Assistir espetáculos e comer são duas atividades que combinam bem. Tanto que não é de hoje que andam juntas em salões da nobreza, estádios e casas de shows. Os proprietários do complexo de culinária Platea Madrid, na capital espanhola, transformaram essa relação em arquitetura. Uma reforma de 60 milhões de euros converteu a antiga discoteca e cinema Carlos III em um templo dos foodies.
O espaço reúne duas dezenas de restaurantes, bares, lojas de alimentos selecionados e até uma floricultura. Ramón Freixa, premiado com duas estrelas no Guia Michelin, abre o Arriba, um espaço no primeiro piso com pegada de bistrô. Alejandro Montes dirige a doceria Mamá Framboise.
Outros destaques são os cinco estabelecimentos comandados pelo trio de chefs Marcos Morán, Paco Roncero e Pepe Solla, reconhecidos com prêmios nacionais na Espanha. Há ainda casas dedicadas às cozinhas italiana, japonesa, mexicana e peruana. E não falta espaço para shows de culinária, música ao vivo e até apresentações de dançarinas voadoras.
O arquiteto Lázaro Rosa-Violán decorou o espaço, capaz de abrigar 1.200 pessoas. Luz quente e cortinas vermelhas fazem menção ao passado do edifíciocomo cinema de rua. Colunas verticais de madeira trazem leveza e dinamismo ao espaço. E as galerias permitem ver e ser visto – vocação compartilhada há anos por casas de espetáculos e bons restaurantes.
Uma ótima maneira de injetar vida em um ambiente cuja paleta de cores é clara e dessaturada é apostar em acessórios-chave escuros. No quarto acima, a decoração foi construída com uma predominância de azuis claros, cinzas e brancos presentes em todas as roupas de cama, nas paredes e na maioria dos móveis. O truque de estilo fica por conta da inserção do preto em objetos bem escolhidos. Sem tornar o espaço mais pesado, o tom adiciona charme e modernidade na medida certa. Tanto a poltrona de cordas quanto a coleção de fotos P&B emprestam personalidade e impedem que a leveza se torne monotonia.
A figura de um mictório foi transformada, pelas mãos do icônico Marcel Duchamp, em arte. Mas antes de chegar ao ponto de questionar a criação artística, o francês passou por uma longa escola: sua própria carreira. Surpreendentemente, o culpado por "matar a pintura" produziu – e muito – peças usando tinta e pincel. E é exatamente para iluminar essa faceta menos conhecida que o Centre Pompidou, em Paris, apresenta a exposição Marcel Duchamp. La peinture, même.
A mostra reúne mais de 100 obras para traçar uma linha do tempo no trabalho de Duchamp, que mostra referências surrealistas, simbolistas, expressionistas e cubistas, dentre outras características, levantando o debate sobre sua real intenção ao trazer à tona o conceito dadaísta do readymade, ou arte encontrada. Surge então a hipótese de que talvez ele quisesse, na verdade, reformular a maneira de se olhar para a pintura e não desmerecê-la, como normalmente é interpretado.
Peças como desenhos bem humorados e estudos pictográficos são colocados ao lado de outras como a "demasiadamente cubista" Nu descendant l'escalier (Nu descendo uma escada) e, ao mesmo tempo, comparadas com a criação de artistas como Edouard Manet e Odilon Redon. Tendo em vista todo esse panorama, Duchamp surpreende novamente, mesmo após tantas décadas.
Marcel Duchamp. La peinture, même
Data: até janeiro de 2015
Local: Centre Pompidou
Endereço: Rue Saint-Martin, 4e. Paris, França
Horário: Segunda, das 11h às 21h; de quarta a domingo, das 11h às 23h
Além de trabalharem com escultura, os artistas Katharina Fritsch, Jeff Koons e Charles Ray compartilham mais uma característica: suas obras questionam as antigas técnicas e reinventam a tradição com originalidade conceitual. A mostra Sculpture After Sculpture, no museu sueco Moderna Museet, lança luz exatamente sobre essa mudança.
Quando Fritsch, Koons e Ray chegaram à maturidade nos anos 1980, o trabalho pelo qual são reconhecidos hoje nem sequer era encarado como arte. As referências cotidianas revisitadas com ousadia serviram como ponto de partida para a desconstrução da escultura no período moderno, dando condições para que a abstração, o minimalismo e a apropriação de objetos já existentes alcançassem notoriedade. Mais que simplesmente romper com tradições, esse trio foi responsável por trazer de volta a força da representação figurativa.
