Assistir um filme a dois não significa que ele precisa ser sempre sobre relacionamentos ou do gênero “comédia romântica”. Curtir uma obra bem escrita, dirigida e atuada ao lado do seu/sua companheiro(a) pode render boas conversas pós-filme num restaurante, café ou mesmo em casa. Por isso, fizemos uma lista que abrange todos os gêneros para todos os gostos, de dramas a ficção científica, com sugestões de terror (por que não?) e animações. Confira abaixo 40 filmes incríveis para curtir a dois no Dia dos Namorados:
Me chame pelo seu nome
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Itália, calor, natureza, rios. É dessa fórmula que o cenário de Me Chame pelo seu Nome se transforma no perfeito palco para um romance entre dois jovens. 1983 - Elio (Timothée Chalamet) vive com a família em uma daquelas casas antigas e cheias de charme, com janelas enormes e um quintal de dar inveja em qualquer um. Seu pai, Mr. Perlman (Michael Stuhlbarg), é um antropologista que convida um aluno por verão para ficar hospedado em sua casa por seis semanas, acompanhando seus estudos e auxiliando nas pesquisas de cada formando. Nesta temporada, Oliver (Armie Hammer) é o escolhido: um americano estudioso que tem temperamento destoante dos costumes da casa. No filme, os dois atores têm uma química incontestável, atuando muito bem juntos nesta paixão de verão (literalmente). A trama também apresenta um erotismo pontual, sem cenas de sexo desconfortáveis (alô, Azul é a Cor Mais Quente), que dá o tom do filme.
+ Casa do filme “Me chame pelo seu nome” está à venda
Amor à flor da pele
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Dirigido por Wong Kar-Wai, Amor à flor da pele faz parte de uma trilogia não oficial do diretor chinês, que também tem Ah fei zing zyun e 2046. A história de amor, premiada em diversos festivais, incluindo Cannes em 2000, acompanha Chow e Su Li-zhen. Ele é editor-chefe e ela sua secretária, e ambos desconfiam que seus respectivos cônjuges estão sendo infiéis. Um corpo que cai, de Alfred Hitchcock, inspirou o diretor, que por sua vez teve um papel muito importante na vida de Sofia Coppola, ao criar Encontros e Desencontros.
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Wildlife
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Uma família de três pessoas, uma cidade pacata em Montana, nos Estados Unidos, década de 1960: esse é o contexto onde Paul Dano estabelece o drama de Wildlife, sua estreia na direção. O ator, mais conhecido por fazer o irmão autista de Pequena Miss Sunshine, traz toda a sua sensibilidade profissional para trás das câmeras e retrata um relacionamento afetivo em decadência usando a natureza como metáfora. O roteiro é baseado no livro homônimo de Richard Ford, e foi escrito por Dano e Zoe Kazan. Jake Gyllenhaal é Jerry Brinson, “faz tudo” em um clube de golfe, marido e pai no contexto familiar. Ele perde seu emprego logo nos primeiros minutos do filme, o que, no começo, não parece ser um grande problema para sua esposa Jeanette (Carey Mulligan). Porém, tudo parece desmoronar a medida que um incêndio natural que afeta parte da cidade onde vivem piora. Ela quer voltar a trabalhar para ajudar nas finanças da casa enquanto ele não encontra um emprego. As desavenças em relação ao assunto pipocam em diálogos intensos e incrivelmente dirigidos. No meio de tudo isso tem o filho adolescente, Joe (Ed Oxenbould), testemunha da falência afetiva entre seus pais e vítima da imaturidade de ambos para lidar com o começo do fim.
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Encontros e desencontros
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Um dos melhores filmes de Sofia Coppola, Encontros e Desencontros fala sobre as diversas formas de amor e falhas que um relacionamento pode ter (tanto amoroso, quanto de amizade). Scarlett Johansson é Charlotte, uma jovem mulher que vai até o Japão acompanhar seu marido fotógrafo em um trabalho. Abandonada por ele na cidade, ela acaba fazendo amizade com Bob Harris (Bill Murray), um ator de meia-idade que está em Tóquio para fazer uma campanha publicitária de uma bebida local. O filme trata sobre vazios emocionais, expectativas, amizade, ternura.
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Carol
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O sutil drama dirigido por Todd Haynes, protagonizado por Cate Blanchett e Rooney Mara, fala sobre um amor entre duas mulheres em 1950. O roteiro é baseado no livro The Price of Salt, de Patricia Highsmith, e conta como um relacionamento lésbico era visto como tabu na época. A grande questão é mostrar como um sentimento tão lindo não pode ser demonstrado em público pelo fato de não seguir os padrões impostos pela sociedade. A ambientação é toda feita em Nova York, com direção de arte e figurino deslumbrantes. Destaque também para a sensibilidade do diretor em retratar a paixão que vira amor das protagonistas, em cenas extremamente delicadas, profundas e impactantes. Não há exageros, lugares comuns ou estereótipos.
