A gastronomia molecular busca estudar os alimentos do ponto de vista científico. Sempre prezando pela harmonia ao cozinhar e combinar ingredientes, é uma boa pedida para sair da rotina e preparar em casa uma receita que traz alguns desses conceitos especiais. Pensando nisso, o chef Fabio Mattos, supervisor do curso de cozinha molecular do Centro Europeu, ensina a preparar um prato inusitado: marshmellow de shoyo com aioli de missô e croquete de jacaré. Que tal?

Marshmellow de shoyo com aioli de missô e croquete de jacaré
Rendimento: 6 porções

Ingredientes

•100 g de água
• 8 g de gelatina
• 6 g de transglutaminase
• 100 de g shoyo
• ½ g de xantana

Modo de preparo

• Esquente a água e adicione a gelatina e a transglutaminase, deixe esfriar, mas não deixe solidificar
• Em uma batedeira adicionar shoyo e goma xantana com o resto dos ingredientes e bater até expandir 10 vezes seu tamanho inicial. Colocar em uma travessa imediatamente, resfriar e servir

Ingredientes

• ½ xícara de missô
• 3 xícaras de maionese
• 2 limões

Modo de preparo 

• Misturar bem e reservar na geladeira

Ingredientes

• 1 kg de carne de jacaré picada
• ½ xícara de salsinha
• ½ xícara de manjericão
• ½ xícara de cebolinha
• ¼ xícara de orégano
• Sal e pimenta a gosto
• 10 g transglutaminase
• 1 ovo
• 200 g de farinha de trigo
• 200 g de panko (farinha de rosca japonesa)

Modo de preparo

• Picar bem o jacaré, misturar com o restante dos ingredientes e com a transglutaminase
• Com plástico filme enrolar o jacaré em formato de linguiça, bem apertado. Reserve na geladeira por 24 horas
• No dia seguinte, fatie a “linguiça” de jacaré e empane na farinha, depois no ovo e por último no Panko (farinha de rosca japonesa). Frite o croquete

Modo de servir

Sirva com misso por baixo e marshmellow de shoyo por cima

O conjunto de obras religiosas foi o ponto de partida para o escritório E3 Arquitetura conceber o projeto residencial desenvolvido para um casal de Londrina. A dupla tinha outro pedido: embutir no ambiente uma atmosfera visual de um tradicional pub.

"O projeto começou a ser desenvolvido a partir do santuário, que já tinha um local escolhido no apartamento. Como boa parte do imóvel é integrado, o nosso desafio foi pensar em um espaço harmônico, sem que o ponto de partida ficasse deslocado", contam os responsáveis pela concepção, Marcela Baioni Garcia, Claudia Grassano Ortenzi e José Carlos Ortenzi.

A equipe traduziu o desejo do casal em uma linguagem estética moderna e atual com detalhes vintage. "A inspiração foi criar um projeto que reunisse as características desejadas e, ao mesmo tempo, com toque contemporâneo e atemporal", dizem os especialistas. Ainda na planta, o casal sugeriu algumas modificações à construtora, como a retirada de paredes, portas e alguns revestimentos.

A intervenção também foi realizada em um dos quartos que foi aberto para que a sala pudesse ser ampliada. "Os clientes queriam ambientes integrados, conforme suas necessidades, e décor diferenciado: a esposa queria móveis mais limpos e o marido peças antigas e vintage", comentam os arquitetos que buscaram nas inquietações dos clientes os móveis e acessórios mais corretos. "Praticamente tudo no apartamento é novo, mas duas peças dos proprietários chamam a atenção: o corpo de alfaiataria na sala e a poltrona Ipanema BF, do designer Bernardo Figueiredo". O resultado é uma mistura de estilos que revelam o espírito de seus donos.

O apartamento de 104 m² ganhou ainda mobiliário planejado, piso de porcelanato polido Portinari Cristal (no ambiente integrado) e paredes de madeira de curupixá, além de revestimento Portobello Brasília Concreto Grafite no piso e na parede. Apaixonados por gastronomia, o casal quis destacar esse espaço na reforma. Um dos protagonistas da nova morada, o cantinho gourmet recebeu uma bancada que se estende até a sala, integrando os ambientes.

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Um pedacinho de Londres, Chile e outras localidades inspiraram o hostel bed & breakfast Chega Aí, novo espaço da empresária carioca Alessandra Passos.

