Os grandes nomes da decoração afirmam que o quarto deve ser a expressão máxima de conforto e suavidade. O ambiente do Casa Vogue Experience contempla este ideal de maneira clean e chic. O tom de azul, que confere clima sessentista ao ambiente, é da Sherwin-Williams. Cama, criados-mudos e récamier, da Atrium, oferecem sobriedade com estilo. A roupa de cama, ideal para uma boa noite de sono, é da Mmartan, e o tapete é assinado pela Botteh Handmade Rugs.
Ao lado do descanso estão as atividades intelectuais, por isso, o escritório é recheado de peças ideais para esse momento. A escrivaninha, estrela do espaço, é da Loja Teo. A cadeira laranja, de formas escandinavas, é da Gubi, na Scandinavia Designs. Sobre ela está o tapete cinza da By Kamy. As poltronas são do Espaço Cardeal, ideais para os momentos de trocas e conversas com companhias íntimas e também para a contemplação. Para arrematar o décor, obras de Carlos Bevilacqua, da Galeria Fortes Vilaça, Cildo Meirelles, Lygia Clark e Lygia Pape, da Galeria Bergamin & Gomide, e Edgard de Souza, da Galeria Luisa Strina, levam muito mais que história ao espaço.
O Sítio Roberto Burle Marx, no Rio de Janeiro, inspirou a Casa Vogue a selecionar modelos atualíssimos de papeis de parede. Residência de Burle Marx de 1973 até sua morte, em 1994,
o sítio é, hoje, uma instituição cultural que preserva mais de 3 mil peças do seu legado, como objetos de uso pessoal, pinturas, esculturas, azulejos, cerâmicas e espécies plantadas pelo multiartista. Patrimônio cultural brasileiro desde 1985 e candidato à lista de Patrimônio da Humanidade, o espaço tem programas educativos e pode ser visitado pelo público mediante agendamento.
Papéis de parede geométricos e modernos
1. Geométrico, da coleção Urban, de TNT, 0,53 x 10 m, da Origin Wallpapers, na Wallcovering, R$ 900 o rolo 2. Papel de parede da coleção Landscapes, de extrato de celulose lavável e resistente à luz, 0,52 x 10 m, da Harlequin, na Orlean, R$ 1.867 o rolo 3. Papel de parede da coleção Spirit & Soul, de extrato de celulose lavável e resistente à luz, 0,52 x 10 m, da Scion, na Orlean, R$ 1.022 o rolo 4. Tapet, da coleção Book Painted Squares, 0,53 x 10 m, design Helene Blanche, na Regatta Casa, R$ 4.511,96 o rolo.
Papéis de paredes no clima do tropicalismo
1. Mojito, da coleção Les Dessins, de TNT, 0,52 x 10,05 m, da Pierre Frey, na BF Tecidos e Papéis de Parede, R$ 1.590 o rolo 2. Papel de parede da coleção Melinki, de extrato de celulose lavável, 0,52 x 10 m, da Scion, na Orlean, R$ 1.241 o rolo 3. Floral, da coleção Aqua, de TNT, 0,53 x 10 m, da Khrôma, na Wallcovering, R$ 748 o rolo 4. Eden Roc - Rainette, da coleção Belles Rives, de TNT, 0,69 x 10 m, design Christian Lacroix para Designers Guild, no Empório Beraldin, R$ 1.255 o rolo 5. Penca Amarela (2015), vinílico, 0,52 x 10 m, design Attilio Baschera e
Gregorio Kramer, da Donatelli Tecidos, R$ 400 o rolo
Na quinta feira (5/11), os ambientes do Casa Vogue Experience proporcionaram aos convidados experiências autênticas, lideradas pelos palestrantes de diversas áreas que passaram por ali. Na parte da manhã, Humberto Campana relembrou a trajetória de sucesso do Estudio Campana.
Agradecimentos especiais aos patrocinadores:
Audi, Brastemp, Conceito.com, Dell Anno e D2F Engenharia. E aos apoiadores:
Artefacto, Atrium, Caesarstone, Cebrace, Deca, Etel, Líder Interiores, Maison & Objet, MMartan, Minotti, Natura, Sherwin Willians e Amarula
A estrela do jantar integrado do Casa Vogue Experience é uma mesa projetada pela Caesarstone especialmente para o ambiente. A peça brinca com as formas geométricas, com circunferências nas extremidades, e exibe sua imponência em duas cores. Cadeiras assinadas por Tom Dixon, na Firma Casa, estão sobre o tapete da Botteh Handmade Rugs. Os pendentes Bocci, na Lumini, levam a delicadeza necessária para o ambiente.
Na cozinha, a tinta mostarda da Sherwin-Williams contrasta com o tom grafite opaco dos armários e ilha, da Dell Anno, e com a bancada da Cinex. Para receber bem, a linha Vitreous, da Brastemp, tem geladeira, micro-ondas, coifa, lava-louças, forno e cooktop com linhas simples. A iluminação embutida da Lumini e o paisagismo de Alex Hanazaki dão o toque final de leveza na composição.
Quer ver mais ambientes inspiradores como este? Acesse o board de decoração no Pinterest da Casa Vogue e faça uma coleção dos seus espaços favoritos!