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La la land
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Além das atuações de destaque de Emma Stone e Ryan Gosling, da direção e roteiro de Damien Chazelle, e a trilha sonora, o set design de La La Land é um charme a parte, que merece tanto reconhecimento quanto às categorias anteriores. Para contar a história do casal Mia (Emma Stone), uma aspirante à atriz, e Sebastian (Ryan Gosling), um músico de jazz, Chazelle investiu no formato mais clássico de musical, inspirado pelos icônicos filmes de 1940, 50 e 60. O cenário, portanto, fala, canta e dança quase que sozinho. Apesar de ser animado, divertido e inspirador, o final é avassalador. Ninguém termina o filme sem derramar uma lágrima.
Moonlight
Vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017, Moonlight é uma desconstrução social lindíssima. Além de tratar da comunidade negra nos Estados Unidos, o diretor Barry Jenkins apresenta com delicadeza o amor entre dois amigos de infância, que se distanciam por escolhas da vida. A atuação do elenco é brilhante e preenche os personagens de forma encantadora. Destaque também para a fotografia de James Laxton.
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Mudbound
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O filme dirigido por Dee Rees (ela escalou só mulheres para a trabalhar neste longa) se passa durante a Segunda Guerra Mundial, no Mississippi. São várias histórias que correm em paralelo sobre os diversos personagens, que se convergem em vários momentos, tudo baseado no livro homônimo de Hillary Jordan. A luta de fazendeiros locais pela sobrevivência, a postura da mulher dentro de casa, a relação de famílias e, principalmente, o racismo de um povo que ainda tratava os negros como escravos são alguns dos temas que podemos absorver de um filme tão intenso quanto este. Em uma narrativa politizada, Dee Rees nos entrega a visão de um negro sobre o racismo (ponto crucial do filme) a partir da amizade de dois jovens que voltam da guerra vitoriosos pelo seu país - o branco, venerado, e o negro, inconformado com a falta de igualdade racial nítida na região. Mais um filme que, por mais que seja ambientado em outra época, nos faz questionar as nossas ações e posturas atuais.
Aquarius
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Respeito, admiração, consciência… São tantas coisas que Kleber Mendonça Filho nos ensina com seu maravilhoso e necessário Aquarius. Protagonizado por Sônia Braga, o longa brasileiro usa como pano de fundo a especulação imobiliária para tratar de temas sociais e pessoais de uma forma singela e poética.
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Amantes eternos
Jim Jarmusch é aquele diretor que sabe subverter (ou reinventar) qualquer gênero cinematográfico. Para Amantes Eternos, uma história de amor entre dois vampiros que perdura pela “eternidade”, ele tira qualquer senso comum do que estamos acostumados a ver em filmes com a temática vampiresca. O relacionamento de Eve (Tilda Swinton) e Adam (Tom Hiddleston) perdura pelas eras, porque eles encontraram uma forma ideal de se relacionar - e mesmo distantes, eles conseguem preservar esse sentimento intenso e mútuo. O figurino e a cenografia também são incríveis e merecem toda a sua atenção.
O Piano
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Vencedor da Palma de Ouro em Cannes e do César, por Melhor Filme Estrangeiro, em 1994, o longa conta a história de Ada McGrath (Holly Hunter), uma jovem muda, e sua filha Flora (Anna Paquin), após a ida de ambas para a Nova Zelândia recém-colonizada. Delicado, sutil e profundo, o drama fala sobre amor, respeito e desconstrução social. O Piano também rendeu às atrizes Holly Hunter e Anna Paquin Oscar, BAFTA e Globo de Ouro nas categorias de Melhor Atriz e Melhor Atriz Coadjuvante, respectivamente, além de Melhor Roteiro Original, no Oscar de 1994.
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A Favorita
Se você assistiu O lagosta ou O sacrifício do cervo sagrado, sabe que normalidade não é o foco do diretor grego Yorgos Lanthimos. Para A Favorita, o seu 11º filme, ele traz um retrato nada convencional da monarquia inglesa do século 18, com seus ares indie-perturbador-questionador. Olivia Colman é a rainha Anne, que tem Lady Sarah Churchill, a Duquesa de Marlborough (Rachel Weisz), como sua conselheira e amiga pessoal. Após a chegada de Abigail Masham (a brilhante Emma Stone), a relação entre as duas estremece, porque há uma nova “favorita” na história. A Favorita é uma mistura de sedução com sordidez, regada de comidas e bebidas deslumbrantes, em personagens vestidas como um monumento histórico.