"A ideia surgiu das vivências da minha filha mais velha, Yasmin, que conheceu diversos países na condição de intercambista. Suas experiências em vários hostels fizeram com que o Chega Aí adquirisse atributos e serviços mais diferenciados", conta Alessandra Passos, à frente também das lojas By Floor.

Mas nenhum desses países toma conta desse espaço multifuncional - eles apenas serviram de inspiração para o ousado empreendimento. Recém-aberto na cidade do Rio de Janeiro, o projeto ocupa o subsolo de 160 m² da casa onde elas moram, na Barra da Tijuca, e foi assinado pelo Studio Eloy & Freitas.

Os tons cinza e amarelo ditam o décor do espaço, que transmite uma ideia de praticidade com o uso de elementos de estilo industrial. As instalações aparentes por eletrodutos metálicos, armários em ferro típicos de vestiário, cimento queimado e paredes revestidas com tijolinhos.

Os modernos beliches, sendo dois de casal, foram estrategicamente batizados com nomes de praias da Barra: Prainha, Reserva, Pepê, Secreto, Grumari e outras. Segundo a empresária, o objetivo é divulgar as praias do Rio que não são tão famosas no exterior. Destaque também para o versátil ambiente, que funciona como espaço para café da manhã e, à noite, como pista de dança.

O hostel possui dois banheiros, catorze cabines compartilhadas, sala de convivência, cozinha, salão de jogos e jardim indoor. Pode acomodar até dezesseis hóspedes, com um mínimo de duas diárias. O valor, que varia de 100 a 120 reais inclui café da manhã, roupa de banho e cama e amenities (shampoo, condicionador e sabonete).

A sala de estar emana uma vibração intensa e ao mesmo tempo convidativa. Houve ali racionalidade na escalação dos itens: poltronas, mesa, tapete e luminária são os poucos, mas suficientes, móveis dispostos no ambiente. Uma de costas alta e outra de braços generosos, as duas poltronas da HUG Collection surgem como protagonistas da ambientação. Com contornos minimalistas, elas formam os blocos de cor que sobrepõem o paredão azul esverdeado, imprimindo uma boa dose de cinza, à direita, e de verde-abacate, à esquerda. A coleção criada pelo trio de designers suecos do estúdio Claesson Koivisto Rune impressiona por sua estética geométrica e rigorosa. “Venha, sente um pouco comigo e eu vou deixá-lo tranquilo”. Este slogan sedutor foi idealizado pelo trio de designers na tentativa de sintetizar a essência da sua HUG Collection, desenvolvida para a marca italiana Arflex. O próprio nome já diz: HUG Collection, que pode ser traduzida como Coleção Abraço.

O designer Philippe Starck é conhecido por sua vasta produção nas áreas do design, arquitetura, decoração e lifestyle. Reconhecido desde suas primeiras criações nos anos 1980, seu estilo ácido e irreverente é referência em todo o mundo. Neste mês, o francês é o convidado especial no Pinterest da Casa Vogue e revela, em um board especial, as origens de sua inspiração.

Confira aqui o board inspirador de Philippe Starck.

Já passaram por lá nomes como Stephen Burks, Guto Requena, Paula Neder, Gilberto Elkis e muitos outros. Os boards reúnem referências que permeiam não apenas o trabalho, mas também a vida e as inspirações de cada um desses profissionais. Vale a visita!

Se você ainda não conhece o Pinterest, aproveite para ficar por dentro da rede social de fotos e painéis que tem tudo a ver com Casa Vogue. Ali, os usuários criam murais a partir de fotos que podem ser categorizadas de maneiras diferentes e também compartilhadas ao lado do conteúdo de outros perfis. Visite-nos e compartilhe!

Um dos nomes-chave do movimento arts and crafts, o inglês e socialista William Morris é celebrado neste décor vintage. Conhecido por pintar papéis de parede e estampas em tecido, William imprime toda sua inspiração no artesanato medieval em peças feitas à mão que lembram verdadeiras obras de arte. Com forte apelo visual, o papel de parede brilha no ambiente e divide os olhos com um belíssimo aparador azul claro com detalhes dourados. Para garantir um ar atemporal, cadeiras de madeira, que pela disposição são quase que um convite à contemplação da estampa, garrafas de vidro e quadros de diferentes formatos e suportes foram cuidadosamente selecionadas. O verde das plantas, que se camuflam na parede, dá um efeito real ao desenho.