Em Sculpture after Sculpture, treze obras primas demonstram o que significou essa ruptura e renascimento. A porcelana dourada usada para retratar um astro pop em Michael Jackson and Bubbles, de Koons, e o gritante amarelo que colore uma imagem sacra em Madonnenfigur / Madonna, de Fritsch, são apenas alguns bons exemplos.
Sculpture after Sculpture
Data: até 15 de janeiro
Local: Moderna Museet
Endereço: Exercisplan 4, Estocolmo, Suécia
Horário: terça e sexta, das 10h às 20h; quarta, quinta, sábado e domingo, das 10h às 18h
Nova York pode ser a cidade com a maior quantidade de arranha-céus do planeta, mas quando se trata de alcançar o topo de qualquer um deles, só há um caminho: o elevador (boa sorte a quem considera as escadas uma opção viável para ascender cerca de 300 metros em média). Isso porque helicópteros – a alternativa óbvia para as camadas mais altas da pirâmide social que, a propósito, abundam por aqui – são proibidos de pousar sobre qualquer prédio em Manhattan desde 1977, depois de um acidente com uma dessas aeronaves ocorrido na cobertura do edifício Pan Am (hoje MetLife) naquele ano.
É claro que este veto não está entre as razões para que se construa cada vez mais alto na cidade – a obsessão nova-iorquina com alturas tem mais de 110 anos – mas é impossível não se imaginar a bordo de um helicóptero quando se avista a ilha inteira (além do Bronx, do Queens, do Brooklyn, Staten Island, New Jersey e do Oceano Atlântico) a partir do 94º andar do 432 Park Avenue, onde Casa Vogue e outros poucos veículos internacionais estiveram na semana passada, menos de um mês depois de a construção ter atingido a sua altura máxima: 425,5 metros, distribuídos por 96 andares. O número faz da obra o edifício residencial mais alto do Hemisfério Ocidental, como não se cansam de alardear as equipes de marketing da Macklowe Properties e do CIM Group, os responsáveis pelo empreendimento. Não fossem as antenas do novo One World Trade Center e do Empire State contabilizadas na altura oficial dos prédios, o 432 Park Avenue seria o edifício mais alto da cidade agora. Sua penthouse, na verdade, está acima do rooftop destes dois gigantes.
Fachada do 432 Park Avenue vista a partir da calçada – as obras já estão em sua fase final
“Não estava nos planos ser o mais alto”, afirma Harry Macklowe, idealizador do edifício e praticamente uma lenda do mercado imobiliário local. Segundo ele, o a torre começou a partir da planta dos andares, um grande quadrado aberto interrompido apenas no centro por um quadrado menor, onde fica todo o maquinário e demais elementos estruturais. “Mas estamos em Nova York, certo? Não há espaço, a única direção possível aqui é para cima”, explica o uruguaio radicado na cidade Rafael Viñoly, autor do projeto e arquiteto de outras célebres construções mundo afora, como o Fórum Internacional de Tóquio e a reformulação do Museu de Arte de Cleveland, entre outros. “Não dava para ter ido mais alto do que fomos com o 432 Park Avenue”, conta ele.
O impacto do novo prédio já se faz sentir por toda Nova York – sua esbelta e retilínea silhueta é avistável de muitos pontos da cidade, o que não tem agradado a todos os nova-iorquinos, ciosos de que o skyline da megalópole torne-se, aos poucos, irreconhecível, com o apequenamento de ícones como o Chrysler e o próprio Empire State. De acordo com Viñoly, só foi possível plantar uma torre dessa altura na cidade graças ao estágio avançado em que se encontram hoje as tecnologias de construção. E que, portanto, é questão de tempo até que outros gigantes da mesmas magnitude apareçam por ali.
Mesmo em obras, o edifício já marca presença no skyline de Nova York, iluminando de azul as alturas da cidade
Uma das grandes ideias do arquiteto foi deixar dois andares vazios – e completamente abertos – a cada 12 pisos construídos. Com isso, o edifício se mantém permeável à passagem do vento em diferentes alturas, o que alivia a pressão que o ar exerce sobre as fachadas e garante boa parte de sua estabilidade.
Esteticamente, há nos traços da torre uma saudável obsessão com o quadrado. A planta dos apartamentos, suposta origem de tudo, possui esse formato. O mesmo acontece com as janelas, enormes aberturas quadradas de 3 x 3 m. Segundo Macklowe, a inspiração para o edifício de traços modernos tem origem clássica: os quadrados que compõem o piso do Panteão romano e também adornam a sua cúpula central. Já Viñoly prefere falar nos efeitos obtidos com o uso da forma. “Se você olhar bem, por causa das proporções que escolhemos e da forma como os quadrados se encaixam, o prédio nem parece tão alto”, diz. “Para mim, sua principal qualidade é ser calmo – ele transmite tranquilidade”. Macklowe concorda, e revela um conselho recebido de seu amigo Renzo Piano, numa conversa informal durante a fase de projeto: “se você se mantém fiel à forma, não dá para estragar um quadrado”.
