Dar o sangue pela arte ganhou um novo significado após o experimento feito pelo artista nova-iorquino Ted Lawson. Ele usou o fluido do seu próprio corpo para criar a obra Ghost in the machine, um autorretrato nu e em tamanho real. Apesar de um pouco estranho, o procedimento é simples: o sangue fluiu por meio de uma cânula até um braço robótico com uma caneta na ponta.
Lawson gravou um vídeo em que é possível vê-lo se movendo para continuar unido à máquina, que traça lentamente sua figura. "Nesse trabalho eu quero mostrar a conexão entre nossa humanidade e a tecnologia que usamos, nos viciamos e na qual nos apoiamos", conta o artista, que nasceu em 1970.
Nada melhor, então, do que retratar a si mesmo, como muita gente faz com o celular. "Eu geralmente não gosto de selfies, especialmente as com pessoas nuas. Mas quando tive a ideia de conectar meu sangue diretamente à máquina de controle númerico computadorizado, fez muito sentido tentar um autorretrato nu de corpo inteiro".
O vídeo e a obra fazem parte da exposição individual do artista The Map is Not the Territory, que fica em cartaz entre 11 de setembro e 4 de outubro na galeria Joseph Gross, em Nova York. Para a mostra o profissional também criou esculturas, pinturas em MDF e dois outros retratos - com sangue, é claro.
The map is not the territory
Data: de 11 de setembro a 4 de outubro
Local: Joseph Gross Gallery
Endereço: 548 West, 28th Street, 2nd Floor, New York
Horário: de terça-feira a sábado, das 11h às 18h; quintas-feiras, das 11h às 21h