Tinha uma árvore no meio do caminho. Mas essa árvore não era um problema e não foi cortada, felizmente! Assim, pode continuar muitas décadas mais a oferecer sombra e um espetáculo visual a esta casa, construída com base nesta filosofia dos moradores e do escritório Faulkner Architects. "Essas árvores se sentiam como refúgio antes mesmo de construirmos qualquer coisa. São como um material gratuito que se tornou parte da casa”, confirma Greg Faulkner, que ganhou dois prêmios com o projeto, em São Francisco, Califórnia.
A sorte de encontrar um terreno coberto de rica folhagem verde e carvalhos nativos jamais seria desperdiçada pelos moradores, apaixonados pela natureza. Tudo foi feito, portanto, para evitar impactos ambientais e reverenciar as árvores, posicionando a construção sob a sombra dos carvalhos, em um relacionamento íntimo com seus esculturais galhos. Do living, agora, os moradores assistem ao verde aceso dos musgos que crescem neles.
Na fachada, o aço corten e os amplos painéis de vidro dão o ar contemporâneo e fazem contraponto à madeira texturizada. Essas escolhas se justificam também pela baixa manutenção. "Ferrugens e massas de aço se refrescam toda vez que chove, assim como a paisagem", diz Faulkner. Dentro da casa, o minimalismo impera com poucos móveis. O vazio contemplativo é proposital.
Recursos inovadores foram instalados em toda a casa. Um aquecedor de água com bomba de calor e sistema de coleta de água da chuva é utilizado em banheiros e lavanderia, a água usada – sem poluentes – é recuperada para irrigar a área externa, e um sistema sustentável controla aquecimento e resfriamento dos interiores.
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Os banheiros com cara de spa estão com tudo na decoração e continuam sendo tendência absoluta. Cada vez mais veremos os banheiros maiores e praticamente sem divisórias, proporcionando um oásis para relaxar.
Neste banheiro todo branco, mas longe de ser monótono, o escritório Broekx Schiepers, dos arquitetos Jo Broekx & Marcella Schiepers, revestiu todas as paredes com tijolinhos a vista pintados de branco que substitui o uso dos azulejos.
O toque industrial é reforçado pelo chuveiro retrô e pelo suporte de cortina redondo. Sobre ele, a claraboia permite a entrada abundante de luz natural proporcionando uma experiência diferenciada no banho.
O piso e as pias exibem o mesmo material que lembra um granilite, enquanto as linhas reforçam a estética minimalista presente no espaço.
Esta casa, localizada em Roma, foi projetada pelo arquiteto Massimo Adario. A reforma dessa construção do século XIX, trouxe muita personalidade ao espaço. Ao utilizar-se da mesma cor para pintar paredes e teto, o ambiente se compacta e o torna mais aconchegante.
Na sala de jantar com mesa redonda vintage tem o tampo de pedra natural que conversa com as cadeiras revestidas em couro caramelo. Os armários com desenho minimalista são revestidos com a cor verde que está super em alta. As estantes de metal sobre a bancada, servem de apoio para os utensílios.
O piso é o protagonista do espaço, tendo o marmorite como inspiração, – a tendência que está de volta – Os pedaços de granito e mármore de diferentes cores ornam com o restante da decoração, trazendo personalidade e um toque vintage. A sofisticação fica por conta dos pendentes dourados com design nada convencional.
Do banheiro aos dormitórios, quem é adepto do conceito de floresta urbana sabe que as plantas têm o poder de deixar qualquer espaço mais acolhedor. Uma maneira contemporânea de aderir à tendência da urban jungle é escolher árvores e outras espécies de grande porte para ter dentro de casa. “Qualquer lugar fica mais aconchegante com elas”, ressaltam Denise Yui e Julia Rettmann, da loja Selvvva, de São Paulo. As arquitetas nos ajudaram a listar sete espécies grandes que vão bem em ambientes internos e, de quebra, dão um upgrade imediato no décor.
Também conhecida como palmeira-leque, essa espécie chega a três metros de altura e precisa de meia-sombra ou sol pleno para se desenvolver. Suas folhas triangulares acrescentam um toque singular ao ambiente, que deve ser bem iluminado para acolhê-la da melhor maneira.
Também conhecida como rápis ou ráfis, esta palmeira precisa de luz difusa ou meia-sombra para se desenvolver. Curiosidade: os japoneses foram os primeiros a utilizá-la como planta ornamental, coletando exemplares na China para adornar o Palácio Imperial.
Fácil de cuidar, esta árvore ornamental fica muito bem em florestas urbanas tropicais ou modernas. Ela pode ser cultivada a pleno sol ou a meia-sombra, em vasos com solo rico em matéria orgânica.
Palmeira
A palmeira camedórea ou palmeira-bambu (Chamaedorea microspadix) é bastante usada em projetos de interiores por sua fácil adaptação aos ambientes com luz difusa, sombra e meia-sombra.
Jiboia
Boa pedida para decorar ambientes internos, a jiboia geralmente é usada como planta pendente, mas pode ser cultivada como trepadeira em locais com meia-sombra. Gosta de regas frequentes.
Plante o filodendro em um vaso com substrato rico em matéria orgânica e regue com frequência para que a planta cresça rápido e tenha uma folhagem sempre bonita. A espécie, inclusive, acrescenta textura e volume à decoração.
