A renovação desta casa datada de 1860, na Inglaterra, agora conecta passado e presente em leitura contemporânea. Os 65 m² do primeiro pavimento ganharam uma extensão e uma base de 100 m², mas algo ainda melhor surgiu nos espaços: a claridade somada a toques de ousadia resultam em visual poderoso, no projeto do escritório inglês Studio Octopi.
Foi uma reforma grande. Os recortes no teto se tornaram uma atração na arquitetura: permitem a entrada de luz natural e atualizam a casa centenária. Na fachada, os tijolos antigos mantêm a identidade da morada.
Grandes panos de vidro deslizam no living e dividem levemente interiores e área externa. A elevação faz com que a vista para o jardim se torne mais interessante.
No banheiro, as cores sóbrias são interrompidas pelo amarelo neon que toma a bancada e se mistura com tons de cinza no boxe. Mais uma ousadia possível, mesmo em cenários de filosofia minimalista.
Imagine uma cidade com espaços aprazíveis e saudáveis, onde o lixo não vai parar no terreno baldio, nem no aterro sanitário. Ao contrário, ele é considerado riqueza e é transformado em novos bens.
Como uma roda que não para de girar, onde as "coisas" duram mais e retornam sempre para o ponto de origem, seja a fábrica seja a terra. Onde o desperdício é praticamente zero e o homem e a natureza convivem em harmonia. Isso não é um sonho. É um sistema de gestão de lixo chamado economia circular que deve ser implantado gradualmente no continente europeu até 2030, quando os incineradores passarão a fazer parte dos livros de história (assim se espera!).
"A Europa pretende acabar com o desperdício, investindo no redesign dos produtos, em políticas de redução e de reuso e na maximização de reciclagem", afirma Stefano Ciafani, diretor nacional da Legambiente – associação sem fins lucrativos com missão de tornar a cultura ambiental o centro do desenvolvimento e do bem-estar.
Aqui na Itália, há vários exemplos de gestão circular que conheci durante o I Ecoforum Úmbria, organizado em Terni pela Legambiente. O projeto Carta Km Zero (Papel km Zero) é um deles que me impressionou pela sua simplicidade. Ele nasceu em 2012 por meio da associação da Cartieri di Trevi, fabricante de papel e papelão, e a Vallet'Umbria Servizi – sociedade anônima com capital público, cujos membros são 22 municípios da região da Úmbria –, que gerencia coleta e disposição de resíduos, entre outros serviços.
O acordo entre as duas empresas prevê o recolhimento dos refugos de papel e papelão pela Vallet'Umbria Servizi que os encaminha diretamente para a fábrica da Cartiere di Trevi, onde são recuperados e usados na fabricação de novos produtos. Este processo reduz as emissões de CO2, o consumo de energia e, principalmente, protege o patrimônio arbóreo da região.
São produzidas cerca de 62.000 toneladas de papel e papelão por ano exclusivamente com matéria-prima reciclada (cerca de 70.000 toneladas), graças a logística bem desenhada e às campanhas de comunicação que incentivam o descarte correto; a valorização dos resíduos e da reciclagem dentro do próprio território; e ajudam a reduzir a quantidade de lixo enviada a aterros sanitários.
Outra proposta é a dos eco-compactadores: são máquinas como as de refrigerante e salgadinhos, dispostas em pontos chave das cidades, onde o cidadão insere latinhas de alumínio, garrafas PET e de polietileno de alta densidade que são compactadas e levadas para a reciclagem.
O consumidor é pontuado no seu CPF e depois pode "gastar" esses pontos com produtos em lojas conveniadas, estacionamentos entre outros. A pontuação ainda se transforma anualmente em desconto na tarifa do lixo. Em Narni, os eco-compactadores estão surtindo efeitos crescentes cada ano. Em 2016, recolheu 11 toneladas de lixo.
Já o Ricimobile é um ecoponto móvel que recebe celulares, pilhas baterias e óleo de cozinha, evitando o descarte inadequado desses produtos que contaminam com substâncias tóxicas. O caminhão fica estacionado em shoppings, mercados e parques em datas pré-fixadas. Depois eles seguem para o tratamento e são convertidos em novos bens. O serviço, que iniciou em 2015 e atende nove cidades da Úmbria, indica uma taxa de recolhimento anual de 2 toneladas.
Cidades Recicladoras
Aqui na Itália, os municípios que produzem menos lixo e maximizam a reciclagem, realizando corretamente a coleta seletiva (os descartes são separados por tipologia – que inclui o orgânico – pelo próprio gerador) recebem da Legambiente o título de "Comuni Ricicloni" (Cidades Recicladoras).
Na Úmbria, o prêmio só é conferido a quem apresentar menos rejeitos orgânicos e a maior quantidade de material compostável reciclado – ele pode virar compostagem na própria residência ou empresa e depois se transformar em energia ou adubo.
No topo dessa lista de 2017 na Úmbria, estão Attigliano, Montefranco e Ferentillo, pequenas cidades da província de Terni, que conseguiram atingir 80% em coleta seletiva e 75 kg per capita/ano de material que não pode ser reciclado, classificando-se pela primeira vez como Cidades Lixo Zero.
Eco-responsabilidade
Muitos munícipios na Itália aplicam a coleta porta a porta, como Terni, capital da província homônima, realizada pela empresa pública ASM Terni, que atende mais seis cidades da região. Uma solução para a quantificação e o reconhecimento dos resíduos gerados pelo usuário individual ou grupo limitado.
Para colocar em prática o sistema, na capital foram distribuídos 237.955 equipamentos de coleta, entre tambores e caçambas identificados com a tipologia, além de 69.801 recipientes específicos para orgânicos, 6.613.200 sacos biodegradáveis e 3.716 composteiras. O usual era o recolhimento coletivo, por quarteirão.
Na segunda fase de implantação do projeto, o usuário será cobrado com uma tarifa proporcional ao volume e à qualidade de resíduos gerados, graças à tecnologia RDSI (rede digital de serviços integrados). Cada lixeira será equipada com um dispositivo para a leitura de dados, computados em um servidor central e associados a cada consumidor. Uma conta básica: quem gerar menos lixo, pagará menos. Quem gerar mais, pagará mais!
Para fechar esse ciclo, há os guardas ecológicos, treinados para evitar e reprimir o abandono ilegal de descartes, multando os cidadãos que prejudicam o meio ambiente. E câmeras que registram as ações irregulares na área de descartes. Em Narni, por exemplo, foi constituído um comitê para cuidar do assunto, que além de integrantes do serviço público funciona com a ajuda de voluntários.
