas por um jardim interno exclusivo para os pacientes. No segundo, por sua vez, fica a área administrativa, com mais de 600 estações de trabalho, todas orientadas para a área externa.
No último piso, o mais privativo deles, estão os 114 quartos dispostos de forma circular, também com orientação para área externa - todos projetados como pequenas casas, tendo até seu próprio telhado. Tudo para potencializar a sensação de privacidade das crianças e adolescentes ali internados.
É ainda neste andar que ficam as divisões de cardiologia, oncologia, nefrologia e neurologia, todos juntos para que os pacientes recebam tratamentos transdisciplinares nas proximidades do próprio quarto – sem precisar zanzar pelo hospital, pulando de especialidade para especialidade.
Mais do que isso, para valorizar a conversa entre mundo exterior e mundo interior proposta pelo projeto, os arquitetos propõe ainda que toda a distribuição do hospital siga os padrões de uma cidade: com ruas ligando diferentes áreas, cruzamentos indicando as conexões e quarteirões e bairros determinando as especialidades.
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Inezita Barroso foi uma mulher à frente de seu tempo. Interessada em pesquisar a fundo o universo da música caipira, a cantora, atriz e instrumentista (entre muitas outras profissões) foi contra os ideais da família tradicional e se dedicou a uma carreira artística que teve início nos anos 50, uma época e que poucas mulheres tinham voz no cenário cultural brasileiro, e só foi interrompida com a sua morte, em 8 de março de 2015, aos 90 anos de idade.
Cine Brasil Inezita Barroso, 1985 Foto: Cedoc FPA/TV Cultura/Danilo Pavani
Ela é tema da Ocupação Itaú Cultural, exposição que abre no dia 27 de setembro e segue até 5 de novembro, em São Paulo. A curadoria é do violeiro e compositor Paulo Freire com os Núcleos de Música e de Enciclopédia do Itaú Cultural. Durante a abertura também será lançado o site No Gravador de Inezita, coordenado por Aloisio Milani (produtor musical e roteirista do programa “Viola, minha viola”), com registros feitos na casa da cantora, entrevistas, recitais e raridades.
Cine Brasil Inezita Barroso, 1985 Foto: Cedoc FPA/TV Cultura/Danilo Pavani
Inezita começou a cantar e a tocar viola e violão aos sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano. Foi aluna da primeira turma da graduação em Biblioteconomia da Universidade de São Paulo (USP), formando-se antes de se tornar cantora profissional. O reconhecimento na música veio com “Marvada Pinga”, ou “Moda da Pinga”, composição de 1937 gravada por ela em um compacto em 1953. Diz a letra: “Com a marvada pinga é que eu me atrapaio / eu entro na venda e já dou meu taio / pego no copo e dali num saio, ali memo eu bebo, ali memo eu caio/ só pra carregar é que eu dou trabaio”.
Festa Baile 1987 Foto: Cedoc FPA/TV Cultura/Oswaldo Martella
“Ela é a mulher que enxergou uma coisa da cultura musical brasileira que vem lá do povo, aquele aroma musical que vem da população. Aquilo tem que ter muita delicadeza para mexer”, diz o cantor e compositor Renato Teixeira no vídeo do teaser da exposição. Some-se a isso o talento para escolher um repertório que prezava pela diversidade e pelo sincretismo religioso.
Vox Populi Inezita Barroso, 1980 Fotos: Arquivo Cedoc FPA/TV Cultura
Ignez Magdalena Aranha de Lima, a Inezita, nasceu no dia 4 de março de 1925 em São Paulo. Ao longo de seus 90 anos foi cantora, atriz de teatro e de cinema, instrumentista, bibliotecária, folclorista, professora e apresentadora de rádio e televisão. Por cerca de 30 anos, apresentou o “Viola, minha viola”, exibido pela TV Cultura. Gravou mais de 80 discos no total.
Ela foi reconhecida como a mais antiga e mais importante expressão artística da música caipira no Brasil. Ganhou o título de Doutora Honoris Causa pela Unicapital, em 2005, uma das Universidades em que ministrou aulas de folclore brasileiro. Também foi eleita para ocupar uma das cadeiras na Academia Paulista de Letras.
Na exposição, a própria homenageada conta ao visitante a sua trajetória pessoal e profissional por meio de textos, vídeos, fotos e depoimentos. Ao longo deste ano, o Itaú Cultural vem apresentando uma sequência de mostras sobre importantes mulheres do cenário artístico do país, como a atriz Laura Cardoso e a escritora Conceição Evaristo. Depois de Inezita, a homenageada será a terapeuta Nise da Silveira.