Filodendro ondulado
Suas folhas em tom de verde escuro trazem ares dramáticos à decoração. Para cultivar a espécie, escolha um local com meia-sombra e plante em um vaso com substrato rico em matéria orgânica. Não se esqueça de regá-la regularmente.
Se estivesse vivo, o designer italiano Achille Castiglioni faria 100 anos. Por ocasião do centenário, Patricia Urquiola –uma de suas mais famosas discípulas – relembra os ensinamentos do mestre, com exclusividade para a Casa Vogue
Cheguei à Itália da Espanha nos anos 1980. Na época, eu era uma estudante de arquitetura em Madri. E não nego: quando me envolvi com o curso de design industrial oferecido por Achille Castiglioni (1918-2002) no Politécnico de Milão, reagi com ceticismo, porque me parecia algo similar à cenografia. Eu ainda não tinha ideia de que ficaria marcada pelo resto da vida.
Até hoje, lembro-me de quando o professor entrava na sala com malas cheias de objetos para as aulas de quarta-feira. Aquela sobre os óculos foi maravilhosa, mas a minha preferida foi uma sobre as tesouras. Conversávamos de tudo: da forma, da relação com o corpo humano, da estratificação do saber popular que deu vida a uma incrível variedade de objetos.
Uma geração inteira de designers foi impactada por aqueles cursos. Quando fui sua aluna, Castiglioni mudou minha relação com o design. Havia algo de mágico em seus ensinamentos, ele nos estimulava a raciocinar a partir da nossa curiosidade, tomando-a como uma ferramenta essencial. Um método inteligente e conciso, que o representava mesmo por meio do processo de simplificação e da grande atenção que dava à função e ao bom humor.
Ele entregava alguns objetos em nossas mãos e nos perguntava qual era o elemento fundamental de cada um. Havia muita surpresa de nossa parte, e até insegurança. Foi, entretanto, um presente maravilhoso: ainda hoje, quando projeto, esse pensamento é minha bússola. Se você percebe claramente qual o elemento fundamental, é capaz de gerir problemas e processos complicados, e também de firmar compromissos. Não existem outras fórmulas no design: estamos sempre diante de uma página em branco, mas esse raciocínio é um ótimo assistente.
Eram os últimos anos de docência de Achille Castiglioni. Eu o convenci a orientar meu trabalho de conclusão de curso, mesmo que ele não pudesse mais ser responsável por formandos (logo em seguida, eu me tornei assistente dos seus cursos por dois anos, no Politécnico de Milão e na ENSCI de Paris).
O meu TCC era sobre domótica: um tapete que escondia dentro dele cabeamento elétrico e telefônico – uma coisa emocionante, fruto de dois anos de pesquisa. Para demonstrar sua resistência, jogamos água e a banca fugiu assustada. Ele riu demais. Tirei a nota máxima, com louvor. Tive realmente muita sorte em ter um professor como ele, porque aprendi a praticar o que definiria como “uma grande liberdade”. Pelo seu exemplo, ele impulsionou alunos a encontrarem seus próprios caminhos e métodos pessoais, com base no rigor e na ampla curiosidade.
Castiglioni seria feliz hoje, especialmente graças ao advento da internet. Ele se divertiria muito com o Spotify, teria sua playlist de música popular. Recordo-me da sua energia, do capricho ao se vestir, dos óculos e das gravatas finas. Acima de tudo, lembro da voz um pouco desafinada e me emociono muito. Os olhos que se arregalavam como sinal de interesse, o sorriso. Tinha a mente bastante aberta e um espírito extremamente jovem.
Coincidentemente, agora estou envolvida em uma intensa pesquisa na Fundação Achille Castiglioni, organizando uma exposição por ocasião do centenário do maestro, da qual serei curadora e assinarei a montagem – será em outubro, na Triennale de Milão. Com minha equipe, estou recolhendo dados e refletindo sobre como contar a história deste enorme gênio.
O seu estúdio-museu tornou-se nossa casa, trabalhamos com sua família e seus arquivos: para mim, é uma honra e um enorme prazer. Por enquanto, só posso antecipar uma coisa: a mostra apresentará a obra de Castiglioni de maneira profundamente leve. Seria imperdoável fazê-lo de outra forma.”
Um bom projeto nasce não da ambição de deixar uma marca, mas da vontade de instaurar uma troca, mesmo que pequena, com o desconhecido personagem que usará o objeto projeta do por vocês"
Achille Castiglioni
Aprendendo com Castiglioni
“A experiência não dá nem certeza, nem segurança. Ao contrário, aumenta as possibilidades de erro. Quanto mais o tempo passa, mais difícil fica projetar melhor. O antídoto? Recomeçar do zero a cada vez, com humildade e paciência”, dizia Achille Castiglioni. O grande mestre do design italiano (nove vezes vencedor do Compasso d’Oro, um dos prêmios mais importantes do setor) se dedicou por mais de 20 anos a lecionar.
“Se vocês não são curiosos, deixem para lá. Se não se interessam pelos outros, por aquilo que fazem e como agem, então, o design não é a carreira certa para vocês”, aconselhava a seus alunos. E ainda: “Esqueçam essa ideia do ‘esplêndido isolamento artístico’. Um objeto de design é fruto do esforço comum de muitas pessoas com várias competências específicas (técnicas, industriais, comerciais, estéticas). O trabalho do designer é a síntese expressiva desta ação coletiva”.