Com tantas boas ações, deixo Terni esperançosa de que a solução para um mundo melhor está em "reconhecer quem e o que, no meio do inferno, não é inferno, preservando-o e cedendo-lhe espaço", como afirma o escritor ítalo cubano Italo Calvino (1923-1985) em "Cidades Invisíveis". Ou seja, com a coleta seletiva bem feita podemos evitar uma grande parte dos problemas ambientais e gastar muito menos no dia a dia, além de democratizar o fornecimento de energia e de alimentos. Simples assim!
Depois de quase 30 anos estudando o espaço como jornalista especializada em design e arquitetura, a jornalista Silvana Maria Rosso tomou para si a missão de falar das novas fórmulas para se viver neste planeta. Por isso, ficará três meses na Itália em busca de sustentabilidade, design e cultura. Este é o quinto capítulo de seu diário de bordo.
Novidade no restaurante Blue Note, este bolinho é perfeito para servir de entrada ou como num happy hour entre os amigos: ele é feito com carne de siri e peixe desfiado e acompanha uma aioli de curry deliciosa. Confira o passo a passo a seguir!
1 kg de carne de siri
700 g de peixe desfiado
100 g de cebola
100 g de cebola roxa
20 g pimenta dedo de moça
20 g de alho
200 g de coentro
100 g salsa
200 ml de azeite
1 1/2 de leite de coco
200 g de farinha de rosca
Modo de preparo
Refogue as cebolas e a pimenta dedo de moça no azeite. Depois, coloque a carne de siri e o peixe. Misture e adicione o restante dos ingredientes. Junte a farinha de rosca no final, para dar ponto na massa. Deixe esfriar e enrole os bolinhos (esta quantidade rende em média 100 bolinhos, de 20 a 25 gramas cada um). Empane na farinha de trigo, no ovo e em seguida na farinha panco. Frite no óleo quente.
Esta sala de jantar, projetada pelo designer de interiores Bruno Carvalho que está localizada no bairro do Morumbi, é literalmente abraçada pela madeira que reveste as paredes e aquece o espaço.
O lustre italiano dourado traz requinte juntamente com o tampo de mármore da mesa de jantar de 10 lugares. O design moderno do lustre juntamente com o espelho convexo que dão um toque despojado na decoração.
A cômoda revestida de pergaminho juntamente com o tapete Botteh completam a decoração contemporânea.
Amarelo é cor solar - e de acordo com o WGSN, é uma das cores mais poderosas de 2018! Já a sala de jantar, por ser um ambiente de convivência, precisa de calor e afeto para uma das horas mais importantes do dia. Ou seja: os dois formam uma combinação infalível! Existem muitos jeitos diferentes de decorar uma sala de jantar com tons amarelos -- seja com a cobertura total do ambiente ou com apenas alguns toques cítricos nos móveis. Escolha sua forma preferida e inspire-se!
Quem quer dividir ambientes de forma inusitada pode ter essa sala de jantar como inspiração, pois ela usa o amarelo para delimitar a área de refeições, cobrindo apenas o piso e a parede. Além de útil, a cor também dá um ar contemporâneo para o décor. Para adicionar mais graça, uma cadeira estampada descansa na parte da frente do ambiente. A luminária finaliza a decoração levando seu brilho entre as superfícies opacas.
Sala de jantar com armário amarelo
Amarelo total! Essa sala de jantar é tomada pela cor cítrica não apenas no armário, mas também no piso, que tem uma combinação esperta com a cor branca. Isso ajuda a criar mais leveza no ambiente, que tem móveis austeros. Os pendentes são pretos, um tom que sempre cai bem ao ser combinado com a nuance aberta.
Essa sala de jantar com ares minimalistas usa o amarelo de forma atual: o cinza cobre a parte debaixo da parede, enquanto o amarelo escala a parte superior. Esse truque para criar uma parede bicolor já é queridinhos dos decoradores modernos, e conquista até quem prefere um décor convencional. Nesse espaço, a nuance dessaturada é um ponto de equilíbrio para a amarelo aberto. O tapete com textura traz conforto para a composição.
Sala de jantar amarela com cozinha integrada
Nessa sala de jantar integrada com a cozinha, o amarelo das pastilhas revestidas é replicado no vaso, no bowl sobre a mesa, na luminária e também no rodapé. Isso faz com que todo o ambiente converse entre si e tenha uma mesma linguagem. O branco dos móveis e armários, assim como a madeira do piso e da mesa, também dão espaço para que a cor possa florescer e ser o centro das atenções. Aqui, a simplicidade e o charme são regra!
Décor marcante com poucos elementos. Esse é o modus operandi da sala de jantar acima, que usou o amarelo em apenas uma parede, escolha certeira e suficiente para quem quer ousar na cor sem exageros. As cadeiras descombinadas são ideais para o espaço, que também tem quadros com diversas molduras no centro da parede. O piso de madeira ganhou personalidade com o tapete estampado.
Sala de jantar com cadeiras amarelas
Nem todas as salas de jantar amarelas vivem de tetos e pisos coloridos. A nuance solar é mestre na arte de reinar em um ambiente mesmo que em pontos estratégicos, como é o caso dessa sala de jantar neutra, mas com personalidade. As paredes brancas, as plantas e a madeira convidam o tom a ser o rei do espaço, já que ele é bem cítrico. Quer apostar na cor com estilo, mas sem ousadia? Inspire-se!
Retrô total! Essa sala de jantar é o exemplo de que, se levadas ao pé da letra, as referências também podem contribuir para um décor inesquecível. A cor amarela é pano de fundo para que os móveis sessentistas brilhem com seu estilo vintage. O destaque é para a linha Tulip, do designer Eero Saarinen, com banquetas de veludo, e para o quadro Op Art que chama atenção no background.
Sala de jantar com tons cítricos
O decorador nova-iorquino Anthony Baratta é conhecido por sua ousadia. Em seu próprio apartamento, é claro que esse espírito livre estaria mais que presente. Na sala de jantar reinam os tons cítricos, e além de se exibir em uma geometria na parede, o amarelo também aparece em dois vasos que decoram a mesa. O piso de vidro é destaque, já que ele reflete e projeta o desenho do décor. A cor laranja, que aparece nas banquetas, combina perfeitamente com o tom.
O tom amarelo não cai bem apenas nas paredes. Ele reveste com energia solar, por exemplo, as cadeiras dessa sala de jantar, orquestrada por Terrie Koles. O paple de parede cinza e estampado é o pano de fundo dos assentos, que têm expressão máxima no ambiente. Uma luminária pendente clássica, um neon e um quadro à esquerda coroam o décor.
