Durante a nossa incursão pelo Vale do Jequitinhonha, no primeiro Casa Vogue na Estrada, tivemos a oportunidade de conhecer a AJENAI (Associação Jenipapense de Assistência à Infância), na cidade de Jenipapo de Minas, que atende cerca de 700 crianças e jovens da região e promove diversos projetos e encontros com a população. Naquela ocasião, Elisângela Pedroso Lopes, coordenadora da associação, nos apresentou o grupo das Bordadeiras do Curtume, na comunidade do Curtume. Lá, vivem mulheres fortes e resistentes. Mas muito mais fortes e resistentes depois que se encontraram.
Com a coordenação da consultora de projetos sociais Viviane Fortes e o apoio da AJENAI, essas mulheres foram estimuladas essas mulheres foram estimuladas a fazer companhia umas às outras e resgatarem sua autoestima e cultura. “O dia a dia delas é muito duro. Os maridos saem para procurar trabalho, normalmente no corte de cana ou em plantações de café, e ficam meses, às vezes anos, fora de casa. Elas vivem um abandono, adoecem, ficam deprimidas e, ainda assim, precisam dar conta de sustentar a família, trabalhando na roça e plantando o que comem”, conta Viviane. Esses encontros funcionam como um tratamento para a saúde emocional delas e foi durante essas reuniões que elas manifestaram o conhecimento do bordado. Quem sabia ensinou para quem não sabia e o filho de uma delas, o Diogo, fez os desenhos, que são imagens que ele vê na comunidade, no dia a dia: as mulheres, os bichos, as plantas. Elas preenchem e dão vida a esses contornos com a técnica do ponto cheio. O resultado é um bordado com muita identidade. “No grupo, eu fiz novas amizades e reforcei outras. A gente conversa, ri, canta, brinca e se distrai. Bordar ajuda a gente não só financeiramente, mas psicologicamente, é um prazer ver a nossa arte agradar outras pessoas”, conta Marli, umas da bordadeiras.
Quando esse trabalho já estava fluindo, veio a ideia de torná-lo uma geração de renda, como forma de estimular as mulheres. Para dar suporte e criar uma coleção com o bordado, Viviane convidou a designer têxtil Ana Vaz, que ajudou a estruturar o processo e, em conjunto com as bordadeiras, criou uma coleção de estandartes com bordados de desenhos autorais e tecidos tingidos com cascas e plantas nativas, tudo feito por elas. “É como se a gente estivesse levantando uma bandeira. A bandeira do afeto, do amor, porque mesmo com tantas dificuldades, é incrível a generosidade dessas mulheres”, diz Ana Vaz.
Essa rede de colaboração foi aumentando, e Ana contatou Liliane Rebehy, diretora criativa da Coven, que doou tecidos e fios para o projeto. Mais do que isso, Liliane foi conhecer de perto o Curtume e dessa imersão nasceu a coleção inverno/2019 da marca. “A moda precisa ser movida por uma paixão. Quando eu voltei do Vale e comecei a mexer nas coisas que eu trouxe, relembrar o que eu vi e vivi, eu percebi que estava tudo ali”, conta Liliane. Os bordados aparecem em camisas que terão todo o lucro revertido para as bordadeiras. Mas a energia da comunidade do Curtume está em cada peça. “É muito mais prazeroso e faz muito mais sentido quando você tem esse envolvimento com pessoas, quando a inspiração não é só material ou estética, ela é afetiva, humana”, completa Liliane.
Além das Bordadeiras do Curtume, outro projeto coordenado por Viviane, é o das tecelãs de Tocoiós. Cantando e jogando verso, elas colhem e descaroçam o algodão, batem, fiam e tingem o fio, também usando cascas e raízes de plantas da região. Fortes e organizadas num multirão, levantaram o galpão onde elas se encontram e trabalham.
Esses dois projetos valorizam a cultura local, geram renda, inclusão social e empoderam essas mulheres. Para viabilizar a compra de material para a nova coleção, formação e capacitação das mulheres e construção de meios de divulgação e venda dos trabalhos, com capacitação das mulheres para gestão destas ferramentas, os apoiadores criaram um financiamento coletivo. É possível colaborar em: benfeitoria.com/tecelasebordadeiras, até o dia 20/12.
Fazia tempo que a Netflix não lançava uma série tão magnífica - talvez, a sua melhor até hoje. Maniac, dirigida por Cary Fukunaga, mistura ficção científica com drama em um roteiro tão original que te confunde nos primeiros episódios. O único defeito é que a série é limitada, portanto temos que nos contentar com apenas uma temporada.
O roteiro escrito por Patrick Somerville conta a história de Owen Milgrim (Jonah Hill) e Annie Landsberg (Emma Stone), dois jovens com problemas pessoais diversos que se encontram em um teste da indústria farmacêutica - o excêntrico Dr. James K. Mantleray (Justin Theroux) criou uma droga capaz de curar todos os traumas psicológicos. Durante essas imersões que a equipe de médicos e pesquisadores divide em A,B,C, as inúmeras vivências inconscientes de Owen se misturam com as de Annie. Não preciso nem ressaltar a qualidade de atuação de Emma Stone e Jonah Hill, dupla queridinha de Superbad (2007).
A beleza da série está na capacidade de abraçar tantos gêneros e ambientações - cada imersão inconsciente se passa em um espaço-tempo diferente -, sem perder o fio condutor, sem cair em clichês e, principalmente, dar um final digno aos episódios. O designer de produção Alex DiGerlando (Oito mulheres e um segredo e True Detective) trouxe referências distópicas de Blade Runner, as mágicas de Senhor dos Anéis, a simetria de2001: Uma odisséia no espaço, a nostalgia de Her e a ironia “meiga” da estética inconfundível de Wes Anderson.
Mas é muita informação para pouca coisa! - Muito pelo contrário: o trabalho de DiGerlando se torna excepcional pela capacidade de unir tudo isso e dar sentido visual alinhado com a proposta ácida do roteiro. As constantes cutucadas nos comportamentos sociais contemporâneos incluem um computador que se revolta com o centro de pesquisa, porque ele teve seus sentimentos deixados de lado; uma família milionária de Manhattan que tenta acobertar o estupro feito pelo filho mais velho usando o mais novo, Owen, que sofre com esquizofrenia, como álibi; e por aí vai.
Nestes múltiplos universos, a direção de fotografia de Darren Lew incrementa a direção de arte como forma de mostrar as diferentes técnicas possíveis para uma série. Como Maniac possui cenas de ação, perseguição, violência explícita, introspecção e reflexão, tudo dentro de um contexto de ficção científica, a câmera é viva no sentido de não ter o mesmo tipo de movimentação dependendo da história do episódio. No plano real do laboratório, é tudo milimetricamente alinhado, com cenas mais longas e diálogos mais frenéticos. Já em uma das vivências, que envolve representantes de governo do mundo todo no pós-guerra, planos sequência de lutas ensaiadas e planos abertos dominam a cena. Da mesma forma que a direção de arte garante uma unidade visual, mesmo com tantas situações diferentes, a fotografia também. Maniac parecem várias séries em uma, uma série em várias. É brilhante!
Durante dez dias,Casa Vogue percorreu a região do Vale do Jequitinhonha para explorar as expressões culturais da região que influenciam o design brasileiro. Rio acima, de Belmonte, na Bahia, a Diamantina, em Minas Gerais, encontramos beleza, inspiração e pessoas que lutam – e realizam. A seguir, os registros dessa emocionante expedição.