* Fotos cortesia Fondazione Achille Castiglioni (croquis da luminária Arco e retrato trabalhando), Frank Huelsboemer/cortesia Flos (luminária Taccia), G. Pino/cortesia Fondazione Achille Castiglioni (retrato com talheres) e divulgação
INAUGURADO NO INÍCIO DO ANO COMO PARTE DAS COMEMORAÇÕES DO 464º ANIVERSÁRIO DE SÃO PAULO, O CENTRO DE CULTURA E LAZER Farol Santander devolveu à cidade um de seus edifícios mais emblemáticos – o Altino Arantes, ou “Banespão” –, após dois anos entre restauro e reforma, cujo intuito era abrigar seu acervo, espaços expositivos, um loft, café com vista panorâmica e até uma pista de skate.
O maior susto foi perceber o volume de lixo que o homem produz. Por isso era tão importante mostrar o poder de transformação disso em algo inédito"
Marcelo Stefanovicz
No entanto, a impressionante escala da iniciativa provocou um impacto de mesma grandeza: dezenas de toneladas de entulho acumuladas pelos andares desocupados, de cabos elétricos e tubos a máquinas e móveis obsoletos.
Foi aí que entrou em cena o artista e designer Marcelo Stefanovicz, convidado para converter esses itens, que seriam descartados, em objetos funcionais. E o momento para reciclar toda essa história não poderia ser mais oportuno: o próprio Marcelo inicia uma nova fase em que, após anos atuando lado a lado com Leo Capote no estúdio Outra Oficina, volta a produzir de maneira independente.
Com um prazo estipulado de seis meses para desenvolver o projeto, iniciado em setembro de 2017, o designer montou, no 15º, piso do prédio, um ateliê que mais parece um laboratório de arqueologia da sociedade industrial.
Assim que as peças ganharam um corpo, entendi que representavam uma história – no caso, a história de um marco de São Paulo”
Uma sensação inicial de caos dá lugar a uma sistemática organização que separa as bancadas de trabalho por tarefa e os nichos de entulho por material – até os milhares de porcas e parafusos encontrados têm local certo.
Andando com desenvoltura entre os “destroços”, ele conta que por ali se espalham mais de dez toneladas de material – das quais três são de cabos elétricos e duas de alumínio – e que foram necessários quase dois meses somente para ele entender a quantidade de coisas de que dispunha, arrumar tudo e recuperar elementos danificados com potencial para reaproveitamento, como calhas elétricas.
“A primeira impressão foi a de entrar num ferro-velho: eram montanhas de entulho! Mas o maior susto foi perceber o volume de lixo que o homem produz. Por isso era tão importante mostrar o poder de transformação disso em algo inédito”, defende Marcelo.
Numa produção ininterrupta, foi estabelecida a meta de criar oito peças por mês, 48 no total, para que, ao final, fossem distribuídas pelo arranha-céu, inclusive na entrada, junto ao monumental lustre de 13 metros de altura que recebe os visitantes. Isso sem contar a confecção dos 750 castiçais oferecidos aos convidados na festa de abertura – todos elaborados a partir de componentes de aço para piso elevado.
A coleção que resulta desse processo é formada por cadeiras e bancos com assento de tubos metálicos, luminárias de piso com estruturas de para-raios, e até uma grande mesa de centro cuja base é composta por uma antiga antena de televisão que, diz a lenda, foi usada para realizar a transmissão de estreia da extinta TV Tupi.
Muitos dos itens foram desenhados e bastante discutidos, enquanto outros surgiram de forma espontânea, direto na bancada de trabalho"
Marcelo Stefanovicz
Mas o produto mais impressionante é justamente um dos mais recentes – um bufê desenvolvido com quase 200 kg de tubos de aço com diferentes diâmetros, que permitem a passagem de luz pelas extremidades, dando certa leveza ao móvel escultórico. “Cerca de 95%da coleção são os próprios resíduos encontrados”, diz Marcelo.
Dentro desse garimpo sustentável, também foram recuperadas verdadeiras joias, como antigas luminárias de cobre, tombadas, que ainda aguardam um destino enquanto Marcelo já começa a pensar no futuro do projeto – pois existe potencial para anos de trabalho com a riqueza da matéria-prima coletada, afirma o designer.
"Rapaz, se eu fizesse isso minha mulher me tocava de casa", comenta, na brincadeira, um dos trabalhadores encarregados da obra – um oásis que reina sozinho em 7 km de costa em São Miguel do Gostoso, no Rio Grande do Norte. Os proprietários Cris Dios e Itamar Cechetto estavam determinados a fazer de cada metro quadrado um espaço imperfeitamente único.
Nada de gesso ou massa corrida padronizando paredes. Daí a surpresa do funcionário durante a construção, que levaria dois anos para ser finalizada. Foi o cuidado nos detalhes que contribuiu para que a empreitada se estendesse, e não o fato de que os empresários, à frente do grupo de salões de beleza Laces and Hair, moram em São Paulo, a quase 3 mil km de São Miguel.
“São três horas de voo e 1h20 do aeroporto até lá. Dependendo da época, levaríamos esse mesmo tempo para ir a uma praia do litoral paulista”, lembra Itamar.
Tudo o que havia no terreno era um mandacaru muito antigo, e a possibilidade de implantar a moradia de modo a ter 180 graus de vista da praia. Entre junho e julho, ganha-se o privilégio extra de ver o sol nascer e se pôr ali em frente, na linha do oceano.