Sala de jantar cinza e amarela integrada com a cozinha
Quem tem uma sala de jantar enxuta e integrada à cozinha pode apostar no truque utilizado nesse espaço. Aqui, o tom aberto aparece nos armários ao fundo, roubando toda a cena decorativa. Mesmo que o cinza seja predominante nas paredes, é a cor solar que fala mais alto. Inspiração máxima para quem quer manter o estilo tradicional nos móveis e revestimentos, mas quer também um ponto de cor para chamar de seu.
23 mil tijolos, cada um dele com o nome de um soldado e a data de sua morte, formam um corredor de 250 metros que guia os visitantes até o hall central do Memorial Nacional de Israel, em Mount Herzl (cemitério nacional do país). O edifício moderno e de forma espiralada foi assinado por Kimmel Eshkolot Architects e inaugurado recentemente em homenagem aos que morreram na guerra.
Encrustado na montanha, o espaço busca criar um ambiente imponente e ao mesmo tempo íntimo, capaz de abrigar tanto uma experiência pessoal quanto uma homenagem coletiva. No centro, destaca-se uma formação escultórica, que lembra um funil e fica logo acima do hall.
Aberta no topo, essa espécie de chaminé ultrapassa os limites do terreno, “reconstruindo” parte da montanha e também permitindo que a luz natural invada e aqueça o espaço de encontro daqueles que foram homenagear os solados.
O formato espiral do lado de dentro da construção também foi repetido do lado de fora, criando uma grande praça, com diferentes níveis, que já anunciam a atmosfera interna e – apesar da frieza do concreto – parece se mesclar à paisagem.
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Ocupando uma área de cerca de 50mil m² às margens do Rio Hudson, em Nova York, o Waterline Square é um conjunto residencial que irá tornar a cidade norte-americana mais acolhedora e aconchegante. Entre as construções, estão três residenciais de luxo, cada um assinado pelos escritórios Richard Meier, KPF e Rafael Viñoly, todos conectados por áreas inferiores.
Um dos edifícios que mais chamam a atenção é assinado por Viñoly e remete às formas de um diamante. “Parece uma escultura, mas essa forma de diamante tem um objetivo muito importante, que é oferecer visões claras e ótimas de cada residência”, explica o arquiteto. Graças à inclinação de cada vidro transparente que forma as paredes, quem está do lado de fora pode admirar a modernidade e sofisticação que caracteriza o décor dos interiores.
Para tornar possível a beleza do edifício vista do exterior, o escritório Grove & Co foi contratado para assinar os interiores. Especializado em materiais que se adequam a várias circunstâncias, o profissional investiu em um décor caloroso e estiloso, que transpira contemporaneidade.
Interligando os três prédios, há uma região de mais 25mil m² com projeto paisagístico assinado por Mathews Nielson, que já é uma das mais arborizadas da cidade. Além das árvores, quem morar nessa joia arquitetônica possui uma série de comodidades como uma quadra de tênis coberta, uma de squash, uma parede para escalada, uma academia, um boliche, uma sala de jogos e um estúdio para artes, músicas, vídeos e fotografias.
Quando o jovem solteiro proprietário deste apartamento saiu da casa dos pais, aos 30 anos, adquiriu o imóvel de 130m² no bairro de Vila Ipojuca, em São Paulo. No entanto, o novo espaço não expressava a sua personalidade e gostos nem contava a sua história, as suas viagens, as suas memórias. Foi então que contratou o escritório Box14 Arquitetura para fazer uma reforma e tornar os ambientes mais contemporâneos e estilosos, sem perder a funcionalidade.
Perante o desafio, os arquitetos à frente do escritório, Leandro Mostardo e Henrique Baldin, fizeram algumas alterações no layout original para adequá-lo às características do morador. Por se tratar de um jovem solteiro, sem necessidade de vários dormitórios, integraram os dois quartos criando uma ampla suíte com closet, além de um lavabo para os convidados.
Na entrada, os profissionais investiram em um túnel de madeira, que dá as boas-vindas a quem chega ao apartamento, além de proporcionar uma atmosfera aconchegante e sofisticada.
A cozinha foi integrada à sala, o que fez com que, durante reuniões de amigos, todos pudessem interagir enquanto estão nos dois ambientes. Um balcão amarelo imprime um tom divertido e moderno ao ambiente, e foi um móvel desenhado pelo próprio escritório, também responsável por assinar a marcenaria do projeto.
Tudo foi pensado para refletir a personalidade do morador. A paleta de cores é clean e nela predominam o cinza do piso, dos armários da cozinha e do mobiliário, o marrom dos armários em freijó e o verde das plantas da varanda. Já os revestimentos são contemporâneos e responsáveis pelo aspecto jovial do projeto – destaque para a harmonia do cimento queimado com a madeira.
Para imprimir mais bem-estar à área, janelas com grandes aberturas foram construídas e proporcionam uma ótima ventilação e iluminação natural. Para bloquear a incidência dos raios solares em dias mais quentes, a solução foram persianas com tela solar. O resultado foram ambientes bem ventilados e com sobra nos dias ensolarados.
Refrescar é preciso, ainda mais no verão. Por mais que não seja a coisa mais importante da sua lista de viagem, as piscinas públicas fazem muito sucesso na Europa e nos Estados Unidos por, justamente, propor a junção da comunidade em um lugar descontraído. Aqui, Casa Vogue separou 11 das mais lindas em questão de arquitetura e decoração. Não deixe de visitar!
O arquiteto Wilhelm Jost deu vida à esta piscina indoor em Berlim, com obras feitas em 1913 e 1915, com inauguração oficial em 1916. Aberta ao público, ela já foi considerada uma das maiores e mais modernas construções públicas da Alemanha. São duas piscinas divididas por gêneros - o lado feminino passou por uma reforma entre 2012 e 2014 para aumentar sua capacidade.
Berkeley City Club
Situado na Califórnia, este clube foi comissionado pelo Berkeley Women’s City Club em 1927, para contribuir para o progresso social, civil e cultural da cidade. O private club deixou de ser exclusivo para mulheres alguns anos depois e, hoje, está disponível para todos de todas as idades. O projeto é da Julia Morgan, primeira arquiteta licenciada da Califórnia e a primeira mulher a receber um diploma da École de Beaux-Arts (Paris), em 1902. A força feminina guiou seus projetos - ela fez mais de 100 organizações para mulheres ao longo da carreira. Para o Berkeley City Club ela reinterpretou motivos góticos e mouros. O espaço está listado como um National Register of Historic Places.