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Annie Hall
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Woody Allen é o mestre da comédia inteligente, com diálogos ácidos e personagens brilhantes. Apesar de muitos de seus filmes serem excelentes para ver a dois - pense em Manhattan, Café Society, Blue Jasmine… -, Annie Hall é sua grande obra prima, na qual explora a quebra da quarta parede como em nenhum outro. Woody é o protagonista, Alvy Singer, um judeu divorciado que trabalha como roteirista de TV e stand up comedy. Ele se apaixona por Annie Hall, uma jovem mulher que está tentando a carreira de cantora em uma Nova York extremamente competitiva. Apesar de parecerem perfeitos um para o outro, ao se mudarem para um apartamento típico da cidade (um loft de cair o queixo), o relacionamento apresenta alguns entraves - tratados com um tipo de humor maduro.
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Acossado
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Belíssimo filme de Jean Luc-Godard, Acossado é um presente para a história do cinema e para qualquer repertório fílmico. Um dos expoentes da Nouvelle Vague, movimento cinematográfico francês que contrapunha com as extravagâncias de Hollywood, o filme acompanha de uma forma despretensiosa o relacionamento Patricia Franchini (Jean Seberg) e Michel (Jean-Paul Belmondo). Antes amigos, eles se tornam amantes após se encontrarem em Paris. O filme é também uma forma de apreciar as belezas da cidade histórica, assim como as aventuras da vida. Divertido e pede um vinho.
A Primeira Noite de um Homem
Apesar do título em português ser bem ruim e não representar muito o que é o filme, The Graduate (no título original) usa o humor para falar sobre um jovem recém-formado na faculdade que, por pressão da família, precisa “dar um jeito” na vida. Benjamin (novíssimo Dustin Hoffman) acaba sendo seduzido pela Mrs. Robinson (e sim, a música é deste filme), uma mulher mais velha de quem vira amante, mas acaba se apaixonando por sua filha. Além da atuação de Dustin, o filme se destaca pela narrativa frenética e humorística, e pela trilha sonora impecável.
Forrest Gump: O Contador de Histórias
![FORREST GUMP, Robin Wright, Tom Hanks, 1994 (Foto: Divulgação) FORREST GUMP, Robin Wright, Tom Hanks, 1994 (Foto: Divulgação)]()
Apesar de ser um filme mais longo do que o comum, Forrest Gump é tão bom que você nem percebe a hora passar. Tom Hanks é Forrest, um menino do interior dos Estados Unidos que possui um raciocínio mais lento do que o comum. Apesar disso, ele é sempre esforçado e enxerga a beleza nos outros, não importa o que elas façam. O filme fala sobre o amor em todas as suas formas de expressão, seja na família, por amigos ou pelo companheiro.
Moonrise Kingdom
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Qualquer filme de Wes Anderson é uma aula sobre o amor. Mas este fala do florescer do amor entre adolescentes, o quanto o sentimento puro e sincero pode gerar aventuras das mais inspiradoras. Suzy e (Kara Hayward) e Sam (Jared Gilman) vivem em uma ilha afastada das “coisas ruins” do mundo, mas para viverem o amor sincero que sentem um pelo outro decidem fugir de casa. Moonrise Kingdom, claro, ainda fornece ao espectador todo um mergulho na estética inconfundível de Wes Anderson. Não tem como não morrer de amores!
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Toc Toc
A comédia espanhola dirigida por Vicente Villanueva, disponível na Netflix, acompanha um grupo de pacientes diagnosticados com TOC - Transtorno Obsessivo-Compulsivo e o encontro de todos na sala do psiquiatra.
FICÇÃO CIENTÍFICA E FANTASIA
2001
Uma história sobre o todo, sobre tudo, sobre o uno, sobre o nada. Stanley Kubrick nos presenteou com um dos filmes mais incríveis para quem gosta do sci-fi com fundo psicanalítico, abordando temas sociais e interpessoais em uma narrativa “viagem” sobre o ser humano ao longo da história. É para os casais que estejam dispostos a embarcar na piração magnífica.
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Blade Runner
Tanto o primeiro, quanto o segundo (Blade Runner 2049) são ótimos filmes para pensar sobre o amor. A estética noir pós-apocalíptica de Blade Runner retrata uma sociedade destruída física e moralmente, que enfrenta as consequências do consumo exacerbado, da poluição e da necessidade de colonização de outros planetas. Rick Deckard (Harrison Ford) é um ex-policial caçador de androide que precisa detectar replicantes infiltrados na Terra. Ao ser apresentado pela assistente do chefe, Rachael (Sean Young), que é uma replicante em experimento, eles se apaixonam. O resto é história, semiótica e muito choro.