Croqui do 432 Park Avenue, traçado por Rafael Viñoly e transformado em pôster exibido no próprio escritório do arquiteto em Tribeca
Se arquitetonicamente o único caminho é para cima, o mesmo se aplica às cifras que envolvem o edifício. O mais barato dos 104 apartamentos do 432 Park Avenue sai por US$ 16,95 milhões. As penthouses no topo, todas já vendidas, foram arrematadas a US$ 82,5 milhões cada uma. Quem compra (ou ainda pretende comprar) uma unidade, de acordo com Macklowe, é um tipo muito, mas muito exclusivo de cliente. Traçando um perfil genérico, ele diz se tratarem de homens, com no mínimo 55 anos, proprietários de iates, jatos, coleções de arte, outros três ou quatro imóveis do mesmo padrão espalhados pelo mundo e que, aparentemente, se conhecem entre si, ou ao menos em parte. O clube, Macklowe faz questão de ressaltar, não é formado por novos ricos, mas sim pelo “old money” americano – a maioria oriundo da própria cidade de Nova York (quase 70%) e também da Califórnia. Apenas cerca de um quarto dos compradores é de fora, de lugares como Rússia, China, países árabes e o Brasil. Richard Wallgreen, vice-presidente executivo de vendas da Macklowe Properties, assegura que são três os proprietários brasileiros, e há um possível quarto a caminho, mas não revela, por nada, a identidade de nenhum.
O que se sabe é que todos eles poderão se mudar a partir de setembro de 2015, quando o prédio será entregue aos moradores. Até lá, muito vai se especular ainda a respeito de suas fortunas ou sobre o que leva alguém a querer viver literalmente acima das nuvens. De algumas delas, pelo menos.
*O jornalista viajou a convite da Macklowe Properties e do CIM Group
Região de Midtown Manhattan, vista do rio East, já com a presença do 432 Park Avenue
Andaime finaliza as obras no topo do edifício, com o Central Park ao fundo
Um voo de helicóptero ao redor da torre revela como ela se compara aos demais arranha-céus da cidade
Há tempos que a cozinha ocupa o posto de “coração da casa”. E se tantas conversas entre pessoas queridas acontecem durante o preparo das refeições, é natural procurar soluções tecnológicas que tornem o ato de cozinhar ainda mais prazeroso – e simples.
Com design inovador, a nova linha de fornos Solar LG entra na categoria de aparelhos eletrônicos que (além de ajudar no décor da cozinha) deixam tempo para o que é realmente importante: com tecnologia Lightwave, o cozimento é até 3 vezes mais rápido do que nos fornos convencionais.
Os modelos multifuncionais 5 em 1 SolarDOM (38 litros) e 4 em 1 SolarSmart (32 litros) executam funções de forno elétrico, micro-ondas e grill (ou uma combinação delas). O SolarDom conta também com a função SteamChef, de cozimento a vapor, que ajuda a reter os nutrientes dos alimentos.
O resultado de tantas facilidades são comidas saudáveis com consistência ideal para degustar em meio a uma reunião de família ou amigos: crocantes por fora e suculentos por dentro.
Play pra assistir as 4 funções em ação.
Para fechar as boas novas culinárias e estimular ainda mais o convívio gourmet, o forno SolarDOM tem uma cavidade arredondada em aço inox que impede a ferrugem e facilita a limpeza. Com tempo de sobra durante e depois do preparo da comida, a única dúvida na cozinha será: mais um cafezinho?
Erguida em meio a uma área de vegetação exuberante em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, essa casa de 650 m² pertence a uma família composta por um casal com três filhos e um neto. O proprietário, de ascendência italiana, queria que a propriedade tivesse um pouco do clima campestre da Toscana, com farta integração entre os interiores e a natureza, além de espaços agradáveis para receber os amigos.
O projeto realizado pela arquiteta Silvana Lara Nogueira deu a eles uma casa contemporânea, com confortos e facilidades do século 21, além de todos os atributos solicitados. Os ventos do Mediterrâneo são facilmente sentidos na fachada terracota, nos balcões com guarda-corpo de ferro, nas rústicas portas e venezianas de madeira e no paisagismo.
