Nem sempre é fácil criar histórias divertidas e inspiradoras para contar às crianças na hora de dormir. Competir com tablets e celulares então, é cada vez mais difícil. Mas a marca francesa Castorama, em parceria com agência TBWA\Paris, parece ter achado uma solução.
O chamado Magic Wallpapper é um papel de parede todo estampado com personagens que remetem ao universo infantil. Mas além de bonito e divertido, por trás de cada uma dos animais, monstros, alienígenas e princesas que ilustram a peça, existe uma espécie de QR code que revela uma nova história para ser lida ou ouvida.
Para descobrir os contos que se escondem por trás das ilustrações basta baixar o app e usar a câmera do seu tablet ou celular para decodificar a imagem. São 10 personagens no total, cada um com sua história. Mais do que isso, os personagens podem ser combinados entre si, criando mais de 100 opções de contos.
Segundo o site da marca francesa, o rolo de papel de parede sai por €$9,90.
Neste quarto de casal criado por Kate McIntyre e Brad Huntzinger, do Oly Studio, nada é como poderia ser. Para começar, a dupla deixou de lado estampas tradicionais de folhagens e flores para cobrir a parede com um print gigantesco de fundo branco que exibe pássaros em galhos verdes. O resultado é tropical, clean e contemporâneo ao mesmo tempo.
Quando se trata dos móveis, fugir do óbvio também foi regra. A cama com dossel e o banco no pé da cama trazem formas e texturas orgânicas, como se fossem feitos de galhos, mas são formados, na verdade, por uma elegante estrutura de metal dourado, que adiciona requinte ao espaço.
Para completar, as roupas de cama pincelam uma aconchegante dose de coral, enquanto o tapete de fibras naturais cria uma atmosfera de conforto absoluto.
Para começar, ela optou por móveis de aparência rústica e feitos de materiais naturais finalizados à mão: sofá de madeira, mesa de centro de vime, tapete de fibras, vasos de palha... e continuou a orquestrar o espaço com muito verde. Diversas folhagens – todas sem flores! – trouxeram acolhimento e frescor selvagem para o espaço, que também conta com itens mais ousados, como a cadeira em balanço e a mesa de centro de metal.
Cleo arrematou usando mais folhagens, mas dessa vez sob a forma de estampas que surgem nas almofadas e nos livros sobre a mesa. Garrafões vintage de vidro trazem mais personalidade sem fugir da paleta de verdes enquanto pratos e cestos na parede aumentam o sotaque artesanal do local. A ordem da vez é, claramente, se entregar à ancestralidade, seja ela representada pelas natureza ou pelos artefatos feitos à mão pelo homem.
Aos zahamaníacos, uma boa notícia: há uma luz no fim do túnel, e ela vem da fúlgida e mais nova coleção da joalheria Bulgari. A grife lança no Brasil, em consonância com o mercado mundial, a coleção B.Zero 1 Design Legend, desenhada pela iraquiana Zaha Hadid (1950-2016).
A coleção é resultado da última parceria colaborativa da arquiteta (agraciada com prêmio Pritzker em 2004, a mais alta honraria de sua profissão) com a tradicional marca romana, cujo lançamento foi adiado em razão do seu falecimento repentino – ele teria sido feito em 2016. Para realizar este trabalho, Zaha partiu de um dos grandes sucessos da marca, a coleção B.Zero 1, lançada em 1999 e inspirada nas formas do Coliseu de Roma. Com a ideia de romper padrões e modernizar, ela se exercitou, mais uma vez, em suas consagradas formas fluidas e desconstruídas.
Enxuta, mas poderosa, a linha compreende um anel de quatro voltas e outro de três voltas, ambos de ouro rosé, um anel de três voltas de ouro branco e um pingente de ouro rosé – a caminho está uma pulseira, que se juntará à coleção. Se a Bulgari é conhecida pelas geometrias em seus designs, aqui, elas surgem em harmonia com o movimento característico das obras arquitetônicas e das peças de Zaha.
A primeira colaboração da arquiteta com a Bulgari aconteceu em Milão, em 2015, durante o Salone del Mobile. Para a ocasião, Zaha desenvolveu a instalação Serpenti, com 20 metros de extensão e um mix de traços geométricos e orgânicos, exposta nos jardins do Bulgari Hotel como suporte para itens da grife que flertavam com o tema “serpentes”. Agora, de suas mãos surgem joias propriamente ditas, que, embora não carreguem diamantes, têm lá o seu quê de eternas – como Zaha o é.