A dedicação do engenheiro Fernando Castro foi decisiva para o sucesso da obra. Ao final, nada ofuscava a natureza – nem as cores, nem os materiais – todos locais ou vindos dos estados próximos, como Ceará e Paraíba.
Os proprietários estavam determinados a fazer de cada metro quadrado um espaço imperfeitamente único – nada de gesso ou massa corrida nas paredes"
A distribuição não segue nem de longe uma planta convencional. O lugar de encontro do casal, seus dois filhos e os sempre bem-vindos convidados é o caramanchão. Junto à cozinha, ele faz as vezes de salas de jantar e de estar, além de abrigar a lareira, item mais do que essencial nesta residência.
Os outros “setores” são formados por um módulo com duas suítes de 50 m² e mais dois módulos, cada um com três suítes, todos denominados cabanas pelos donos. O conjunto completo, com 600 m² de área construída, é o que Itamar e Cris chamam de “formato de aldeia”.
As matérias-primas nativas não se restringiram à estrutura. Elas também estão nos acabamentos e até em parte do mobiliário. O casal e o engenheiro saíram em busca de telhas moldadas manualmente em Reduto, o vilarejo vizinho, propondo uma troca.
Os habitantes receberam telhas novas, enquanto as literalmente feitas nas coxas acabaram em São Miguel. A taboa, vegetação que cresce nos brejos, foi empregada na cobertura. Pois é, a natureza provê. Pedaços de madeira unidos paralelamente são comuns nas cercas das casas dos pescadores. E têm nome: faxina. Aqui, ela se exibe na cabeceira da cama da suíte, nos guarda-roupas e na varanda dos quartos e da cozinha, proporcionando um lindo sombreado.
Mesmo o que veio de São Paulo tem a mão e o olho dos donos, a exemplo das cortinas coloridas, resultado da costura de muitos retalhos que Cris Dios ganhou da estilista Adriana Barra. Não ficou nada para o acaso. O refúgio é um bordado, como o labirinto, ponto tradicional da região.
Nota-se que o repertório visual da dupla é vasto, assim como o gosto pela pesquisa e pelos detalhes. Cris cursou dois anos de arquitetura e Itamar tem formação em publicidade.Tudo somado, o resultado é uma casa que demandou tempo, dinheiro e muito trabalho. À noite, como não há luz nas redondezas, eles contam que o céu iluminado presenteia com duas ou três estrelas cadentes. Diante disso, o que são 3 mil km de distância?
Não ficou nada para o acaso. O refúgio é um bordado, com repertório visual vasto, como o labirinto, ponto tradicional da região"
Software, claro, é um programa hiper tecnológico usado em todo tipo de computadores. Mas é também um termo usado pela pesquisadora de tendência Li Eldelkoort, em 1998, para determinar o estilo de vida do futuro. E, agora, 20 anos depois, é a palavra escolhida pela gigante Google para batizar sua primeira instalação no Salão do Móvel de Milão.
Abraçando o conceito de harmonia entre conforto e tecnologia, a Google desafia quem duvida ser possível alcançar o hygge e ter um assistente remoto ao mesmo tempo e apresenta uma série de itens pensados não só para surpreender tecnologicamente, mas também para trazer aconchego.
Celulares, fones de ouvido, assistentes pessoais, câmeras, computadores e até viseiras para assistir vídeos de realidade virtual, aparecem neste ambiente com linhas mais curvas e revestimentos macios, além de tons mais claros e neutros. Truques simples, mas que são o suficiente para começar a mesclar peças super high-tech com analógicas xícaras de café, plantas, tábuas de madeira e pedras de cristais.
"Um item preto e quadrado é o mais simples de se fazer, mas na nossa opinião não é o melhor e nem o que estará no futuro", explica Ivy Ross, vice-presidente de design de hardware da Google e idealizadora da instalação. Ela conta que o time de design do Google, que teve curadoria de Li Eldelkoort, está focado em trazer a excelência estética, criando itens que você não precise esconder na decoração, muito pelo contrário.
A exposição estará aberta em Rossana Orlandi, de 17 a 22 de abril de 2018 e surpreende pelo olhar positivo e inclusivo da tecnologia. “Aproveitando horas de trabalho menores e mais flexíveis, nós teremos aumentado nossa liberdade", disse Li Eldelkoort em 98, quando, ao menos para ela, já parecia óbvios que ao invés de negar a tecnologia seria preciso abraçá-la.
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Em sua sexta apresentação durante o Fuorisalone, que acontece pela cidade de Milão ao mesmo tempo do Salone del Mobile, a Caesarstone convidou o escritório americano Snarkitecture para criar uma instalação que ultrapassa os limites entre a realidade o lúdico. Em Altered States, a ilha da cozinha é reimaginada pelos arquitetos novaiorquinos usando o padrão White Attica da marca para acentuar suas características e evocar a presença da água em seus três estados físicos: sólido, líquido e gasoso.
"Quando a Caesarstone nos convidou para trabalhar com o tema ilha da cozinha, nos identificamos de cara. É lá que cozinhamos, comemos, trabalhamos e nos relacionamos - e gostamos de ressaltar esse caráter de convivência em nossos projetos. Queremos uma arquitetura acessível e humana", contaram à Casa Vogue os arquitetos Alex Mustonen e Ben Porto, à frente do escritório colaborativo ao lado de Daniel Arsham.