Nos interiores, peças clássicas adquiriram leveza ao serem combinadas a outras de design mais atual. Também agregou suavidade a paleta de cores escolhida, neutra e clara. Os tecidos mesclam texturas finas e rústicas, além de um pouco de estampa. A intenção, conta Silvana, foi trazer os ares do campo para dentro da casa. Daí os motivos florais marcantes nas poltronas da saleta próxima ao jardim, nas almofadas no living e nas cadeiras de cabeceira da mesa de jantar.
Grande parte dos móveis e estofados foi produzida sob medida. As ambientações foram complementadas por objetos da Entreposto e por obras de arte, como o díptico em tons de verde e branco de Jussi Szilágyi colocado próximo à lareira.
O projeto de iluminação previu spots embutidos no forro de gesso para valorizar alguns detalhes da decoração, além de pendentes e arandelas que fornecem uma luz mais aconchegante. As luminárias foram fornecidas pela HR Iluminação.
Para o quarto do casal, buscou-se um décor ainda mais clássico, mas sem fugir ao viés contemporâneo proposto para a arquitetura de interiores. Tons de bege e branco predominam no mobiliário, no enxoval e nas cortinas criando um cenário propício para que a natureza do lado de fora pudesse exercer um papel mais protagonista na decoração.
Queijos, salsichas e vinhos vão bem tanto em mesas refinadas quanto em cestas de piquenique. Natural, portanto, que The Verden, uma casa em Londres dedicada a esses alimentos, aposte em decoração leve sem perder a elegância.
Os proprietários – um diretor de relações públicas, um chef e um maître aposentados – basearam-se nos interiores escandinavos e japoneses para criar o ambiente. Os dois andares de um antigo pub receberam cores em tons escuros e móveis de madeira clara. As luminárias de teto ziguezagueantes iluminam garrafas de vinho e taças deixadas à mostra.
A louça feita à mão pelo artesão Billy Lloyd serve, é claro, queijos e salsichas, muitos dos quais feitos no próprio restaurante. O cliente pode ainda escolhê-los no porão e levar para casa. Também são oferecidos aperitivos típicos de bares ingleses, como patê de pato, e pratos mais complexos, a exemplo do salmão acompanhado de mexilhões e batatas com um toque de açafrão.
A carta de vinhos inclui garrafas produzidas nas regiões de Jura (França), Califórnia (Estados Unidos), Goriska Brda (Eslovênia) além de clássicos como bebidas da Borgonha francesa e do Piemonte italiano.
Estratigrafia, 2013, de madeira, fórmica e courino, 100 x 80 x 5 cm , de Erica Ferrari
De 21 a 25 de novembro o espaço Pivô promove seu terceiro leilão de parede, uma ótima oportunidade de adquirir obras de artistas renomados por valores mais baixos que os de mercado. Serão mais de 60 trabalhos de importantes nomes da cena contemporânea brasileira como Cildo Meireles, Lucas Simões, Leda Catunda, Lenora de Barros, Erica Ferrari e Janaina Tschäpe, entre outros.
Excepcionalmente nesta edição, a arrecadação será revertida para a manutenção do espaço, uma organização sem fins lucrativos. Para deixar as coisas ainda mais interessantes, as obras, que foram doadas por todos os artistas, não terão preço mínimo predefinido.
Para participar é necessário preencher uma ficha de inscrição disponível no local. Os lances podem ser feitos a qualquer momento pessoalmente ou por telefone, já que o leilão de parede se caracteriza pela ausência de leiloeiro. Diferente do modo tradicional, as ofertas são registradas no local, ao lado da obra, utilizando um sistema de etiquetas que correspondem a lances de R$ 100.
O evento se encerrará com um coquetel para convidados no dia 25 de novembro, das 19h30 às 22 horas.
Leilão de parede @ Pivô
Data: de 21 a 25 de novembro
Local: Galeria Pivô
Endereço: Edifício Copan – Av. Ipiranga 200, Bloco A, loja 54, Centro, São Paulo
Horário: sexta, segunda e terça, das 13h às 20h; sábado e domingo, das 13h às 19h
Entrada gratuita
AbusadaSão Paulo #11, 2013, tinta sobre papel de revista, 31,5 x 44,5 cm, de AVAF
Sem título, 2013, alumínio anodizado, 2 partes de 21 x 14 cm, de Artur Lescher
Guardiã, 2013, bronze e tinta acrílica,13 x 5 x 10 cm, de Ana Mazzei
Corporificando, 2014, nanquim sobre papel, 42 x 29,7 cm, de Marcelo Cipis
Poroid, 2012, técnica mista e papel de aquarela, 56 x 76 cm, de Janaina Tschape
Istambul, 2014, colagem, 30 x 20 cm, de Leda Catunda
Es perverso, 2013, gravura, 65 x 65 cm, de Lucas Simões
Pietro Bo, 2012, LP prensado, duração: 20’, 31 x 30,5 cm, de Cildo Meireles
A escolha do material é uma das etapas mais importantes no design de um objeto. Não apenas o visual, mas também o peso, a durabilidade e o preço dependem dele. Para desbravar esse processo de decisão, o designer Cédric Canaud criou a coleção Jouer la Matière – que significa, em português, brincar com o material. Dessa experimentação nasceu uma linha de mesas laterais que desafia os olhos de quem vê. As peças de À partir du Guéridon são compostas apenas por algumas placas de pinho – que podem ganhar a aparência de mármore, vidro ou espelho graças a folhas adesivas coladas em suas superfícies – e um tampo feito de cortiça ou de espuma.