Rambagh Palace Hotel
Tons terrosos contrastam com a cor da piscina deste hotel de luxo em Jaipur, na Índia. A arquitetura, desenvolvida em 1835, fazia parte da casa do príncipe Ram Singh II, que adorava cultivar suas flores no quintal. Em 1887, no período de comando de Maharaja Sawai Madho Singh, a morada se tornou um clube de caça da alta sociedade, e no começo do século 20 teve sua área expandida para expor os designs de Sir Samuel Swinton Jacob. Quando Maharaja Sawai Man Singh II herdou o espaço, o transformou na sua casa principal, acrescentando novas suítes para os seus convidados de honra - o palácio permaneceu sob comando da realeza Jaipur até 1957. Nos anos 1970, o grupo de hotéis Taj comprou a propriedade, a restaurou e inaugurou o hotel Rambagh Palace como é conhecido até hoje.
Bramley Baths
Aberta em 1904 como uma das primeiras piscinas públicas de Leeds, na Inglaterra, a Bramley Baths é um dos pontos turísticos mais requisitados da região. As piscinas e banheiras foram feitas com ladrilhos com motivos eduardianos e a arquitetura segue essa linha mais vintage. Em 1992, o espaço passou por uma reforma, sendo a única remanescente das oito piscinas públicas de Leeds, feitas entre 1899 e 1904. Os problemas de verba pública em 2011 fizeram os moradores se reunirem para arrecadar fundos para não fechar o espaço histórico, que, desde 2013, se tornou patrimônio social. Agora, a Bramley Baths se mantém com eventos e aulas aquáticas.
Riad Yasmine
Marrakesh está entre os destinos mais cobiçados do momento, principalmente entre os brasileiros. Além dos inúmeros mercados com objetos e acessórios, a cidade possui hotéis de tirar o fôlego de qualquer visitante - além de museus como o recém-inaugurado Yves Saint Laurent. O Riad Yasmine segue o luxo já imaginado da região e foi inaugurado em 2002. Apesar de ser um projeto novo, ele traz uma estética vintage evidente em todos os cômodos. Esta piscina é uma das mais bonitas da propriedade, porque tem ares intimistas no meio do jardim interno.
Gellért Thermal Baths
Como vários outros desta reportagem, esse local parece ter saído diretamente de um filme de Wes Anderson. E por coincidência (ou não), esta piscina fica em Budapeste, na Hungria (alô, Grande Hotel Budapeste). Parte do famoso hotel Gellért, as piscinas termais e olímpica foram construídas entre 1912 e 1918 inspiradas no estilo Art Nouveau. Infelizmente, os moldes originais sofreram com a Segunda Guerra Mundial, mas foram reconstruídos logo depois do final do conflito, só que com materiais mais simples. Em 2008, o governo decidiu remodelar o espaço de acordo com o que foi pensado no projeto original, restaurando a aura luxuosa do complexo de spa.
Bristol South Baths
Um dos locais mais significantes da região de Bristol, na Inglaterra, a Bristol South Baths foi construída em 1931, acompanhando a tendência de piscinas públicas lançada pela vizinha Birmingham. O projeto de Charles Dening foi realizado entre 1922 e 1937, mas caiu em desuso no começo do século 20. O espaço também ganhou retrofit recentemente com incentivo da comunidade que ali vive e agora pode desfrutar dos ambientes esportivos.
La Mamounia
O hotel La Mamounia é da época de quando Marrocos ainda era uma colônia francesa e surge com linhas art déco em todos os espaços. A hospedagem é conhecida por misturar o melhor da identidade local de maneira sofisticada. Com um quê campestre, no sentido de despretensiosidade, as fontes de água surgem meio a um espaço geométrico e colorido. A piscina remete ao pavilhão real marroquino do século 17, onde mosaicos esculpidos no gesso se espalham pelas paredes.
Roman Pool
Localizada dentro do Hearst Castle, na Central Coast, na Califórnia, esta piscina é de 1927 e foi comissionada pelo magnata William Randolph Hearst. As obras foram finalizadas apenas em 1934 pela alta qualidade dos materiais e dificuldade de finalizar o projeto, baseado nas antigas áreas de descanso romanas. Ao todo são oito estátuas de mármore decorando a área da piscina, réplicas das antigas gregas e romanas. O mosaico nas paredes e teto também foram inspirados, mas dessa vez nos registros do século 5 do Mausoleum of Galla Placídia, em Ravena, Itália. O espaço tem uma áurea mágica pelo efeito dos azulejos, como um conto de “monstro marinho”. Apesar de estar longe do centro da cidade, ela atrai turistas independente da época. Mas com esse visual, fica difícil resistir.
Public Pool Gotha
A piscina comunitária na cidade de Gotha, na Alemanha, é de 1909 e servia como clube municipal até ser vendida para um investidor poucos anos depois. Em 2007, a população local se juntou para revitalizar o espaço e torná-lo público novamente. A proposta do espaço é a integração entre as diferentes faixas etárias por meio de atividades aquáticas diversas. A reabertura oficial aconteceu em 2014.
Hotel Principe di Savoia
Um dos hotéis cinco estrelas mais cobiçados de Milão, Principe di Savoia abriu em 1927 pelo S.A. Acquisto ed Esercizio Alberghi Savoia. O estilo neoclássico permeia toda a arquitetura, assinada pelo milanês Cesare Tenca. Durante a Segunda Guerra Mundial, o hotel serviu como abrigo para os alemães e depois para os norte-americanos e, felizmente, não foi tão prejudicado pelo conflito. O que permitiu uma pequena reforma e expansão finalizada em 1950. Desde 2003, o Principe di Savoia foi incluído na lista da Dorchester Collection.
Nesse ambiente criado pela marca HKliving, o sofá Retrô revestido em veludo na cor ocre, ganha a cena na sala de estar. A tapeçaria conversa com as cores da paleta escolhida para ambientar um espaço relaxante. Os grafismos e franjas dão um toque boho e despojado à decoração.
Quem disse que a mesa de centro precisa ser retangular e tradicional? Nessa ambientação foram usadas duas mesinhas de tamanhos diferentes que se sobrepõem, trazendo movimento ao visual. Já as plantas trazem o verde e dão toque aconchegante ao espaço.
Revisitado, o imaginário da cultura popular abrange o étnico, o rústico e a memória cigana, entre outras inspirações. Motivos folclóricos ganham contemporaneidade sem perder o efeito artesanal – um resgate das tradições em panorama atual
A Time Life’s City Life Index é uma pesquisa realizada pela agência Tapestry Research e mapeia as cidades do mundo que se destacam em uma série de serviços e áreas, como gastronomia, cultura, simpatia, acessibilidade, felicidade, dentre outras. Em uma pesquisa recém-divulgada, a empresa entrevistou mais de 15mil pessoas de cidades ao redor do mundo. Abaixo, você conhece as 10 cidades que acumularam as melhores notas na pesquisa.