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São Paulo em degradê – esse é o pensamento que me vem à cabeça quando vejo essa foto incrível na qual Nelson Kon registrou o vale do Anhangabaú, uma das regiões mais icônicas da cidade que escolhi para viver. Achei super poético esse clique da “São Paulo da garoa”...
Feita em 1995, a foto integrou o projeto Arte/Cidade – a cidade e seus fluxos e agora faz parte do acervo da galeria Artshot, que abre suas portas no Shopping Morumbi, na capital paulista, na próxima quinta-feira (12/11). Além de Kon, reconhecido por seu olhar singular em relação à arquitetura e à cidade, a galeria comercializa o trabalho de outros 70 profissionais – dentre eles, nomes como André Schiliró, Christian Gaul, Henrique Steyer, Ilana Bessler, João Wainer e Victor Affaro. Todas as obras são numeradas e acompanhadas de certificado de autenticidade.
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O artista e ex-detento Gil Batle teve bastante tempo para se dedicar a sua arte, afinal, foram mais de 20 anos atrás das grades, em cinco diferentes presídios da Califórnia, pelos crimes de fraude e falsificação. Marcadas para sempre em sua memória, as cenas desse longo período da sua vida foram esculpidas por ele com perfeição em suportes improváveis: ovos de avestruz.
Para não enlouquecer dentro da prisão, como conta, Gil passava seus dias aprendendo as habilidades necessárias para tornar-se um bom tatuador. Sua excelência no ofício logo impressionou os companheiros, que passaram a respeitá-lo e inclusive protegê-lo de agressões de gangues.
Agora liberto, e vivendo em uma pequena ilha nas Filipinas, o artista esculpe as cenas da rotina dos guardas e dos prisioneiros em ovos de avestruz. A superfície exterior delicada dos ovos foi transformada em uma espécie de linha do tempo visual, que retrata meticulosamente o cotidiano dele dentro da prisão. Arames farpados, mãos algemadas, muros, grades, brigas, mulheres, armas, trabalho, sentenças e julgamentos são alguns dos temas da história perturbada.
Uma ocasião como o Casa Vogue Experience merece, dentre todas as comemorações, um drink especial. Foi pensando nisso que a Amarula criou, com exclusividade, a bebida cuja receita você confere abaixo:
Drink Casa Vogue Experience
Ingredientes
50 ml Amarula
30 ml Grey Gloose L'Orange
40 ml ginger syrup
Zest de laranja
Modo de preparo
Em uma coqueteleira com gelo bata todos os ingredientes, sirva em uma taça Martini pre resfriada utilizando coagem dupla. Decore com um zest de laranja recortado e mini pregador.
O line-up do terceiro dia do Casa Vogue Experience foi guiado pela moda, pelas tendências e pelo lifestyle. Logo de manhã, Taissa Buescu, diretora de redação da Casa Vogue, recebeu os convidados no closet da casa para a palestra "Descobrindo seu closet", com a personal stylist Kika Repetto.
Logo depois, as movimentações partiram para sala de estar e passaram a ser comandadas pela trendsetter Dany Von Atzingen, que falou sobre o mundo das tendências do Cool Hunting.
Ainda no living, a Natura levou para o Casa Vogue Experience o workshop A Arte da Perfumaria, com perfumista Verônica Kato, que apresentou a coleção de fragrâncias Esta Flor, e com a artista Adriana Suzuki, que ensinou os participantes a fazer um origami perfumado com as novas fragrâncias.
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O cliente, um apaixonado por arte e design, decidiu que era hora de mudar a atmosfera do apartamento onde vive há cerca de dez anos, em Curitiba. Ao conversar com a arquiteta Fernanda Cassou, ele indicou os principais pedidos: uma decoração minimalista e com cara de galeria de arte. Nesse caso, mudanças na arquitetura do imóvel não foram necessárias, a solução se concentrou basicamente em reorganizar o mobiliário e as obras que o proprietário já tinha, na área de 305 m².
Alguns elementos novos criam a base neutra e elegante, ideal para dar o destaque desejado aos objetos: as paredes brancas, o piso em tecnocimento e a madeira na cor natural, que cobre todo o hall de entrada, o corredor e as portas. Os revestimentos servem como pano de fundo para o acervo do morador, que conta com obras emblemáticas de grandes nomes da arte e do design brasileiros.
Logo na entrada (foto acima), a obra de Isidro Blasco, pendurada sobre os painéis de madeira, dá as boas-vindas a quem chega. Mais adiante, na sala de estar, itens de contornos autênticos quebram a o pano de fundo claro, como as poltronas, do designer Zanini de Zanine, e o banco mocho, de Sergio Rodrigues. Ali, brilham ainda dois itens do acervo artsy do proprietário: fotografias de Juliana Stein e uma escultura de André Azevedo.
Na área das refeições, a delicada mesa (design Jacqueline Terpins) aparece em um equilíbrio perfeito com as cadeiras São Conrado (Carlos Motta). A madeira brilha no ambiente e a cor fica por conta da generosa tela.
A ode aos brasileiros segue na sala (abaixo), onde brilham outros itens estrelados: a poltrona Alta (Oscar Niemeyer), o rack Chan (Jader Almeida), a mesaEsqueleto (Luciana Martins e Gerson de Oliveira), e a tela Twn (Marcelo Paciornik).