Ocupação Inezita Barroso
Itaú Cultural. Av. Paulista, 149, tel.: (11) 2168-1776/1777
De 27 de setembro (a partir das 20h) a 5 de novembro
Visitação: Terça a sexta, das 9h às 20h, com permanência até as 20h30. Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h. Entrada gratuita www.itaucultural.org.br/ocupacao-inezita-barroso
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Para mostrar algumas das peças lançadas na Maison & Objet Paris 2017, a marca Hartô criou este ambiente acima. Para começar, a paleta prioriza o tom do momento: o rosa claro chamado de Millennial Pink. Os móveis surgem criando uma dicotomia: apesar de todos trazerem linhas puras, uns apostam nas formas arredondadas, e outros nas linhas retas – apenas o espelho da marca investe em ambas. O resultado fica ainda mais interessante com a chegada do tapete de escamas, que cria um diálogo com o piso chevron.
Um mix de sabores cítricos dá um toque especial para este prato de camarão que acompanha, ainda, um delicioso risoto de alho poró. Criação do chef Aldo Teixeira, ele faz parte do cardápio do Festival de Camarão que acontece nos restaurantes La Terrina, La Forchetta, Fior D´Itália e II Papavero até o dia 15 de novembro. Confira a receita a seguir!
Camarão com molho de manga e maracujá Rendimento: 4 porções
Ingredientes do molho
1 ½ manga média
1 maracujá
20 g de mel
300 ml de água
Ingredientes para o camarão
16 camarões grandes limpos
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (sopa) de gengibre ralado
30 ml de conhaque
Sal e pimenta do reino a gosto
Ingredientes do risoto de alho poró
800 ml de caldo de legumes
1 colher (sopa) de alho poró triturado
2 colheres (sopa) de manteiga
100 ml de vinho branco seco
300 g de arroz arbório
Folhas do alho poró
Modo de preparo do molho
Descasque a manga e bata no liquidificador com a água. Passe a polpa do maracujá na peneira. Aperte bem para que fiquem só as sementes, separe-as e reserve. Junte a polpa de maracujá com o suco de manga. Leve as sementes ao forno preaquecido para secar e ficar crocantes. Reserve.
Modo de preparo dos camarões
Derreta a manteiga, junte os camarões, o gengibre, e salteie por aproximadamente 2 minutos. Junte o conhaque e flambe. Assim que o liquido evaporar, retire os camarões e reserve. Na mesma panela, acrescente o suco de manga com maracujá. Assim que levantar fervura, acrescente o mel e abaixe o fogo até reduzir. Quando estiver encorpado, volte os camarões e espere esquentar. Desligue o fogo e sirva.
Modo de preparo risoto
Lave bem as folhas do alho poró e corte-as em fatias de aproximadamente 3 cm. Em um liquidificador, junte o caldo de legumes e bata com as folhas do alho poró. Leve o caldo ao fogo e mantenha aquecido. Fazendo o risoto: em uma panela de fundo grosso, derreta uma colher de sopa de manteiga e acrescente o alho poró para dourar. Quando estiver dourado, coloque o arroz e refogue. Adicione o vinho branco, mexa e deixe evaporar todo o álcool. Acrescente a primeira concha de caldo quente e não pare de mexer, tomando cuidado para que não grude no fundo. Vá acrescentando mais caldo à medida que ele for evaporando. Essa etapa deve demorar uns 15 minutos. Experimente o arroz e observe a textura, assim que chegar ao ponto (al dente) desligue o fogo e acrescente a manteiga restante.
Montagem
Em um prato raso, coloque um pouco do molho, leve um aro redondo no meio e coloque o risoto, vá colocando os camarões sobre o risoto. Decore com sementes secas de maracujá, e sirva ainda quente.
O músico Jon Bon Jovi, que fez shows recentemente em São Paulo e no Rio de Janeiro, acaba de comprar um apartamento de US$ 19 milhões em Manhattan. O imóvel, com cerca de 370 m² de área total, fica na região de Greenwich Village e oferece uma incrível vista para o Rio Hudson.
Entre as características da propriedade estão amplas janelas até o teto, piso revestido com madeira de carvalho e acesso por elevador. A cozinha em estilo americano tem gabinetes de madeira de nogueira e balcões de mármore.
O living e a sala de jantar, logo ao lado, seguem os mesmos tons terrosos no décor, com direito a toque de azul nos detalhes – a exemplo de almofadas e obras de arte.
Mas o destaque fica provavelmente com a suíte master, com amplas janelas envidraçadas, closet e um banheiro com piso aquecido e banheira com vista para o skyline nova-iorquino.
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