BELMONTE Em terra de Zanine Caldas
“AS PESSOAS SÃO COMO OS RIOS, SE FORTALECEM QUANDO SE ENCONTRAM”. De autor desconhecido, a frase apareceu no meio da jornada desse primeiro Casa Vogue na Estrada, como que a evidenciar, em palavras, o que vivemos e presenciamos nos inúmeros encontros à beira do Rio Jequitinhonha: força, afeto e identidade.
A expedição começou num dos endereços mais bonitos que um lugar pode ter: a esquina deste rio como Oceano Atlântico. Ali está Belmonte, cidadezinha pacata no sul da Bahia, com cerca de 20 mil habitantes, que se alimenta da foz do rio, do cacau, das belas paisagens e da arquitetura histórica. É também cidade natal do mestre José Zanine Caldas (1919-2001), arquiteto, designer e maquetista autodidata cuja memória permanece vivíssima graças ao filho, o designer Zanini de Zanine.
Belmonte acaba de inaugurar o Museu das Cadeiras Brasileiras, uma iniciativa que nasceu do encontro de Zanininho, como é conhecido, com Daniel Katz, da Katz Construções, e que pretende registrar a cultura nacional e perpetuar o legado do design nacional. “Vai funcionar como um apêndice do museu Zanine Caldas”, explica Zanini, revelando a próxima empreitada: um espaço em homenagem ao pai, com estreia em 2019, ano do centenário do mestre. O local escolhido não poderia ser mais simbólico: a casa onde Zanine Caldas nasceu e viveu até os 17 anos – atual sede do Sindicato Rural de Belmonte. O projeto terá assinatura do arquiteto Marcio Kogan e o museu vai contar comum acervo de móveis, maquetes, croquis, fotos, vídeos e itens pessoais. “É a realização de um sonho, dividir uma obra de extrema importância e brasilidade nessa área cultural como povo de Belmonte e os amantes de arquitetura, arte e design”, afirma Zanini.
Além da atuação como maquetista de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, e de projetar com extremo respeito aos contornos da natureza, Zanine Caldas foi um notável designer. Pioneiro da indústria moveleira moderna, amante das madeiras nacionais, na década de 1970, ele se dedicou ao design artesanal e às formas brutas, essenciais. Todo esse repertório foi estudado e esmiuçado pela Etel, marca que valoriza o traço brasileiro e mantém em produção peças de grandes nomes, e que lançará, também no próximo ano, uma coleção com poltrona, cadeira, espreguiçadeira, mesa lateral, escrivaninha, estante, revisteiro e outras peças de Zanine Caldas. “Serão entre 12 e 15 móveis reeditados e realizados em intensa parceria com a família Caldas, com total supervisão do seu filho”, diz Lissa Carmona, CEO da Etel. Esse trabalho de reviver ícones do mobiliário nacional, preservando suas identidades e usando a tecnologia atual, é uma especialidade da empresa, que tem no portfólio criações de Oscar Niemeyer, Lina Bo Bardi, Sergio Rodrigues, Jorge Zalszupin, entre outros. “Para nós, é como um resgate da história, do legado desses profissionais. Queremos dar vida ao universo de Zanine Caldas e preservar sua herança”, conclui.
Completando nossa passagem por Belmonte, outra descoberta notável foi dona Dagmar. Aos 76 anos e com 1,60 m de altura, a artesã produz, num vai e vem e sobe e desce constantes, peças de cerâmica que incluem vasos de 2 m. “Deus me deu saber e me deu o poder de subir nos bancos para ir a dois metros de altura”, fala, enquanto demonstra sua arte e sua energia incansável. E tudo isso sem usar torno: são as próprias mãos e o auxílio de cartões de plástico e galhos que dão forma e autenticidade às suas obras.
ALMENARA A Baianeira
Seguindo em direção à nascente do Rio Jequitinhonha, paramos em Almenara, MG, cidade natal de Manuelle Ferraz (acima), cozinheira e idealizadora do restaurante A Baianeira, em São Paulo. Ela nos recebeu com sua família na casa onde passou boa parte da infância, e preparou uma refeição recheada das raízes e da alma do Vale do Jequitinhonha. No cardápio, abóbora com quiabo, maxixe e mamão verde com carne-de-sol, receitas típicas de um almoço de domingo da região. A energia de Manu, do seu fazer com simplicidade e da essência que mistura Minas e Bahia, transparece quando ela fala da comida, das suas influências e do poder das mulheres de sua vida. E todas essas forças somadas estão no sabor de sua culinária. Com Manu, passeamos pelo Mercado Municipal de Almenara, de onde ela importa boa parte dos ingredientes que usa no restaurante paulistano, fortalecendo
e valorizando a rede de produtores da região.
ARAÇUAÍ Madeira lúdica
No caminho para a comunidade rural de Córrego da Velha, no município de Araçuaí, MG, estradas de terra e um cenário com cactos descortinava o sertão mineiro. Casinhas comuns, dessas que desenhamos quando criança, margeavam nossa travessia. Apesar do clima árido da região, a chuva veio forte naqueles dias, a poeira baixou e a vegetação acendeu: um lindo contraste de cores.
À direita da estrada, uma árvore potente e um portãozinho feito de lascas de madeira dão as boas-vindas ao universo do seu Paulo (mais acima), um senhor de 83 anos que usa pedaços de madeira achados soltos pela natureza para construir brinquedos. Vacas e bezerrinhos, cavalos, meninos, meninas, mulheres e homens fazem parte do repertório do artesão – são referências presentes no seu dia a dia. A criatividade vai longe, encanta crianças e adultos, mas a energia para produzir já não é a mesma de alguns anos atrás. “A gente vai seguindo. Tem gente que fala que vou fechar os 90, mas 100 acho que não fecho não. É só Deus que sabe. Nós não sabe de nada” [sic], reflete.
JENIPAPO DE MINAS Unidas pelo bordado
Por onde passávamos, a recepção combinava abraços apertados, uma felicidade guardada em sorrisos ora tímidos ora escancarados, e um cafezinho com biscoitos e queijo. Ao chegarmos na Associação Jenipapense de Assistência à Infância (Ajenai), na cidade de Jenipapo de Minas, não foi diferente. Elisângela Pedroso Lopes, coordenadora da associação, guiou-nos rumo a um dos encontros mais preciosos da expedição, na comunidade do Curtume. Lá, vivem mulheres fortes. Muito mais fortes e resistentes depois de terem se conhecido e formado o grupo das Bordadeiras do Curtume.
Com a coordenação da consultora de projetos sociais Viviane Fortes e o apoio da Ajenai, essas mulheres foram estimuladas a fazer companhia umas às outras e a resgatarem sua autoestima e cultura. “O dia a dia delas é muito duro. Os maridos saem para procurar trabalho, normalmente no corte de cana ou em plantações de café, e ficam meses, às vezes anos, fora de casa. Elas vivem um abandono, adoecem, ficam deprimidas e, ainda assim, precisam dar conta de sustentar a família, trabalhando na roça e plantando o que comem”, relata Viviane.
Foi durante essas reuniões que manifestou-se o conhecimento do bordado. Quem sabia ensinou para quem não sabia e o filho de uma delas, Diogo, fez os desenhos, que são imagens que ele vê na comunidade: as mulheres, os bichos, as plantas. As bordadeiras preenchem e dão vida a esses contornos com a técnica do ponto cheio. O resultado é um bordado com muita identidade. “A gente conversa, ri, canta, brinca e se distrai. Bordar ajuda não só financeiramente, mas psicologicamente. É um prazer ver a nossa arte agradar outras pessoas”, orgulha-se Marli, umas das artesãs.