Rodeada por um belo parque e uma ciclovia, Münster é uma charmosa cidade com cerca de 300 mil habitantes e 35 museus – entre eles um do Picasso. Famoso por ser a “capital alemã da bicicleta” ou a “cidade da paz” (aqui foram assinados tratados que puseram fim à Guerra dos 30 anos e à Guerra dos 80 anos) e pela massiva população universitária, o distrito abriga o Skulptur Projekte, organizado a cada 10 anos pelo LWL - Museum für Kunst und Kultur, que ganhou novo prédio em 2014 projetado pelo Staab Architekten, para questionar o papel da arte no espaço público.
E MAIS:
O nome da cidade deriva da palavra monasterium (monastério, em latim) em referência ao mosteiro fundado no ano 793. Não à toa, grande parte da população é religiosa, tradicional e resistente a mudanças. Conclusão: um prato cheio para artistas irreverentes! Dito e feito: muitos dos trabalhos artísticos, como os de Ulrich Rückriem e de Claes Oldenburg, ambos de 1977, foram inicialmente renegados pela população, mas hoje já estão incorporados à cidade – são provas da importância das discussões levantadas pela Skulptur Projekte.
Entre as obras das edições anteriores que ficaram permanentes espalhadas por Münster, também vale conferir as de autoria de Daniel Buren, Hans-Peter Feldmann (fica no banheiro público de Münster), Pipilotti Rist, Martin Boyce, Ilya Kabakov, Lothar Baumgarten, Donald Judd, Bruce Nauman e Rebecca Horn.
Para quem gosta de urbanismo, vale conferir a praça onde fica o edifício Stubengasse, planejado por Ernst Kasper, que abriga lojas de moda, gastronomia, hotel, banco e estacionamento – repare ainda nos outros edifícios interessantes residenciais e lojas de design ao redor da praça. Bacana também é o complexo Germania Campus, uma cervejaria do século 19 que abriga hoje o Factory Hotel, do grupo Design Hotels, projetado pelo arquiteto Andreas Deilmann, uma academia e os restaurantes EAT, Mole, La Tapia e Tide.
Münster é uma cidade gourmet. Procure pelos cafés Pension Schmidt, com decór vintage cool; pelo Roestbar, com grãos de todas as partes do mundo; e, pelo Nachtisch para doces incríveis! Se o desejo é por tortas tradicionais, vá ao Café Issel e, se você tiver atrás de um vegetariano nada boring, procure pelo Bucks e prove o nhoque de beterraba com pesto de rúcula. Vale experimentar também os pratos do moderninho Rotkehlchen e do tradicional Spitzner Im Oerschen Hof, que fica numa casa de 1748.
Uma década para a verdadeira transformação da arte
Diferente das Bienais, a ideia da Skulptur Projekte não é mostrar os artistas da vez ou apontar para questões urgentes ou em voga. O projeto lançado em 1977 por Klaus Bubmann e Kasper König, que pretende convidar artistas do mundo inteiro a produzir obras públicas a partir de pesquisas feitas na cidade de Münster a cada 10 anos, nasceu de uma sociedade rural, religiosa e tradicional, cujo tempo é outro e a vontade é de entender como a arte se transforma nas diferentes gerações. Não há, portanto, interesse em modismos e sim em como a arte modifica a cidade e vice-versa – é comum, por exemplo, ver esculturas de celebres como Donald Judd e Philippe Parreno tomadas por pixos ou adolescentes escalando-as e escudando música.
Apesar do nome, a exposição não apresenta somente esculturas: nos anos 1970 obra pública se reduzia ao gênero, mas hoje pode aparecer de outras formas e, por isso, este ano será possível ver performances como a de Alexandra Pirici, na sala onde foram assinados os tratados de paz e do Gintersdorfer / Klassen, no Theater Pumpenhaus.
Entre a videoinstalação, vale destacar Buy Buy Deutschland, que a brasileira Barbara Wagner e o alemão Benjamin de Búrca vão apresentar na boate Elefante. A ideia da dupla é explorar o Schlager – gênero musical alemão popular que tem um lado extremamente nacionalista e com um quê escapista. “O schlager não é visto como arte. É popular, mas extremamente conservador. É interessante trazer também a discussão do que é gosto e o que é alta e baixa cultura” explica Barbara. Não perca ainda a instalação de Nora Schultz feita com imagens e sons de drones no foyer do museu que organiza a mostra e a ponte sob a água no porto da cidade criada pela turca Ayse Erkmen. De 10 de junho a 01 de outubro
O Museu da Casa Brasileira, em parceria com o Instituto Embraer, apresenta entre os dias 1º de junho e 20 de agosto, a exposição "Design na aviação brasileira", que convida o público a mergulhar no universo de criação dos artefatos feitos para voar.