Antes de darem vida à imensa instalação que preenche um grande salão do Palazzo dell’Ufficio Elettorale di Porta Romana, aberto pela primeira vez ao público, o projeto originou três pedestais diferentes, vistos na Interior Design Show Toronto no início do ano, que mostravam respectivamente água líquida, solida e em vapor. "Usamos os três estados da água porque eles nos lembram de como cozinhamos, comemos e bebemos. Antes eles estavam em lugares separados e as formas topográficas ajudavam a mostrar a solidez do revestimento, que muitas vezes é usado apenas para envolver um bloco."
"Em Milão, juntamos essas três experiências distintas para criar um único momento. É uma experiência coletiva. Temos uma ilha da cozinha que parece normal, mas quando voce chega perto você percebe que ela é coberta de água. E, ali, o elemento água coexiste em três estados diferentes", contaram eles. "A estrutura circular é diferente das ilhas comuns, pois nelas uma pessoa fica de um lado cozinhando e entretendo os convidados. Mas, na nossa, não há início ou fim. É um convite às pessoas que compartilhem esses momentos de forma mais fluida."
Além disso, o piso ao redor da ilha criada pelos Snakitects e pela Caesarstone guarda outro segredo: feito da areia que dá origem aos revestimentos da marca, ele remete à cobertura mineral de jardins. "O barulho relaxa e a textura te obriga a andar com mais calma."
"Nós acreditamos que ter a cozinha como coração da casa não é uma tendência, mas sim algo que remonta nossas origens como seres humanos. Era em volta da fogueira que se reunia para cozinhar, comer e socializar. E assim ainda é. A cozinha sempre será o espaço mais social da casa, isso só ficou mais claro porque as casas estão diminuindo de tamanho e precisam ser repensadas", finalizam.
Altered States
Data: 17 a 22 de abril
Horário: das 10 às 19h
Local: Palazzo dell'Ufficio Elettorale di Porta Romana
Endereço: Corso di Porta Romana 10, 20122, Milan
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Se você é daquelas pessoas que chega nos lugares e fica boquiaberto com a decoração e a arquitetura, e não se contém com os cliques - pois este é o restaurante para se visitar em Tel Aviv. O Cafeteria conseguiu alcançar uma estética cool e jovial com os interiores nas tonalidades hit do momento: o millennial pink, o azul profundo e o verde floresta.
O responsável pelo projeto é o jovem Meir Guri, que fez do restaurante um verdadeiro oásis dentro do Gindi Fashion Mall. O israelense propôs algo bem integrado, com área do bar e das mesas separadas por poucos níveis de escada. O pé direito alto garante a luz natural e a circulação de ar, e ganhou atenção com as plantas pendentes e luminárias geométricas. Todo esse jogo de texturas e formatos é proposital: Meir queria que as pessoas vissem o café de fora.
Como o orçamento não era dos maiores, Meir reaproveitou pedaços de mármore descartados cortados de diferentes formatos para fazer o mosaico colorido no chão. "Depois de visitar algumas fábricas de mármore, uma solução surgiu rapidamente na minha cabeça: comprar todas as sobras e cortes soltos por uma fração do preço, e então, mandar cortá-las em diferentes formas triangulares e tamanhos", disse Guri ao Dezeen. "Eu montei o chão aleatoriamente no local com um trabalhador de mármore muito paciente." Com Gio Ponti como principal inspiração para este projeto, não poderia ter saído menos incrível do que é.
O cenário deslumbrante com direito a um panorama que inclui alguns dos principais ícones paulistanos, como o Obelisco e o Parque do Ibirapuera, inspira o nome do novo restaurante Vista, inaugurado recentemente no MAC - Museu de Arte Contemporânea da USP. A casa ocupa a cobertura do edifício, localizada no oitavo andar do prédio projetado por Oscar Niemeyer em 1954.
Enquanto a cozinha está sob o comando do chef Marcelo Correa Bastos, do Jiquitaia, a carta de drinques é assinada pelo mixologista Laércio Zulu. As receitas brasileiras são as estrelas do cardápio, que reúne pratos como o carapau selado, com leite de amendoim, azedinha e cará cru, oferecido como uma das sugestões de entrada, assim como o quiabo grelhado acompanhado por maionese de dendê e farofa de camarão seco.
Entre os pratos principais há receitas como o arroz de frutos do mar; o cordeiro com molho de maniva com especiarias e banana da terra grelhada; a moqueca capixaba de peixe e camarão; e o pato no tucupi. De sobremesa há opções como a torta de caramelo com sorvete de castanha do Pará e a pavlova com curd de limão e sorvete de cambuci. Do bar saem drinques como o banzeiro, preparado com cachaça, xarope de bálsamo, vinho tinto, suco de limão e espuma de gengibre.
O projeto de arquitetura, inspirado no design brasileiro dos anos 50, leva assinatura da Prototype. O arquiteto Felipe Protti, que também assina o projeto de arquitetura de interiores e de design do Vista Café, inaugurado no mezanino do prédio em 2017, buscou elementos dos anos 50 e 60 e usou acabamentos e tecnologias atuais, de maneira a contextualizar o espaço de forma moderna e com identidade brasileira.
Protti assina as cadeiras, mesas, luminárias e acessórios feitos de madeira escura que decoram os ambientes sobre uma base em tons de branco e off-white. O arquiteto apostou em novos revestimentos de ladrilho hidráulico com volumetria, além de granilite, e manteve a estrutura da laje original, explorando e valorizando a construção. “Além disso, fizemos uma parede de elemento vazado de concreto que mandamos desenvolver especialmente para o Vista”, diz.