Uma vez engrenado o trabalho, veio a ideia de torná-lo fonte de renda. Para dar suporte, Viviane convidou a designer têxtil Ana Vaz, que auxiliou a estruturar o processo e, em conjunto comas bordadeiras, deu luz a uma coleção de estandartes com bordados de desenhos autorais e tecidos tingidos com cascas e plantas nativas, tudo feito por elas. “É como se a gente estivesse levantando uma bandeira. A bandeira do afeto, do amor, porque mesmo com tantas dificuldades, é incrível a generosidade dessas mulheres”, diz Ana.
A rede de colaboração foi aumentando, e Ana contatou Liliane Rebehy, diretora criativa da Coven, que doou tecidos e fios para o projeto. Mais do que isso, Liliane foi conhecer de perto o Curtume. Da sua imersão, nasceu a coleção inverno/2019 da marca mineira, referência fashion em todo o Brasil. “A moda precisa ser movida por uma paixão. A Coven está fazendo 25 anos e eu estava me sentindo muito desmotivada. Quando voltei do Vale e comecei a mexer nas coisas que eu trouxe, relembrar o que vi e vivi, percebi que estava tudo ali”, conta Liliane. Lá, ela também conheceu outras duas figuras fundamentais, dona Ana e dona Cena, que trabalham com teares pequeninos e tecem lindas mantas com uma noção estética genuína. Essas tramas estão nas novas bolsas da grife, e os bordados aparecem em camisas que terão todo o lucro revertido para as bordadeiras. “Me entreguei ao desafio de criar a coleção com uma temática regionalista, para direcionar atenção para essas pessoas, mas sem deixá-la literal, caricata, acrescentando meu olhar e a identidade da Coven. É muito mais prazeroso e faz muito mais sentido quando você temesse envolvimento com pessoas, quando essa inspiração não é só material ou estética, ela é afetiva, humana”, completa Liliane, com a preocupação de manter esse compromisso social após a temporada chegar ao fim. “Pretendo expor e vender as peças da comunidade tanto nas lojas em Belo Horizonte e São Paulo quanto no e-commerce, que está quase pronto”.
CHAPADA DO NORTE Design naif
A caminho de Turmalina, paramos na cidade de Chapada do Norte, MG, para encontrar o famoso Zé do Ponto (acima). Filho de tropeiro, aos 12 anos ele já produzia caixas de couro para ajudar no transporte de secos e molhados. Hoje, é famoso por seus itens de madeira, com tramas em couro e palha de milho. São bancos, cadeiras, baús, tamboretes e bolsas com marca registrada. “O trabalho dele tem puro estilo rural, campestre. É genuíno, como arte naïf. Ele produz de forma espontânea, mas com muito senso estético, peças que estão no imaginário coletivo”, resume Adriana Frattini, diretora de estilo da Casa Vogue, que se encantou pelo seu Zé do Ponto.
TURMALINA Artesanato industrial
Chegando em Turmalina, MG, uma mudança de perspectiva: das microproduções para uma em escala maior. Era a fábrica da Divina Terra, onde o fazer artesanal ainda prevalece na produção industrial de revestimentos, tornando únicas as mercadorias saídas dali – que são, em sua grande maioria, prensadas, cortadas e esmaltadas à mão.
Foi essa prática manual e cuidadosa que atraiu o Instituto Campana, dos irmãos Fernando e Humberto, para desenvolver, em parceria com a Divina Terra, o cobogó Mão (acima), peça que celebra o design autoral brasileiro e chama atenção para o desastre ambiental ocorrido em Mariana, MG, em 2015. Aproximar o design de técnicas ancestrais de diferentes regiões do Brasil e, com isso causar uma transformação na sociedade, é a bandeira levantada pelo Instituto Campana.
CAPELINHA Mogno africano
Seguindo pelo Vale do Jequitinhonha, a paisagem começa a mudar quando plantações de café despontam no horizonte. O destino da vez era a Fazenda Primavera, no município de Capelinha, MG. Por lá, junto à produção cafeeira, árvores altas roubam a cena. São os mognos africanos, plantas de uma madeira nobre com excelentes propriedades físicas e mecânicas para a indústria moveleira, e uma opção ao mogno brasileiro, que teve seu corte proibido pelo Ibama devido ao desmatamento ilegal e à quase extinção da espécie. “É uma árvore de crescimento relativamente rápido em comparação com outras madeiras de lei”, conta Patricia Fonseca, diretora executiva da Associação Brasileira dos Produtores de Mogno Africano.
Segundo ela, ao unirem as plantações, os produtores perceberam que o café se beneficiava do sombreamento das árvores de mogno. A associação tem se encarregado de estimular testes com a matéria-prima e criou o Mahog Project, que incentiva o uso do material em peças de design, como o banco Trio, da arquiteta e designer mineira Juliana Vasconcellos.
DIAMANTINA Design final
Próxima à nascente do Rio Jequitinhonha, que fica em Serro, Diamantina, MG, foi a parada final do primeiro Casa Vogue na Estrada. Pelas ruelas de pedra, íngremes e sinuosas, estão casarões históricos de arquitetura colonial, que enchem de charme a cidade. A beleza de suas construções e de seu povo foi amplamente admirada e registrada pelo fotógrafo Chichico Alkmim (1886-1978) entre as décadas de 1910 e 1950. Chichico tinha uma sensibilidade única para retratar pessoas. Mulheres, homens e crianças, negros e brancos, ganhavam vida e um registro na história através de suas lentes. Em busca destes retratos, chegamos à Pousada Relíquias do Tempo, com obras raras do fotógrafo e um patrimônio cultural da história diamantinense. Fomos apresentados a cada cantinho do local, que conserva pequenos “museus” sobre a cidade, por Carmen, nascida em um daqueles quartos, e Leonardo, seu marido.
Em meio aos prédios históricos, é possível achar obras modernas de Oscar Niemeyer, como o Hotel Tijuco, ainda em operação, e o Clube Social, que teve importante papel na cidade e, hoje, encontra-se totalmente abandonado. Os edifícios fazem parte da modernização do município, iniciada um pouco antes de um de seus cidadãos mais ilustres assumir o governo de Minas Gerais: Juscelino Kubistchek.
Outra riqueza local é a música. Todos os anos, entre abril e outubro, Diamantina recebe as Vesperatas. Em dias específicos, a partir das 20h, músicos diversos se apresentam por mais de duas horas das sacadas dos casarões seculares enquanto os maestros regem do meio da rua. Em 2016, o evento foi considerado Patrimônio Cultural de Minas Gerais. A música diamantinense, no entanto, já aparecia em crônica de Carlos Drummond de Andrade em 1972: “Quem, conhecendo Diamantina, será capaz de não gostar de Diamantina? Mesmo não conhecendo: ouvindo falar. Pois, entre outras excelências, povo de Diamantina é povo que canta, e isto significa riqueza de coração.” Impossível discordar do poeta!
Um dos problemas mais comuns atualmente é a encontrar momentos de paz e relaxamento total. Por que, então, não investir em cores que transmitam essas sensações? Este quarto de casal azul e cinza, criado pela H&M Home, é um ótimo exemplo para misturar duas tonalidades vistas como escuras e ter um resultado elegante e atual. As paredes e até a estrutura da janela foram pintadas com o azul escuro acinzentado, criando um ambiente monocromático e acolhedor. A roupa de cama segue esta paleta, com as versões cruas intercaladas entre os lençóis, manta, edrdom e fronhas. Os terrosos pontuam, no vaso, espelho e mesa lateral; assim como o dourado, na luminária e nos castiçais.