A exposição deve se organizar assim: logo no portão do MCB, um planador Urupema em escala 1:2 abre a mostra. Mais a frente, no jardim do Museu, estarão dois modelos em tamanho real: o A-29 Super Tucano (EMB 314) e a Máquina de Voar de Leonardo da Vinci, construída de forma a ser testada pelo público.
Na parte de dentro da casa ainda é possível conferir uma linha do tempo que vai de 1709 a 2017, apresentando modelos tridimensionais de aeronaves em escala 1:50. A exibição ainda incluí um experiência em realidade virtual, com um simulador que permite explorar o espaço interno do modelo KC-390, novo avião militar multimissão da Embraer.
"[A exposição] busca reforçar a tradição aeronáutica do Brasil, desde o ‘Padre Voador’ Bartolomeu Gusmão, inventor brasileiro do balão de ar quente, passando também por Santos Dumont e os experimentos que antecederam a Embraer", explica o arquiteto e artista Guto Lacaz, criador desta mostra e de muitas outras, como a “Santos=Dumont designer”.
Na hora de pensar na decoração de casa, um erro muito comum é esquecer das paredes, que comumente são deixadas brancas ou recebem apenas um ou outro elemento. Mas é preciso lembrar que elas representam uma alta porcentagem do visual da casa e, ao serem modificadas, podem revolucionar um espaço. Pensando nisso, Casa Vogue fez uma lista com 7 estratégias - que vão desde pendurar quadros até aplicar boiseries -, cada uma delas com dezenas de exemplos, para você transformar as paredes do seu lar. E prepare-se: o resultado será impactante!
1. Quadros, objetos e acessórios
Um jeito fácil e prático de deixar a decoração de um ambiente mais interessante é dar vida às paredes: aproveite este espaço vazio para exibir itens que falem um pouco sobre a história e os gostos de quem vive na casa. Veja uma seleção com 20 ideias para montar esses arranjos inusitados, que incorporam, além dos tradicionais quadros, objetos que podem formar composições tridimensionais. Dê uma passeio pelas propostas abaixo deixe no passado as paredes em branco!
A ideia de pintar metade da parede de uma cor e metade de outra pode, à primeira vista, remeter ao passado, às casas de avós, aos casarões coloniais ou às escolas por onde passamos. Apesar desse inegável perfume vintage, a técnica da parede bicolor voltou com tudo e é capaz de adicionar caráter gráfico e muito contemporâneo à decoração. Descubra 10 ideias para adotar a tendência.
Originalmente criadas na França entre os séculos 17 e 18, as boiseries atravessaram os séculos, deixaram de lado a função de isolante térmico e trouxeram para os dias de hoje seu charme vintage. Além disso, sob a ótica dos profissionais contemporâneos, o recurso estético foi reinterpretado, ganhou novos materiais e passou a dividir espaço com elementos de outros estilos, criando ambientes ecléticos, mas sempre sofisticados. Pensando nisso, Casa Vogue criou uma lista com 12 ideias para usar essa poderosa ferramenta na sua casa, mas sem evocar uma estética ultrapassada. Seja trazendo de volta o charme do passado ou em versões reloaded, o resultado promete impressionar!
Idealizado por Bianca Pereira, com projeto de Marcia Barbieri, do escritório Arte Arquitetura, o novo Hotel Casa Quatro Oito propõe uma nova experiência de hotelaria. O espaço, montado dentro de uma casa à beira mar, em Florianópolis, une a convivência entre família, amigos e outros hóspedes, com serviços de luxo, obras de arte espalhadas pelos cômodos e muito estilo.
O olhar do artista Felipe Morozini, responsável pela direção criativa do espaço, foi capaz de injetar leveza e despretensiosidade nos ambientes, mesmo usando peças luxuosas. Fotografias, mapas, luminárias e louças dividem a atenção com obras de Martin Parr, Albano Afonso, Nazareno, BFGF e Cassio Vasconcellos, e peças de design de Enrico Franzolini e Jasper Morrison. Além da intervenção na piscina, com a frase “Estou Aqui”, de autoria de Morozini.
