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Décor do dia: glamour retrô no quarto

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Décor do dia: glamour retrô no quarto  (Foto: Reprodução)

As nuances esmaecidas e os tons terrosos já vem sendo apontadas como tendência para 2018 e este quarto decorado pela marca de tintas Dulux, representada no Brasil pela Coral, traz um pouco dessas paletas combinadas com um cinza rosado, o Adorno Rupestre, cor do ano eleita pela marca. Tons de lilás, malva e verde menta, sempre dessaturados e harmonizados com certas peças e materiais, remetem ao glamour dos anos 1970, com um toque irreverente dos anos 1990. 

E MAIS: Quartos decorados: como escolher a cor ideal

O clima de nostalgia logo se nota com as cortinas de veludo que, junto com a lareira vintage, aquecem a decoração do quarto. Já a pintura das paredes dão um toque divertido e contemporâneo - o verde claro cobre uma faixa próxima ao rodapé, e uma linha fina bege separa o tom do cinza rosado que segue em direção ao piso e decora também as esquadrias da janela. Um resultado retrô e chique! 

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Décor do dia: glamour retrô no quarto  (Foto: Reprodução)

 


London Design Festival 2017: As instalações mais emblemáticas do V&A

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London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

Entre 17 e 24 de setembro, a capital britânica se torna, também, a capital do design. Isso se dá graças ao London Design Festival, evento que abarca diversos acontecimentos relacionados à criatividade. Dentre eles está o conjunto de novas exposições que o museu Victoria & Albert organiza anualmente para a data- e o resultado costuma ser tão bom que a instituição passou a ser considerada o coração da LDF!

Depois de passar por Paris para mostrar os destaques da Maison&Objet, nosso editor online Michell Lott desembarca em Londres para mostrar tudo que está acontecendo por lá! Acompanhe tudo no nosso Instagram! Abaixo, você encontra um vídeo com o tour que fizemos pelo V&A e uma lista com as instalações mais emblemáticas!

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Reflection Room
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

Quando foi convidado a criar uma instalação para um dos espaços do museu, Flynn Talbot resolveu que não deveria ocultar a arquitetura histórica do local. Para isso, apostou em uma estrutura toda baseada na iluminação. De um lado, luzes azuis e, de outra, vermelhas, criam recortes e sombras inesperadas que transformam o espaço em uma experiência imersiva para o visitante.

399 days
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

Em meio às esculturas do renascimento, a torre 399 days, criada pela artista Rachel Kneebone, representa diversos mesmbros humanos em uma reinterpretação surreal usando a técnica da porcelana.

Transmission
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

A sala de tapeçarias do museu V&A foi tomada por uma escultura de 21 metro criada por Ross Lovegrove e apresentada pela Alcantara. Com inspiração nas cores e texturas dos artefatos normalmente exibidos neste espaço, a obra convida os visitantes a desbravarem suas características usando o tato.

Exhale, Bionic Chandelier
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

Apesar de ter se inspirado esteticamente na coleção do V&A, Julian Melchiorri usou tecnologia e microbiologia para criar o primeiro lustre vivo do mundo. Suas partes verdes sã formadas por microorganismos que realizam a fotossintese e, a partir deste processo, gera-se eletricidade.

Plywood
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

Instalados no jardim interno do V&A, os abrigos de madeira compensada criados pelo escritório canadense Patkau Architects fazem parte da mostra Plywood, que continua no lado de dentro do museu e cria uma linha do tempo do uso deste material desde sua criação, no séc. 19, até os dias de hoje.

Metropolis
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: Michell Lott)

 

Lubna Chowdhary usou mil objetos de cerâmica feitos por ela mesma para questionar o materialismo da sociedade em que vivemos hoje, numa espécie de minicidade lúdica.

Slave/Master
London Design Festival - Instalações do V&A (Foto: reprodução)

 

A BR Innovation Agency criou uma instalação, na sala onde ficam as enormes pinturas do mestre renascentista Rafael, que mistura projeção de imagens, robótica e dança contemproânea. Enquanto a bailarina dança em movimentos sincronizados aos dos robôs que ali estão, desenhos são projetados pro todos os lados. O objetivo da obra é questionar a relação dos humanos com os robôs.

Centenário da Balenciaga
T.334-1997

Evening dress, tiered machine made lace layered over silk with satin bows; 
Possibly by Balenciaga; 
French (Paris); 
1950`s. (Foto: © Victoria and Albert Museum, London)

 

A mostra Balenciaga: Shaping Fashion comemora os 100 anos da fundação da Balenciaga, reverenciando a contribuição do criador, Cristóbal Balenciaga, ao universo da moda e do design.

 

Bienal de Istambul convoca 55 artistas para pensar no conceito de lar

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Bienal de Istambul convoca artistas para pensar no conceito de lar (Foto: divulgação)

 

Eles ficaram famosos em 2005 por instalar uma “loja” da Prada nomeio do deserto. Se ali já havia uma crítica ao consumismo e ao luxo, era inevitável que o alvo seguinte fosse o próprio mercado de arte. Quatro anos depois, os artistas Michael Elmgreen, dinamarquês, e Ingar Dragset, norueguês, convidavam 23 criativos para transformar os pavilhões dinamarquês e nórdico da Bienal de Veneza nas residências de “um excêntrico colecionador de arte e uma família disfuncional”.

E MAIS: O curador da Documenta de Kassel e Atenas foi corajoso e megalomaníaco

O interesse pelas narrativas construídas a partir da análise do universo doméstico das pessoas cresceu e, este mês, eles estreiam como curadores da Bienal de Istambul, intitulada A Good Neighbour, que propõe uma reflexão sobre as múltiplas noções de lar e bairro. Em pauta, a carga psicológica de elementos íntimos, questões de pertencimento e problemáticas que envolvem a imigração – um tema atual e recorrente nas últimas bienais internacionais. Fã do pintor Vilhelm Hammershøi – que retratava salas vazias –, Ingar Dragset conta à Casa Vogue mais detalhes sobre a exposição.

Bienal de Istambul convoca artistas para pensar no conceito de lar  (Foto: divulgação)

 

O conceito de lar presente nesta bienal já aparece no trabalho de vocês há algum tempo. Como e por que vocês começaram a se interessar pelo assunto?

Essa pesquisa teve início em 2008, com a exposição Home is the Place You Left, no Trondheim Kunstmuseum, na Noruega. O título foi tirado de um poema que Michael fez aos 19 anos. Sempre achamos fascinante como as pessoas se expressam por meio dos ambientes de suas casas, suas personalidades estão nos objetos, no mobiliário e no design que elas escolhem. Também nos impressiona como essas peças podem ser, muitas vezes, indicativos de diferentes períodos da vida de alguém. São épocas distantes que podem coexistir fisicamente em um único espaço. Construir interiores domésticos fictícios foi uma maneira que encontramos de comentar questões maiores da sociedade. Em 2013, inventamos a mansão de um arquiteto idoso e desiludido chamado Norman Swann dentro das galerias têxteis do museu Victoria & Albert, em Londres, e, dois anos depois, continuamos contando sua história na Galerie Perrotin, em Nova York.