Quem vê este loft descolado e cheio de soluções de décor criativas, pode não imaginar que ele representa a verdadeira tradução do conceito de reúso. Para criar este espaço com atmosfera urbana e – por que não? – nova-iorquina, o arquiteto Fábio Marins colocou abaixo a construção original no coração da Vila Madalena, em São Paulo, e recuperou todos os 8 mil tijolos e alguns bons pedaços de peroba rosa para tirar do papel um novíssimo projeto arquitetônico para o terreno.
Ter um espaço para receber os familiares de Minas Gerais do próprio arquiteto em visita a São Paulo foi a necessidade inicial que conduziu a criação deste loft. Nos períodos em que o galpão fica sem visitantes, a proposta é usá-lo como hospedagem temporária via sites especializados.
O reaproveitamento de materiais é um dos nortes do trabalho arquiteto mineiro. Especialista em recuperar casas antigas, a proposta não foi a demolição, mas um desmonte paciente com a intenção de recuperar os materiais da obra antiga. Além dos tijolos, foi possível reutilizar todo o madeiramento original. Para erguer a nova construção, optou-se por usar a alvenaria sustentada pela estrutura metálica que proporciona rapidez, precisão e uma obra limpa.
As caixilharias feitas de serralheria artesanal reforçam a identidade do projeto arquitetônico, além de garantirem a entrada de luz natural e uma ventilação cruzada que mantém o ambiente sempre arejado. A marcenaria teve um papel fundamental no projeto. Foi usado um compensado naval aparente nos móveis sob medida. O uso deste compensado no teto conferiu conforto térmico e acústico, além de contribuir para um clima de acolhimento.
O upcycling de peças de garimpo foi uma apostas na decoração. “Dar novos usos para objetos antigos é uma forma de promover o reaproveitamento de materiais e ampliar a vida útil de materiais retirados da natureza”, explica Fábio. Antigas saboneteiras de porcelana tornaram-se vasinhos de plantas, grades de janelas transformaram-se em mãos francesas estilizadas e arte de rua garimpadas ou fotografadas viraram quadros e peças decorativas. Muitas peças foram customizadas para receber os hóspedes com criatividade, entre elas a luminária sobre a bancada da cozinha. Repare também no uso que Fábio deu para o secador de cabelo antigo que compõe uma luminária no cantinho de leitura e no copo de vidro do liquidificador que virou um abajur e é usado como luz de cabeceira.
Decorar a casa para o Natal pode ser uma tarefa complicada, por conta dos pets, das crianças e até pela falta de espaço. Porém, nem tudo precisa ser como nos filmes, com ambientações grandiosas e tudo verde e vermelho. Por isso, separamos 10 ideias natalinas para espaços pequenos com muita originalidade e estilo. Confira:
Se tempo e espaço não forem os seus principais aliados, mas você ainda faz questão de montar uma árvore de Natal em casa: opte por um mini pinheiro. Os cestos de vime ainda deixam a decoração menos óbvia, como se a planta já fizesse parte da sua coleção de floresta urbana.
Tem animais em casa e está com medo de montar uma decoração muito elaborada? Este tecido com estampa de pinheiro é uma ótima saída, porque preenche paredes muito vazias e ainda dão um charme para a casa.
Que tal fazer um Natal diferente? Nem tudo precisa seguir à risca a decoração clássica do hermifério Norte. E, aproveitando a tendência dos arranjos com galhos secos, nada melhor do que investir em uma árvore sem folhas, apenas com as luzinhas e bolinhas penduradas.
Outra forma de deixar a casa com clima natalino é decorar os pequenos cantos e brechas, como o parapeito da janela. Aqui, os pequenos pinheiros e as velas brancas já fazem a diferença.
Economizar espaço é importante, certo? Assim como o tecido estampado, as árvores na parede também servem como uma alternativa muito boa - e criativa. Aproveite para montá-la com o cônjuge, amigos ou filhos.
A celebração da virada do ano pode complementar a decoração de Natal, com bandeirinhas nas cores típicas, bolas de papel ornamentais e muito verde. Sobre o aparador, castiçais, objetos de cerâmica e vasos com mini pinheiros complementam o ambiente. Ao lado, os dois tocos de madeira incrementam na rusticidade.
Caso não haja espaço para ter um mini pinheiro no chão ou você queira investir em algo mais original, pegue os galhos da árvore e coloque em vasos de vidro transparente. A composição pode ser easy chic e minimalista ou mais colorida, com efeites tradicionais.
Outra possibilidade de aproveitar os galhos do pinheiro é para montar uma espécie de guirlanda, em escala aumentada, para dar aquele toque natalino no apartamento. Pendure pequenos vasos com galhos de flores pequenas para deixar tudo ainda mais mágico.
Natal não é Natal sem uma bela mesa para refeições. Aqui, as folhas verdes ficam espalhadas entre as louças brancas e os castiçais dourados. Ao fundo, guirlandas feitas com galhos secos foram penduradas com fita de cetim em um galho mais resistente, dando um efeito incrível para a ocasião.
Filhos da retomada econômica mundial depois da Segunda Guerra Mundial, os baby boomers fazem parte da alta na natalidade infantil da época - até por isso o termo “boom”. A geração nascida entre 1945 e 1960 contribuiu para várias conquistas sociais, incluindo a entrada da mulher no mercado de trabalho, o debate da liberdade de expressão e das causas sociais e ambientais. Ainda assim, estavam em um momento econômico muito propício para compras de imóveis e (muitas) outras coisas para a casa e para a vida cotidiana. Estabilidade talvez seja uma palavra boa para traduzir esse lifestyle. Contudo, os boomers estão a caminho da aposentadoria hoje em dia, “eles já fizeram muitas coisas ao longo da vida. Não à toa, buscam conforto e acessibilidade em suas casas. Alguns ainda querem envelhecer onde vivem, mas outros já desejam novos espaços e, para isso, precisam de lugares menores, práticos e flexíveis”, explica Natalia Gramari, expert do WGSN. Confira as quatro características que não podem faltar na casa dos boomers:
Assim como os millennials, a geração boomer prefere uma decoração “menos é mais”, pautada tanto pela qualidade dos móveis e objetos, quanto pela ergonomia dos mesmos - considerando as necessidades físicas da idade. Além disso, a pouca quantidade de mobiliário ainda permite uma acessibilidade maior e fluidez na circulação.
As casas e apartamentos para a geração em questão estão cada vez menores (não com 10 m²), mas sem exageros, como era comum nos anos 1950 e 1960. As construções com diversos quartos e escadas para todos os lados deram espaço para plantas mais enxutas, com no máximo três quartos, para receber os filhos e/ou netos, e montar outros ambientes para aproveitar a vida indoor da melhor forma. A ideia é ter menos trabalho para a manutenção do lar, sem colocar o corpo em risco.
Diferente dos millennials, que não gostam de acumular nada, os boomers são os verdadeiros acumuladores - principalmente pelo fato de eles terem nascido na época da retomada econômica do pós Guerra. Por isso, mesmo com poucos móveis em casa, o design deles precisa ser pensado para comportar diversas coisas garimpadas, coletadas e compradas ao longo da vida. Uma forma interessante de enaltecer a memória afetiva.