Com capacidade para no máximo oito hóspedes, a Casa Quatro Oito oferece quatro suítes elegantes com vista para a Lagoa da Conceição. A decoração segue estilos diferentes para todos os gostos; do vintage com inspirações florais até o atemporal com decoração clara, perfeita para relaxar.
A área comum, pensada para unir os hóspedes, mesmo que eles não se conheçam, é perfeita para curtir um jantar caseiro, preparado pela Cozinha 48, ou drinques no deck, com carta harmonizada por Felipe Palanowki. Não deixe de pedir os pratos com frutos do mar ou as deliciosas sobremesas que enaltecem a culinária nacional. Já para os drinques, a clássica gin tônica dispensa apresentações. Acompanhe com Tostones de Banana da Terra com Siri refogado ou Ostras Daqui, com salsa de limão e Sake.
Hotel Casa Quatro Oito
Endereço: Rua João Henrique Gonçalves, 1.005 - Lagoa da Conceição, Florianópolis - SC
Capacidade: 8 pessoas
Valores: a partir de R$ 1.400,00/diária, com café da manhã incluso
Day Use: R$ 100,00 por pessoa (dá acesso a piscina, sauna, academia, lobby e bar da casa)
Restaurante e Bar (mediante reserva)
Funcionamento: terça-feira a sábado, das 17h às 23h
Domingo, das 15h às 21h
Reservas: (48) 3236-7686
Elegante sim, mas um pouco além da cartilha: esta casa em Forest Hill, Toronto, no Canadá, tem ousadias coerentes com sua atmosfera nobre. Projetada pelo escritório Palmerston Design Consultants, capitaneado por Kirsten Marshall e Ashley Barrey, seus pontos altos surgem aos poucos, bem cadenciados.
Já na entrada há um deles. Um mosaico de pastilhas sextavadas forma a palavra Hello, eternizando as boas-vindas no clássico preto e branco. Logo em seguida, um grande living tem lareira revestida de mármore negro, que exibe seus imensos veios. Poltronas Knoll seguem o tom escuro para equilibrar o off white do espaço.
Na cozinha, o mobiliário segue o puro branco da ilha de Caesarstone. Na sala de jantar, o pendente Agnes, da Roll and Hill, pontua com suavidade o visual. O peso só vem mesmo nas cadeiras de jantar, de veludo, material super em alta na moda e no décor.
Em seguida, o home office tem lareira de mármore branco – como o Canadá é gelado na maior parte do ano, ela equivale a um oásis. O tapete de pele de vaca tingido de pink ajuda a aquecer o lugar, sem tirar a leveza e a contemporaneidade. Em outra sala, um teto de vidro permite acompanhar a luz do sol, item muito valioso por ali.
No lavabo, é o papel de parede que cria um jogo ótico interessante. O quarto de casal traz estampa gigante de flores brancas em fundo preto – clássico incansável, somado ao lustre de Jason Miller. O mesmo efeito bold se aplica ao quarto de hóspedes, com o papel de parede de folhas de bananeira, o luxuoso Martinique A Beverly Hills Paper. Junto da cama dourada, é capaz de tirar o fôlego – resultado que só quem ousa é capaz de encontrar.
Construído para abrigar o Festival de Música de Trancoso, o Teatro L´Occitane é um espaço que dificilmente passaria desapercebido. Localizado há 15 minutos do quadrado de Trancoso, o Anfiteatro sempre chamou atenção pelas formas esculturais projetadas pelo o arquiteto François Valentiny, mas agora deve se destacar também pela Orquestra Sinfônica própria, que passou a existir no inicio de 2017.
Com 254 m² e capacidade para 1000 pessoas, a casa de show possuí dois palcos, um a céu aberto e outro coberto, além de sete salas de ensaio com tratamento acústico e térmico e de um salão para recepção de eventos e bar.
As espessas paredes levaram 14 meses para ficarem prontas e revelam em suas curvas não só a estratégia necessária para garantir a acústica perfeita para os espetáculos de música, mas também a admiração do arquiteto por Oscar Niemeyer.
Nas laterais, fendas triangulares valorizam a paisagem e revelam a vegetação da Mata Atlântica que cerca o local, ao mesmo tempo que integra a construção à paisagem.
Construído em meio ao luxuoso complexo Terravista, o Anfiteatro L´Occitane divide espaço com outros três condomínios, um aeroporto privativo e, segundo eles, o melhor campo de golfe da América Latina.
Um pacotinho lindo, um laço de cetim, um mar de tecido branco...e dentro está um objeto-desejo. Porém, estaria a visão de luxo sendo questionada, com a sua essência passando de produto para experiência?
