A ciência já provou que as abelhas são agentes essenciais para o equilíbrio da vida no planeta e estima que sejam responsáveis por quase 80% da polinização mundial. Alguns vão mais longe, dizendo que se elas desaparecerem, em questão de anos não haverá mais vida na Terra. Além disso, foi descoberto, recentemente, que o olfato das pequenas é extremamente apurado e, se forem treinadas, são capazes de identificar cheiros muito sutis e específicos, como por exemplo, odores na respiração de uma pessoa causados por diversas doenças.
Com o objetivo de usar o design para traduzir tais descobertas em uma linguagem que todos possam entender, a artista portuguesa Susana Soares criou Bee’s, aparelhos que facilitam a utilização desse dom das abelhas no diagnóstico precoce de males como o câncer. Para isso, as abelhas são colocadas em um vidro com dois compartimentos: um maior, onde elas são mantidas enquanto farejam o odor buscado e outro menor, para onde elas vão quando diagnosticam a presença dele. Quando uma pessoa sopra pelo canudo ligado ao compartimento menor, as abelhas só são atraídas para ele se as notas específicas estiverem presentes.
De acordo com Susana, os insetos podem ser treinados em dez minutos, através de um sistema de recompensas, a identificar um determinado odor. Depois de cumprirem o papel de médicas, elas podem retornar normalmente para a colmeia.