Mesmo tendo trabalhado muito ao longo da vida, os boomers não querem deixar de se movimentar ou conhecer novas coisas - até porque, a geração ainda seguia grandes planos de carreira em empresas multinacionais. A possibilidade de exercer novas atividades, principalmente as manuais, faz com que eles queiram manter um home office.
Para você que gostou da mostra “Mulheres Radicais: arte latino-americana, 1960-1985”, finalizada dia 19/11, prepare-se para prestigiar outra artista. A Pinacoteca de São Paulo exibe as obras de Rosana Paulino em seu encerramento do programa deste ano com exposições dedicadas às artistas mulheres. Intitulada Rosana Paulino: a costura da memória, a retrospectiva irá expor, do dia 08 de dezembro ao dia 04 de março de 2019, as obras realizadas desde as fases iniciais até a contemporaneidade, como uma emersão pelos temas raciais, étnicos e de gênero.
Rosana Paulino busca em suas narrativas compreender o lugar da população negra na sociedade brasileira, especificamente, o lugar da mulher negra, “o que é ser mulher negra na sociedade brasileira?”, é a pergunta que Rosana expressa nessa mostra, conforme entrevista concedida. A curadoria da exposição fica por conta dos talentosos Valéria Piccoli e Pedro Nery, curadores da Pinacoteca.
Doutora em Artes Visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo – ECA/USP, na qual também é bacharel em gravura, Rosana Paulino é, também, especialista em gravura pelo London Print Studio, de Londres. Vencedora dos prêmios Bravo e ABCA (Associação Brasileira dos Críticos de Arte), na modalidade Arte contemporânea, Paulino possui obras em importantes museus tais como MAM e Museu Afro-Brasil, em São Paulo, e UNM (University of New Mexico Art Museum). Portanto, muito bem gabaritada no assunto, Rosana ousa cada vez mais nas suas exposições.
A proposta de refletir e debater a relação histórica que o Brasil tem com suas questões raciais no intuito de compreender a posição da mulher negra no tecido social e nos diversos tipos de violência sofridos por essa população decorrente do racismo e de outras marcas oriundas da escravidão. Um exemplo desta situação é a ausência dos negros nos mais variados aspectos da vida e história dos brasileiros, sobretudo na história das artes visuais. Rosana agrega, desse modo, suas vivências e memórias, transformando em arte suas próprias experiências e as das mulheres de sua família. Ao manifestar essas vivências, Rosana "se entende enquanto artista e enquanto pessoa" E completa: "É sua vida que está lá (..) e as vivências aparecem na obra" , referindo-se à mostra.
A mostra, que reúne cerca de 140 obras, está dividida em três eixos temáticos: o primeiro aborda a questão do feminino que percorre todo o trabalho; o segundo aborda a ciência, como “questão que aparece com muita força no meu trabalho”, completa Paulino e o terceiro apresenta a pergunta "O que é ser negro?" A artista explica a proposta: “Crio estas obras numa perspectiva de olhar para a história do Brasil”.
A ideia é acompanhar os trabalhos etnográficos desses três eixos, realizados pela artista desde 1993 até o presente ano, percorrendo marcantes obras, como Bastidores (1997), Parede da Memória (1994-2015), Tecelãs (2003), Assentamento (2013), ¿História Natural? e as mais recentes, nunca exibidas no Brasil Paraíso tropical (2017) e A Geometria à brasileira chega ao paraíso (2018). São obras realizadas com as mais diversas técnicas desde os primeiros rascunhos em cadernos, passando por gravuras, desenhos, esculturas, até instalações, “tem desde uma folha de papel A4 até uma instalação formada por quase 400 peças”, salienta Rosana.
Questionada sobre a sensação de encerrar o tema após a expressiva mostra sobre “mulheres radicais”, Rosana diz estar “super feliz, é um privilégio enorme!” e acrescenta que “é uma responsabilidade grande, [a mostra] foi fantástica!, mostra histórica, super bem curada, muito bem feita, fechando o ano dedicado às mulheres é muita responsabilidade, espero estar à altura”. Rosana, tem participado ativamente de diversas exposições, tanto no Brasil como no exterior e foi a escolhida para fechar com chave de ouro o ano dedicado às mulheres na Pinacoteca de São Paulo. Aproveite e finalize ou inicie seu ano, refletindo e prestigiando essa artista.
Há quem acredite que a grande máxima para decorar apartamento pequenos seja fugir de tons escuros, mas para o arquiteto Rogério Shinagawa é necessário uma certa transgressão para criar. Com apenas 40 m², os tons escuros chamam a atenção neste endereço paulistano. “O morador não queria nada claro e colorido, por isso foi sugerido o concreto e o preto como cor base”, explica. Valeu-se, portanto, de uma regra da moda: se a meta é elegância, cubra tudo de preto.
O principal trunfo do projeto, de acordo com o arquiteto, é a estante metálica, que organiza a área social. É nela em que são encaixados os volumes de marcenaria (armários, nichos, mesa de refeições e painel da televisão), a bancada em Corian (cozinha com pia, cooktop e forno) e as portas (acesso ao banheiro e ao quarto).
Repare que a mesa de refeições pode ser aberta e, em seguida, encaixada na estante, aumentando a circulação e espaço na sala. Já o canto de estudo integra-se com a sala através de painéis camarão. Para complementar o guarda-roupa, foram criados nichos extras acima da mesa e gavetões embutidos na cama. Na varanda, por sua vez, biombos pivotantes com jardim vertical garantem a privacidade do morador.
No décor, os móveis e objetos são todos de designers nacionais e conferem cor e textura para os espaços. A iluminação é indireta com arandelas e fitas de led embutidas na marcenaria. “As paredes, piso e teto receberam cimento queimado na mesma cor para reduzir o efeito de limite entre eles, dando a sensação que o espaço é mais amplo”, afirma Rogério. Tanto a estrutura de aço quanto toda marcenaria foi feita na cor preta para criar nuances por conta de suas diferentes texturas e acabamentos.
“O morador precisava de um quarto espaçoso e uma banheira”, revela. Para que tudo fosse contemplado, a alvenaria foi reduzida apenas para a área do banheiro, que também recebeu tanque e lava roupa ocultos dentro de um nicho com portas de espelho.
Há outro dado importante sobre o banheiro da suíte. Antes da reforma, não existia incidência de luz natural no ambiente. Após as intervenções, a banheira que se abriu para o quarto através de portas camarão. “Como o banheiro é um espaço pequeno e menos iluminado, mantivemos o branco no teto e o piso e as paredes com porcelanato escuro”, ressalta.
Depois de reformar a sala e a cozinha, deixando seu apartamento alugado irreconhecível, Matheus Iltchechen voltou a colocar a mão na massa, mas agora em um cantinho que já é polêmico na casa: a lavanderia. “O prédio onde moro é muito antigo. Na época da construção, foi feito apenas um ponto de hidráulica e nenhum de elétrica. Os moradores anteriores a nós até fizeram uma adaptação com canos externos para resolver a falta de torneira e escoamento para a máquina de lavar, mas, ainda assim, não tinha tomada”, contou o morador à Casa Vogue. Foi quando ele decidiu reformar de uma vez o espaço, contrastante com a cozinha.