Lições de beleza no Instagram, fragrâncias sofisticadas e belas viagens de férias estão presentes no mindset dos consumidores da Europa à Ásia e o Oriente Médio, enquanto as muitas maneiras diferentes de comprar no novo milênio são provocadoras de consumidores e fornecedores.
Mindful Luxury (luxo consciente, em tradução livre) foi o tema da terceira Condé Nast Internacional Luxury Conference, em Mascate, Omã. O cenário foi intencionalmente calmo: um sultanato com uma história de olhar para fora do Golfo através dos oceanos e uma história de alinhamento com outros países, como a Índia e a Rota da Seda para o Extremo Oriente.
Com o tempo para contemplar o torrencial universo político e social, a questão que os oradores e os delegados do mundo de luxo enfrentava era saber se o consumismo ainda significa um objeto que você mantém na mão ou se o século XXI está se movendo para além daquela visão de honra.
Os palestrantes pareciam ter duas atitudes diferentes. Havia futuristas como Sophie Hackford, Stefan Siegel e Lapo Elkann, olhando com confiança para um mundo em rápida mudança. Para eles, a tecnologia não é apenas uma faceta do que está acontecendo no setor, mas a essência da criação de objetos e do contato com os clientes.
Outros abraçaram o conceito de homem (ou mulher) em vez de máquina. Elie Saab, a estrela da moda do Oriente Médio, não só se orgulhava da expansão global do negócio da família, mas também falou em nome do excelente trabalho de alta-costura feito nos estúdios do Líbano, seu país natal.
Outro defensor do bom trabalho manual foi Alessandro Sartori, diretor artístico da gigante masculina Ermenegildo Zegna. Ele contou que são necessárias 500 mãos - 250 de especialistas - para colocar uma roupa perfeita em conjunto, provando, a seu ver, que o luxo deve ter o toque humano. Mas Paul Andrew, o primeiro diretor de design de calçados feminino da Salvatore Ferragamo desde a morte do fundador Salvatore em 1960, colocou as mãos contra as máquinas em perspectiva. "Alta tecnologia, alto artesanato, alto toque", foi o seu mantra de design - nessa ordem.
E Cem Boyner, CEO do grupo de luxo turco Boyner Holdings, enfatizou que, nos tempos difíceis de seu país, "o cliente precisa de um grande investimento em cada hora de vigília, em todos os cantos, 360 graus".
O grande debate é entre objetos e experiências, pois o luxo - mesmo nos mercados consumidores da China -, exige mais do que apenas um campo de vendas. O papel da China está em constante fluxo, porque por lá se preza fazer roupas baratas e de fast fashion. De acordo com a economista Dra. Pippa Malmgren, enquanto os custos aumentam na Ásia, o México é o novo ponto quente para a criação e o consumismo.
Talvez a jóia tenha um relacionamento especial com o luxo por causa de sua participação carismática naqueles que o recebem - ou compre por si. Designers da Índia, do Líbano e do Reino Unido parecem ver o tamanho das pedras como menos significativo do que a mensagem que eles comunicam.
Outros tesouros imateriais são fragrâncias, onde Omã, historicamente famoso por seu incenso, é um líder. O poder do perfume foi demonstrado pela relação de trabalho entre o estilista Alber Elbaz e o especialista em fragrâncias Frédéric Malle.
Entre os muitos palestrantes fascinantes, o blogueiro de beleza e o empresário de e-tail Huda Kattan (com 20,2 milhões de seguidores do Instagram) cativou o público. Existe a prova de que as pessoas estão ansiosas para comprar - mas em seus próprios termos. E esse luxo "consciente" pode estar tudo na mente.
Nesta sala de estar dinamarquesa de Natasha Husted, descoberta pela blogueira Emily Katz, apenas objetos com história – naturalmente muito bem escolhidos – criam uma narrativa acolhedora transformada em decoração. Móveis, quadros, luminárias e acessórios, todos adquiridos em viagens e mercados de pulga ao redor da Europa e Ásia, se juntam a móveis vintage em uma ambientação cheia de energia.
Sobre um gaveteiro antigo, uma luminária de ferro coberta pelas texturas do tempo, uma gaiola decorativa e uma folhagem – posicionada dentro de uma panela velha!– se juntam como se tivessem sido feitos uns para os outros. No sofá de segunda mão, camadas de conforto convidam para um minuto de descanso: mantas, peles e almofadas aquecem o clima frio do país. Para terminar, uma tela abstrata pincela cor no ambiente.