Bienal de Istambul convoca artistas para pensar no conceito de lar (Foto: divulgação)

 

 

Quais são os elementos das casas de vocês que expõem as suas personalidades?

O lar é ao mesmo tempo uma extensão do próprio eu e uma projeção externa para os outros. É o lugar onde podemos nos expressar e fazer nossas próprias escolhas. Michael tem uma coleção gigante de tênis e eu sou louco por vasos de Murano. Nós crescemos na Escandinávia e isso influenciou nosso gosto quando o assunto é design de móveis: o mobiliário das nossas casas é bastante minimalista, até desconfortável –mas quem quer se espreguiçar o dia todo?

Bienal de Istambul convoca artistas para pensar no conceito de lar (Foto: divulgação)

 

E qual é a primeira coisa que vocês observam quando entram na casa de uma pessoa?

Nosso olhar vai direto para as estantes. É uma pena que muitas pessoas pararam de comprar livros para ler apenas e-books. Como espioná-las agora?

O lar é uma extensão do próprio eu e uma projeção externa para os outros. É o lugar onde podemos nos expressar e fazer nossas próprias escolhas"
Ingar Dragset

A arte de vocês também propõe uma discussão sobre as mudanças das condições da vida doméstica. Quais são estas transformações e como elas são tratadas pelos artistas?

Toda a noção de comportamento e estética dos consumidores relacionada às classes sociais foi obscurecida durante as últimas décadas, devido ao amplo acesso às informações fornecidas pela internet. Você não pode mais falar sobre um estilo específico da classe trabalhadora, já que ele vira moda no momento em que aparece nas ruas. E os bens de luxo já não apelam só para as pessoas mais ricas – na verdade, agora o alvo desses produtos é a classe média. A vida doméstica e tradicional, como a conhecemos, está desaparecendo. E essa transformação se vê maravilhosamente no trabalho de Alejandro Almanza Pereda, por exemplo. Ele cobre partes de pinturas clássicas com massas de concreto. 

Bienal de Istambul convoca artistas para pensar no conceito de lar (Foto: divulgação)

 

A ideia de “lar” pode significar casa, bairro ou país. Na Bienal, vocês planejam discutir questões ligadas à cultura ou às situações dos imigrantes na Europa também?

Sim. Existem muitas obras que lidam com a noção de pátria e pertencimento. Diferenças culturais, imigrantes, refugiados, tradições: tudo isso é abordado. Os 55 artistas vêm de 32 países e muitos deles não moram onde nasceram. O angolano Yonamine vive no Zimbábue, mas já morou em Portugal e na Alemanha. Ele diz que já não tem uma ideia clara de casa. Parece que isso é sintomático de uma geração mais nova. Victor Leguy, de São Paulo, trabalha tanto com comunidades tribais deslocadas no Brasil quanto com imigrantes sírios que vivem em Istambul. De 16 de setembro a 12 de novembro. 

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Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte

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Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Se hospedar no Rio de Janeiro é uma das experiências mais gratificantes, especialmente quando o espaço escolhido para as férias ou final de semana tem o privilégio da vista exuberante. Fugindo das praias mais concorridas, especialmente em épocas de calor intenso, invista em Santa Teresa, bairro boêmio, apreciado pelos artistas e pela galera cool do Rio. Por ali, uma opção certeira de hotel é a Casa Marques.

E MAIS: Gran Meliá Nacional resgata o glamour de Oscar Niemeyer

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Idealizada pela franco-brasileira Jeanine Marques e seu marido, o designer Louis Harang, o hotel fica dentro de uma casa de estilo colonial. A construção original de 1940 foi reformada, com acréscimo contemporâneo de área externa. Terraço com piscina e espaço gourmet é voltado para a beleza natural do Cristo, ao horizonte, e do Pão de Açúcar. Relaxar é palavra de ordem neste local.

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Nos interiores, os proprietários da Casa Marques optaram por móveis, objetos e obras de arte assinados por brasileiros, a fim de enaltecer a cultura do nosso design. O projeto da Intown Arquitetura trouxe cadeiras e bancos da linha Tajá, de Sergio Rodrigues, luminárias de Jader Almeida e espreguiçadeiras de Carlos Motta.

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Ao todo são 12 quartos, bem espaçosos, todos também com vista para a mesma paisagem da área externa. A decoração mescla o clássico, o vintage e o atual de maneira leve e despretensiosa. Destaque para o conforto visual, que proporciona um quê de “sinta-se em casa” a qualquer momento.

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

Casa Marques mistura arquitetura histórica com obras de arte (Foto: Divulgação)

 

 

 

Espaço de sobra: reforma une dois apartamentos em um

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Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Um apartamento com espaço de sobra para as obras de arte e o design: assim poderia ser resumido este imóvel de 470 m² no bairro de Cidade Jardim, em São Paulo. Os clientes, um casal de médicos com filhos adolescentes, compraram dois apartamentos lado a lado e contaram com o olhar da arquiteta Ieda Korman, da Korman Arquitetos, que assina reforma e projeto de interiores, para transformá-los em um só.

E MAIS: Imóvel dos anos 1940 se transforma em ateliê contemporâneo

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Foram dois anos de obras para que tudo saísse conforme o planejado. A integração dos dois apartamentos foi feita de maneira que um contemplasse todas as áreas sociais e o outro, as áreas intimas. “A família precisava de três dormitórios, além de um quarto de hóspedes, uma sala de estar ampla para receber os amigos e um grande home theater”, conta Ieda. “A pedido dos filhos, criamos um espaço para uma mesa de sinuca, que foi instalada em um dos terraços”.

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Os clientes moravam nos arredores de São Paulo, mas, com filhos agora crescidos, optaram por retornar à capital para ficar mais próximos dos locais de seus compromissos e atividades. Além de receber convidados em casa, eles são esportistas e amantes de design e mobiliário de época assinado.

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Assim, a arquiteta apostou na cor off white com pitadas de vermelho no décor, dando destaque para o acervo de móveis e obras de arte do casal, como peças chinesas antigas adquiridas em antiquários. “Móveis de época misturados com mobiliário de design fazem do apartamento um imóvel com estilo atemporal”, afirma a arquiteta.

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Ela ressalta a vista da cidade e a luz natural abundante, que pode ser notada desde a entrada do apartamento. “O hall já é acoplado à sala e o terraço foi transformado em um só ambiente. Os amigos ficam deslumbrados ao entrar pela primeira vez”, diz.