O novo projeto dialoga com a arquitetura do prédio e o seu entorno. “Respeitamos a fachada do edifício e trouxemos leveza para os ambientes com o mobiliário e suas formas e proporções retrô, além da combinação de cores neutras e da luz indireta”, diz Protti, ressaltando a leveza de peças como o banco sit table, que se destaca no décor com o seu elegante ripado. “Se de um lado temos a São Paulo non stop, com seu trânsito frenético, de outro há o verde do parque. Tudo foi pensado para convidar o cliente a contemplar as muitas vistas da cidade.”
Vista Restaurante
MAC – USP. Av. Pedro Álvares Cabral, 1301, 8° andar – cobertura, Ibirapuera. Acesso pelo portão principal do museu. Estacionamento grátis.
Terça, quarta e quinta, das 19h às 23h30; sexta e sábado, das 19h à 1h
Informações: (11) 97382-7261 Reservas: contato@vistasaopaulo.com.br
As dificuldades de decorar um quarto infantil são diversas, desde a escolha de móveis que possam durar mais do que a fase bebê até as cores para não cansar a vista muito fácil. No caso de Mariana Weickert, para o quarto de sua primeira filha, Theresa, hoje com quase dois meses, ela sabia o que queria desde o início: algo que fosse aconchegante para as visitas e prático para o seu dia a dia de cuidados e momentos com o bebê. “O quarto acaba sendo mais para nós do que para a criança neste primeiro momento. Queria que ele abraçasse todos que viessem aqui”, comenta ela com exclusividade à Casa Vogue.
Com isso em mente, Mari foi buscar auxílio com o Fingers Design, que até então só realizava projetos comerciais. “Foi um desafio, mas trabalhamos de maneira orgânica. A Mari é super descolada e trouxe referências ótimas para usarmos”, comenta a arquiteta Valentina Leta. Sem perder o charme da infância, o escritório propôs algo que fosse mais atemporal, que com algumas trocas de móveis, poderia permanecer com a estrutura bem definida até Theresa ter mais idade.
“Partimos das formas improváveis, como o papel de parede de poá e as tonalidades contemporâneas”, explica Valentina. As bolinhas pretas foram coladas uma a uma na parede e a cor no teto foi um toque surpresa, no tom que parece não sair de moda tão cedo: o pink millennial - que permeia também os objetos decorativos e a parede bicolor. A madeira surge na marcenaria, toda feita pelo Fingers Design, que complementa o mood do resto da casa de Mari. “Queria também que o nosso estilo e a personalidade do resto da casa aparecesse no quarto da minha filha.”
As prateleiras de madeira com detalhe de couro, o carrinho de bar transformado em aparador para guardar objetos de Theresa e o cinza reforçam o estilo atemporal do ambiente. Os pontos lúdicos são os bichinhos de pelúcia, os quadros, os potinhos divertidos e até o vaso de planta feito de crochê. No canto perto do berço, Valentina deixou a poltrona de amamentação. “Ali, com as luzinhas penduradas na árvore, consigo ficar com a minha filha, relaxar, com uma luz que não incomoda seu sono, mas também me ajuda a circular no quarto”, diz Mari. Outro detalhe funcional são as três gavetas embaixo da cama, que por sua vez, se torna sofá durante o dia para as visitas relaxarem.
Enquanto Mari curte a filha e o novo quartinho, feito em apenas dois meses, ela revela os primeiros momentos como mãe de primeira viagem: “Está sendo deliciosamente cansativo. A maternidade foi uma surpresa para mim, extremamente bem-vinda, um presente. Pode parecer clichê, mas é verdade - é muito mais incrível do que eu imaginava”.
O fotógrafo e designer Dabito é apaixonado por decoração, tanto que é ele mesmo quem cuida dessa parte em sua casa. No hall de entrada, a porta recebe a tonalidade salmão que dita o restante da decoração. Como, por exemplo, o tapete com referência étnica que exibe as cores análogas à porta, amarrando toda a decoração.
Além de acomodar os sapatos, a estante ao lado da entrada, também exibe vasos e plantas lindas que conversam com a vista de fora. A cadeira da BluDot verde, que facilmente se camuflaria na tonalidade das plantas, se não fosse o seu design arrojado e diferente que se destaca no espaço.
O segredo para uma composição acertada como essa, é ter equilíbrio no uso das cores e peças. E claro! Muito verde!
Impossível não perceber o aumento de consumo e, consequentemente, de produção de séries no mundo. No Brasil, o cenário não é diferente. E, graças a Lei da TV Paga (2012), que, de acordo com a ANCINE, propõe remover barreiras à competição, valorizar a cultura brasileira e incentivar uma nova dinâmica para produção e circulação de conteúdos audiovisuais produzidos no Brasil, esse crescimento é ainda mais perceptível para nós. Com o objetivo de fomentar ainda mais esse mercado, o Instituto NET Claro Embratel e a Casa Redonda apresentam a terceira edição do NETLABTV, que acontece dia 18/04, em São Paulo.
“Buscamos falar sobre os desafios de criação de séries no país, o que mudou no cenário, o que já alcançamos de 2012 para cá, quais são os conteúdos-chave e outros temas importantes de promover o debate”, comenta Minom Pinho, curadora do evento à frente da Casa Redonda. Além disso, ela destaca o poder do relacionamento internacional, principalmente entre países da América Latina, quanto à produção cinematográfica. Por isso, também selecionaram nomes argentinos para participar das conversas e masterclasses, como Patrício Veiga, roteirista de Pacto de Sangue à frente da escola El Laboratório de Guión, em Buenos Aires.