Com depoimentos de Rem Koolhas, Frank Gehry, Bernard Tschumi, Richard Meier, Peter Eisenman e outros arquitetos mundialmente conhecidos, o documentário “The Making of an Avantgarde, The Institute for Architecture and Urban Studies 1967–1984” conta a história do instituto fundado em Nova York onde tais profissionais, ainda jovens e pouco conhecidos, fizeram da cidade um centro global de debate arquitetônico. Nos dias 6 e 7 de junho, o filme será exibido pela primeira vez em São Paulo, gratuitamente.
O Arq.Futuro e a FAU-USP irão promove-lo em duas sessões: uma na terça-feira (6/06), às 20h, no CineArte do Conjunto Nacional, e outra na quarta-feira (7/06), às 12h30, no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. A arquiteta norte-americana Diana Agrest, produtora, roteirista e diretora do filme, estará no Brasil para o evento e, após a exibição, irá participar de uma roda de conversa com o público. No dia anterior, (5/6), Diana fará uma palestra no Instituto de Arquitetos do Brasil.
Os ingressos gratuitos poderão ser retirados no local com 1 hora de antecedência. Clique aqui para assistir ao trailer.
Palestra - Expanding boundaries: an architectural autobiography/ Expandindo Fronteiras: uma autobiografia arquitetônica
Mediação: Profa. Dra. Joana Mello (FAU USP)
Data: 5/6
Horário: 20h
Local: IAB - Rua Bento Freitas, 306, Vila Buarque - São Paulo.
Exibição do Filme - “The Making of an Avant Garde, IAUS 1967 – 1984”
Data: 6/6
Horário: 20h
Local: CineArte Conjunto Nacional - Avenida Paulista, 2073, Bela Vista - São Paulo.
Data: 7/6
Horário: 12h30
Local: Auditório da FAU-USP - R. do Lago, 876, Butantã, São Paulo.
Novo aliado das dietas, o sorgo é um grão rico em antioxidantes, fibras e é menos calórico, podendo substituir, quando moído, a farinha de trigo no preparo dos alimentos, inclusive na elaboração de receitas sem glúten. A nutricionista Maria Vitória Falcão, da Farovitta, ensina uma versão prática para deixar o quibe mais saudável, usando o sorgo em grão. Confira!
500 g de sorgo integral em grãos
500 g de carne moída de patinho
2 xícaras de hortelã picado
4 dentes de alho
1 cebola picada
2 colheres de sopa de cheiro verde
Azeite, sal e pimenta do reino a gosto
Modo de preparo
Deixe os grãos de sorgo de molho por 8 a 12 horas. Cozinhe por meia hora em fogo baixo, escorra e reserve. Misture os grãos de sorgo cozidos com a carne moída crua, hortelã, cebola picada, alho, sal e pimenta do reino a gosto. Moa essa mistura na máquina de moer carne. Molde o quibe em formatos de bolinha com as mãos, coloque em uma assadeira e asse por 25 a 30 minutos em forno pré-aquecido a 180°C.
Michel Arnoult, Jean Gillon, Sérgio Rodrigues e Jorge Zalszupin – estes são alguns dos nomes mais famosos do nosso design brasileiro e que, a partir de junho, compõem o mobiliário não de uma residência, e sim de um salão de beleza bem diferente e verdejante: o Bioma Laces Villa Lobos.
Com cara de casa e 300 m², a nova unidade do Laces em São Paulo, comandado pela cosmetóloga Cris Dios, encanta pelo clima aconchegante e pela presença da natureza. Um time multidisciplinar participou do projeto: a arquiteta e designer Nadezhda Mendes da Rocha desenvolveu um lavatório especial, Caroline Elkis cuidou do paisagismo, o engenheiro Carlos Raiza tratou da iluminação natural – um desafio e tanto, conquistado através de profundas aberturas zenitais, já que o espaço está localizado dentro do terceiro piso do shopping Villa Lobos. O arquiteto Marcelo Bicudo, responsável pelo visual merchandising de outras unidades, trabalhou nesta ao lado de Juliemy Machado.
Mesas compartilhadas de madeira rústica, uma característica já conhecida em outros endereços da Laces, tijolinhos e jardins suspensos e verticais ganharam a companhia de sofás, poltronas, bancos e outros móveis assinados por designers renomados, sob a curadoria de Adriana Bianchi. Obras do artista plástico Armarinhos Teixeira também figuram por lá. "Aqui a gente tem um espaço de bem-estar, e na beleza e na saúde, conectados com a natureza", comenta Cris Dios.