Em décimo lugar, Barcelona conquistou seu lugar entre os preferidos graças à intensa programação cultural disponível aos seus moradores, repleta da festivais, cinemas e shows para todas as idades. Isso sem contar a gastronomia marcante, uma das mais admiradas do mundo. 9. Filadélfia (Estados Unidos)
A cidade americana conquistou sua posição entre as favoritas graças à acessibilidade e ao trânsito fluido. Os moradores também têm um dos trajetos mais rápidos do mundo em apenas 24 minutos, o que deu muitos na avaliação dos moradores. 8. Lisboa (Portugal)
A capital portuguesa é uma das favoritas pela segurança, pelas opções de programas para toda a família e pelo baixo custo, seja dos programas diurnos ou durante a noite. Soma-se a isso a intensa programação cultural e as novas opções de passeios que vêm sendo construídas nos últimos tempos. 7. Manchester (Inglaterra)
A cidade inglesa, famosa por um dos clubes de futebol mais conhecidos do mundo, possui uma série de indústrias e grandes universidades. A programação cultural também é responsável por conquistar seus moradores já que ela possui, por exemplo, grandes salas para concertos como o Bridgewater Hall. 6. Madrid (Espanha)
Assim como Barcelona, a capital da Espanha é uma cidade que conquistou seu lugar entre as favoritas de seus moradores por sua programação cultural e sua culinária. 5. Londres (Inglaterra)
As capitais europeias estão com tudo e são amadas por seus moradores. Na pesquisa, 86% dos moradores de Londres revelaram que há sempre o que fazer na cidade e que saem até oito vezes por mês. Só não conquistou lugares mais altos porque muita gente a considera estressante, inacessível e com uma população não aberta a amizades. 4. Melbourne (Austrália)
No critério felicidade, esta cidade australiana conquistou uma vantagem considerável em relação aos seus concorrentes, com nove em dez moradores revelando terem se sentido felizes nas últimas 24h. Fazer amigos e ter acesso a bom gastronomia e bebidas também foram fatores que deram muitos pontos. 3. Nova York (Estados Unidos)
A cidade para onde a maioria das pessoas quer viajar este ano é o lugar que tem aquela que é considerada a melhor vida noturna do mundo. Sua programação cultural também está na vice-liderança. Em terceiro lugar, só não conquistou uma posição ainda melhor porque seus moradores consideram difícil fazer amigos. 2. Porto (Portugal)
A segunda cidade mais amigável e divertida para se viver é um local onde seus moradores se orgulham de morar e se sentem livres para se expressarem. Aproveitar a vida noturna também é bem em conta, o que a torna democrática para todas as idades. 1. Chicago (Estados Unidos)
A campeã no ranking se destacou em várias categorias, como a de gastronomia, bebida, felicidade, cultura, acessibilidade e orgulho de viver na cidade. A boa pontuação entre seus moradores foi responsável pela colocação, mesmo Chicago não tendo tido um bom desempenho na categoria segurança. Quer acessar mais conteúdos da Revista Casa Vogue? Baixe já o nosso aplicativo, disponível também no Globo Mais. Nele você tem acesso a reportagens exclusivas e às edições das melhores publicações do Brasil. Cadastre-se agora e experimente 30 dias grátis.
Para viajantes que gostam de se conectar com o local e vivenciar experiências, descobri dois lugares na Calábria que fogem da hospedagem convencional. A primeira é a Casa Gemma, um bed and breakfest situado em uma colina em Lamezia Terme, na província de Catanzaro.
A casa originária do século XIX conta uma bela história e é um exemplo de preservação. Ela foi construída por um comerciante napolitano que se apaixonou pela propriedade por causa da vista do golfo no mar Tirreno, pois lembrava a sua terra natal.
O comerciante que estava sempre a fazer negócios na cidade, na época chamada Nicastro, decidiu erguer ali sua residência de campo. Para tanto, trouxe de Nápoles os mestres de obra que retomaram os cânones típicos das vilas vesuvianas. Até água encanada a casa tinha, fato raro para época. A colina e o terreno circundante eram cultivados com trigo, vinhas, legumes e frutas cítricas.
De lá para cá, a vila foi sendo transmitida de herdeiro para herdeiro até chegar na zia Gemma, irmã de Armida, que a recebeu como herança e que finalmente passou ao filho Federico, o proprietário atual. Com o tempo, a casa caiu em ruínas. Parte do telhado desmoronou, os pisos e as paredes de tijolos estavam desgastados e faltando peças, e o jardim, abandonado e tomado por pragas.
Nos anos de 1980, Federico Nicotera e Ornella Molinaro, sua esposa, decidiram recuperá-la. Ele, advogado, e ela, especializada em ecologia, colocaram boa parte de suas vidas na restauração da vila, sempre visando as melhores práticas, como o tratamento natural das pedras e dos tijolos com produtos a base de óleos cítricos – há 40 anos, era uma novidade. Durante a obra, as pedras maiores do pavimento foram retiradas e numeradas para depois serem recolocadas no mesmo lugar.
No jardim, ainda se vê os muros de pedra que preservam a tradição da paisagem em terraços. Hoje está muito bem cuidado, acolhendo pomar de frutas cítricas e a horta variada para consumo próprio.
Foi feito um grande esforço para regenerar tudo o quanto possível de modo que vila retomasse vida. "Queremos mostrar a visão do lugar como um refúgio da própria alma, que aqui se encontra e se revela", diz a filha Armida Nicotera que testemunhou a transformação do lugar e se ocupa do marketing do bed and breakfest.
Depois de muito tempo residindo na propriedade com as filhas, há dois anos, o casal já aposentado criou o Casa Gemma, em homenagem à zia querida, onde recebem com muito carinho e histórias os hóspedes que estão na região para desfrutar das belas montanhas e praias.
São apenas três suítes, charmosas e ideais para o relax. O café da manhã, preparado pessoalmente por Ornella, é um deleite. O panorama que encantou o comerciante há dois séculos atrás é de se perder o fôlego.
Para morar e trabalhar
A outra alternativa de hospedagem é recomendada para quem está de passagem mas quer ficar mais tempo e se conectar com pessoas. Trata-se do Home For Creativity, primeiro coliving e coworking da Calábria. Ele nasceu também há dois anos do sonho de uma jovem recém-formada em filosofia que foi para Califórnia, nos EUA, buscar ideias para o seu futuro. E encontrou!
Foi lá que Roberta Caruso teve o insight: "Vivo aqui com minha família desde 1995. Eu não queria um trabalho tradicional. Então, pensei em transformar a casa em um espaço compartilhado, abrindo-a para os 'hóspedes' a minha rotina."