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

A elegância e o refinamento se estendem aos acabamentos, com direito a mármore Sivec e madeira em escama de peixe em carvalho americano antigo importado da Argentina. No projeto luminotécnico, a profissional investiu em sancas, spots com diversos tipos de lâmpadas led e lustres assinados ou de antiquários – a exemplo do abajur montado pela própria arquiteta com base de prata e potiche chinês preto autêntico, que confere ares de nobreza oriental à sala de estar.

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

Espaço de sobra em SP: reforma une dois apartamentos em um (Foto: Divulgação)

 

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África inaugura seu primeiro museu de arte contemporânea

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África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)

Visto assim parece que estamos diante da cúpula de uma catedral, mas este é o interior do Zeitz MOCAA, o primeiro museu dedicado à arte contemporânea da África e sua diáspora construído no continente africano. O projeto, desenvolvido por Thomas Heatherwick, ocupa o prédio de um antigo armazém em Cape Town e pode ser considerado uma obra de arte em si.

LEIA MAIS: Museu revisita história e cultura negras em Washington

O edifício, que chegou a ser o mais alto da África subsariana, foi construído nos anos 1920, mas estava desativado desde 2001 - quando começaram os debates ao redor de sua nova função. Agora, na versão museu, ele ressurge como a obra mais emblemática do V&A Waterfront, um complexo do porto que reúne também uma série de bares e restaurantes, além de um hotel.

África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)

Composto de um anexo lateral e 116 tubos verticais sem acesso central, o edifício que hoje abriga um total de 80 galerias precisou ser praticamente todo reformado, embora não fosse parte do plano abrir mão da história e da personalidade que ele trazia em suas formas.

África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)


Por isso, Heatherwick reproduziu em grande escala um dos milhares de grãos que eram armazenados ali e o usou como base para cortar a estrutura de concreto por dentro. A manobra não foi fácil de realizar, o concreto antigo exigiu que o arquiteto construísse uma nova estrutura de suporte para reforçar as partes restantes de cada cilindro.

África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)
África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)
África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)


Mesmo assim, o esforço para não usar vigas e manter a ideia de um interior leve e com formas orgânicas, valeu a pena. O átrio central com teto de vidro e cerca de 27 metros de altura se tornou o coração do museu enquanto dá acesso a todos as áreas de exposição, que totalizam 6 mil m².

África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)


Para completar a construção, janelas convocas e facetadas, colocadas no topo do edifício, projetam, para a parte de dentro, a iluminação natural com um interessante efeito caleidoscópico. Enquanto na parte de fora, dependendo do ângulo, cada painel de vidro triangular pode refletir o céu, as montanhas ou o mar que cerca a região.

África inaugura seu primeiro Museu de Arte Contemporânea  (Foto: Iwan Baan)

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Décor do dia: quarto rústico azul com rattan e plantas penduradas

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Décor do dia: quarto rústico azul com rattan e plantas penduradas (Foto: Divulgação)

A elegância de um pavão é única - logo se imagina as cores intensas de sua plumagem e sua pose característica. Neste quarto, a ave foi motivo de inspiração para uma decoração rústica e ao mesmo tempo vibrante. O ponto de partida para decorá-lo? A cabeceira de rattan, assinada pela The Family Love Tree, que reinterpreta adornos clássicos com o material ao mesmo tempo que imita as penas do animal.

E MAIS: Decoração rústica: 15 ambientes lindos para se inspirar

Ainda na cama, repare na manta em azul marinho - a estampa também lembra as plumas! Já a cor escolhida para a parede leva, é claro, um certo tom: azul-pavão. O piso de madeira abre espaço para a inclusão de mais itens rústicos, caso da mesa lateral retorcida em vime e o hanger de macramê. Para finalizar, as plantas ficam penduradas e ainda dispostas no vaso, completando o clima levemente natural.

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Décor do dia: quarto rústico azul com rattan e plantas penduradas (Foto: Divulgação)

 

Clima de fazenda é atração desta casa de lazer

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Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Varanda larga, forro de madeira no telhado de pé-direito generoso, pedra rústica na lareira - sozinha, essa combinação já leva a imaginação para uma construção que tem cheiro de café e bolo de laranja saindo da cozinha. Mas as referências coloniais eleitas pela arquiteta Fernanda Dabbur para a construção desta casa em Itu, interior de São Paulo, não param aí. Acrescente ladrilhos hidráulicos com motivos florais, madeira de demolição e cerâmica do tipo cotto, aquele padrão bem italiano, no piso da área de lazer. Parece que estamos de volta a 1850, mas a casa, novinha em folha, pertence ao agitado século XXI.

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Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Justo por conta dessa pressa interminável (que assola especialmente os moradores de São Paulo), foi que o pedido dos proprietários demandou tantas referências a um passado mais tranquilo. O casal e suas duas filhas queriam um lugar para reunir os mais próximos e recriar as memórias da antiga fazenda onde a família da mulher passou boa parte da vida.

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Desse desejo veio a lareira no meio da sala, revestida com pedra madeira selecionada cuidadosamente para a função. O piso de madeira de demolição que aparece em toda a área social (Indusparquet), também segue o mesmo norte. Em contraste, surgem os práticos caixilhos de alumínio, que ganharam charme de antigamente graças ao acabamento de aço corten.

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Portas de correr com roldanas aparentes complementam a decoração da cozinha, que ganhou piso de ladrilhos hidráulicos coloridos (Brasil Imperial) com desenho exclusivo. Os tons destacam a marcenaria elegante (Kitchens) finalizada com pendentes estrategicamente posicionados para facilitar o trabalho do chef da vez (Lustreco).

Clima de fazenda é atração desta casa de lazer (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Do lado externo da construção de 750 m², a piscina com prainha, ofurô e raia integra o paisagismo (Passe-Ar Verde) e emoldura delicadamente a construção em tom de rosa queimado. Mais um ponto para o clima romântico de antigamente desse oásis de sossego em pleno 2017.

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 

Casa Vila Real R26 L43 Q22 @escanhuelaphoto @fedabbur_arquitetura @mayranavarro (Foto: Fotos Adriano Escanhuela | Produção Mayra Navarro)

 


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Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018

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Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

 

Demorou, mas chegou! O Four Seasons confirma, enfim, sua aguardada vinda para São Paulo. Entre junho e julho de 2018, a rede inaugura na cidade seu primeiro hotel com apartamentos residenciais na América do Sul. Dos 28 andares na Av. das Nações Unidas, na altura da Chácara Santo Antônio, os 15 últimos pavimentos trazem 84 private residences, com metragens de 92 m² a 213 m². 

E MAIS: Four Seasons Surf Club: testamos spa do luxuoso hotel em Miami

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

O foco da rede internacional para as unidades residenciais é o grupo intiludado "empty naster", ou seja, casais mais velhos ativos e com filhos já consolidados na carreira e/ou família. Além claro dos empresários com viagens constantes à capital paulista, já cansados da vida corriqueira de hotel, mas que prezam pelo conforto e serviço de primeira.