Logo na entrada do apartamento de Gil Cioni e Rogério Pecchiae, uma porta pantográfica de ouro velho se abre aos convidados. De primeira, percebe-se a influência vintage de uma Nova York saudosa dos anos 30 e 40. O projeto, assinado por Gil e seu sócio, Olegario de Sá, repaginou a construção de 1970 em um prédio modernista no bairro dos Jardins, em São Paulo, privilegiando o mix de estilos para uma decoração contemporânea, sem deixar de lado o glamour do passado.
A reforma retirou todas as divisórias do apartamento, dando lugar a um living de 120 m² - a metragem total é de 250 m². O novo espaço se tornou perfeito para receber amigos e família, que particularmente disputam o ambiente com poltronas de couro da Cecilia Dale. “Os quatro lugares viram dez!”, brinca Cioni.
A única divisória na área comum é a estrutura para acoplar a lareira de um lado e de outro os equipamentos de som e o telão de 100 polegadas. Por ali, uma sala com sofá de quatro lugares disputa atenção com a estante de madeira macassar, repleta de objetos irreverentes. Do outro lado, um charmoso chaise longue sobre o tapete oriental azul bic, feito sob encomenda para o apartamento.
"Nos meus dois apartamentos anteriores estava bem mais preocupado com questões de estilo; mais do que com o que quem me visitasse fosse pensar da decoração do que propriamente com o que ela pudesse significar para mim”, comenta Gil Cioni.
Resumindo o mix de influências de decoração, a sala apresenta mobiliário italiano mesclado com o nacional, de marcas como Casual, Firma Casa, Micasa e Dpot. A identidade vintage é forte, afirmada pelas poltronas de couro e pelas tonalidades dos objetos. Contudo, é sabiamente equilibrado com outros elementos contemporâneos, obras de arte irreverentes e cores marcantes.
A saída para dar continuidade foi implantar uma porta de correr entre a sala de jantar e a cozinha. Além da praticidade, a nova intervenção ganhou cor com o adesivo azul, imitando os portões de antigamente e revisitando a inspiração do décor.
Apesar de ser um espaço muitas vezes ignorado pelos moradores durante a reforma, o lavabo (foto acima) de Gil é tão marcante quanto a sala. O espelho, uma releitura dos modelos de 1930, é o grande protagonista do ambiente. Além claro, da torneira que desce do teto, elaborada pela Deca especialmente para a casa do designer de interiores.
Na suíte principal outra reforma foi necessária. “O banheiro era enorme, então decidimos quebrar as paredes e ligar todos os espaços (banheiro, quarto e closet)”, explica Gil. O chão do banheiro é uma pedra única com ralo oculto (a água escorre para os lados) e por ali apenas a ducha à la spa, banheira e sanitário. A pia, por sua vez, fica fora. As tonalidades giram em torno da paleta marrom imperial light. Espaço perfeito para relaxar.
Como parte de um projeto escolar, as estudantes americanas Victoria Roca, Susana Cappello e Carolina Baigorri criaram um canudo que muda de cor caso a bebia esteja com drogas. A ideia do produto é ajudar mulheres a identificar se suas bebidas foram contaminadas.
Segundo as adolescentes, o objetivo era, de alguma forma, combater o alto número de estupros que acontecem nas baladas. Por isso, elas identificaram as três drogas mais usadas para entorpecer mulheres em festas e começaram a desenvolver uma forma de identificá-las.
Seguindo o modelo de muitos outros kits de teste, o canudo possuí duas listas na ponta e muda de cor quando entra em contato com qualquer líquido, alcoólico ou não, que tenha traços de Cetamina, Flunitrazepam e GHB, drogas muito usadas em golpes como o "Boa noite Cinderela".
"Sabemos que não é uma solução, porque não pode acabar com o estupro, mas esperamos diminuir a quantidade de abusos e situações perigosas nas quais as mulheres estão sobre o efeito de drogas", explica o trio que hoje procura meios de patentear a ideia e está sendo aconselhada a ampliar a linha de produtos.
Os marrons, beges e avermelhados, todos aqueles tons que nos remetem à rusticidade da terra, ressurgiram em 2017 como tendência de decoração, graças à necessidade que a humanidade está passando de se reconectar com suas origens. Neste ambiente criado pela multinacional IKEA, é possível ver exatamente isso. Apesar de se tratar de uma sala de estar contemorânea, a referência ao passado e à simplicidade é explícita.