No living (abaixo), a composição elegante esbanja o sofá Campo (,ovo), poltronas Beto (Sergio Rodrigues), banco Matriz (Jader de Almeida), poltrona H (Zanine Caldas) e a escultura Pagoda (Kimi Nii).
“Os dois principais desafios foram: executar a reforma em partes, para que o cliente não precisasse sair do apartamento, e conseguir compor todos os móveis que ele já tinha, criando um projeto harmonioso.”, revela a arquiteta, que classifica como minimalista e contemporâneo o resultado da decoração.
FAZER A EDIÇÃO COMEMORATIVA DOS 40 ANOS de qualquer revista já não seria empreitada fácil. Agora, sendo o título em questão, grande referência do décor, do design, da arquitetura, do paisagismo, das artes... A responsabilidade quintuplicou. Decidimos produzir uma edição diferente – um pouco retrospectiva, um tanto realista e comum quê de visionária.
Nos debruçamos sobre os arquivos da Casa Vogue para nos inspirar na preparação do caderno dedicado ao passado: um retrato da cena estética de 1975, ano do seu lançamento, uma seleção dos interiores mais marcantes publicados a cada década, um overview das evoluções arquitetônicas e uma emocionante reflexão sobre o percurso da arte brasileira no período.
Nosso muito obrigado a Nazaré Rezende, que por 35 anos esteve à frente da equipe comercial da revista, e à FAAP, por nos cederem as edições faltantes de nosso acervo. Chegamos ao presente por meio da história do mobiliário, pontuada por 40+1 peças (uma por ano!) que se tornaram icônicas e permanecem em produção. Tivemos a honra de revelar criações recém-saídas do forno de dez talentos do design nacional.
Recheamos 80 páginas com projetos inéditos de nomes consagrados da arquitetura e das artes. E, ainda, demos uma volta ao mundo para indicar – eu e os 16 integrantes desta super equipe retratada abaixo – nosso lugar preferido ao sol. E o futuro? Não nos pertence, de fato. Porém, nos atrevemos a perguntar a alguns notáveis do universo Casa Vogue seus pitacos sobre o morar nas próximas (quatro?) décadas...
Mas nossa celebração não se encerra aqui. Resolvemos ousar para valer. Materializamos o lifestyle sofisticado de nossas páginas em uma casa real, assinada por Casa Vogue, que sediará uma série de bate-papos e workshops com feras do calibre de Paulo Mendes da Rocha, Fernando e Humberto Campana e Alex Hanazaki, só para citar alguns (vide pág. 250). Uma experiência a ser vivenciada por nossos leitores. Aguardamos vocês na Casa Vogue Experience!
Para saber o que você encontra na Casa Vogue deste mês, confira o sumário. A revista chega às bancas e à banca do iPad no dia 3 de novembro.
72 Shopping: 1975-2015: uma breve história do mobiliário
Retrospectiva
84 1975: o ano que não acabou: nascia a Casa Vogue
88 Nas páginas da revista, a história evolutiva de cinco décadas de décor
98 A arte que se pode reconhecer de outros carnavais (e bienais)
102 Os edifícios que mudaram os rumos da arquitetura
Estilo
116 Design: Em homenagem à Casa Vogue, designers brasileiros exibem dez protótipos promissores
126 Tendência: Quando o design faz um verdadeiro show de variedades
134 Reflexão: O futuro do morar, segundo notáveis
142 Viagem: As nice tips dos integrantes da nossa redação
Especial
40 Sofás nos quais a ideia de uso é expandida ao infinito
Universo Casa Vogue
166 Com vidro e muxarabis, Marcio Kogan protege a casa de campo, no interior paulista, ao mesmo tempo em que a descortina para a natureza. O refúgio e amata se alimentam um do outro em uma silenciosa sinfonia
174 Tetos baixos, compartimentos, pouca linearidade. O escritório Bernardes Arquitetura baniu os problemas da planta dos anos 1980 ao juntar dois apartamentos. Unidade visual, espaços de convivência e uma estonteante escada são sua resposta
184 David LaChapelle está mudando de vida. Desacelerando. E está pronto para inventar mais arte. Casa Vogue abre as portas de sua casa e seu estúdio, em Los Angeles, para mostrar sua irreverência imortal
194Arthur Casas reforma um projeto de Ugo di Pace, em São Paulo, e, numa composição de elementos e tons calmos, cria o pano de fundo atualíssimo para o melhor do desenho americano do mid-century
202 Ela aterrissa em Miami com pompa e desafio. Contemporâneo e envidraçado, mas aconchegante, o apartamento assinado por Fernanda Marques se tornou palco para o design e a arte de um casal colecionador
212Black is beautiful. Os baianos e o Brasil sempre souberam disso, mas quando um mestre da arquitetura branca e solar, como David Bastos, resolve investir no preto total em seu próprio décor, é hora de ficar atento
222 Em Minas Gerais, o Play Arquitetura (re)interpreta o amanhã: um lar de base neutra, nobre e modernista, sobre a qual se apoiam peças de monstros nacionais: Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin
232 O concreto inimitável de Tadao Ando ganha roupagem local na Casa Wabi, costa sul do México. Um inexorável muro corta o terreno e divide as áreas social (praiana) e privada (monástica). A poesia habita cá e lá
244 Endereços
250 Last look: Casa Vogue Experience: uma casa dos sonhos e um time de feras que vão ficar na memória
A programação deste sábado (7/11), 4º dia do Casa Vogue Experience, estava mais do que especial. Passaram pelo endereço três palestrantes que, além de admirados, já são amigos de outras datas da redação da Casa Vogue. Para começar o dia, a dupla à frente do FLO Atelier Botânico, ensinou os convidados a preparar um terrário perfeito.