Escolher algum restaurante em Paris é uma tarefa complicada. Mas o Yeeels, que ocupa dois andares de um edifício na Avenue George V, anuncia uma experiência gastronômica capaz de marcar viagens, datas especiais e encontros. Recém-aberto, o restaurante é uma verdadeira joia arquitetônica e suas receitas prometem agradar até os paladares mais exigentes.

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Projetado pelo designer de interiores Rodolphe Parente, o lugar de 400 m², dividido em dois ambientes, recebe também décor assinado pelo arquiteto Benjamin Liatoud. Híbrido de restaurante e bar, o novo espaço conta com formas estilizadas e geométricas, que transformaram o estilo art déco em sinônimo de modernidade. A elegância parisiense dá uma atmosfera ainda mais luxuosa ao espaço.

O mobiliário, a iluminação e as peças do décor foram pensados para enaltecer a arquitetura original clássica, da década de 1920. Nesse contexto, ganha destaque a parede que aparece com textura de matelassê. Espelhos redondos com borda dourada, carpete neutro misturado com uma estampa clean de losângulos, pendentes que lembram brincos geométricos e mármore preto enriquecem o toque vintage e criam um lugar singular. Com boa circulação e distância entre as mesas, o salão ganha tom descontraído com as poucas cadeiras e sofás coloridos no espaço.

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Outra peça imperdível do décor é o balcão estrategicamente acomodado e acolhido por uma cobertura feita de cobre. Ali aparece gente de todos os cantos da cidade (e do mundo), que vem para bebericar drinks como o Veher Martini, de wisky misturado com licor de café e laranja, e o Mon Cherry, à base de champanhe Veuve Clicquot.

No cardápio, saladas, presunto cru e foie gras abrem o apetite para itens como o penne ao molho de tomate e o salmão com batatas. Opções mais triviais, como a pizza margherita são boas alternativas. Na ala das sobremesas, desfilam clássicos franceses, como mousse e macarrons.

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Papel de parede da coleção La Paésine (2014), 0,92 x 3 m, design Maison Martin Margiela para Omexco, na Wallpaper, preço sob consulta

O mármore e outras pedras são materiais tradicionalíssimos que estão sempre presentes na arquitetura e na decoração. A beleza natural das texturas únicas, leves e delicadas combinada com o peso e a força (tanto físicos quanto visuais) de tais minerais configura sem sombra de dúvidas uma combinação instigante. Geralmente, as pedras estão associadas a gostos e estilos mais clássicos. A novidade é que de uns anos para cá elas vêm aparecendo em versões mais contemporâneas, associadas a peças com desenhos mais retos (como nos espelhos, da Menu, ou na estante Earthquake, de Patricia Urquiola, para Budri), e outras compostas por linhas que seguem a irregularidade de suas texturas (como as tábuas da Rablabs). Por fim, vemos ainda modelos divertidos, mas não menos elegantes, que reverenciam suas superfícies naturais a partir de impressões fakes, a exemplo das almofadas, da Ferm Living.

Confira em nossa galeria de fotos uma seleção com 18 produtos mais que especiais!

Esta casa pode ser considerada a materialização da visão criativa e do lifestyle da sua projetista e também moradora: a designer de interiores Christina Karras, que vive e trabalha em Los Angeles, na California. A atmosfera mistura a boemia californiana com a alma do gênero glam rock, como define a designer, na tentativa de explicar o estilo impresso ali. Quando Christina encontrou o imóvel de 102 m², as principais expectativas eram duas: que ele abrigasse bem sua rotina e a das duas filhas e funcionasse como local de trabalho. 

Nos cômodos da sua morada, ela criou espaços expositivos para suas coisas favoritas: mobiliário vintage, antiguidades, criações moldadas por ela mesma, além de outros objetos e raridades garimpados em suas andanças pelo mundo. As vibrações criativas logo começaram a dar frutos, já que o endereço virou ponto de encontro de artistas, designers e arquitetos com quem Christina se articula para traçar novos projetos. Para o cliente, uma única visita ao espaço era o suficiente para entender o caráter do portfólio da criativa.

Por trás da composição elaborada, o projeto guarda uma história ainda mais inspiradora, responsável por adicionar novo significado à carreira de quinze anos de Christina na área. Em 2014, com o sucesso da sua Venice Navy Home, como foi batizada, a designer decidiu abrir sua primeira loja-física homônima e estúdio de design, que comercializa coleções assinadas por ela, além de outros objetos e acessórios decorativos garimpados em suas viagens mundo afora.