Facilmente montáveis usando apenas dois painéis, as colunas de À Partir du Guéridon podem tornar-se instalações mais complexas. Como são feitas de peças modulares, é possível encaixar diversas possibilidades. Para aumentar ainda mais a quantidade de opções dessa brincadeira, a mobília criativa do francês ainda pode mesclar as texturas dos materiais. Assim, o simples fato de girar o móvel que parece espelho de um lado e mármore do outro, é capaz de transformar completamente sua aparência e interação com o ambiente.
As peças da estrutura estão disponíveis em 60 cm ou 90 cm de altura e o tampo pode vir em forma de um círculo de 20 cm de diâmetro ou um retângulo de 35 x 20 cm, ideal para colunas duplas.
Marlene Dumas é considerada uma das mais influentes pintoras dos dias de hoje. Com sensibilidade única, coleciona imagens de álbuns de família e recortes para depois transformá-los em arte com suas pinceladas. Com cerca de 200 desenhos e pinturas provenientes de coleções e de museus ao redor do mundo, Marlene Dumas – The Image as Burden, é a primeira grande exposição da sul-africana nos últimos 20 anos.
A mostra leva para o Stedelijk Museum, em Amsterdã, uma seleção de peças que abrange desde os anos 1970 até os dias de hoje. Dentre protagonistas como o fundamental Love vs Death, que dá as boas-vindas ao público, e as 100 peças da série Models, estão imagens quase nunca antes vistas e outras vindas diretamente de seu ateliê, sendo que os últimos ganharam uma galeria dedicada exclusivamente a eles. A pesquisa do Stedelijk também dá ênfase aos trabalhos produzidos entre 1976 e 1982, quando a artista iniciou sua carreira em Amsterdã.
Marlene Dumas – The Image as Burden desbrava os temas e motivos principais que a pintora desenvolveu ao longo de sua carreira. Temas como amor, morte e saudade, além do uso de textos e imagens encontradas na mídia de massa – recorrentes em suas últimas pinturas – são evidentes desde as primeiras obras.
Marlene Dumas: The Image as Burden
Data: até 4 de janeiro de 2015
Local: Stedelijk Museum
Endereço: Museumplein 10, 1071, DJ Amsterdã, Holanda
Horário: de sexta a quarta, das 10h às 18h; quintas, das 10h às 22h
A infalível combinação de laranja com turquesa é capaz de levar diversão e energia para qualquer ambiente, incluindo a cozinha. Na imagem acima, as cores, que aparecem nas paredes e nas cadeiras altas, trazem a sensação de conforto graças ao espaço. Nele, armários, bancada e prateleiras aparecem em versões tradicionais, mostrando em suas superfícies a textura natural da madeira. Para deixar tudo ainda mais interessante, uma batedeira de design retrô se une a louças coloridas.
Itaipava é um badalado refúgio de campo na serra fluminense, no Rio de Janeiro, conhecido por seu clima ameno, pela vista privilegiada e por ser um centro gastronômico importante no Estado. Contribuem para o charme do local as construções coloniais bem preservadas, como essa casa localizada em uma propriedade rural de 80 mil m². A construção original com 360 m² foi recentemente reformada ganhando o acréscimo de 108 m² construídos.
A intervenção, sob o comando da arquiteta Sophia Galvão, buscou ajustar o lugar às necessidade de seus proprietários, que moram em Londres e que passam temporadas ali para descansar, receber amigos e curtir o clima da serra. "Quando vi essa casa, decidi que não poderia mudar as suas características tão marcantes. O que propus foi acrescentar elementos contemporâneos à construção original, de forma que fosse fácil de identificar e separar cada construção, como blocos que se encaixam, mas não se misturam", explica a arquiteta.