Em seguida, migramos para a cozinha, pois era hora dos meninos do SSimplesmente, colaboradores assíduos do nosso site, assumirem a programação. O chef Thiago Medeiros colocou em prática seus conhecimentos de gastronomia orgânica e saudável, em uma aula-show. Enquanto ensinava os convidados a preparar uma salada de quinoa e um shake deliciosos de frutas frescas, Thiago passou uma série de dicas. Veja aqui outras receitas do trio. Veja na galeria a aula-show do SSimplesmente
E, por fim, para fechar a programação, nossas colunistas experts do Vamos Receber ensinaram os convidados a montar mesas incríveis. Elas criaram composições com louças da Seletti + Diesel, vendidas na conceito, e o verde exuberante da Mil Plantas, e passaram dezenas de dicas.
No home theater do Casa Vogue Experience tudo foi pensado não apenas para o conforto, mas também para a vivência de um momento de lazer e descanso cercado de puro design. O sofá, em tons sóbrios e mais espaçoso, contrasta com as poltronas amarela e roxa de linhas requintadas, todos da conceito. A poltrona verde, da Zanotta, na Firma Casa, exibe formas lúdicas. As mesas de centro e lateral, assim como o aparador de madeira, recebem objetos divertidos, como os tótens, também da conceito. A arte é destaque e imponência no ambiente: nas paredes, a fotografia do coelho é de Sofia Borges, da Galeria Millan, e a tela roxa é de Estela Sokol.
Linhas essenciais conduzem a decoração desta cozinha, projetada pela designer búlgara Raya Todorova. Ali, luminárias, banquetas, armários e bancada esbanjam um design que, apesar de minimalista, não deixa o conjunto tedioso ou sem personalidade. As doses de charme ficam por conta das texturas dos acabamentos. O desenho orgânico do mármore imprime sofisticação na bancada, enquanto o dourado cobre os esguios bancos e luminárias. Para dar um toque acolhedor, Raya recorreu à cortiça dos assentos e ao tampo de madeira da bancada.
Já antecipando os dias de sol e calor que vêm pela frente, todos aqui no Vamos Receber têm se preocupado em fazer refeições saudáveis, mas sem deixar de lado o sabor, claro! Se você também busca algo assim para incluir no cardápio, nossa sugestão é a maravilhosa Salada de Grãos, que ensinamos a preparar hoje.
A receita é da querida chef Luiza Zaidan! Ela elegeu ingredientes que todos podem comer sem peso na consciência e, ainda, garantiu uma apresentação incrível, para 'comer também com os olhos'. Com o prato, sorrisos imediatos vão nascer no rosto de qualquer convidado!
Para o efeito “uau”, escolhemos a dedo uma louça maravilhosa, com toque todo especial, by Rosa dos Ventos, expert em produzir artesanalmente as peças que não cansamos de desejar. A saladinha de grãos foi servida em bowl da linha Repolhuda, no tom Marsala. Feita à mão no ateliê da marca, que fica atrás da loja, esta coleção é puro charme.
Os Ingredientes de nossa Salada de Grãos estão abaixo:
Modo de preparo
1. Misture o grão-de-bico, a lentilha, o arroz 7 cereais, a cebola, os tomates, o cheiro verde e as amêndoas, lembrando que os grãos e o arroz devem ser cozidos prévia e separadamente, segundo a orientação do pacote de cada um deles
2. Para o molho, junte o azeite e a mostarda e tempere com sal a gosto
3. Misture o molho com a salada, decore com tomatinhos cereja e cebola roxa e sirva em seguida
Para quem não conhece, a loja e fábrica da Rosa dos Ventos fica na Rua Professor Vahia de Abreu, nº 491, Vila Olímpia, em São Paulo – Telefone: (11) 3884-7415
Thais Senna, sua sogra, Maria Emilia Senna, e Adriane Danilovic são apaixonadas por vestir a mesa, especialmente para receber amigos e familiares queridos. O trio comanda o blog Vamos Receber [www.vamosreceber.com.br], que traz sempre uma novidade sobre o tema.
Foram meses de muito trabalho - e cada esforço valeu a pena! Chegou ao fim, no último domingo (8/11), o Casa Vogue Experience, evento que marca a comemoração dos 40 anos da Casa Vogue. Projetamos uma casa real inspirada no DNA da revista e, ao longo de cinco dias, ela foi palco de uma programação diversa, que reflete os assuntos abordados diariamente em todas as plataformas da marca, como decoração, arte, arquitetura, lifestyle e gastronomia. Confira a seguir detalhes de cada um dos ambientes da residência e veja a cobertura completa do Casa Vogue Experience.