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)
Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

 

Os preços das unidades variam a partir de R$ 2 milhões para a metragem menor, com um quarto suíte, área social integrada, lavabo, varanda e um pequeno cômodo para máquina de lavar ou outros eletrodomésticos. A versão maior, a partir de R$ 4 milhões, possui duas suítes bem grandes, com espaço para closet, cozinha integrada com a sala de estar e jantar, lavabo, área de serviço pequena com quarto para empregados. Os valores são ajustados em 5% a cada três andares para cima (entre o 16-27). 

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)
Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

Todos os apartamentos têm decoração de interiores assinada pelo arquiteto Arthur Casas, que aponta para o clima elegante da grife, em sala e quarto com materiais nobres em base sóbria. A paleta de cor atemporal permite jogos interessantes de complementos, caso o proprietário queira deixar o ambiente mais a sua cara.

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)
Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

O condomínio está em torno de R$ 4 mil, com serviços, estrutura e amenities, mesmos oferecidos aos hóspedes, estarão disponíveis aos habitantes – isso inclui contratar atendimentos especiais, como um chef do hotel para preparar um jantar privativo na unidade, serviço de pet shop, entre outros.

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

 

 

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

Apesar de ainda não ter confirmado o chef do restaurante do Four Seasons São Paulo, a equipe entrega a cozinha ideal para compor o menu: ítalo-brasileira, com o intuito de chamar um nome estrelado internacional. Molto chic!

Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)
Four Seasons São Paulo confirma abertura para 2018 (Foto: Lufe Gomes e Divulgação)

 

 

Designer cria mesa de jantar inspirada em pisos de taco

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Designer cria mesa de jantar inspirada em pisos de taco (Foto: divulgação)

De artista e marceneiro todo designer tem um pouco. Ou pelo menos este é o caso de Gustavo Bittencourt. O jovem carioca tem seu estúdio instalado em uma marcenaria e, em cada móvel que desenvolve, busca resgatar uma antiga tradição: o uso e o trabalho da madeira no mobiliário.

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Foram os antigos pisos de madeira, com suas texturas e padronoagens diversas, que inspiraram, por exemplo, a mesa de jantar Parquet, assinada por Gustavo e lançada na MADE deste ano. “[A mesa Parquet] tem a intenção de trazer de volta este trabalho de encaixes, com forte apelo estético e funcional, uma tradição cada vez mais escassa em nossas casas”, explica o designer.

Designer cria mesa de jantar inspirada em pisos de taco (Foto: divulgação)

É notável, porém que, apesar da referência tradicional, Bittencourt criou uma releitura com ar moderno e original, especialmente por causa do tipo de madeira escolhido e do desenvolvimento do desenho, que levou cerca de um ano e meio desde os primeiros rabiscos até o lançamento do produto.

Designer cria mesa de jantar inspirada em pisos de taco (Foto: divulgação)


A madeira maciça Roxinho, por exemplo, surpreende ao trazer, naturalmente, tons rosados e arroxeados para o móvel, afastando-o das cores mais escuras, típicas de casas antigas, sem negar o diálogo por completo. Mais do que isso, diferentemente do que acontece nos pisos das casas, o designer não permite que os tacos que formam a mesa se limitem a um contorno reto, criando um interessante zigue-zague em todas as beiradas.

Brincando com as formas de pisos antigos, Gustavo desenvolveu também banquinhos e um buffet batizado de Tablado. “Se a madeira não vem mais no piso, pode vir em outras peças”, completa o designer que, em tempos de materiais ultramodernos, optou por resgatar suas raízes.

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Azul em tom acinzentado é eleito a cor de 2018 da Lukscolor

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Azul em tom acinzentado é eleito a cor de 2018 da Lukscolor (Foto: Divulgação)

 

Um tom de azul suave e com nuance acinzentada foi eleito a cor de 2018 da Lukscolor. Batizada de Reflection LKS 2295, a escolha da empresa remete às tendências internacionais de moda, arte e décor e reflete a valorização de um estilo de vida mais simplificado, segundo a marca de tintas.

“Com uma nuance ligeiramente cinza, o azul se faz protagonista. Sua delicadeza abre possibilidades e permite infinitas combinações. Esta sutileza também pode ser notada nos rosas, amarelos e marrons da coleção”, destaca Deise Melo, estilista de cores da marca.

E MAIS: Saiba quais são as cores da primavera 2018 segundo a Pantone

De acordo com a Lukscolor, Reflection retrata a mudança da família de cores dos azuis. “Em tons que transmitem serenidade aos ambientes, criam espaços aconchegantes ou conferem um toque de suavidade em composição com cores marcantes.”

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Refugiados alugam casa de infância de Donald Trump

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Refugiados alugam casa de infância de Donald Trump (Foto: Getty Images)

 

Há alguns meses a casa de infância de Donald Trump, em Queens, Nova York, ficou disponível no mercado imobiliário. Sem sucesso com os possíveis novos moradores, um grupo de refugiados se uniu para alugar a propriedade e mandar uma mensagem clara à ONU (que terá uma reunião com o presidente norte-americano nesta semana): a crise de refugiados nos Estados Unidos está longe de acabar.

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WEST PALM BEACH, FL - FEBRUARY 10:  President Donald Trump and his wife Melania Trump arrive on Air Force One at the Palm Beach International airport as they prepare to spend part of the weekend with  Japanese Prime Minister Shinzo Abe and his wife Akie A (Foto: Getty Images)

 

A casa, construída pelo pai de Trump em 1940, tem três andares e estava à venda, em março deste ano, por 2 milhões de dólares (mais de 6 milhões reais). Após a segunda tentativa de venda falhar, a casa ficou disponível no Airbnb por US$ 725 a noite, até a Oxfam - Organização Internacional contra a Pobreza alugar o espaço e convidar os refugiados para se hospedar. "Queríamos enviar uma mensagem forte aos líderes mundiais. Eles deveriam fazer mais para receber refugiados", disse Shannon Scribner, diretor interino do departamento humanitário da Oxfam America, ao NY Post.

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Pessoas de seis países, maioria muçulmana, e todos os refugiados receberam proibições claras da administração do presidente republicano recentemente. "Saber que Donald Trump estave aqui aos quatro anos de idade, me faz pensar sobre onde eu estava quando tinha quatro anos", disse Eiman Ali (22), que saiu do Yemen aos três anos com seus pais somalienses para tentar a vida nos Estados Unidos.

"Ter uma pessoa com um discurso tão ameaçador contra a minha comunidade como presidente é doloroso, porque investi muito neste país", complementa ela. "Todos somos filhos criados para serem cidadãos produtivos, que têm todos sonhos e esperanças."