A fachada frontal da casa foi mantida com os rodapés ocres que destacam as venezianas azuis. A mudança aconteceu na parte de trás da propriedade com a construção de dois anexos para comportar as atividades de lazer.
O primeiro deles, geminado à casa, abrigou um home theater em estilo contemporâneo. Com dois níveis de piso para melhor visualização do telão, o ambiente é fechado por portas de correr de madeira que vedam a claridade, mas que quando abertas, permitem o desfrute de toda a vista para o vale. No décor, o mobiliário fornecido pela Way Design e o tapete Avanti adicionam à ambientação conforto e aconchego.
Também foi construído junto à piscina um pavilhão externo com 58 m². No local foi organizado um sofisticado lounge com mobiliário Breton e um espaço gourmet com forno de pizza e churrasqueira, além de uma sauna a vapor, lavabo e ducha.
Dentro da casa, a reforma buscou criar uma atmosfera contemporânea e leve, sem perder a aura de uma casa de fazenda. Daí a manutenção do piso de peroba original nas áreas social e íntima, por exemplo.
Ampliada, a cozinha recebeu Armários Florense e adquiriu um novo status com o piso xadrez elaborado com mármore branco e granito preto fornecidos pela Cacia Mármores.
Para o quarto do casal, localizado no pavimento superior, a intenção foi criar um ambiente suave, com um quê provençal, proporcionado pela cama da Secrets de Famille em harmonia com a cômoda e com a luminária do acervo da família.
Um espaço voltado para a criação, acessível para aqueles que buscam inovação com foco nas questões socioambientais, tecnologias de impacto que beneficiem a produção e o desenvolvimento de software abertos, sob a curadoria de Thomas Ermacora. Estamos falando do Lime Wharf Machines Room, um laboratório de criação localizado em um dos pontos mais inventivos do East London, na Vyner Street, e que promove a colaboração e o compartilhamento entre designers e fabricantes. “Eu quero criar um terreno fértil para a inovação e que ultrapasse as fronteiras entre ciência e arte, e estimule a interação entre produtos e empreendimentos significativos e impactantes”, diz Ermacora, que também é arquiteto e empresário reconhecido por sua inventividade com os olhos voltados para as questões sociais.
O Machines Room, que faz parte da rede Biblioteca Fabricante – espaços criativos que combinam a leitura, mostrando e fazendo – é aberto a visitantes, mas incentiva particularmente aqueles que têm ideias e precisam de uma local adequado, uma incubadora. São três espaços distintos. O primeiro deles é o Makerspace, onde é possível entrar e usar as máquinas, com acompanhamento de orientadores, que estão ligados ao Fab Lab – programa educacional do Center for Bits and Atoms do Massachusetts Institute of Technology com uma plataforma para a aprendizagem, sendo um lugar para jogar, criar, aprender, orientar e inventar. Entre os esquipamentos estão cortador a laser, cortador de vinil, impressora 3D, ferramentas eletrônicas, ferramentas de costura, máquinas de bordado e uma variedade de outros kits essenciais para designers, artistas, especialistas em têxteis e outros produtos.
Existe ainda a Academia, espaço onde as pessoas podem aprender novas tecnologias e habilidades, e uma Incubadora (Accelerator), onde os empresários podem trazer ideias para expor. Além disso, há também o Cultural Innovation Hub, que abriga um café, galeria, áreas para artistas e tecnólogos.
Entre os objetivos do Lime Wharf está o de promover o envolvimento com a comunidade artística londrina, realizando eventos, exposições, experimentos e colaborando com performances, além de fortalecer o laboratório como um lugar único em Londres.
No âmbito mundial, e a longo prazo, a perspectiva de Thomas Ermacora é inspirar soluções impactantes para lugares carentes, particularmente nos países em desenvolvimento, além de promover uma cultura de autossuficiência ao mesmo tempo em que fornece uma plataforma para empresários e pessoas que querem fazer a mudança através da inovação acessível, ligando os pontos entre tecnologia, empresa e artes.
Inspirada pelas formas simples e puras, surge a nova coleção de cerâmicas Rhythm, de Veerle Van Overloop, do estúdio Fou de Feu, localizado na Bélgica. As peças são idealizadas a partir de misturas de materiais, das formas de itens do cotidiano sob um novo olhar e da busca pela inovação.
Com know-how em fotografia, design e arquitetura, além de cultura gastronômica, Veerle investe no conceito de pureza da cerâmica aliada ao couro cortado à mão, à madeira de faia e ao mármore Carrara. "Os materiais parecem ser um jogo perfeito, cada um tem a sua própria característica específica. É a sensação de algo feito à mão, no qual o calor do couro e a frieza do mármore, o contraste entre quente e frio, é uma combinação incomum," declarou Veerle.