“Decidi focar em objetos. Sou uma viajante nata e adoro visitar boutiques e mercados de antiguidades em busca de tesouros esquecidos que passam uma vibração. Materiais recuperados são uma ótima maneira de adicionar história e caráter de forma instantânea. Eu acredito na criação de coleções compostas por esses achados.”, conta a designer de interiores.

Assim como a prancha de surfe, a bicicleta é um clássico de Venice Beach, distrito onde esta morada está localizada. Neste escritório, as fotografias penduradas pelas paredes são heranças dos tempos em que Christina trabalhava ao lado de fotógrafos e a cadeira preta foi um presente de seu pai. A poltrona preta com mais de 20 anos foi comprada em um ‘família vende tudo’ e inspirou um modelo que faz parte do seu catálogo.

Na sala de estar, se destaca o sofá customizado por Christina, equipado com almofadas felpudas que se tornaram marca registrada dos projetos da designer, além de uma coleção da sua loja. 

Os quartos são outro destaque do projeto. Para a suíte master, Christina inspirou-se no estilo boho - conhecido por ser uma mistura de todos os outros, como hippie, o étnico, o boêmio, o folk, o vintage, o punk, o romântico. No dormitório da filha Camille, aparece a antiga cama usada pela designer de interiores quando ela tinha 20 e poucos anos, ao lado de outras rariedades, como a luminária pendente, de 1920, e a mesa de 1950. 

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A equipe da Casa Vogue entregou uma tarefa ao mundialmente famoso Philippe Starck: ele deveria usar seu olhar crítico e criativo a fim de traçar uma seleção de produtos de diferentes faixas de preço. Fazendo jus ao título de designer mais democrático do mundo, Starck escolheu 36 peças com valores honestos e muita personalidade. O mix, que varia de R$ 60 até R$ 5 mil, é composto por bandejas revestidas de cobre (R$ 190 e 200), por bancos feitos de toras de madeiras queimadas (R$ 3 mil) e muito mais. 

Clique nas imagens ou nos links para ver as galerias

*Matéria publicada em Casa Vogue #358 (assinantes têm acesso à edição digital da revista)

Peças por até R$ 500                                 Peças de R$ 500 a R$ 1.500

Peças de R$ 1.500 a R$3.000                 Peças de R$ 3.000 a R$ 5.000
 

Winnie Bastian, Taissa Buescu, Fernanda Baggio, Fernanda Marques e Roberta Queiroz

A equipe da Casa Vogue reuniu convidados na loja da Indusparquet, no bairro de Moema, em São Paulo, para um bate-papo sobre os highlights vistos na Design Week de Nova York e na Maison&Objet - uma das feiras de design mais importantes do mundo, que aconteceu em Miami pela primeira vez. A conversa foi liderada por nomes de peso: Fernanda Marques (arquiteta), Roberta Queiroz (empresária da Velvet Design), Winnie Bastian (Editora de Design da Casa Vogue) e Taissa Buescu (Diretora de Redação da Casa Vogue). Para brindar a ocasião, foram servidos os espumantes da Chandon.

Veja em nossa galeria quem passou por lá.

Os tons se acostam e as formas se encaixam, dando unidade e harmonia à cena. O efeito é intrigante, inesperado, de vanguarda - adjetivos que estão no DNA de Nova York. Mesa M (2015), de faia, e banco Iberê (2015), de MDF revestido com lâmina natural de carvalho, design Álvaro Siza, da Sollos, na Arquivo Contemporâneo. Vaso Jana, de cerâmica, design Antonio Forteleoni, da Cappellini, na Micasa. Cadeira Shortwave (à dir.), design Diesel Creative Team, da Moroso, na Micasa. Poltrona Lepel, com tecido Kvadrat, design Luca Nichetto, da Casamania, na Benedixt. Luminária de piso Arch (2015), design Jader Almeida, da Sollos, na Icon Interiores. Na parede, tela Sem título, de Roberto Micoli, na Etel. No piso, tapete Killing Migos (2015), importado da Índia, de lã, na Phenicia Concept.

Quando o escritório de arquitetura e urbanismo de Otto Felix foi chamado para projetar uma segunda casa de 820 m² no luxuoso condomínio Quinta da Baroneza, em Bragança Paulista, a estrutura arquitetônica já estava pronta. "A filha do casal de proprietários é arquiteta e construiu a residência de tijolinhos inspirada nas casas de campo inglesas e toscanas", revela Otto Felix.