O roteiro também é foco desta edição do NETLABTV: “Precisamos falar sobre educação, formação de roteiristas. Temos iniciativas bacanas, porém escassas, por aqui. Isso é uma questão delicada que enfrentamos, para além do mercado de séries”, explica Minom. Portanto, o tema do Diálogos Gigantes (às 11h30) será em torno das iniciativas de impacto na formação de roteiristas, com participação de David França Mendes, José Carvalho, Roberto Moreira, Patricio Vega, a própria Minom Pinho, mediado por Ricardo Tiezzi.
Não podemos esquecer, porém, de enaltecer tudo o que aconteceu nos últimos seis anos de criação e produção nacional. “Isso tudo é muito bem-vindo para os ativos nacionais, circula internamente e valoriza o local cada vez mais”, diz a curadora. Criar histórias com temas que sejam regionais, mas com uma pegada global, que converse com o mercado exterior de alguma forma, abrindo a possibilidade de circular em outras plataformas, é o grande forte do Brasil. “Tudo isso é fruto do amadurecimento que estamos vivendo aqui. Éramos pessoas de novela e agora estamos migrando para as séries, mas temos que lembrar sempre o quão diferente esses dois mundos são”, completa Minom.
Breno Silveira, autor da 1 Contra Todos, série mais vista da FOX e indicada ao Emmy, é um dos cases de sucesso que estará presente no dia do evento. “No Brasil, as séries surgem em um momento muito positivo, porque o mercado está interessado. Antes eu demorava de 4 a 7 anos para captar recursos para fazer um filme, no mercado de séries tudo acontece num piscar de olhos”, comenta o cineasta, que já está com a quarta temporada de 1 Contra Todos e outro projeto com o canal FOX engatados. Nas suas palestras, ele espera poder inspirar outros criativos a entrarem neste mercado, com qualidade como o principal diferencial. “Temos que nos preparar competitivamente para o que está vindo de fora”, diz ele referindo-se a presença de grandes canais internacionais no país, como a Amazon e a Netflix.
O momento no Brasil é novo, de conteúdo de fôlego, com temporadas sendo renovadas. Contudo, “precisamos olhar para isso de maneira acessível, justificando a gratuidade do evento. Assim conseguimos abrir a possibilidade de novos nomes terem contato com pessoas do mercado audiovisual, sem barreiras”, fala a curadora. O laboratório do evento, por exemplo, selecionou 12 trabalhos de 785 inscritos, que serão premiados nas categorias de Não Ficção, Ficção e Social Video, com roteiristas de várias partes do país. Com o storytelling comandando todas as áreas profissionais, é difícil evitar a mania de séries entre o público. “É a nossa chance de produzir conteúdo democrático”, finaliza Minom Pinho.
Seminário e Masterclasses NETLABTV
Local: Unibes Cultural
Endereço: Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré, São Paulo
Horários: Dia 18 de abril, quarta-feira, a partir das 10h
Inscrições gratuitas | Vagas: 200 lugares Confira a programação completa
Paris, na França, vai ganhar uma vila vertical em um projeto feito pelos designers Sou Fujimoto, Nicolas Laisné e Dimitri Roussel. De acordo com o Dezeen, o arquiteto japonês colaborou com os franceses para projetar o complexo que será construído quase que inteiramente de madeira no subúrbio de Rosny-sous-Bois.
Os desenvolvedores do projeto, chamado Vertical Village, são La Compagnie de Phalsbourg e REI Habitat e vão criar uma estrutura de madeira de 17 andares, com apenas um núcleo sustentação de concreto, além do andares inferiores, que incluem um estacionamento de dois andares, que também será de concreto.
Os dois edifícios são conectados por uma ponte com colunas brancas, amplas fachadas de vidros e muitas varandas com plantas.
A vila de 28.200 metros quadrados incluirá 5.300 m²de escritórios e 17.000 metros quadrados de residências - dos quais 5.000 m² serão habitações sociais. A área comum conta com um espaço de 6.000 m² e incluirá praça de alimentação, creche, centros comunitários e um bar na cobertura.
O complexo ainda terá um centro esportivo com paredes de escalada, campo de futebol, padel, além de uma academia. Segundo a publicação, a ideia é promover o rejuvenescimento do subúrbio de Paris.
A primeira ponte de aço do mundo a ser impressa em 3D está prestes a ver a luz do dia. A estrutura, projeto da empresa MX3D, vai ser instalada na zona portuária de Nederlandsche Dok en Scheepsbouw Maatschappij (NDSM), em Amesterdã, na Holanda.
As peças da ponte metálica foram impressas a partir de robôs industriais com mecanismos especializados. Com patrocínio da multinacional tecnológica Autodesk, o projeto e construção duraram cerca de 18 meses, o que resultou num tabuleiro de 12,5 metros de comprimento e 6,3 metros de alrgura. “O objetivo do projeto MX3D Bridge é mostrar as possíveis aplicações da nossa tecnologia de impressão 3D em vários eixos”, diz a empresa em comunicado.