 

Alex Atala vai abrir hotel cinco estrelas em São Paulo

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Vem aí o D.O.M., hotel de Alex Atala (Foto: Rubens Kato)

Prepare o paladar, os olhos e o coração. O premiado chef Alex Atala extrapola a gastronomia e se torna o curador do D.O.M. Hotel. Embora ainda não haja data definida para inauguração, a novidade já tem endereço: será erguido na esquina da rua Augusta com a alameda Franca, no bairro Jardim Paulista, em São Paulo. 

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Alex Atala vai abrir hotel cinco estrelas em São Paulo (Foto: Divulgação)
Alex Atala vai abrir hotel cinco estrelas em São Paulo (Foto: Divulgação)


O arquiteto Gui Mattos assina o edifício para o qual estão previstos 32 andares, sendo 5 deles residenciais com serviço de hotel, 150 quartos, centro de convenções, bar panorâmico no topo do hotel e outros três restaurantes na calçada. Na concepção e na arquitetura, elementos que exaltam a brasilidade tão presente nas trajetórias de Atala e Mattos.
 

Alex Atala vai abrir hotel cinco estrelas em São Paulo (Foto: Divulgação)
Alex Atala vai abrir hotel cinco estrelas em São Paulo (Foto: Divulgação)

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London Design Festival 2017: criatividade e elegância de mãos juntas

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London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Uma mistura de marcas consagradas e novas cabeças criativas. Assim é o Brompton Design District - um dos distritos que movimenta a capital britânica durante o London Design Festival. Depois de visitar as instalações do V&A, logo ali ao lado, nosso editor online Michell Lott faz um tour pelas ruas repletas de lojas e ateliês

Taxonomy of Simple Gestures
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

A dupla libanesa Rana Haddad and Pascal Hachem, que comanda o estúdio 200grs, criou a instalação Taxonomy of Simple Gestures para expor sua série de objetos que desafiam a restrição espacial e questionam o posicionamento do design no que diz respeito à construção do espaço social. Através de quatro coleções, eles brincam com objetos familiares e cotidianos para trazerem novas perspectivas a este materiaiss e para o espaço ao redor deles. Vidros com tampas exageradas, candelabros presos em estruturas suspensas e até um espelho com cabelo crescendo de seu centro fazem parte deste coleção surrealista.

Round & Square, de Martino Gamper
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

A nova coleção de móveis de Martino Gamper é formada por cama, poltrona, cadeiras e mesa e é baseada em uma estrutura em que as tábuas de madeira se juntam em um encaixe inteligente - além de, como o nome da coleção indica, variar entre formaas quadradas e cilídnricas.

Luminária Yuh, de GamFratesi para Louis Pulsen
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

A novidade da vez na Louis Poulsen é a versatilíssima luminária Yuh, assinada pelo duo GamFratesi. O visual foi inspirado no DNA da marca, mas as funcionalidades são super tecnológicas!

Cassina
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Além de exibir seus recém lançados produtos de Milão, como o sofá Soft Props, de Konstantin Gric, a Cassina trouxe, para comemorar seus 90 anos, o livro This Will Be The Place, que mistura fotografias feitas com móveis da marca e um estudo que tenta dizer, a partir do comportamento social de hoje, como será a decoração do futuro.

The Trade Show
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Já parou para imaginar a importância das trocas na história da humanidade? A artista Faye Toogood criou a exposição The Trade Show para mostrar exatamente isso: ela trocou 50 cadeiras Spade desenhadas por ela em uma edição limintada por presentes aleatórios criados por seus amigos artistas. O resultado é uma coleção inacreditável de peças cheias de diferentes significados! Veja o vídeo abaixo e entenda um pouco mais da exposição!
VIDEO

Being Human
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Os três lançamentos do Studio Ilse, de Ilse Crawford, trazem consigo energia artesanal poderosíssima: o papel de parede pintado a mão Atmospheres, para a Engblad & Co, uma coleção de móveis talhados a mão chamada Touch e feita em pareceira com Zanax e uma série de luminárias que usam o fogo em vez de eletricidade (repare na peça de latão dourado, ao lado do abajur) para a Wästberg’s Holocene. Aqui, a ordem da vez é diminuir o ritmo e se reconectar com as atividades manuais! Viva o hygge!

Memory by martyn Thompson Studio
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Martyn Thompsom usou seus tecidos e tapeçarias criados com estampas a partir de suas fotografias para dar vida a uma instalação contemplativa e que revela  seu amor pela natureza: folhagens podem ser vistas tanto na estampa quanto em exemplares reais e secos. Lindos!

Explore and Act
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

12 itens ganhadores de categorias diferentes das 12 edições do evento The London Salons se juntam na exposição Explore and Act para mostrarem, cada uma, questionamentos sobre o papel do design na sociedade e o que ele pode fazer para melhorar o mundo, além de sugerirem alternativas para pensar em um futuro mais feliz. Todas as conclusões também foram entregues sob a forma de um panfleto. Na imagem, banco de Max Lamb feito com o marmorite Marmoreal criado por ele em 2015. O que aprendemos com esta peça? "See the world as your workshop and act in it yourself, ou em tradução livre: "veja o mundo como sua oficina e aja nele você mesmo".

Social Label Movement
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Em seu projeto Social Label Movement, Petra Janssen (Studio Boot) e Simone Kramer (C-mone) defendem que o design pode ser a ferramenta para ajudar a fazer uma sociedade mais inclusiva com um trabalho agradável para todos. Além de mostrar as peças criadas por elas em conjunto a comunidades na Holanda, a dupla também apresenta o livro que escreveram em que defendem uma economia baseada nos valores humanos.

Anastassiades para Sigmar
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Em um ambientação elegante e com sotaque vintage, sobre a mesa encontravam-se os raladores de café cilíndricos criados por Michael Anastassiades usando cobre para a Sigmar. Chic!

Mint Luminates
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Lina Kanafani, da Mint, reúne uma exposição de design colecionável com trabalhos de 60 designers internacionais que mesclam tecnologia etécnicas manuais, com foco em luminárias. Na imagem, a luminária Current Curtain, do coletivo Vantot.

Replica
London Design Festival 2017: Brompton District (Foto: Michell Lott)

 

Utilizando várias etapas da técnica de moldagem da forma e contraforma, o estúdio Furthermore chegou a vários materiais que apresentam a organização estrutural de uma determinada esponja eleita por eles. Com esses diferentes materiais (porcelada, metal, argila, etc) criaram uma coleção de objetos, dentre eles vasos (na foto ) e abajures.

 

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro

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Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 

Mais de 300 páginas, um ícone e fotos extraordinárias. Essa química perfeita forma o recheio do mais novo livro sobre o mestre Stanley Kubrick, editado pela Ubu. Falar sobre uma mente criativa como a do diretor americano não é algo novo, afinal os títulos se acumulam ao passar dos anos, principalmente na biblioteca particular de quem aqui escreve. Contudo, temas não faltam para diferenciar cada publicação.