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Com pontos positivos da arquitetura à disposição, Otto assumiu o controle do projeto de interiores. A fim de adaptar os desejos do casal, com dois filhos e netos, o arquiteto buscou na simplicidade o luxo e o conforto. Aliás, esse foi o mote do escritório de arquitetura e urbanismo, sediado em Campinas, para criar um ambiente com design orgânico, contemporâneo e brasileiro.

Explorar a simplicidade, fugindo do simplório, foi o desfecho encontrado por Otto para dar inicio ao projeto de decoração. "Os donos queriam uma morada com 'cara de casa'. Um espaço tranquilo com uma boa dose de alegria. Coloquei peças coloridas e explorei texturas para imprimir essa vontade", conta o arquiteto, que apostou também em peças assinadas por designers brasileiros, como Alfio Lisi, Jader de Almeida e estudiobola.

Os interiores, repletos de paredes brancas e superiluminados, recebem alguns móveis de madeira e peças em couro para elevar a temperatura. Aparecem ali cadeiras com estofado de linho cru e bege e sofá revestido com tecido rústico composto por almofadas coloridas.

Os metais encontrados nos acessórios e objetos se harmonizam com as outras texturas, conferindo personalidade e descontração ao ambiente. A vista para a exuberante natureza orientou a implantação da varanda que ganhou um lounge confortável e charmoso.

No piso superior, as cinco suítes e o escritório ocupam uma área mais reservada. Lá é possível encontrar a tendência mais contemporânea da residência.

"Os tons de cinza, predominantes no espaço, foram adotados para contrastar com a madeira e com os toques brancos na decoração, com a finalidade de proporcionar equilíbrio e aconchego. A escrivaninha com pés de cavalete junto à cadeira em matelassê confere um toque clássico ao ar contemporâneo e dá boas-vindas à paisagem que emerge da porta de acesso ao banheiro, característica de uma bela casa de campo", conclui Otto.

Entre 1890 e 1930, o Brasil recebeu quase dois milhões de italianos em busca de uma vida nova e melhor. Mês passado chegaram mais 50! O motivo? Eles vieram para cozinhar e treinar os funcionários para a abertura do primeiro Eataly da América Latina. São 4.500 m² divididos em três andares, sete mil produtos italianos e nacionais, 18 quiosques gastronômicos, um restaurante e um bar para os paulistanos se deliciarem. O chef Mario Batali, sócio do Eataly em Nova York, Chicago e Brasil, explica o sucesso e filosofia da casa! 

Mario Batali, chef e sócio do Eataly

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Gemada: Existem 29 lojas do Eataly no mundo. Quinze delas estão na Itália, nove estão no Japão, duas nos Estados Unidos, uma em Dubai, uma em Istambul e agora, uma em São Paulo. Por que escolher o Brasil para abrir o primeiro Eataly da América Latina ou Europa fora da Itália?
Mario Batali: Esta parte foi fácil. O Brasil é o lugar onde tem mais italianos no mundo. O desafio agora é aplicar a filosofia do Eataly de todo o mundo: se apropriar de técnicas italianas e usarmos ingredientes locais, pois é assim que acontece na Itália. Eles são tão orgulhosos dos produtos regionais e suas características únicas que a mesma pasta é completamente diferente no norte e sul. Afinal, os italianos gostam de cozinhar em casa e fazer sua própria versão dos pratos. É o que vamos fazer aqui: usar a mentalidade italiana com um toque brasileiro.

Sócios do Eataly Brasil

Oscar Farinetti, fundador da rede Eataly

G: Quais são os produtos brasileiros que você já provou e pretende incluir nos pratos?
MB: Peixe, carne, leite, vegetais e as frutas maravilhosas de vocês. Eu nunca vi uma variedade tão grande de frutas tão deliciosas e coloridas. Eu nem sabia da existência de algumas delas!

G: Por quanto tempo vocês pesquisaram para selecionar os ingredientes do Eataly?
MB: Ainda estamos pesquisando. Li bastante e o meu time está aqui há 6 meses visitando pequenos produtores. Ontem eu estive no D.O.M. e fiz uma refeição que mudou a minha vida! O Alex Atala tem uma percepção especial dos ingredientes e da tradição gastronômica do país. A minha ideia é estudar o que é servido nas casas brasileiras. E Atala faz isso muito bem. É o que eu quero entender. Se você perguntar a qualquer italiano sobre a sua comida preferida eles não vão citar um lugar comercial e sim a casa de sua mãe ou avó. É sobre sabor com afeto. O sabor que lembra o vento batendo na janela, a luz do sol de primavera. Comida é isso para eles e deve ser isso para os brasileiros.