De diferentes tamanhos e proporções, a nova coleção apresenta pratos, copos, colheres e tábuas de corte. Cada uma proporcionando ritmo e equilíbrio à mesa e com a possibilidade de o usuário encontrar sua própria maneira de utilizá-la, e ainda que tenha uma função clássica, esbanja personalidade. Os desenhos dos produtos possuem formas de lágrimas, com cantos arredondados e uma ponta afiada. Um toque de design e criatividade para compor a mesa com sofisticação e elegância.
Quem nunca precisou organizar a casa rapidinho para não deixar de receber bem visitas que apareceram de surpresa? Aqui no Vamos Receber isso é bem comum, principalmente considerando que parte da nossa família mora fora de São Paulo e não são raras as vezes em que alguém decide vir na última hora.
Hoje queremos mostrar a vocês que, tomando apenas dois cuidados bem simples, fica fácil estar sempre preparado para situações como essa. As visitas vão adorar e, de repente, será possível transformar o imprevisível num delicioso encontro.
A primeira dica infalível é ter sempre no freezer uma massa e um molho bem gostosos, daqueles que basta descongelar para ficarem com cara de caseiros. Particularmente, adoramos as opções da Salvia & Pasta, com seus recheios e molhos maravilhosos. Acrescente um pouco de queijo ralado antes de servir e o cardápio já está resolvido.
Outra dica de ouro é procurar manter em casa uma bela flor ou um arranjo – até mesmo só de verdes. O importante é que ele seja montado em um vaso com tamanho proporcional ao de sua mesa de jantar. Dessa forma, se for preciso deixá-la arrumada e linda na última hora, esse arranjo poderá ir diretamente para o centro da mesa e servir de decoração.
Aliás, há algumas semanas fizemos exatamente isso.
Minha família inteira combinou de jantar para comemorar o aniversário das minhas irmãs, que são gêmeas. No entanto, como meus pais haviam chegado da Bahia, e, logo cedo, já estávamos todos reunidos, pareceu perda de tempo esperar até mais tarde para começar a festejar.
Num piscar de olhos a massa que estava no freezer foi para o forno e o arranjo que já estava montado sobre um vaso de cristal transparente da Presentes Mickey – que havia decorado a casa na semana anterior – foi para o centro da mesa. As flores – lírios rosa e minilírios laranja, rosinhas spray e flor de cenoura – e o arranjo, lógico, eram da Milplantas, tudo montado pelo nosso querido amigo e florista maravilhoso Márcio Leme.
O segredo para ter flores bonitas e fresquinhas mesmo neste calor? Manter a espuma floral sempre muito bem hidratada e as flores longe do sol.
Para compor a mesa, louça Althea Nova com motivos florais, simplesmente incrível, da Villeroy & Boch, à venda na Presentes Mickey, sobre jogos americanos de miçangas mostarda da Matisse. O fundo verde ressalta ainda mais o padrão dessa louça, tornando as flores mais vivas – e a mesa ainda mais bonita. As taças cereja by Presentes Mickey têm o mesmo efeito.
Além disso, também usamos no dia as taças transparentes da Tania Bulhões, talheres e descansos de talher de prata by Presentes Mickey, guardanapos em linho cru e porta-guardanapos de minirosas e de avencas, tudo Ateliê Couvert. O toque final ficou por conta dos nossos marcadores de lugar de frutinhas da Home by Suva – em cada lugar uma espécie diferente – que sempre encantam os convidados.
Vejam só como ficou bonita a nossa mesa!
Serviço
Louça, vaso de cristal, taças cereja, talheres e descanso de talher: Presentes Mickey | Jogos americanos: Matisse | Porta-guardanapos e guardanapos: Couvert | Flores: Milplantas | Taças transparentes: Tania Bulhões | Marcadores de lugar: Home by Suva.
Quando o assunto é receber, não costumamos deixar para depois. E, observando as duas dicas que compartilhamos com vocês hoje, fica fácil preparar algo bem especial para imprimir uma boa lembrança na memória das visitas.
Thais Senna e sua sogra, Maria Emilia Senna, são apaixonadas por vestir a mesa, especialmente para receber amigos e familiares queridos. A dupla comanda o blog Vamos Receber, que traz sempre uma novidade sobre o tema.