“Na lavanderia, havia muita tranqueira aparente, então ela nunca ficava arrumada. A falta de tomada pra ligar a máquina me obrigava a usar a extensão vinda da cozinha — o que era muito contramão para o dia a dia, e ainda deixava uma aparência ainda mais bagunçada”, explica Matheus. A saída foi construir, em ambos os lados, os balcões de madeira, com armário para guardar os utensílios domésticos - note que em um dos lados, um buraco foi feito, pensando na passagem do gatinho, para fazer suas necessidades com mais privacidade, além de esconder a caixinha de areia da vista. As paredes brancas foram pintadas de preto, para ornar com a estética da cozinha. Para tirar a monotonia do duo preto & branco, Matheus ainda fez uma parede viva, com algumas plantas que já tinha em casa e calhas de PVC.
Toda a transformação custou menos que R$ 850. “Para mim, valeu a pena pela praticidade que a lavanderia ganhou. Agora tenho um balcão para apoiar objetos e, quando necessário, transformar em espaço de passar roupa”, diz ele. “Não tenho mais vergonha das visitas irem até a lavanderia”, brinca Matheus, orgulhoso do resultado.
Quem nunca se viu na situação em que nada na geladeira ou despensa parece uma boa opção de refeição? Você não consegue enxergar uma conexão entre ingredientes e nada é apetitoso o suficiente para fazê-lo arregaçar as mangas e cozinhar.
Diante de tantos impasses, a saída mais fácil se torna o aplicativo de delivery ou o resgate dos cardápios de lanchonetes.
2. Hambúrguer de salmão: receita fácil leva só 5 ingredientes
Gosta de hambúrguer, mas quer dar uma variada no recheio? Que tal uma receita de burger de salmão? A chef Rita Atrib, do Petit Comité Roti & Deli, ensina o passo a passo. Clique aqui para acessar a receita.
3. Receita fácil de sanduíche de pernil leva molho especial
4. Mini sanduíche de avocado, cebola roxa e pimenta dedo de moça
Procurando uma receita saudável, saborosa e fácil de fazer? Sanduíches podem surpreender com os ingredientes certos e uma montagem caprichada. Confira a receita neste link.
5. Receita prática e saudável: rolinho de couve recheado de tofu
O smoothie é sempre um suco com leite a base de frutas ou de legumes. Por definição, sua textura deve ser mais espessa do que a de um suco tradicional. Clique aqui para acessar essa receita deliciosa.
8. Receita crocante: tapioca recheada com shimeji
Vegetarianos vão amar essa ideia: com massa de tapioca, surge uma espécie de sanduíche crocante com recheio de shimeji. Clique aqui para acessar a receita.
Espaços reduzidos pedem por planejamento e otimização - e isso não vale apenas para os móveis. Em uma cozinha, eletrodomésticos que se integrem ao desenho da marcenaria, cubas e até lixeiras funcionais são as escolhas ideais para aproveitar cada centímetro do local. A Tramontina tem diversos modelos assim e todos cheios de estilo. Confira a seguir alguns deles para inspirar as suas escolhas.
Produtos Tramontina: Lixeira de embutir 94518/005, Kit Cuba Morgana 93806/102, Misturador Angolare 94520/012, Cooktop gás Penta 5GG 94708/271, Coifa de parede Juliet 94835/220, Micro-ondas Inox 94880/001 e Forno Elétrico Inox F7 94866/220. (Foto: Divulgação Paola Cury Arquitetura e Engenharia)
ITENS DE EMBUTIR
Cooktop: substituto do tradicional fogão, ele aparece nas mais variadas configurações de tamanho, quantidade de queimadores e modo de funcionamento (a gás, elétrico ou por indução). Como são fixados diretamente na bancada, deixam espaço livre para um forno de embutir ou para gaveteiros colocados logo abaixo. Um modelo com menos queimadores e de largura reduzida é perfeito para uma cozinha compacta.
Dica: A tripla ou a dual chama são mais potentes que os demais queimadores e por isso diminuem o tempo de cozimento.
Modelos a gás em aço inox com design gourmet, trempes em ferro fundido, manípulos de baquelite (material resistente ao calor) e válvula de segurança Safestop, que faz com que o gás seja interrompido automaticamente na falta da chama (caso os queimadores não acendam ou se apaguem). Esse é um recurso ainda pouco utilizado em cooktops no Brasil e fundamental para aumentar a segurança do usuário
Modelos por indução com mesa vitrocerâmica, comando touch, timer e indicador de calor residual garantem maior segurança para o usuário, maior rapidez e menor consumo energético.
Coifa: pouco espaço não deve ser motivo para você abrir mão dela - ao contrário! Uma coifa numa cozinha pequena é importante não só para renovar a qualidade do ar, mas também para reter a gordura e o vapor do cozimento de modo que eles não prejudiquem o mobiliário, já que tudo fica bem pertinho. Um modelo de embutir casa bem com um móvel aéreo, pensado para privilegiar a capacidade de armazenamento do local, porque mesmo com uma instalação direta nele, há sobra de espaço nas laterais para guardar utensílios.
Forno e microondas: instalados um acima do outro, de maneira a racionalizar o espaço e valorizar os produtos, eles formam a torre quente da cozinha. Escolher modelos que atendam a diferentes necessidades facilita ainda mais o dia a dia. A Tramontina tem fornos com 3 a 12 funções, que atendem a modos de cozimento como grill, assar combinado, turbo aquecimento, manter aquecido e descongelamento, entre outros.
Cuba: os modelos são muitos - simples, dupla, com cuba auxiliar ou escorredor - e alguns contam com acessórios que os tornam uma solução completa para a bancada.
Quadrum 50 com medidas 20,5 cm x 54 cm x 44 cm é compatível com kit de acessórios 5 peças (tábuas auxiliares, porta-taças, porta-pratos e cesto)
Acessórios para a cuba: caso ela não venha com itens funcionais acoplados, que facilitem a rotina de lavagem de louça e o preparo dos alimentos, é possível equipá-la com opções como um dosador de detergente ou um misturador 3 em 1: água quente, água fria e água filtrada.
O misturador Monde Filter é assim: tem uma saída para água filtrada e outra para água quente ou fria. Fabricado em aço inox, o que garante maior higiene e resistência do que os misturadores de latão cromado, ele supre a necessidade de instalar um misturador e um filtro de água na bancada.
Já o dosador de detergente é instalado ao lado do misturador e tem capacidade de armazenar até 500 ml do produto. Também fabricado em aço inox, tem seu reabastecimento feito pela parte superior.
Acessórios para a bancada: já pensou em ter uma lixeira de embutir? Disponíveis nos tamanhos de 5 ou 8 L, os modelos Tramontina são de aço inox e contam com um borracha que veda odores. Eles são de fácil instalação, práticos e substituem com graça as lixeiras comuns que ficam sobre a bancada ou em locais pouco ergonômicos, como embaixo da pia.
Vale destacar: como uma cozinha compacta muitas vezes é integrada à lavanderia, é recomendado ter o mesmo cuidado com o design e a decoração nesse ambiente. Optar por tanques e eletrodomésticos menores é uma boa solução. Saiba mais sobre as opções para a lavanderia.
A conexão com a natureza foi o ponto de partida para construção desta casa para uma família em um condomínio próximo ao Lago Sul, em Brasília. Projetada pelo arquiteto Samuel Lamas, a residência ocupou uma parte do terreno preservando as árvores nativas do cerrado e respeitando a paisagem local.
Simples e confortável, a área de estar revela as duas vistas principais do jardim e a parede, que separa a cozinha, preserva visualmente a área de preparo de alimentos deixando um amplo ângulo de visão também para as áreas externas, do lado oposto. Um tapete de ladrilho hidráulico com motivos geométricos delimita o espaço de refeições.