E MAIS: 10 livros para quem ama cinema

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 

Kubrick (R$ 69,90) foi idealizado pelo crítico de cinema francês Michel Ciment (tradução de Eloisa Araújo Ribeiro), que busca estudar a fundo a vasta cinematografia do criador ao longo dos capítulos. “É a sina de todos os verdadeiros visionários que não tomam caminhos repisados. Artistas do calibre de Kubrick têm mentes brilhantes e dinâmicas para imaginar o mundo em movimento, para compreender não apenas de onde ele vem, mas para onde vai” escreve ninguém menos que Martin Scorsese no prefácio.

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora)

 

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 

Os capítulos se dividem em uma pequena mas profunda introdução nas obras de Stanley Kubrick, logo depois Ciment procura agrupar temáticas similares presente nos filmes. Por exemplo: “Kubrick e o Fantástico” discorre sobre 2001: Uma Odisséia no Espaço e O Iluminado, e a capacidade do diretor de ultrapassar os limites do realismo (com exceção de Barry Lyndon). Como bem resume Tzvetan Todorov em Introduction à la littérature fantastique, “o fantástico é a hesitação sentida por um ser que só conhece as leis naturais diante de um acontecimento aparentemente sobrenatural”.

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 

Mais adiante, o livro reúne alguns depoimentos de profissionais que trabalharam nos sets dos filmes em entrevistas imersivas a fim de mostrar o quão minucioso e único era o trabalho feito por ele. “Ele sabe exatamente o que quer. Se não fosse diretor, ele provavelmente seria o maior diretor de fotografia do mundo. No set ele cuida da câmera e você aprende muito trabalhando com ele”, comentou John Alcott, diretor de fotografia e assistente de Geoffrey Unsworth na época das gravações de 2001.

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 

Para ilustrar o raciocínio do autor de Kubrick, fotos dos bastidores das gravações dos filmes compõem as páginas. O preto e branco deixa a edição ainda mais interessante, com diagramação limpa, didática e elegante ao mesmo tempo. Daqueles livros para deixar à mostra na decoração da casa.

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora)

 

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 

O que fica de lição após a leitura é apenas a confirmação de que Stanley Kubrick foi uma das mentes mais singulares da sétima arte. A capacidade de concretizar histórias dentro dos mais diversos gêneros - coloque na sua lista guerra, romance, suspense, terror e ficção científica -, trouxe uma vasta herança cultural para todos os que amam cinema. Sem contar o senso visionário de narrativas questionadoras do comportamento humano, muitas vezes compreendidas 10, 20 anos após o lançamento dos filmes. Com Stanley Kubrick ninguém se mete.

Bastidores dos filmes de Stanley Kubrick viram livro (Foto: Ubu Editora/ Divulgação)

 


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Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral

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Saiba tudo sobre a nova sede do Instituto Moreira Salles (Foto: Divulgação)

Difícil dizer qual é a cena mais agressiva. Nas ruas, jovens manifestantes são reprimidos com bombas de gás e balas de borracha – tudo é transmitido ao vivo em redes sociais. O mesmo tipo de cinema propositalmente tosco mostra garotos negros cujos rostos são esfregados no asfalto em linchamentos coreografados. Ao lado, meninos da mesma cor posam para câmeras de um reality show ostentando cordões de ouro e cabelos coloridos com toda “mara” que o Brasil lhe deu, mas a verdade é que eles ainda sofrem o preconceito de raça e classe que antropólogos da Unesco detectaram no país, nos anos 1950, adotando uma metodologia duvidosa. Políticos trocam bilhetes, apertos de mão e tapinhas nas costas enquanto decidem o futuro desta mesma nação.

Sociedade da violência. Sociedade do espetáculo.  Bárbara Wagner, Jonathas de Andrade, Letícia Ramos, Sofia Borges e os coletivos Garapa e Mídia Ninja tomam o corpo como ponto de partida para analisar o Brasil – especialmente após as manifestações de 2013 – e produzem novos trabalhos fotográficos para a mostra CORPOACORPO, que inaugura a tão esperada nova sede paulista do IMS.  

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Saiba tudo sobre a nova sede do Instituto Moreira Salles (Foto: Divulgação)

 

A ideia inicial, proposta pelo curador Thyago Nogueira, era repensar a ideia retrato no Brasil contemporâneo e o caminho natural foi tentar entender o novo papel do corpo na construção de narrativas visuais. E do corpo eles acabaram extraindo os significados dos gestos, movimentos e poses. 

Jonathas de Andrade aponta para o corpo vulnerável de quem sente o racismo na pele há décadas. Um racismo que foi, inclusive, incentivado pela ciência. Bárbara Wagner analisa o corpo espetacularizado de uma geração acostumada com o selfie. Sofia Borges foi até Brasília para dissecar a linguagem corporal dos nossos parlamentares, enquanto os integrantes do Mídia Ninja, Garapa e Letícia Ramos, estudavam as coreografias e roteiros de manifestações e linchamentos.

“Eu queria que eles pesquisassem o limite entre quem produz e quem encena para a câmera. O corpo entra em embate quando trazemos essa questão para o momento que o Brasil está passando. Ele aparece, aqui, como instrumento de atuação política e teatralização do conflito”, explica o curador. “As gravações das manifestações, por exemplo, são documentais. Mas percebemos que as pessoas que estão ali já têm consciência da presença da câmera. Sabem que aquele ato está sendo filmado e já racionalizam como encenar, como se posicionar e como narrar um ato de manifestação”, completa.
 

Cinema coletivo

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Mídia Ninja/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Mídia Ninja/Divulgação)

 

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Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Mídia Ninja/Divulgação)

 

A exposição é costurada por dez monitores espalhados pela sala que mostram uma edição de vídeos feitos pela Mídia Ninja transmitidos ao vivo durante manifestações entre 2013 e 2017. É a primeira vez que estes filmes são revisados e editados, compondo a obra #Aovivo – ponto para o curador. Feitas no calor dos conflitos, geralmente com equipamentos de baixa qualidade a alta conexão, estas imagens revelam um estética própria: são tremidas e as falhas, acidentes e baixa qualidade fazem parte do discurso – a direção de arte aqui é a própria bomba de gás lacrimogêneo ou a bala de borracha. Nesses registros são dissolvidos os limites entre cineasta e personagem. O corpo é a câmera.

O mais interessante é que eles continuam no controle: se alguma manifestação acontecer na Avenida Paulista durante o período de exposição, os registros ao vivo feitos pelo grupo saem da rua e vão para dentro da instituição. “Eu precisava respeitar a estrutura da produção deles. Não podia controlar uma turma tão incontrolável”, explica o curador.  
 