G: Você comeu em algum outro lugar que te impressionou?
MB: A primeira coisa que eu comi em São Paulo foi um pastel delicioso na feira de domingo na Lorena. Eu podia sentir o cheiro daquele óleo ( bastante fresco) de longe e os pasteis eram bastante leves e arejados. Eram como o vestido de Marilyn Monroe! Também amei os molhos apimentados! Foi delicioso. Eu estava tão feliz.

G: Você também foi ao Rio, certo? Comeu em algum lugar tão inspirador quanto a feira da Lorena?
MB: Passei só um dia lá e fui ao um bar chamado Jobi. Era como uma festa na rua! Simplesmente maravilhoso.

G:Vocês pretendem abrir um Eataly lá também?
MB: Claro. Provavelmente vamos abrir mais um restaurante aqui e depois vamos para o Rio. Mas isso levará algum tempo. Primeiro quero construir uma boa relação com os produtores e implantar a filosofia do Eataly aqui.

G: Qual é o principal objetivo do Eataly?
MB: Isso não é um restaurante. É um lounge de degustação. Você poderá fazer refeições gostosas aqui, mas a nosso finalidade é ensinar e incentivar as pessoas a cozinhar em casa! Vamos oferecer os melhores sabores italianos para você se encantar e levá-los para a sua cozinha. Preparar uma refeição com os amigos é o programa preferido dos italianos e queremos que os brasileiros assimilem isso.

G: Você sabe que estamos vivendo uma crise econômica aqui, certo? Isso não te preocupou na hora de abrir um negócio deste porte em São Paulo?
MB: Não importa o quão crítica está a situação. As pessoas sempre gastarão dinheiro com a sua família. Quando o dinheiro está curto elas ficam apenas mais conscientes de como e onde gastá-lo, mas elas não param de comprar produtos de qualidade. Nós temos produtos bem caros, mas também oferecemos itens de muita qualidade a preços bastante justos. É o caso dos pães feitos aqui mesmo por padeiros italianos e brasileiros! Então, não estou preocupado. E não estamos aqui para fazer muito dinheiro em um ano... este é um projeto de 40 anos! Queremos influenciar os hábitos dos brasileiros.

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Entre 1890 e 1930, o Brasil recebeu quase dois milhões de italianos em busca de uma vida nova e melhor. Mês passado chegaram mais 50! O motivo? Eles vieram para cozinhar e treinar os funcionários para a abertura do primeiro Eataly da América Latina. São 4.500 m² divididos em três andares, sete mil produtos italianos e nacionais, 18 quiosques gastronômicos, um restaurante e um bar para os paulistanos se deliciarem. Confira, a seguir, uma receita exclusiva do novo espaço!

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Salada de polvo, lula e camarão com salada de batata, salsão e mostarda

Receita do restaurante Pesce, chef  Du Cabral
Rendimento: 2 porções

Ingredientes

• 200 gramas de batatas já cozidas e cortadas em cubos
• 50 gramas de mostarda dijon
• 2 colheres de sopa de azeite extra virgem
• Sal a gosto
• Pimenta do reino a gosto
• Salsa a gosto

• 50 gramas de camarão já pré-cozido
• 50 gramas de lula já pré-cozida
• 50 gramas de polvo já pré-cozido
• 30 gramas de salsão cortado em cubos
• 1 colher de chá de suco de limão
• 1 ramo de manjericão

Modo de preparo

Em um recipiente, tempere as batatas com sal, pimenta, azeite e a mostarda dijon. Reserve na geladeira. Em outro recipiente, tempere todos os frutos do mar

Para servir, coloque a salada de batatas no fundo do prato e, por cima, os frutos do mar. Decore com manjericão.

Dentre as comemorações do nosso 40º aniversário, queríamos convidar um big shot para assinar uma edição da revista conosco. E por que não o designer mais famoso do mundo, aquele com 10 mil projetos assinados, que passa mais tempo viajando a negócios do que curtindo suas (incontáveis) residências, aquela mente brilhante que trabalha de sol a sol e se alimenta de sonhos? Sim, queríamos Philippe Starck!

Apesar de achar nosso desejo um tanto  audacioso, escrevi a sua assessora às vésperas do Salão de Milão, pedindo um momento com ele e sua mulher-braço-direito, Jasmine, para falarmos pessoalmente sobre a minha ideia. Na primeira noite em Milão, dou de cara com os dois. Jasmine ainda não sabia do assunto, e marcamos uma reunião no dia seguinte, na feira.