O décor, no geral, é composto pelas cores do cerrado. O sofá em tom laranja terroso remete à terra local, enquanto o tapete do estar lembra um gramado. Muitas peças são assinadas pelo próprio arquiteto Samuel Lamas, caso do conjunto de sofá e poltronas em ferro e couro, a mesa de centro, a mesa de jantar com cadeiras, a estante de livros, o banco da varanda e a poltrona do quarto. “Com DNA compatível à arquitetura, as peças se comunicam com o espaço pela leveza, materialidade e simplicidade geométrica”, explica Samuel.
A varanda não possui interferências estruturais e permite que o jardim seja apreciado em sua totalidade. A piscina está posicionada para receber o sol e o deck, sob a sombra das árvores, garante um estar ao ar livre. Já os quartos das crianças são orientados para o nascer do sol e têm acesso independente para o quarto de casal. As empenas cegas preservam os moradores, além de proteger do excesso de luminosidade. Já a garagem, no lado oposto, recebe um painel de chapa perfurada para ventilação constante na área de serviço e depósito.
Uma das premissas do projeto era a simplicidade. Por isso, o escritório Lamas Arquitetura optou por materiais autênticos e de baixo custo para criar esta morada de 350 m². Painéis solares garantem o aquecimento da água. Já as esquadrias de ferro, feitas artesanalmente, possuem basculantes superiores que permitem ventilação cruzada por toda a casa. Além disso, barras metálicas na parte inferior sinalizam quando as portas estão fechadas.
O piso de concreto e as paredes de alvenaria foram uma das soluções mais econômicas e esteticamente agradáveis aos moradores. Nos banheiros, optou-se por um único tipo de granito cinza levigado, que mantém a unidade cromática com o piso cimentício. A parede da fachada principal é revestida de fulget cinza claro e o compensado naval, usado no forro e também no mobiliário da cozinha e banheiros, aquece a casa e conecta todos os ambientes com o exterior.
Decorar casas ou apartamentos pequenos pode até parecer uma tarefa difícil, mas uma vez com as referências certas na mão e uma boa dose de criatividade, coisas incríveis podem surgir. Caso desta mesa de refeições com banco na copa, que encaixa perfeitamente no nicho de paredes brancas. O sofá que se forma, com armários na parte de baixo, já é um excelente recurso para otimizar a dinâmica dos ambientes - mas aqui, ele ainda não interfere na entrada de luz natural. A opção de deixar tudo em tons claros também auxilia na noção de espacialidade e amplitude. A planta pendente é o toque essencial.
Não é sempre que nos deparamos com uma mesa com o coral como cor principal da decoração. O Living Coral, cor do ano eleita pela Pantone, traz uma vibração muito própria para o ambiente. O efeito é surpreendente, ao mesmo tempo alegre e sofisticado, como na combinação que fizemos para esse almoço. Não há convidado que não vá se sentir imediatamente mais energizado nesse ambiente!
Assinadas pelo estilista Oscar de la Renta, as louças Coralina, da Vista Alegre (à venda na Theodora Home), trazem para a mesa o floral romântico, glamouroso e rico em detalhes que remete aos vestidos suntuosos do estilista.
No centro da mesa se destaca um arranjo único assinado por Marcinho Leme, da Milplantas, com lisiantos, delphinium, sempre viva, garden rose, orquídeas phalaenopsis, protea e hortênsia azul. Nesta composição o lilás predomina, montando uma cartela de cores surpreendente.
A estampa dos pratos de sobremesa é complementar a do prato raso. Junto, o conjunto enche os olhos com a riqueza do design e o preciosismo da composição da decoração, com os guardanapos e jogos americanos com friso coral e a taça de água colorida na mesma cor - uma boa dica para dar charme aos copos d’água quando recebemos convidados em casa.
*Thais Senna e sua sogra, Maria Emilia Senna são apaixonadas por vestir a mesa, especialmente para receber amigos e familiares queridos. A dupla comanda o blog Vamos Receber, que traz sempre uma novidade sobre o tema.
Energizante, sociável, espirituosa. Acolhe e incentiva a atividade alegre, simbolizando a nossa necessidade de otimismo e expressão lúdica. Essas são as características da Living Coral, cor do ano 2019 eleita pela Pantone, e que estamos buscando como sociedade para o próximo ano. Se você se identificou, veja algumas ideias de salas de estar decoradas no tom!
As irmãs Porter Hovey apostaram na cor para o sofá, garimpado em leilão, que rouba a cena. A combinação com parede rosa e almofadas multicoloridas, é improvável e cool.
O casal Margaret & Corey usou a cor nos pufes, num tom mais lavado no papel de parede e com subtons nos divertidos detalhes do teto nesta sala da estar.
Neste loft projetado Studio Giancarlo Valle, a cor é usada nas paredes e na mesa de centro, de mármore, desenhada por Gae Aulenti, criando contraste cromático com o sofá e poltronas azuis.
O caráter acolhedor do coral é reforçado ao ser combinado com móveis de madeira clara e sofá de couro caramelo nesta sala de estar. A planta pendente dá um toque de verde ao conjunto.
Depois do hipisterismo dos cafés, a turma apontou o guidão da bicicleta para as casas que servem Matcha - se possível, acompanhado de um avocado toast. Nos restaurantes mais descolados do mundo haverá, certamente, Matcha no menu. E não param de abrir espaços dedicados ao chá japonês servindo não apenas a bebida tradicional, mas também versões com leite ou outras infusões, além de doces e comidas feitas com o pozinho verde mágico! E eles vêm com tudo que o mundo hipster pede: o verde do Matcha combina com decoração rosa millennial; as bebidas vêm em copos de geléia ou garrafas de remédio antigo; e, é saudável...aliás, harmoniza bem com comidas veganas. O sinal de que a moda já pegou? Até o Starbucks lançou recentemente a sua versão do Matcha Latte. Não vamos esquecer que a rede foi uma das responsáveis por popularizar a gourmetização do café ainda nos anos 1980 - quando “nasceram” os baristas. Ou seja...vem muito Matcha por aí.
“Há um crescimento do consumo de chá verde em relação ao preto no mundo e outras culturas que têm tradição de chá preto, como a Índia e a Tailândia. Estes países, inclusive, já estão investindo na produção de chá verde e Matcha para a exportação”, revela Daniele Lieuthier, do Instituto do Chá. Mas o Matcha ganha na corrida com o tradicional chá verde pois é menos amargo ( o processamento dele é feito com mais cuidado e são selecionadas somente as partes mais preciosas) e fica lindo na foto - característica importante em tempos de instagram!
Então entenda tudo sobre o Matcha para aderir a essa mania já!
O que é e para que serve?
Quem lê Casa Vogue ou passou pelo Casa Vogue Experience já sabe que todo chá é feito a partir da infusão de uma planta chamada Camellia Sinensis originária do leste da Ásia, mas que hoje é plantada em várias regiões tropicais do mundo - inclusive no Brasil. Está tudo bem: Não é proibido colocar qualquer outra planta ou fruta em água quente para tomar, mas não podem ser classificados como “chá” , mas apenas uma “infusão”.
Dito isto, vamos às propriedades da folhas originárias da Camellia Sinensis: ela tem algumas moléculas antioxidantes - caso das catequinas - e tem teína. Mesma molécula da cafeína, a teína diferencia-se da substância do café, pois tem efeito mais lento e duradouro quando associada aos outros elementos do chá. No entanto, quando combinada com outras substâncias do chá, ela tem o seu). Ou seja: Todo chá ajuda a evitar o envelhecimento, a aumentar a imunidade e a deixar a mente mais alerta. Portanto, vale substituir o café por uma xícara de chá de manhã e não é uma boa ideia tomar chás de noite ( antes de dormir recomendo infusões como a do rooibos que não tem teína e é bastante nutritivo ou algo que acalme como camomila ou lavanda!).