Na parede, um tom híbrido entre o vermelho e o marrom dita o ritmo. Sobre uma banqueta de madeira, vasos de barro criam espaço para que plantas invadam o interior. Ao lado, carretéis de linha ganham status decorativo, evocando os trabalhos manuais que dão origem a itens como o tapete com grafismos. Um biombo rústico e vintage arremata o espaço.
Apesar de ser pintor no início de sua carreira, foi como escultor que François-Xaver Lalanne marcou seu nome no hall da fama das artes decorativas do séc. XX. Com a esposa Claude, formou um dos casais mais importantes, profícuos e duradouros do mundo das artes e decoração. Um dificilmente colaborava com o outro – enquanto François preferia os animais, Claude gostava mesmo era de plantas –, mas os dois tinham em comum o amor pelo surreal e senso de humor constante em suas obras.
François-Xavier nasceu em Agen, na região de Bordeaux. Estudante de artes, aos 18 anos mudou-se para Paris, onde alugou um estúdio em Montparnasse e teve como vizinho o pintor, escultor e fotógrafo romeno Constantin Brâncuși, que além da influência exercida sobre seu trabalho, apresentou-o a artistas como Max Ernst, Jean Tinguely, Man Ray e Salvador Dali.
A afinidade de Lalanne com o surrealismo foi imediata. Porém, sua vontade não era criar só obras de arte, e sim, objetos com função, como a escrivaninha Rhinocrétaire (1964), que logo foi parar nas páginas da revista LIFE. Nesse mesmo editorial, o mundo conheceu a cama-pássaro e a privada-mosca. Mais surrealista e irreverente, impossível.
A partir de então, abriu as portas do jardim zoológico e criou uma série de animais-móveis que encantaram personalidades como Yves Saint Laurent, que tinha várias de suas obras no duplex de Paris, como um rebanho inteiro de ovelhas e o famoso hipopótamo-bar.
No começo dos anos 1970, Lalanne recebeu de Georges Pompidou, então presidente da França, uma missão importante: criar uma peça para ser presenteada para a rainha Elizabeth durante uma visita oficial ao país. O resultado foi surpreendente: um grilo de 1,80 metros de comprimento que faz as vezes de adega climatizada, feito de porcelana de Sèvres, aço niquelado e latão polido. O curioso objeto guarda a entrada que dá acesso às suítes do Palácio de Windsor.
Os materiais usados foram os mais diversos em inúmeros tipos de objeto. Pelas mãos de Lalanne, resina de poliéster se transformou em uma poltrona em formato de sapo, e com couro, metal e um globo de opalina, deu vida à luminária Pigeon (1991).
Lalanne faleceu em 2008, aos 81 anos. Sua viúva Claude, hoje com 93 anos, ainda trabalha no atelier da dupla em Ury, uma pequena cidade 70 quilômetros ao sul de Paris. Suas obras com animais são incríveis, diga-se de passagem.
Em exibição sobre a obra do artista, realizada em 2013, o colecionador Michael Shvo e a Galeria Paul Kasmin Gallery juntaram 25 das icônicas ovelhas em uma instalação, a Sheep Station, montada em um antigo posto de gasolina no Chelsea, Nova York.
Como bicho, design e arte nunca é demais, veja mais obras curiosas de Lalanne:
*Em sua coluna Casinha Vogue, Adriana Mori mostra as belas interseções entre o mundo dos pets e o universo do design e da arquitetura.
A pequena vila de Kampung Pelangi, na Indonésia, é a prova viva de que as cores podem transformar um lugar. A ideia veio do diretor de uma escola da região, Slamet Widodo. Gastando cerca de R$70 mil (300 milhões de rúpias) ele pintou 232 casas da comunidade com cores bem vibrantes, criando a "Rainbow Village" novo ponto turístico da cidade.
Usando pelo menos três cores diferentes em cada casa e pintando também, telhados, pontes e bancos, a iniciativa foi inspirada na experiência de outras cidades do país e, de acordo com a Associação de Construtores da Indonésia, a atração já está se pagando, uma vez que as lojas e restaurantes locais relatando um aumento significativo nas vendas desde a conclusão do projeto.
O objetivo de Slamet era atrair mais pessoas para região e após um mês de trabalho o esforço parece ter compensado. Além do aumento no número de turistas, a desconhecida vila vem conquistando a internet com seus coloridos e divertidos murais.