Após a coletiva de imprensa da TOG, conversamos rapidamente e eles... Toparam a parada. Não sei como dormi aquela madrugada: o sujeito que nega 90 % das propostas de trabalho que recebe e escolhe a dedo seus clientes havia aceitado ser o guest editor da edição de junho da Casa Vogue! Tema? O estilo Starck de ser: democrático, eclético, irônico, autêntico, vanguardista e cheio de personalidade. Nosso compromisso: mandar infinitas opções de cada seção para ele selecionar, dos itens de shopping às casas no Brasil e no mundo.

Aproveitamos, também, para conhecer um pouco mais do seu estilo irreverente e sua cabeça invejável, descobrir quem são os talentos em sua mira e entrar (um pouquinho) em sua intimidade. Sim, fotografamos uma de suas casas, em Burano, na Itália, que ele mostra, aqui, em exclusiva mundial. E mais uma série de facetas Starck que vocês vão desvendar a cada página. A maior lição de todas: ser você mesmo. Merci, Starck!

​Quer conhecer as inspirações de Philippe Starck, o designer mais famoso do mundo? Acesse o board criado por ele, nosso guest editor da edição de junho da revista, no *Pinterest da Casa Vogue*!

Para saber o que você encontra na Casa Vogue deste mês, confira o sumário. A revista chega às bancas e à banca do iPad no dia 3 de junho.

26 Expediente

28 Colaboradores

30 casavogue.com.br

Editorial

33 Taissa Buescu apresenta a edição

Antena

36 News: A força do off-Biennale e estreias triunfais

54 Shopping: As escolhas democráticas de Philippe Starck

64 Abertura TOG São Paulo: uma flagship store inovadora

68 Design: The best of Maison&Objet Miami e ICFF Nova York

74 Bienal Veneza em mares de tormenta

80 Arte Milão se veste de Fondazione Prada

Estilo

86 Starck: Humor e elegância em projetos de hotéis e restaurantes

92 Tendência: High décor para a high arquitetura do Edifício Vitra

100 Objeto: De cores e transparências

110 Arquitetura: Hotel Okura: modernismo para ficar na memória

114 Inspiração: Peças puzzle para exercitar a criatividade

Gente

118 No design: Cinco superapostas de Philippe Starck

122 Entre 4 Paredes: Com quantas revoluções se faz um pop starck

Especial

133 Lençóis, mantas e colchas com apelo fashion

Universo Casa Vogue

140 Philippe e Jasmine Starck buscam a essência das coisas na ilha de Burano, na Itália. Cercada de água, a casa despojada é o starting point para conexões vitais com aquela sociedade e como mundo

150 Carolina Maluhy reformou sua morada, em São Paulo, com veia racionalista combinada a farta dose de imaginação. Minimalismo e liberdade mesclam-se em espaços fluidos emoldurados pelo verde

156 Brooklyn, Nova York.Em um loft com nada menos que 800 m², a produtora Carin Scheve concebeu com o marido um ambiente flexível no qual morar com estilo e trabalhar sem restrições são um só

164 No centro de São Paulo, o tradutor Paulo Kaiser, com a ajuda do consultor Aldi Flosi, fez de camadas e camadas de vivências, leituras, coleções e predileções um décor-patchwork pessoal e instransferível

174 Laureen Rossouw teve o privilégio de estrear a fase residencial de um mito art déco da Cidade do Cabo, o edifício Mutual Heights. Seu apartamento é uma lição de como unir o luxo à casualidade

182 Com boiseries, cores antiguinhas e um sem fim de peças curiosas colhidas durante a vida, a diretora de arte Carrô Schamall criou, em São Paulo,um mundo particular: sua casa personalíssima

188 Como harmonizar design high-end e itens artesanais sem perder a mão? Na Cidade da Guatemala, Rodman Primack e Rudy Weissenberg equilibraram o melhor do desenho com o exotismo dos tons locais

Lazer

198 Viagem Philippe Starck revela seu world tour ideal

202 Hotel em NY, a Baccarat inaugura um ícone da hospitalidade

238 Endereços

242 Last Look: Starck em Metz: brutalidade x poesia

Ao retornar para o Brasil após morar 11 anos em Londres, a chef Elisa Hill estranhou a ausência dos gastropubs, que ganharam força na capital inglesa na última década. O bairro londrino de Camden, conhecido por seus mercados e forte cultura alternativa, concentra alguns deles, os quais Elisa gostava de frequentar. Daí a inspiração para o seu Camden House, que abriu as portas no Itaim. A chef Lucia Caparroz comanda o cardápio da casa, e ensina uma receita de destaque: bolo de tâmaras de origem inglesa, servido morno com calda de caramelo e sorvete de baunilha. Confira!