Roteiro da violência

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Coletivo Garapa/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Coletivo Garapa/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Coletivo Garapa/Divulgação)

 

Imagens sem definição também estruturam na obra do coletivo Garapa. Postais para Charles Lynch é um livro-manifesto que registra dois linchamentos que aconteceram em 2014. Além das cenas pixeladas e falhadas, os artistas incluíram as mensagens de ódio comentadas abaixo dos vídeos disponíveis online.

É aterrorizante notar: ao analisar inúmeros casos de linchamento, eles concluíram que existe uma espécie de teatralização da violência. “Sempre tem um cara que bate mais, um incentiva e não faz nada, aquele que fica na dúvida e bate de vez enquanto e a figura que atiça ainda mais o grupo. O linchamento tem uma dinâmica própria que imita a linguagem televisiva. Existe uma espécie de roteiro ou coreografia frequente”, explica o curador. “É a violência da representação da violência”, completa Paulo Fehlauer, um dos membros do grupo.

A viralização destes vídeos é importante e, ao mesmo tempo, perigosa. Vale para entendermos a crueldade do ser humano e, assim, fugirmos dela. Mas esta barbare em estado bruto estimula outros grupos a fazerem o mesmo, acentuando ainda mais a violência. Para levantar esta questão, existe uma fita lacrada no final do livro com uma série destes linchamentos.

Em tempo: a palavra “linchamento” é atribuída ao coronel Charles Lynch que aplicava o ato durante a guerra da independência dos EUA nos anos 1780s.
 

Ação e reação

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Letícia Ramos/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Letícia Ramos/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Letícia Ramos/Divulgação)

 

Como representar graficamente a repressão física? O trabalho de Letícia Ramos é, para mim, um dos mais bem resolvidos. Tem conceito forte e o resultado é belíssimo. Conhecida por fazer vários experimentos fotográficos – ela constrói, por exemplo, algumas câmeras – Letícia levou as manifestações da rua para o laboratório.

A partir do repertório visual de estudos científicos da eficiência dos corpos pós Revolução Industrial, feitos pelo casal de engenheiros americanos Frank e Lillian Gilbreth, Letícia examinou os movimentos do corpo quando atingido por jatos de água ou quando arremessa objetos. Somado a isso, ainda analisou os gestos do dedo deslizando na tela do celular para mandar mensagens de texto, fotos ou vídeos no calor das revoltas. O resultado é uma série de imagens robóticas quase abstratas sobre agressão e defesa.

AINDA: Um roteiro de viagem artsy em Münster na Alemanha
 

Fala x Gesto

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Sofia Borges/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Sofia Borges/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Sofia Borges/Divulgação)

 

Em fevereiro de 2017, Sofia Borges viajou até Brasília para acompanhar a eleição do presidente do Senado Federal, nas dependências do Congresso Nacional. Durante alguns dias, sob a benção de Oscar Niemeyer, a artista analisou e registrou gestos do poder. A máscara, o gesto e o papel é composta por dez quadros com duas faces: de um lado, fotografias de bocas tiradas de uma série de pinturas que homenageiam antigos presidentes da casa e expostas em um dos salões; do outro, uma série de ações capturadas por Sofia durante as sessões legislativas.

“A instalação exibe a gramática da atividade política e o sistema de pesos e contrapesos que caracteriza os jogos de poder”, explica Thyago. É um trabalho forte e tão agressivo quanto os linchamentos trazidos pelos membros do Garapa ou as repressões dos policiais revelados pela Mídia Ninja. Nessa gramática do poder, palavras e gestos não andam juntos. Essa gramatica do poder é indiferente ao calor das ruas.

LEIA TAMBÉM: Mundo de Sofia


Brasil racista

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Jonathas de Andrade/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Jonathas de Andrade/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Jonathas de Andrade/Divulgação)

 

Jonathas de Andrade ataca clichês da antropologia e da publicidade para mostrar que o Brasil ainda é extremamente racista. A criação de Eu, mestiço – o título do trabalho faz referência à obra Eu, negro do cineasta Jean Rouch – começou quando o artista encontrou uma análise antropológica feita pela Unesco no Brasil dos anos 1950. “O racismo era induzido pelo próprio formado da pesquisa. Eles mostravam fotos de pessoas com diferentes tons de pele e perguntavam qual era mais bonita, qual era mais honesta ou qual era mais inteligente. Os métodos da antropologia mudaram, mas aquelas ideias ainda estão todas aqui”, esclareceu Jonathas.

Para inverter o sentido da enquete, o artista retratou uma série de personagens negros e brancos exibindo reações ( revolta, apatia, felicidade ) e poses variadas que apontam para o nosso imaginário iconográfico de raça e classe – ele imprime as imagens em papelão comentando, ainda,  estereótipos de  pôsteres e propagandas. Pasmem: o nosso imaginário é desconfortavelmente preconceituoso. Isto é o que prova do artista.

As imagens feitas em São Paulo, em Ilhéus (onde a pesquisa original foi feita), em São Luís e em Imperatriz, no Maranhão, são repetidas para ganhar ar de estudo de comportamento do corpo. “São expressões que se repetem num cruzamento da questão racial com a classe.”, explica. Teatralizando uma pesquisa real, Jonathas segue promovendo o questionamento da linha tênue entre realidade e ficção. “Nós promovíamos as ações e sentimentos. E eles eram repetidos de forma cansativa nos estúdios. Mas eram encontros reais”, pontua. 

VEJA AQUI: Preview: Bienal de São Paulo 2016
 

Geração Teatral

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Bárbara Wagner/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Bárbara Wagner/Divulgação)

 

Mostra inaugural do IMS revela um Brasil violento e teatral (Foto: Bárbara Wagner/Divulgação)

 

Bárbara Wagner segue com sua pesquisa sociológica por meio da música. Mostra a obra À procura do quinto elemento – nome de um reality show criado em 2016 para escolher o novo Mc que integraria o portfólio de uma famosa produtora de funk de São Paulo – eles trabalham com o Bin Laden, o Pikachu, o 2k e o Brinquedo. Bárbara acompanhou todo o processo seletivo dos 300 aspirantes a Mc retratando-os e filmando-os. A turma solta o corpo e a voz para Bárbara e os produtores provando ser uma geração que entende o próprio corpo e o poder da imagem. Thyago ressalta: “É interessante notar que nas fotos eles fazem várias poses e parecem seguros de si. Sabem o melhor ângulo e expressão. Mas quando vemos os filmes, percebemos que eles são tímidos, nervosos e desengonçados. É uma turma que domina muito bem o retrato, mas ainda é jovem e insegura”. 

Assim como Jonathas, Bárbara apresenta um trabalho com caráter de pesquisa etnográfica do corpo. Ela faz uma catalogação de performances que cresceram numa situação política e econômica em que trabalhar com o corpo e com o espetáculo já é uma possibilidade – independentemente da sua raça ou classe. E o que eles vão fazer com isso? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.