Concepção: Taissa Buescu
Direção de estilo: Adriana Frattini
Projeto de arquitetura: Gabriel Valdivieso e Rodrigo Martins
Projeto de iluminação: Maneco Quinderé
Paisagismo: Alex Hanazaki
Curadoria das obras de arte: Beta Germano
Produção: Ana Montenegro, Natália Martucci e Miriam Souza
Agradecimentos especiais aos patrocinadores:
Audi, Brastemp, conceito, Dell Anno e D2F Engenharia.
E aos apoiadores:
Artefacto, Atrium, Caesarstone, Cebrace, Deca, Etel, Líder Interiores, Maison & Objet, MMartan, Minotti, Natura, Sherwin Willians e Amarula
Living
Durante os cinco dias do nosso evento, grandes nomes passaram por nosso living, entre eles os arquitetos Paulo Mendes da Rocha e Guilherme Wisnik, o top designer Humberto Campana e o físico e curador do Museu do Amanhã, Luiz Alberto Oliveira. Para receber bem e com estilo os palestrantes e os convidados, a decoração do ambiente foi cuidadosamente orquestrada.
Os eleitos são: sofás e mesas laterais (Minotti por Atrium), poltrona preta (Rodrigo Almeida), poltronas de Lina Bo Bardi (Etel), poltrona Cocoon (Estudio Campana para Louis Vuitton), mesa de centro (Orbi Brasil), aparador (Estudio Campana), luminárias de teto (Lumini), luminárias de parede (Espaço Cardeal), estante e boiserie (Dell Anno), tapetes (ByKamy), tintas (Sherwin-Williams), paisagismo (Alex Hanazaki), vasos (L´oeil). Destaque também para os objetos decorativos da Acervo Brutto, Arte Aplicada, Atrium, Espaço Cardeal, Firma Casa, Livraria Cultura, Vista Alegre e Zipper Galeria.
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Jardim de inverno
Os móveis e o paisagismo, assinado por Alex Hanazaki, imprimem um estilo de vida chic e despojado, no Casa Vogue Experience. Este ambiente, integrado ao living e aberto à área gourmet, revela itens valiosos de design: poltronas, mesas de centro e lateral (Lider Interiores) e cadeira de balanço, que incentivam o descanso e o desfrute da natureza próxima.
O tapete (da Botteh Handmade Rugs) traz vida ao ambiente e, os brancos aumentam os lugarres - os mais altos, à esquerda, são da Etel, e a peça quadrada é assinada por Zanini de Zanine, com exclusividade para o ambiente. Sobre a parede verde (tintas da Sherwin-Williams), as fotografias de Mauro Restiffe, da Galeria Fortes Vilaça, dão o toque final à composição.
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Sala de jantar
A estrela do jantar integrado do Casa Vogue Experience é a generosa mesa projetada pela Casa Vogue e concebida pela Caesarstone especialmente para o ambiente. A peça brinca com formas geométricas, exibindo circunferências nas extremidades, e com a textura de pedras em diferentes tons. As cadeiras, assinadas por Tom Dixon, na Firma Casa, aparecem sober tapete, da Botteh Handmade Rugs. Os pendentes Bocci, na Lumini, trazem uma dose extra de delicadeza.
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Cozinha
Na cozinha, a tinta mostarda da Sherwin-Williams contrasta com o tom grafite opaco dos armários e da ilha, da Dell Anno, e com a bancada da Cinex. Eleitos estes primeiros itens e foi possível instalar ali, então, a linha Vitreous, da Brastemp, que tem geladeira, micro-ondas, coifa, lava-louças, forno e cooktop com linhas simples. A iluminação embutida, da Lumini, e o paisagismo, de Alex Hanazaki, dão o toque final de leveza na composição.
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Home Theater e Lounge-bar
No home theater do Casa Vogue Experience, tudo foi pensado não apenas para o conforto, mas também para a vivência de um momento de lazer e descanso cercado de puro design. Tais desejos justificam a escolha do espaçoso sofá, design Pedro Mendes, fornecido pela Milar para a conceito. Tal item conversa com as poltronas Núcleo, nas versões amarela e roxa, design Nada Se Leva, fornecidas pela Larco, também para o novo e-commerce da conceito. A poltrona verde, da Zanotta, na Firma Casa, exibe formas lúdicas. As mesas de centro e lateral, assim como o aparador de madeira, recebem objetos divertidos, como os tótens, também da conceito. Obras de arte expressivas completam a experiência oferecida pela ambientação: nas paredes, a fotografia do coelho é de Sofia Borges, da Galeria Millan, e a tela roxa é de Estela Sokol.
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Suíte máster
Os grandes nomes da decoração afirmam que o quarto deve ser a expressão máxima de conforto e suavidade. O ambiente do Casa Vogue Experience contempla este ideal de maneira clean e chic. O tom de azul, que confere clima sessentista ao ambiente, é da Sherwin-Williams. Cama, criados-mudos e récamier, da Atrium, oferecem sobriedade com estilo. Sobre eles, na parede, fotos de Edgard de Souza, na Galeria Luisa Strina. A roupa de cama é da MMartan.