A planta também tem L-teanina, um aminoácido que atua no sistema nervoso central e age como um relaxante sem sedação, reduz a percepção do estresse e melhora a atenção. Conclusão: Unindo os efeitos da Teína e os da L-teanina, os chás sempre foram grandes aliados dos monges que precisavam ficar calmos, porém despertos para meditar por horas ou dias!
E onde o Matcha entra nessa história? Bom...Ele não é feito a partir da infusão da Camellia Sinensis e sim da ingestão da própria planta moída! Exatamente: pense em todos os efeitos acima elevados à décima potência ( literalmente, ta? Uma porção de Matcha é o equivalente nutricional de 10 xícaras de chá verde).
O Matcha, vale lembrar, também ajuda a emagrecer, pois é bastante diurético - o que diminui a retenção de líquidos e, consequentemente, o inchaço! Além disso, há a presença de um antioxidante que estimula a liberação de CCK (colecistocinina), um hormônio que envia ao nosso cérebro a informação de que o estômago está cheio. Ou seja: a bebida sacia a fome ajudando o dia de dieta passar com mais tranquilidade.
Atenção: O consumo de Matcha ( ou de qualquer outro chá) não é recomendado para pessoas com sensibilidade à cafeína, gestantes e lactantes - estas mulheres devem procurar infusões com cuidado. Alguns efeitos colaterais podem aparecer quando tomado exageradamente: fique de olho se começar a ter dores de cabeça e no estômago, diarreia, insônia ou azia.
Como o Matcha é feito e porque ele é mais caro?
O cultivo deste tipo de chá é completamente artesanal e tudo começa na colheita. As Camellia Sinensis que darão origem ao Matcha são mantidas na sombra, protegidas do sol, o que torna suas folhas mais verdes e aumenta a produção de aminoácidos.
São selecionados apenas os brotos mais jovens ( manualmente!) e é isso que garante o valor nutricional único o Matcha: aqui há maior quantidade de clorofila, aminoácidos e flavonóides - por isso os impactos são mais fortes que o chá verde tradicional. Depois de passar pela secagem a planta é moída e é exatamente esse pozinho verde que você encontrará nas casas de chás.
Ao invés de colocar o extrato da planta num recipiente perfurado dentro de água quente para infusioná-lo, como é feito para os chás regulares, você deverá colocar o seu Matchá direto na água numa temperatura média de 75º e bater bastante para o pó dissolver - tradicionalmente isso é feito com um batedor de bambu chamado chasen.
O método de preparação do chá jogando o pó da Camellia Sinensis direto na tigela com água quente tornou-se popular durante a Dinastia Song (960–1279), na China, e logo foi adotado pelos budistas zen. Este ritual foi levado para o Japão pelo monge Eisai em 1191. Neste país ele foi ainda mais apreciado e consumido por pessoas dos altos escalões da sociedade do século XIV ao XVI.
Onde achar?
No Brasil, a moda ainda está começando. Mas é possível tomar o seu Matcha na Japan House ou na sua própria casa: procure o kit completo na Liberdade ou em lojas como a Tea Shop, a Talchá ou a Moncloa Tea Boutique. O café do Zazá Bistrô, no shopping Rio de Design Leblon, também oferecem algumas opções de bebidas com o potente chá. E alguns restaurantes de São Paulo já servem doces feitos com o chá que fale experimentar, caso do Tartuferia Giapponese, que tem um bom tiramisu de Matcha; do Izakaya Toki, que serve mousse de chocolate branco com Matcha; e, do Extásia que incluiu um creme catalana de Matcha no menu. Já o Café Habitual, também em São Paulo, serve pudim de chia com leite de amêndoas e matchá - sobremesa must try se você for vegano ou viajar para as cidades que estão aderindo a Matcha mania com força: Nova York, Melbourne e Copenhague.
Para comprar online, procure pelo Matchaeologist ou pelo Zen Wonders. Quer aprender a fazer receitas com Matcha? Então siga o Matcha Desserts! Está esperando o que para começar essa aventura de sabores?
Um edifício criado pelo escritório Arquitectonica para a Escola de Arquitetura da Universidade de Miami chama atenção pelo seu telhado curvo de concreto, que lembra uma folha de papel descansando sobre o prédio.
O prédio foi nomeado como Thomas P. Murphy Design Studio Building, uma homenagem ao pai do dono da construtora Coastal Construction Group, responsável pela obra no espaço.
Além da grande presença do concreto, a estrutura recém-inaugurada tem paredes de vidro, o que também facilita a entrada de luz solar. A área total é de cerca de 1858 m².
O prédio inclui um laboratório de fabricação de alta tecnologia com impressoras 3D, estações de trabalho modernas que facilitam a produção digital avançada, um laboratório de informática, áreas de apresentação e escritórios.
Além disso, segundo a própria universidade, os sistemas mecânicos do prédio permaneceram expostos para permitir que os estudantes entendam o que faz a instalação funcionar.
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Três estrelas, 35 obras de arte e R$ 20 milhões. Este foi o resultado do terceiro leilão RED, criado pelo vocalista do U2, Bono Vox. Com a colaboração de Theaster Gates e Sir David Adjaye nesta edição, Bono conseguiu a proeza de ter em seu evento, cujo objetivo é arrecadar recursos para ajudar na sua luta contra a Aids na África, trabalhos dos mais renomados artistas e designers do mundo. Theaster Gates foi a obra mais cobiçada, alcançando o valor de US$ 807 mil, superando as expectativas do mercado.
Com o tema da luz e da cor vermelha, o leilão, realizado na tradicional Sothesby em Miami, foi precedido por uma exposição pública apresentada pela Gagosian no famoso Moore Building, no Miami Design District, inaugurado em 1º de dezembro, Dia Mundial da AIDS. O grande evento contou com obras de Jeff Koons, Ai Weiwei, Wangechi Mutu, Sir Jony Ive e Marc Newson, Christo, Sean Scully, Marilyn Minter, Frank Gehry, Guillermo Kuitca, Zaha Hadid e Teresita Fernández, entre outros. Além disso, Gates e Adjaye criaram peças exclusivas para o dia.
A terceira edição do leilão, as anteriores foram em 2008 e 2013, dá continuidade aos programas focados em comunidades na África por meio do Fundo Global de Combate à AIDS, além de ajudar a Fundação Reconstruir, em Chicago, uma organização defendida por Gates.
Branco total assusta ou atrai? Bem, a resposta pode ser surpreendente se depender de texturas e equilíbrio de formas, como as desta casa. O projeto da decoradora Jennifer Wagner Schmidt, baseada na Virgínia, nos Estados Unidos, impressiona pelo branco em todas as escolhas.
Toques de fibras naturais e madeira clara são os leves contrapontos que elevam o visual com equilíbrio. Há ainda o dourado surgindo em detalhes. O upgrade ao mix é imediato.
O verde de plantas é outro segredo que leva alto astral aos ambientes. Caso contrário, o branco total poderia se tornar sem vida.
As texturas também tiram qualquer monotonia. Um dos cantos da sala de estar as reúne em quadros de tramas, nichos com vasos na parede e aparador em tom de bege. Um jeito elegante e nada óbvio de exaltar o branco em clima contemporâneo.