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Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais

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Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

 

  
Quem nunca sonhou ou pediu de Natal um animal de estimação? No caso de Eduardo Foz, o amor incondicional entre ele e seus bichos é algo indescritível, independente da espécie, e se transformou em profissão. O antigo empresário transformou a sua casa no Morumbi, em São Paulo, no disputado ZooFoz - um pequeno “zoológico” composto por animais resgatados sem possibilidade de retorno ao habitat natural, recebidos de doações ou adquiridos pelo tutor (tudo com autorização do Ibama).

E MAIS: Apartamento no México encanta com explosão de cores e muitas plantas

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

"Cada animal novo que chega na casa é uma nova adaptação”, conta ele em entrevista à Casa Vogue. O endereço, portanto, passa por constantes reformas e Eduardo conta com ajuda do paisagismo de Felipe Alalou e arquitetura de Marcela Salomão. Na área externa, por exemplo, existe um trabalho de adaptação de plantas no jardim, para que os animais não comam e passem mal. Por ali, a areia de calcário divide espaço com o piso de sodalita azul, pedra comum no Egito antigo, usada como forma de proteção espiritual.

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Como nenhum dos mais de 40 animais fica enjaulado, a dinâmica da casa foi adaptada para que Eduardo Foz conseguisse ver seus “filhos” de todos os cômodos. Vidros circulam o perímetro da construção, com espaços internos integrados para manter a luz e a natureza externa sempre à vista. Sem contar, claro, a facilidade de manutenção e limpeza. Alguns pássaros e a cachorra podem circular também dentro de casa; já os maiores tendem a ficar no jardim, justamente por ter sido pensado para a saúde de cada um.

VEJA AQUI: Descubra 7 plantas tóxicas para animais

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

O modelo de negócio ainda está no começo, contudo Eduardo Foz não esconde a felicidade em poder proporcionar o contato com os animais para crianças com necessidades especiais. “Perdemos essa noção de natureza, essa aproximação com os bichos”, reflete ele. “O amor dos animais é o mais puro, as crianças aprendem muito com algo que não lhes é mais comum.”

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

O projeto, além de inspirador para tantas pessoas, também faz Eduardo pensar sobre o comportamento social da humanidade. “A maior lição que aprendo com eles é o respeito. Existem animais de diversas espécies aqui e todos eles aprenderam a conviver em harmonia. Por que nós humanos não conseguimos fazer o mesmo?”, pondera.

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Lembrando que o ZooFoz possui equipe especializada ao lado do tutor para dar todo o suporte, formada por biólogos, nutricionistas e cuidadores. Nenhum dos animais é explorado para entretenimento, muito pelo contrário, eles vivem livres e soltos por toda a casa. “A base para ter um relacionamento com os animais é o amor”, finaliza Eduardo.

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Caso tenha ficado curioso, você pode conhecer a experiência de perto, agendando uma visita pelo email contato@zoofoz.com.br.

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

Casa tem arquitetura pensada para acomodar mais de 40 animais (Foto: Deco Cury)

 

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Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade

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Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade (Foto: Divulgação)

Farinha, água, sal, fermento e algumas lâmpadas de Led. Esses são os ingredientes usados pela japonesa Yukiko Morita para criar a Pampshade, uma luminária feita a mão, que usa como estrutura pães de verdade.

LEIA MAIS: Designer cria luminária que acende com um sopro

Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade (Foto: Divulgação)
Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade (Foto: Divulgação)

Tendo trabalhado como padeira antes de se tornar designer, Yukiko quis levar sua paixão por pães para sua nova profissão. O resultado chamou a atenção do público quando lançado na semana de design de Tokyo e agora, em Paris, durante a Maison & objet 2017, a reação não foi diferente.

Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade (Foto: Divulgação)
Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade (Foto: Divulgação)

Para preparar uma das 7 versões da coleção pampshade, a designer começa assando um pão normalmente, em seguida, remove o miolo o máximo possível e cobre todo o pão com uma resina especial que garante a durabilidade da peça - mas sem interferir na forma e textura do pão. Por fim, o circuito elétrico é instalado de acordo com o tipo de pão que foi feito.

Designer japonesa cria luminárias feitas de pão de verdade (Foto: Divulgação)

Além de admirar pela internet, os interessados de qualquer parte do mundo já podem adquirir as baguetes, broas e croissant de Yukiko Morita acessando a loja online.
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Receita de tortelli recheado com abóbora

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Receita de tortelli recheado com abóbora (Foto: Divulgação)

Massa pode ser saudável - vai depender de que tipo de ingrediente você adiciona nela. Nesta receita, o tortelli é recheado com abóbora, sendo uma opção leve e fácil de preparar! Quem ensina o passo a passo são os chefs Stefano e Franco Bruzzone, do Stefano Hotel e Restaurante, de São Roque, SP. Confira a seguir.

E MAIS: Tortelli de pera e queijo com molho de beterraba

Receita Tortelli di Zucca 

Ingredientes da massa

500 g de farinha
4 a 5 ovos
Pitada de sal

Modo de preparo da massa

Amasse todos os ingredientes, faça uma bola e deixe descansar por 30 minutos.

Ingredientes do recheio

500 g de moranga
500 g de abóbora cabotia
200 g de parmesão relado
2 colheres de manteiga
Pitada de sal
Pitada de noz moscada

Modo de preparo/Montagem final

Asse as abóboras com casca a 180° C até amolecer. Raspe a polpa e esprema, apertando em um pano para retirar o excesso de água. Junte 100 g do queijo, sal e a noz moscada. Reserve. Estique a massa para deixá-la o mais fina possível. Recheie e corte em formato de tortelli. Cozinhe em água salgada. Finalize temperando com manteiga e queijo parmesão ralado.

 

Décor do dia: cinza e amarelo claro no living moderno

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Décor do dia: cinza e amarelo claro no living moderno (Foto: Reprodução)

Se há uma paleta de cores infalível para obter uma decoração moderna e ao mesmo tempo neutra é apostar nos cinzas e suas variantes. Neste living projetado pelo escritório australiano Peschek Interiors, o tom serviu de base para as paredes, que levam cimento queimado, e ganhou a doce companhia de um amarelo suave. 

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A base neutra ganhou ainda um piso de madeira clara, opção que, ao lado das paredes acinzentadas, permitiu a inclusão das cores somente nos detalhes. Assim, o buffet em laca desenhado pela Zuster pode brilhar com seus nichos que misturam cinco tons de cinza ao preto e o amarelo candy color. As mesmas nuances, coincidentemente, se apresentam no quadro - obra do artista Waldemar Kolbusz - prolongando-se por todo o estar. 

Décor do dia: cinza e amarelo claro no living moderno (Foto: Reprodução)
Décor do dia: cinza e amarelo claro no living moderno (Foto: Reprodução)

 

 

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