Ao voltar dos Estados Unidos, colocou em prática a proposta de criar em sua propriedade em Montalto Uffugo, na província de Cosença, uma residência-incubadora chamada Home For Creativity. A proposta envolveu a família que a ajuda administrá-lo. Alba Caruso, a mãe, faz a gestão hoteleira, e Roberto Caruso, o pai, cuida da horta e é o cuoco (e que cuoco!).
"Mudamos nossa vida e transformamos nossa casa em uma residência compartilhada. Aqui também somos viajantes, pois entramos em contato com diferentes culturas e estímulos de pessoas que vêm de todas as partes do mundo", diz Roberta.
No Home For Creativity, é possível se hospedar no mínimo duas noites e ficar por 18 meses, tempo para quem está querendo desenvolver algum projeto, recebendo inclusive tutoria.
A casa principal, também do século XIX, foi adaptada para as novas funções e para ter autonomia em aquecimento, com adoção de caldeira a base de pellets (combustível feito de madeira de reflorestamento) e painéis solares. São quatro suítes com nome de filósofos, como Antigone, Ipazia, Didone e Frida. Cada uma munida com a sua biblioteca temática, escrivaninha e um caderno para o hóspede registrar a sua experiência no Home For Creativity.
Esse bloco ainda acomoda uma cozinha compartilhada, onde são preparadas as refeições com produtos cultivados na propriedade – como oliva, verduras e tomate –, uma sala de lareira e outra de televisão.
A Sala Socrates é uma construção mais recente, que aloja o coworking e onde são realizados workshops e cursos para formação a interessados em transformar a própria moradia em coliving, além de eventos e residência artística.
O Home For Creativity também realiza tours pelo entorno para o reconhecimento do território. E acaba de lançar o primeiro workation camp da Itália, um intensivo que visa orientar quem quer se tornar um nômade digital.
Quem sabe na próxima edição, Roberta me convida para dar meu depoimento de como foi rodar a Itália, cohabitando em diversos lugares e me conectando com o mundo por meio do celular e do computador. Acho que já posso me considerar uma #nômadedigital.
Depois de quase 30 anos estudando o espaço como jornalista especializada em design e arquitetura, a jornalista Silvana Maria Rosso tomou para si a missão de falar das novas fórmulas para se viver neste planeta. Por isso, ficará três meses na Itália em busca de sustentabilidade, design e cultura. Este é o sexto capítulo de seu diário de bordo.
Vestir nossa casa é tão importante quanto construir nosso estilo pessoal. A maneira como nos apresentamos e como compomos os looks do dia a dia diz muito sobre nós e isso também acontece quando decoramos nossa casa. Optar por peças vintage e objetos feitos por artesãos são práticas que colaboram tanto para a valorização da mão de obra dos pequenos produtores quanto para o meio ambiente, já que aumentamos a vida útil de objetos em desuso e sem destinação.
Aqui alguns endereços que nos guiam nesse roteiro de design consciente:
Na Verniz, loja de móveis vintage, as possibilidades são muitas e a curadoria das peças, encontradas por todo o Brasil, conta com o olhar apurado dos sócios, os ex- modelos Fábio Matheiski, Luciano Tartalia e Paulo Bega. A maioria das peças é original valorizando as marcas do passado.
A ASA Santo Agostinho e o Bazar da Unibes são lugares perfeitos para quem gosta de pesquisar e busca objetos inusitados. De segunda à sábado os espaços recebem móveis e peças dos mais diversos estilos, formas e tamanhos. Lembrando que ao colaborar com instituições como essas, estamos ajudando no custo mensal de crianças e idosos em estado de vulnerabilidade social.
Peças produzidas 100% à mão e com propósito também fazem a diferença. A cadeira “Scatola” da Hometeka foi criada a partir de excedentes de outros móveis além de ter a função de armazenar sobras de madeira da oficina. O mancebo da Barini Design, uma das marcas do hub de Consumo Consciente do PORTAL ECOERA além de ser peça única, foi produzida com reaproveitamento de dormentes de trilho de trem, cruzetas de postes e galhos que caem naturalmente das árvores.
Conhecida por trabalhos que buscam ativar espaços públicos, a premiada arquiteta Frida Escobedo foi selecionada para projetar o Serpentine Pavilion 2018, em Londres. A mexicana é também a arquiteta mais jovem a ser convocada para cumprir essa missão – que este ano chega a sua 18ª edição.
Fazendo referências a arquitetura mexicana, com a composição de pátios internos, por exemplo, e explorando materiais típicos dos projetos britânicos, o projeto do pavilhão de 2018 revela um jardim semiescondido composto por dois volumes retangulares, construídos com telhas de cimento escolhidas especialmente pela sua textura e cor.
Empilhadas para formar uma “celosia”, espécie de cobogó típico do México, as telhas permitem ainda que arquiteta crie efeitos de luz e sombra, usando como fonte o sol e como objetos reflexivos uma piscina triangular, que ficará na parte inferior do pavilhão, e dois painéis espelhados que ficam na parte de cima – criando reflexos variados de acordo com a hora do dia. Na intenção de fazer com que o projeto seja visto como um relógio, Frida ainda pretende alinhar o pavilhão com o eixo geográfico norte-sul, em referência ao Meridiano Greenwich.
"Meu projeto para o Serpentine Pavilion 2018 é um encontro de inspirações materiais e históricas inseparáveis da própria cidade de Londres, e de uma ideia que tem sido fundamental para a nossa produção desde o início: a expressão do tempo na arquitetura", explicou Escobedo para o site do projeto. "Para o Serpentine Pavilion, adicionamos os elementos luz e sombra, reflexão e refração, transformando o edifício em um relógio que descreve a passagem do dia.", completou a arquiteta.
O Serpetine Pavilion ficou conhecido por ser um mix de obra de arte com centro de eventos. O projeto começou em 2000, com Zaha Hadid, e, segundo os organizadores, apresentou os primeiros edifícios do Reino Unido de alguns dos maiores nomes da arquitetura internacional. Nos últimos anos, estão entre os criadores do pavilhão o japonês Sou Fujimoto, o dinamarquês Bjarke Ingels (BIG) e o burquinense Diébédo Francis Kéré.
Frida foi selecionada pelo diretor artístico da galeria Serpetine, Hans Ulrich Obrist e pelo CEO Yana Peel, com a ajuda dos arquitetos David Adjaye e Richard Rogers. Seu projeto deve ser aberto entre os dias 15 de junho e 7 de outubro.
Giovanna Maradei é repórter online da Casa Vogue, feminista e fundadora da Iniciativa “Todas as Mulheres do Mundo”. Autora da coluna Feito por elas, a jornalista acredita que é compartilhando o trabalho e as histórias de mulheres criadoras que ficamos mais próximos de um mundo mais justo e igual para todos.