Unir a doçura do rosa claro à estética rústica é uma estratégia inusitada que pode dar muito certo, e o ambiente acima é um ótimo exemplo disso. A paleta de tons róseos, claros e naturais se espalha pelas paredes, pelas almofadas e pela charmosa cadeira de balanço estilo Windsor. Sobre um tapete, duas mesas de centro criam espaço para um conjunto de louças de cores pastel. O toque natural fica por conta da madeira. Presente na forma de galhos decorativos em um vaso e ao lado de quadros, este fácil e refrescante material leva para o ambiente interno a espontaneidade da natureza.
Quando o casal Kimberly Amos e Stephen Eakin resolveu levar os três filhos para passarem um ano sabático em Byron Bay, no extremo leste da Austrália, não previam que aquela viagem mudaria completamente o rumo de suas vidas. Depois de descobrirem uma degradada hospedaria que precisava de reformas urgentes, decidiram se fixar na região e tomar para si a missão do retrofit. Foi assim que nasceu o despretensioso hotel The Atlantic Byron Bay, um refúgio para surfistas e viajantes que buscam momentos de paz.
Os hóspedes podem escolher entre uma variedade de quartos de estilos singulares. The Basic, The Classic e The Tropical são suítes temáticas decoradas com obras de arte inspiradas no estilo náutico e na cultura do surfe. Aqueles que buscam um espírito mais aventureiro podem escolher o American Airstream Caravan, um trailer vintage equipado com todo o conforto que alguém pode precisar.
Objetos garimpados pela família em suas viagens ao redor do mundo se espalham pelas construções de paredes brancas e marquises listradas, deixando bem claro que aquele lugar foi feito para se desconectar da correria da vida moderna. Para completar o cenário, as janelas deixam entrar a bela visão da floresta equatorial que ladeia o hotel e dos jardins que o cercam.
Apesar de estar a apenas alguns passos da praia e de uma variedade de cafés, The Atlantic dispõe de uma estrutura completa para o descanso e para a socialização. Do lado de fora, cadeiras de balanço e espreguiçadeiras descansam embaixo de palmeiras e, de dentro, uma espaçosa cozinha aberta convida os hóspedes a fazerem juntos as refeições.
Cercar-se de arte e bela arquitetura é um dos maiores prazeres de viajar à capital francesa. No caso do The Peninsula Paris, a experiência tem início da porta para dentro. Uma seleção de obras complementa a transformação do edifício centenário que a abriga.
A começar pelo lobby do hotel, onde a instalação Dancing Leaves, do ateliê checo Lasvit, cria uma cortina do teto ao piso. As 800 peças de vidro soprado simulam as folhas das árvores na rua. Uma das galerias foi dedicada à escultura Moon River, executada pelo espanhol Xavier Corberó. Já o restaurante recebe o domo refletivo The World Belongs to Me, escultura da dupla Ben Jakober e Yannick Vu. A arte continua na área íntima: todos os quartos trazem trabalhos de técnica mista assinados por Patricia Erbelding.
O restauro trouxe de volta a decoração rica em mármore, estuque, madeira trabalhada, revestimentos de ouro e pinturas. Construir três níveis subterrâneos permitiu criar um spa, piscinas e academia de ginástica. As leis de patrimônio proíbem mudanças na fachada de 10 mil m². Trazer de volta sua glória original exigiu o trabalho de 20 profissionais especializados.
O arquiteto de Hong Kong Henry Leung, do escritório Chhada Siembieda, encabeçou o design de interiores, em parceria com a equipe da rede hoteleira. O restauro foi orquestrado por Richard Martinet, do escritório Affine Design.
Construído no século 19 e aberto ao público em 1908, o prédio testemunhou a efervescência cultural e política dos próximos 30 anos - época em que Picasso, Dalí e Hemingway circulavam pela cidade-luz. Em uma de suas suítes George Gershwin compôs o poema sinfônico An American in Paris, que daria origem ao musical homônimo. Em 1973, quando o edifício pertencia ao Ministério das Relações Exteriores, Henry Kissinger e Le Duc Tho negociaram ali o fim da Guerra do Vietnã.
A descontraída sala de estar acima pertence ao lar da designer de tapetes Nani Marquina e do fotógrafo Albert Font na ilha espanhola de Ibiza. A simplicidade rústica das paredes, do piso e do teto serviu como inspiração para uma relaxante decoração construída de tons naturais e estampas étnicas. Sobre o tapete artesanal tunisiano, que adiciona textura esverdeada ao espaço, reúne-se um par singular de assentos. As poltronas cobertas por tapeçarias kilim de Philippe Xerri são ladeadas por um simples sofá branco, que também ganha charme graças às almofadas. O resultado é um inusitado mix de elegância e ousadia ideal para aproveitar os prazeres naturais da região.