Ao lado do descanso, o escritório revela, na parede, sobre a escrivaninha vintage, grafite da artista Lygia Clark, da Galeria Bergamin Gomide. As poltronas peludas são ideais para os momentos de trocas e conversas com companhias íntimas e também para a contemplação. Para arrematar o décor, móbile de Carlos Bevilacqua, da Galeria Fortes Vilaça, aparece à direita.
Closet
O estiloso closet foi palco de um workshop liderado pela consultora de estilo Kika Repetto. Os convidados se acomodaram no estilo e elegante ambiente para conferir as dicas da expert no assunto e aproveitaram para conferir o lindo décor idealizado pela equipe da Casa Vogue para este ambiente íntimo.
Ali, brilham os armário planejados (Dell Anno), o espelho Olho (Interni), poltronas (Artefacto), tapete (Botteh Handmade Rugs), tintas (Sherwin-Williams), luminária (Acervo Brutto), penteadeira e banco (Etel) e roupas e acessórios (Gloria Coelho, Ricardo Almeida e Audi). Destaque ainda para duas peças concebidas especialmetne para a comemoração dos 40 anos da Casa Vogue: a cadeira preta, de PVC reciclado, assinada por Rodrigo Almeida, e o banco de madeira, no formato de um prisma triangular, de Guilherme Wentz.
Banheiro
Para finalizar nosso tour pelo Casa Vogue Experience, chegamos ao último ambiente: o espaçoso banheiro, integrado ao closet com penteadeira. Ali, uma poesia contada por linhas geométricas cobre o espaço: destaque para o revestimento da linha Casa Vogue 40 anos (Portobello), para as louças e metais (Deca), e os vidros e espelhos (Cebrace). Elas são acompanhadas por: piso e bancada (Caesarstone), carrinho (Juliana Benfatti), toalhas (MMartan), escultura bola (Atrium), Revisteiro (Alva Design), bowls (Vista Alegre), cosméticos (Aerop), iluminação (Lumini) e tintas (Sherwin-Willaims
Durante cinco dias a Casa Vogue celebrou seus 40 anos no melhor estilo. Festas, shows, workshops e bate-papos memoráveis entraram pela porta da frente do Casa Vogue Experience. O último dia do evento (8/11) não poderia ser diferente.
Para abrir a casa, Luiz Alberto Oliveira, físico e doutor em cosmologia, além de curador do Museu do Amanhã, contou detalhes do projeto que inaugura em dezembro no Rio de Janeiro. Após uma semana intensa de experiências, era necessário fechar a casa com chave de ouro, e assim, festejamos uma última vez em um evento oferecido pela Dell Anno.
Bruna Patrizia Maria Teresa Romilda Lombardi nasceu no Rio de Janeiro, mas mora entre São Paulo e Los Angeles há muitos anos. É atriz, poeta, escritora, apresentadora, roteirista, produtora de cinema e ativista ambiental. Formada em jornalismo e marketing, deixou de lado essas duas formações para se dedicar à carreira artística. Por conta de sua beleza, desde cedo, foi modelo em inúmeras campanhas publicitárias e capas de revistas. Ainda estudante, em 1976, publicou seu primeiro livro No Ritmo dessa Festa, com prefácio de Chico Buarque de Holanda, que foi um sucesso de público e crítica. Começou na TV em 1977, na novela global Sem Lenço, Sem Documento. A partir daí, fez várias novelas, minisséries e especiais para a televisão. Entre suas interpretações mais marcantes, está o inesquecível Diadorim, um valente jagunço, da minissérie Grande Sertão: Veredas (1985), baseada na obra de Guimarães Rosa. Essa experiência no sertão de Minas Gerais e da Bahia resultou no livro Diário do Grande Sertão (1986). Ao todo, Bruna já publicou oito livros. Em breve, vai lançar o Jogo da Felicidade, pela editora Sextante, tendo como base as mensagens que posta nas redes sociais.
Entretanto, sua grande paixão sempre foi o cinema, uma herança familiar. Sua mãe foi atriz e seu pai trabalhou com Fellini, Rossellini e De Sica em Roma. No início dos anos 1990, ela foi convidada pelo diretor americano Hall Bartley para atuar em Los Angeles. Bruna se mudou com o marido, Carlos Alberto Riccelli, e o filho, Kim, para a Califórnia, onde foi estudar roteiro. Durante esse período, foi apresentadora e produtora do programa Gente de Expressão, da Pulsar TV, que, mais tarde, se transformou na sua produtora de cinema Pulsar. Na época, ela entrevistou várias personalidades: José Saramago, Harrison Ford, David Bowie, Francis Ford Coppola, George Clooney, Meryl Streep, entre outras. No cinema, já produziu três filmes: Stress, Orgasm and Salvation (2005), O Signo da Cidade (2007) e Onde Está a Felicidade? (2011). Em breve, Bruna estreará a comédia musical Amor em Sampa, com o intuito de repensar a cidade de São Paulo positivamente. Além de cinema, literatura e televisão, ela também gosta de se envolver em movimentos políticos e causas sociais. Hoje, participa de campanhas sobre sustentabilidade, qualidade de vida e meio ambiente. Atualmente, vive na ponte aérea São Paulo-Los Angeles e prepara uma nova série para a TV. A seguir, ela revela mais do seu universo de referências e paixões.
Você acredita em casa ideal?