Ainda pouco comum, uma cozinha com parede, armários e prateleiras pretas é sempre uma boa aposta para quem quer deixar o ambiente mais sofisticado - e cheio de personalidade, como acontece neste décor do dia, produzido pela Castorama.
Para além da cor escura, a decoração também chama atenção pelas pastilhas rose gold, resnponssáveis por trazer um ar descolado e fresh para o espaço, além de um brilho na medida certa. Por fim, acessórios de madeira e cerâmica, além de muito úteis, aquecem o ambiente e dão o toque final no décor.
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A Simplesmente ensina uma receita de uma sobremesa deliciosa, fácil de fazer e super proteica : uma mousse de cacau extremamente cremosa, vegana e que leva somente ingredientes saudáveis. Ótima para fazer na época do verão e comer sem culpa! Confira abaixo a receita:
1 kg de tofu firme
400 g de chocolate sem leite e 70% cacau
500 g de castanha de caju crua
100 g de cacau em pó
2 xícaras de açúcar demerara
2 colheres de sopa de óleo de coco
2 xícaras de água
1 xícara de nibs de cacau
1/2 xícara de farinha de castanha de baru
Modo de preparo
Deixe a castanha de caju de molho na água por 12 horas. Prepare uma calda com a água, o cacau, e o açúcar e o óleo de coco, em uma caçarola funda, no fogo baixo, até obter ponto o ponto de calda. Reserve. Em um processador ou liquidificador, bata o tofu firme cortado em cubos junto com metade da calda, até obter um creme líquido e homogêneo. Reserve. Derreta o chocolate picado em banho maria e reserve. Adicione o chocolate derretido
ao creme de tofu e reserve. Despreze a água e bata a castanha de caju deixada de molho, no liquidificador, com metade do que sobrou da calda, até obter um creme homogêneo. Na batedeira, incorpore o creme de tofu ao creme de castanha de caju, e bata por 5 minutos para deixar a mousse mais aerada. Refrigere por 2 horas antes de servir e sirva a mousse gelada com o restante da calda por cima. Finalize com nibs de cacau e farinha de castanha do baru.
Quando o escritório Karen Pisacane Arquitetura de Interiores foi contratado para reformar este imóvel no Campo Belo, em São Paulo, recebeu o desafio de decorar para uma família que sempre morou em casa e, pela primeira vez, teria de se adaptar às características de um apartamento.
Como os moradores pediram a ela para criar ambientes modernos, a profissional investiu em cores femininas, em estampas e em texturas diversas – tudo em equilíbrio, o que fez com que, apesar da diversidade, existisse uma harmonia entre os elementos utilizados.
Desde a entrada, há a aposta no luxo e na elegância. Prova disso são as luminárias que recebem os convidados e moradores já no hall de entrada e se assemelham a uma escultura, criando um impacto desde o primeiro momento. Na sala, há uma base neutra, marcada por uma paleta em cinza e branco, na qual são inseridos elementos coloridos, sobretudo em tons de roxo e rosa, que dão uma atmosfera feminina ao ambiente.
Importante destacar que a arquiteta atendeu a um pedido dos moradores e investiu em muitas estampas, como as do tapete, dos móveis e das almofadas. Embora inicialmente possa parecer que haja um excesso, existe uma harmonia e equilíbrio. Aliás, a combinação de cores e estampas em uma base neutra faz com que o apê exale um quê moderno, onde a descontração é a tônica.
Na varanda, as cores guiam o décor, onde foram usadas tramas da Tidelli que podem ser expostos ao sol e não se deterioram. Já na cozinha, o grande investimento foi um painel de azulejos da Lurca, o qual assumiu a responsabilidade pela modernidade do ambiente.
Nos quartos, a decoração expressa a personalidade de cada um dos moradores. No quarto do casal, cores neutras e mais quentes dialogam com um rosê mais romântico, combinação responsável pela elegância do espaço; no da filha, o espelho acima da cabeceira ampliou o ambiente, antes muito pequeno, e a pintura turquesa e fúcsia fez nascer a feminilidade.
Já faz quase um ano que a Samsung apresentou a The Frame em Las Vegas, durante a CES 2017. Eis que em outubro ela chegou aos mercados brasileiros e neste Casa à Prova fomos finalmente conferir se, de fato, ela é uma televisão que se camufla na parede como um quadro!
Além de possuir uma moldura que a envolve, a The Frame tem algumas tecnologias que chamam a atenção: há sensores que captam a quantidade de luz na sua sala de estar e ajustam as imagens (ou obras de arte) para ficarem mais realistas. Esse mesmo sensor também é capaz de perceber se não há pessoas na sala de estar - então ela se desliga automaticamente e volta a ser um quadro negro na parede.
Depois de apresentar os melhores cenários do ano, A Arte do Cinema dá continuidade ao especial pré-Oscar com os indicados na categoria de Melhor Fotografia. Para quem não sabe, um diretor de fotografia é o especialista “em processos fotográficos, iluminação e técnica de cinematografia” (BORDWELL; THOMPSON, p. 55), ou seja, ele precisa saber de absolutamente todas as etapas de construção técnica imagética de um filme. É ele que responde e consulta o diretor de um filme para assim acordarem “como cada cena será iluminada e filmada” (BORDWELL; THOMPSON, p. 55). Cabe também ao diretor de fotografia supervisionar o cinegrafista (operador de câmera – por vezes, o próprio diretor de fotografia que comanda o equipamento); o maquinista (supervisor dos técnicos de organização e transporte de equipamentos); e o gaffer (eletricista-chefe do set). Além disso, é de extrema importância para a unidade visual do filme que o diretor de fotografia esteja alinhado com a equipe de arte.
Confira abaixo os detalhes dos filmes nomeados ao Oscar 2018 por Melhor Fotografia:
“Mudbound”, Rachel Morrison
O filme dirigido por Dee Rees (ela escalou só mulheres para a trabalhar neste longa) se passa durante a Segunda Guerra Mundial, no Mississippi. São várias histórias que correm em paralelo sobre os diversos personagens, que se convergem em vários momentos, tudo baseado no livro homônimo de Hillary Jordan. A luta de fazendeiros locais pela sobrevivência, a postura da mulher dentro de casa, a relação de famílias e, principalmente, o racismo de um povo que ainda tratava os negros como escravos são alguns dos temas que podemos absorver de um filme tão intenso quanto este. Em uma narrativa politizada, Dee Rees nos entrega a visão de um negro sobre o racismo (ponto crucial do filme) a partir da amizade de dois jovens que voltam da guerra vitoriosos pelo seu país - o branco, venerado, e o negro, inconformado com a falta de igualdade racial nítida na região. Mais um filme este ano que, por mais que seja ambientado em outra época, nos faz questionar as nossas ações e posturas atuais.