Foram necessários quatro robôs, 1100 km de cabos de aço inoxidável e seis meses de impressão para construir a estrutura sinuosa e ondulada de 4 toneladas. “É um pouco como estar em uma história de ficção científica, porque parece muito diferente de tudo que existe por aí. Trabalhamos em um estaleiro altamente industrial, onde tudo é de forma geométrica, mas essa ponte não tem uma única linha reta”, explicou o designer do ponte, Joris Laarman, em entrevista ao Gizmodo.
A primeira casa de Donald Trump, atual presidente dos EUA, está de volta ao mercado. A mansão, localizada em Greenwich, Connecticut, pode ser adquirida por US$ 45 milhões (pouco mais de R$ 154 milhões, de acordo com a cotação do dólar atualmente).
Em 2015, o imóvel, que foi comprado por Trump em 1982 por US$ 4 milhões, foi colocado à venda por US$ 54 milhões – quase dez a mais do que o pedido atualmente. Os atuais donos da propriedade a compraram de Ivana Trump. Ela e Donald se separaram em 1991, Ivana ficou com a casa por decisão judicial e, em 1998, vendeu-a por U$S 15 milhões.
A casa tem 1840 m², e uma extensa lista de espaços de lazer: piscina, campo de golfe, quadras de tênis, um pequeno lago e diversos jardins. Donald Trump é empresário e investidor, conhecido por seus negócios no ramo imobiliário. Sua fortuna é estimada, atualmente, em U$S 3.1 bilhões.
Rafael Nadal não inspira apenas os aficionados por esportes. Agora o tenista tem uma suíte que leva seu nome no Monte-Carlo Bay Hotel @ Resort, em Mônaco, na França. A inauguração, que contou com a presença do Príncipe Albert II, aconteceu durante a 112ª edição do Rolex Monte-Carlo Masters e no 90º aniversário do Monte-Carlo Country Club.
Com uma decoração voltada à carreira do jogador, a suíte tem 92m² e fica de frente para o mar. Os adornos incluem objetos como sua raquete, camiseta, e tênis que o ajudaram a vencer, além de outras fotos imortalizando suas 10 vitórias nas quadras de saibro em Mônaco.
“Rafael Nadal é um hóspede prestigiado e particularmente querido e aguardado pelo hotel. Ele engloba todos os valores nos quais acreditamos: buscar a superação de si próprio, humildade e simplicidade. Nós, portanto, queremos mostrar nosso respeito e homenageá-lo dando seu nome à essa suíte. Ele modestamente aceitou, e só podemos agradecê-lo por isso", disse Frédéric Darnet, gerente geral do resort.
A edição 2018 do Salão do Móvel de Milão começou nesta terça (17/04) e levou milhares de amantes do design e profissionais da área para os mais de 20 pavilhões que reúnem os lançamentos das marcas de móveis mais importantes do mundo. Dentre cadeiras, poltronas e cenografias caprichadas, surge predominante uma paleta de tons quentes e impactantes, porém com saturação e brilho medianos que confirma o que a Casa Vogue já havia afirmado: a paleta do momento traz as cores modernistas eternizadas por Le Corbusier.
Mas entre esses tons, alguns se destacam. Em primeiro lugar, os avermelhados surgem soberanos, cobrindo ambientações inteiras ou peças de mobiliário com nuances que vão desde o vermelho vibrante até o rosa terroso (diferente do Millennial Pink, que finalmente parece estar deixando os holofotes), passando por beringelas profundos e burgundys.
Os amarelos dourados e ocres também surgem com força total, pincelando energia no universo da decoração, mas sem extrapolar. A cor, que costuma afugentar os mais conservadores por sua energia, aparece mais fechada, elegante e com um perfume vintage.
Outra cartela que não pode ser ignorada são os tons pastel. Por uma demanda do mercado, essas cores que remetem ao conforto visual pintam com leveza móveis que antes exibiam a sobriedade do preto e do cinza. Mas vale lembrar que, diferentemente das candy colors que reinaram alguns anos atrás, os azuis, verdes e rosas clarinhos do momento são menos saturados e não deixam de lado a sofisticação
Para entremear esta paleta de cores predominantemente quentes, surgem os tons terrosos que já permanecem no hall das tendências por algum tempo e os alaranjados. E para criar um efeito de contraste, o preto, combinação sugerida por Li Edelkoort em entrevista para a Casa Vogue. Veja abaixo algumas imagens dos produtos lançados no Salão do Móvel de Milão 2018!
“Esta coleção é baseada na necessidade humana básica de estar cercada de sinais que lembram a natureza”, explica o designer Philippe Starck, que vê no Salão do Móvel de Milão 2018 os primeiros produtos criados por ele para a Kartell, agora usando como base a madeira.
Foram cerca de 30 anos de pesquisa até que a marca, autora de boa parte de seus produtos em plástico, conseguisse fabricar poltronas com outra matéria prima. Mas, hoje, graças a uma patente especial, a madeira é usinada com um molde que estende seu limite de curvatura e possibilita a criação de estruturas sinuosas, como os encostos das cadeiras criadas por Starck.
Com nomes que fazem referencia à realeza, a Kartell lança três novas poltronas no Salão do Móvel de Milão deste ano: a Kingwood, Queenwood e a Princesswood. Todas com encosto feito com uma folha de jacarandá com assentos ou pés ainda em plástico.
Segundo a marca a coleção batizada de Woody não só atende ao clamor do público por itens que tragam mais conforto, aconchego e elementos naturais, mas também simboliza o momento no qual “o material mais tradicional encontra a alta tecnologia da Kartell”. E vocês, o que acharam desta nova dupla?
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