Acho que o ideal é ter uma casa. Sou uma pessoa que tenho a maior necessidade de ter cantos meus, de ter lugares. Acredito que a casa é um porto seguro. É um lugar que traduz muito a gente. Sempre tive casas com muita natureza entrando nelas. Falo minhas porque tenho três: em São Paulo, Los Angeles e Trancoso. Sempre tive casa. Nunca me adaptei a apartamento. Gosto de grandes jardins, pássaro, cachorro, gato... Preciso que a natureza invada minha casa no verão e no inverno. Por isso, todas elas têm muito vidro.
Então, essas três casas são parecidas?
Tudo que tem nelas foi eu e o Ri [Riccelli] que fizemos. Nunca tivemos um decorador, mas sim, ótimos arquitetos que nos ajudaram em nossos projetos. O Ri é um cara com cabeça de arquiteto e tem muito essa coisa de desenhar a planta. Faço uma parceria, mas ele é quem fica desenhando, estudando o layout, tirando medidas. A gente gosta muito de arquitetura, é uma paixão. Todas as casas foram feitas por nós. Cada uma tem sua personalidade. Só essa coisa dos jardins é que é parecida. Mas os cantos das casas, as decorações, os cliques, os climas, as atmosferas têm estilos próprios, cada uma tem seu jeito de ser. A de São Paulo é mágica, colorida, multifacetada, quase divertida, mas também séria, profunda. A de Los Angeles é mais mística. Já na de Trancoso, a mata vive de dentro para fora e de fora para dentro, em permanente troca.
Qual foi seu último achado para casa?
Adoro visitar antiquários, lugares meio secretos. Gosto de objetos que têm cara de ser único. Comprei um negócio em Los Angeles que parece uma lâmpada de Aladin. Ele é tão místico, tão mágico. Você olha para ele e entende que atravessou anos, tem história. Também tenho uma velha caixa oriental cheia de desenhos fantásticos. São objetos com história e aura mítica. Isso é o meu fetiche.
Se você pudesse ser algo da casa, o que seria?
Seria uma coisa fluida, que percorre a casa. Tenho um jardim japonês com riachinho, onde os pássaros vêm tomar banho. Gosto muito dessa coisa contemplativa na casa.
Em que cenário você viveria?
Nos cenários mágicos que construí e adoro. São os cantos das casas e os lugares onde fico. Eles me traduzem e me alimentam com suas belezas.
Ícone da arquitetura.
Tem muita gente que acho incrível. Sou fã de Frank Lloyd Wright. Mas, se tivesse que escolher um arquiteto hoje, contemporâneo, seria Zaha Hadid.
Você gosta de cozinhar?
Gosto, mas não sou muito de elaborar. Faço coisas simples e fáceis. E amo comida tailandesa.
Viagem ou lugar inesquecível.
Com certeza, para o Oriente. Sou toda voltada para esse lado do mundo. Adoro Bali.
Qual obra de arte gostaria de ganhar ou comprar?
Se fosse de um artista brasileiro, seria de Ismael Nery, qualquer obra dele. Se fosse internacional, poderia ser de Klimt ou Matisse.
O que não pode faltar na sua agenda cultural?
Cinema, teatro, galerias de arte, feiras de antiguidades e mercados de pulgas.
Uma sugestão de leitura.
Leio muito desde criança. Mas o que vai fazer bem a qualquer pessoa são livros de poesia. Ler uma poesia no momento certo faz muito bem à alma. Gosto de Carlos Drummond de Andrade, Mario Quintana, Vinicius de Moraes, Cecília Meireles, Fernando Pessoa, João Cabral de Melo Neto e Manoel de Barros.
Filmes para assistir inúmeras vezes. Blade Runner. Já assisti milhões de vezes. Gosto muito de ficção científica. A lista é infinita. Blade Runner tem uma perfeição porque mistura um dos melhores roteiros do planeta, com uma adaptação incrível e um design que revolucionou todas as décadas seguintes. Ele foi transformador.
Quais músicas não saem da sua playlist?
Gosto de ouvir Bliss e Barcelona. Adoro Caetano, Gil, Bethânia e Djavan.
Um presente do qual vai se lembrar sempre.
Lembro de todos os presentes que ganho. Não pelo valor material, mas porque acho a delicadeza do gesto sempre uma coisa tocante. Cada vez que você olha para aquele presente, você lembra da doçura que foi aquela pessoa ter dado aquilo para você.
Se pudesse voltar à vida como outra pessoa, quem seria?
Tem pessoas que gostaria de conhecer, mas não voltar como elas. Gostaria de voltar de outras maneiras, buscando o novo, o desconhecido.
Um objeto de desejo.
Hoje em dia, meus objetos de desejo não são objetos, são causas. Tenho muita vontade de fazer coisas transformadoras em várias áreas. Na minha página do Facebook [brunalombardioficial], tenho feito um trabalho que anda mexendo muito com a vida das pessoas, deixando elas mais felizes. No cinema, em breve, vamos lançar um filme que se chama Amor em Sampa. Esse trabalho busca, assim como o último [Onde Está a Felicidade?], a ideia de se repensar a cidade e a nossa atitude nela. Quero mais gentileza, mais amor e mais humor. Esse é o meu objeto de desejo hoje, que não tem preço.