Sticky Toffee, bolo de tâmaras da chef Lucia Caparroz
Rendimento: aproximadamente 8 porções

Ingredientes

• 1 xícara de tâmaras sem semente
• 1 xícara de água
• ¼ de xícara de manteiga sem sal
• 1 xícara de açúcar mascavo
• 1 ovo grande
• 1 ½ xícara de farinha de trigo
• 1 colher de chá de bicarbonato de sódio
• 1 pitada de sal

Modo de Preparo

• Pré aquecer o forno a 180º C. Untar uma forma de bolo retangular de 30 x 20 cm ou redonda de 20 cm de diâmetro
• Aquecer a água com as tâmaras, até que fiquem macias. Bater no liquidificador até que vire um purê. Reservar
• No bowl da batedeira, bater a manteiga e o açúcar mascavo até que fique fofo. Adicionar o ovo até que esteja completamente incorporado. Misturar farinha e bicarbonato até que a mistura fique homogênea, em seguida, adicionar o purê de tâmaras
• Despejar a massa na forma untada e assar de 30 a 40 minutos. Pra saber se o bolo está assado, o método é colocar um palito no centro, se sair com apenas algumas migalhas úmidas está pronto
• Enquanto o bolo está assando, fazer a calda toffee (receita abaixo)

Ingredientes

• 1 xícara de creme de leite fresco
• 1 colher de chá de manteiga sem sal
• ½ xícara de açúcar mascavo

Modo de preparo

• Misturar em uma panela o creme de leite fresco e a manteiga até que derreta, acrescentar o açúcar e deixar ferver ate engrossar, por aproximadamente 10 minutos
• Assim que o bolo sair do forno, despeje a calda quente. Na Inglaterra, normalmente é servido com uma colherada de clotted cream (parece um requeijão sem sal), mas também combina perfeitamente com uma bola de um bom sorvete de baunilha. Bom apetite!

O sonho de levar a vida viajando é tão sedutor nos tempos atuais que não seria absurdo estimar que dez em cada dez adultos já se pegaram pensando nisso. Aqueles que conseguem transformar tal utopia em uma realidade, no entanto, são pouquíssimos. “Para nós, tudo se resume às viagens. Cruzamos o mundo a fim de encontrar os melhores itens para nossos clientes. Amamos principalmente produtos feitos com materiais naturais e trabalhados à mão.”, conta a belga Ruth Walleyn, que não apenas viabilizou o feito mencionado acima, como também o transformou em um negócio lucrativo e inspirador: a loja Colour Locale, que soma três unidades espalhadas pela Bélgica.

“A história por trás do design é importante. Acho muito especial poder conhecer as pessoas que criam os objetos que levamos para casa”, continua Ruth. Na sua loja física ou via e-commerce, é possível encomendar raridades como mantas e cobertores tecidos por mulheres do Quênia, cestos confeccionados por índios colombianos, cerâmicas da África do Sul, objetos de madeira do Senegal, acessórios para a cozinha da ilha de Lombok (Indonésia), bolsas criadas por artesãos da Ilha de Lamu, esculturas de tribos da Índia e muito mais.

No site, ao lado dos produtos, fica disponível uma minibiografia sobre os autores responsáveis pelas criações. “Queremos oferecer coisas capazes de transportar as pessoas para outros lugares. É como levar o mundo para dentro de casa”, conta Ruth, que classifica a si mesma e a sua equipe como ‘globetrotters’.

Flexibilidade é a palavra de ordem neste espaço. Graças ao sistema desenvolvido pela empresa especialista em móveis para a cozinha Bucks and Spurs, o usuário pode movimentar livremente os módulos ao longo do trilho de ferro parafusado na parede, adaptando-os ao layout mais adequado. A marca sueca afirma que a intenção deste décor foi criar uma mistura do sentimento rústico de um rancho com a linguagem limpa e moderna do design escandinavo. Tal estética nórdica emana justamente do mobiliário: com linhas essenciais, acabamento impecável e o uso do carvalho. Sobre o painel de azulejos de tijolinhos brancos (ou subway tiles), a variação natural das nuances da madeira é responsável por quebrar delicadamente a monotonia da paleta, traçando poesia na cozinha.