Para acompanhar esse retrato cru da sociedade rural, Rachel Morrison opta por manter a luz natural em todas as cenas e, com auxílio da tecnologia disponível hoje, consegue transformar todos os takes em pinturas. “Eu vejo a cinematografia como um projeto invisível, que está a favor da história mas que não precisa mostrar que está ali”, comentou ela em entrevista ao Film Content. Takes abertos da natureza, cores do céu que se misturam com a terra, assim como closes em momentos cruciais revelando as escolhas dos seres humanos são alguns dos recursos presentes no filme. Bonito de se ver - e de chorar também. Vale ressaltar que Rachel com Mudbound (Netflix) fez história ao ser a primeira mulher em 90 anos de Oscar a ser nomeada na categoria de fotografia.
Existem dois universos bem marcados em Blade Runner 2049 e, além da direção de arte que marca o existencialismo do protagonista, a fotografia entra para marcar os “territórios” e complementar a estética minimalista do diretor Denis Villeneuve. Gravado em estúdio, em Budapeste, a equipe de Roger Deakins (nomeado ao Oscar 14 vezes) trouxe referências bem distintas para a construção visual desses dois microambientes que tomam conta do filme. O primeiro que aparece para o espectador remonta a nostalgia do Blade Runner de Ridley Scott, com chuva, neve, fumaça e a falta de esperança de um futuro consumido pela tecnologia. Para isso, Deakins pesquisou imagens de Beijing. “Percebi que a presença da fumaça é importante também para a iluminação, aquela meio neon que se revela difusa entre as nuvens ‘sujas’”, explicou ele ao IndieWire.
Pela primeira vez, Villeneuve quis usar a cor como parte da jornada do personagem de Ryan Gosling. O que interferiu na direção de arte e fotografia. Os tons de amarelo e laranja saem de referências de cidades áridas como as do México, Espanha e Las Vegas para preencher a região onde Deckard (Harrison Ford) está escondido. Deakins teve um desafio nesta parte, porque o estúdio em Budapeste não comportava o tamanho do cenário necessário para fazer o hotel. Então a equipe teve que fazer por partes e a fotografia iluminar com o tom certo de laranja para dar continuidade a identidade do espaço. Outro ponto alto da fotografia de Blade Runner 2049 é a cena na qual vemos um show holográfico de Elvis Presley meio a uma luta entre K (Gosling) e Deckard (Ford). O diretor de fotografia manteve a iluminação pontual para termos a sensação de surpresa entre os movimentos da luta e deixou as “bordas” em preto para deixar o ambiente maior do que ele realmente era.
Uma das grandes metáforas que podemos extrair do filme de Joe Wright é a revelação de Winston Churchill como primeiro ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Um político que não tinha tanto respeito dentro do próprio partido e não era conhecido pela população sai, literalmente, das sombras para o protagonismo decisivo no conflito, revertendo a terrível situação dos soldados ingleses em Dunkirk (aliás, indico ver um filme depois do outro). Assim como a direção de arte contribuiu para este efeito, a fotografia de Bruno Delbonnel foi importantíssima, já que marcou de maneira eficiente esse jogo de luz e sombra do personagem, interpretado pelo ótimo Gary Oldman.
Gravado parte em estúdio e parte em cenários reais, como casas e castelos antigos, o filme ganhou poder na iluminação externa, com grandes fresnéis postos nas janelas para dar o efeito de cortina de luz nas cenas e nos personagens. Em um momento de desespero, Churchill opta por usar o metrô de Londres para conversar com a população sobre os passos seguintes da guerra, e nesta cena, a luz muda e a fotografia se torna mais quente e menos “artificial”. Por isso, podemos traduzir algo como Churchill se mostrando quem ele realmente é. Uma brincadeira excelente de recursos cinematográficos.
Repetindo a fórmula e o duo de Interstellar, Christopher Nolan convidou novamente o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema para seu novo longa, sobre a famosa (e importante) história de Dunkirk, durante a Segunda Guerra Mundial. Conhecido por querer sempre se superar quando o assunto é experiência visual, Nolan não deixou de lado sua fama – e Hoytema cumpriu a missão muito bem. Sem um personagem humano principal, a câmera se torna o protagonista que passa pelos conflitos em terra, na água e nos ares, com os diferentes militares e civis presentes na trama. Tudo é muito amplo e com muita qualidade, afinal, Nolan queria usufruir do Imax da melhor forma. “A grande questão para nós era: como fazer algo que os espectadores estivessem mergulhados na situação e sentissem o que cada personagem sentia”, comentou o diretor de fotografia ao LA Times.
Trabalhando com os engenheiros da Panavision, Van Hoytema desenvolveu novas lentes que se movimentavam de acordo com as cenas, capazes de se inclinar quando preciso, caber em espaços apertados e ser ultra sensíveis a luz para os momentos de closes. “A câmera quer seguir a ação. Nossos atores estão, de certa forma, levando a câmera onde ela precisa estar – é um jeito reativo de gravar um filme, como em documentários”, resume ele. “Você não espera a bomba cair, você acompanha todo o movimento quando isso acontece. Tentamos o máximo possível dar a experiência em primeira mão.” Espere por takes longos e abertos que, de repente, se tornam aproximados, em uma montagem bem específica para a proposta de Nolan ao retratar um filme de guerra.
Depois de Guilhermo del Toro desistir de gravar o filme em preto e branco, as equipes de arte e fotografia, ao lado do diretor, escolheram uma paleta de cor que permeou absolutamente tudo em A Forma da Água. Para Dan Laustsen a tarefa ficou em deixar o elemento aquático presente em todos os takes, com chuva, com fumaça, com bolhas, etc. Sem manipulação de cores na pós-produção, a fotografia convence justamente por retratar aquilo que o cenário mesmo entrega. O desafio dado para Laustsen foi o de transformar a personagem de Sally Hawkins em uma estrela de cinema dos anos 1960, mesmo ela sendo uma faxineira na divisão militar durante a Guerra Fria. Além disso, momentos de dor e tortura tinham que encaixar na narrativa sem destoar da identidade de del Toro.
“Nós amamos a câmera em movimento. Nada muito maluco, claro, mas Guilhermo queria que ela estivesse viva e flutuando a todo momento”, disse Dan em entrevista ao Deadline. Portanto, artifícios como steadicam e dollies foram bastante usados nas gravações do filme para dar a sensação de flutuar como o diretor queria, reforçando a estética aquática proposta pelo romance entre uma mulher muda e um homem-anfíbio. Mágica e beleza não faltam em mais um filme incrível de Guilhermo del Toro.
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