Fontes de inspiração.
A arte e a natureza.
Eterna paixão.
O Ri e o Kim.
O que é luxo nos dias de hoje?
Fazer o que a gente gosta, gostar do que a gente faz e ter tempo.
Uma imagem gravada na memória.
Tenho milhares. Mas acho que a melhor é o instante em que meu filho nasceu.
Projeto que revolucionou sua carreira.
Não sei se algum projeto revolucionou minha carreira. Acho que eu mesma acabo revolucionando, porque sou uma pessoa inquieta. Mesmo fazendo personagens marcantes, que eram uma revolução em si, nunca optei pela mesmice. Sempre escolhi pelo diferente. Revoluciono minha carreira assim. Já fui de televisão e fiz entrevista viajando pelo mundo. Agora, estou fazendo cinema, produções próprias.
Como é sua relação com as redes sociais?
Minha página no Facebook tem um grande envolvimento dos fãs. É maior do que o de Oprah Winfrey e de Lady Gaga, segundo dados da própria rede social. É uma loucura!
O melhor do cinema brasileiro e internacional.
Além do que a gente faz [risos], gosto muito do Cidade de Deus. É um filme que modificou o rumo do cinema brasileiro. Deu uma nova dimensão. E do cinema internacional, Blade Runner.
“Não sou viciado em desenhar. Meus sketch books parecem um livro, porque têm mais escrita do que desenho.” A declaração é do designer Rodrigo Calixto e poderia surpreender aqueles que conhecem seu trabalho, caracterizado pela estética apurada, para além do acabamento impecável. Mas como, então, as palavras se transformam em móveis? “Tenho uma necessidade visceral de estar com as máquinas – é lá que o meu processo criativo se desenrola, o tempo todo”, entrega.
O contato direto com o material é condição criativa para este talentoso designer, cuja conexão com a madeira remonta à infância e à adolescência, quando observava e ajudava o pai a exercer o hobby da marcenaria. Aos 17 anos, assim que começou a cursar desenho industrial na PUC-Rio, o acesso à oficina da faculdade fez com que ele pudesse se aproximar ainda mais. Apesar de tudo isso, Rodrigo é um autodidata na arte da marcenaria e sempre baseou sua evolução como designer-marceneiro em uma premissa: a da experimentação constante. E abre espaço para que, com ele, outros profissionais também se desenvolvam. Em sua Oficina Ethos, ao lado do jovem sócio Guilherme Sass, três estudantes de design têm a oportunidade de aprender a trabalhar a madeira de forma mais estruturada, e contam com a empatia do ‘professor’: “Me reconheço muito neles. Às vezes eu ‘abro’ uma madeira nova, que eles nunca viram, chamo todos e eles ficam com aquele olhar de criança – e lembro que eu era igualzinho”. Generoso, sente prazer em ensinar e quer “facilitar a vida” de seus pupilos: “Tento diminuir, para eles, as dificuldades que tive”.
Apesar da paixão e do respeito pela madeira, Rodrigo Calixto não gosta de ter sua produção associada à ideia do ecofriendly. “A verdade é que me preocupo, penso e trabalho com madeira de demolição não por ser ecologicamente correta, mas por ser bela, rara, seca e estável”, revela.
Passando por um momento de retomada pessoal – em janeiro, Rodrigo foi diagnosticado com leucemia e ficou vários meses internado para tratamento –, ele volta a trabalhar a todo vapor em sua oficina e já apresenta dois novos produtos: a mesa de centro Tektoniké e a mesa de jantar Arquimedes, encomendada pela arquiteta Gisele Taranto logo após sua saída do hospital. “Às vezes sou como um alfaiate. O cara mede no ombro, faz a primeira prova, aí tem o ajuste, a segunda prova... Acho isso o maior barato”, diz, referindo-se à evolução dos produtos ao longo do processo de desenvolvimento.
Pergunto sobre o impacto dos últimos acontecimentos em seu modo de ver a vida e a profissão. “Não penso em trabalhar menos, pois amo o que faço e não acho que trabalhe exaustivamente. Mas a doença me fez colocar os sonhos em perspectiva. Sempre quis ter uma oficina no campo, pensava em me mudar para Petrópolis depois dos 45 anos; hoje, projeto fazê-lo antes dos 40. Tudo isso me fez parar e pensar: eu estou nas rédeas agora – antes eu era o predicado, agora sou o sujeito.”
A forma mais fácil de injetar poder e peso ao décor é apostar nos ícones de design, como os deste quarto, que tem projeto da grife italiana Cassina. O apartamento aproveitou o piso de mosaico artesanal antigo, original. Como ele é o grande destaque do espaço, todas as escolhas seguintes seguem a mesma paleta de cores. O tom de marrom quente das geometrias sintoniza com a cama L50 Cab Night, design Mario Bellini para a Cassina, de couro, na nuance de vermelho-búlgaro, esmaecido. A peça sai do óbvio, assim como o espelho em formato oval, com frase adesivada: um detalhe que faz toda a diferença no espaço. Outro toque bem-humorado vem da mesa de Meret Oppenheim, um ícone de design. Ali em frente, a cadeira Zig Zag completa o trio de poderosos, com design assinado por Gerrit Rietveld.