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Harry Potter
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Toda a saga criada por J.K. Rowling é uma ode ao amor em suas diversas formas de expressão. Porém, os últimos filmes - Harry Potter e o Enigma do Príncipe, e Harry Potter e as Relíquias da Morte I e II - demonstram isso ainda mais nas narrativas. O amor de mãe, de amigos, de namorados, de amantes e por aí vai. Revisitar esse clássico da adolescência pode ser uma ótima pedida para a noite a dois - ainda mais se ambos forem fãs dos filmes.
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Apagados
Dirigido por Claire Carré, Apagados é um filme distópico sobre uma sociedade que sobrevive a uma pandemia global. A busca por sentido na vida, nas ações e nas relações norteia os personagens da trama. O afeto se torna uma ferramenta de extrema importância nessa luta pela sobrevivência, física e mental.
Rogue One: Uma História Star Wars
Um dos spin-offs da franquia de George Lucas, Rogue One: Uma história de Star Wars acompanha um grupo de combatentes da Aliança Rebelde, que se reuniram para roubar os planos da Estrela da Morte e evitar o desastre galáctico. É um dos spin-offs mais bem feitos do cinema, com uma história inspiradora e totalmente condizente com o contexto Star Wars.
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Dunkirk
Repetindo a fórmula e o duo de Interstellar, Christopher Nolan convidou novamente o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema para este filme sobre a história real, durante a Segunda Guerra Mundial - em 1940, a Alemanha avança rumo à França e cerca as tropas aliadas nas praias de Dunkirk. Conhecido por querer sempre se superar quando o assunto é experiência visual, Nolan não deixou de lado sua fama – e Hoytema cumpriu a missão muito bem. Sem um personagem humano principal, a câmera se torna o protagonista que passa pelos conflitos em terra, na água e nos ares, com os diferentes militares e civis presentes na trama. Tudo é muito amplo e com muita qualidade. “A grande questão para nós era: como fazer algo que os espectadores estivessem mergulhados na situação e sentissem o que cada personagem sentia”, comentou o diretor de fotografia.
Capitão América
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Misturando ação com histórias de guerra, o primeiro filme do Capitão América é um dos mais legais da franquia da Marvel. Steve Rogers é um jovem pequeno, magrelo e sem jeito, mas mesmo assim se alista para o exército. Ali, sob vigia de superiores, passa a interessar à diretoria para um processo de experimentos que viriam a criar um super soldado, ou o Capitão América. Além de ação, lutas, guerras, temos também um amor profundo entre Rogers e Peggy Carter (Hayley Atwell) - personagem esta que inspirou a série Agent Carter. A história continua na sequência Capitão América: Soldado Invernal e Capitão América: Guerra Civil. Dá até para maratonar se o casal for fã da Marvel.
A Hora Mais Escura
![Stationed in a covert base overseas, Jessica Chastain plays a member of the elite team of spies and military operatives who secretly devoted themselves to finding Osama Bin Laden in Columbia Pictures' electrifying new thriller directed by Kathryn Bigelow, (Foto: jonathanolley.co.uk) Stationed in a covert base overseas, Jessica Chastain plays a member of the elite team of spies and military operatives who secretly devoted themselves to finding Osama Bin Laden in Columbia Pictures' electrifying new thriller directed by Kathryn Bigelow, (Foto: jonathanolley.co.uk)]()
Dirigido por Kathryn Bigelow e protagonizado por Jessica Chastain, A hora mais escura é baseado em fatos reais e acompanha a agente da CIA Maya, responsável pela captura de Osama Bin Laden, o homem mais procurado do mundo. Muito além de um filme que enaltece o governo norte-americano, este longa-metragem aborda questões de sexismo na profissão de agente e as dificuldades psicológicas enfrentadas pela personagem principal nesta missão tão importante.
Missão: Impossível - Efeito Fallout
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Se você acha que já viu de tudo em filme de ação, acho melhor assistir Missão: Impossível Efeito Fallout antes de tirar qualquer conclusão. O sexto filme da franquia protagonizada por Tom Cruise dá até falta de ar. A direção de Christopher McQuarrie acompanha muito bem as loucuras e acrobacias que Cruise faz sem usar dublês, ressignificando alguns dos clichês mais óbvios dos filmes do gênero. Não posso deixar de ressaltar o excelente trabalho do diretor de fotografia, Rob Hardy, que entre tantas sequências frenéticas em ruas lotadas, em telhados de prédios ou até saltando de um avião, conseguiu manter a unidade visual do longa. Acompanhado, claro, do designer de produção Peter Wenham, que nos dá uma nova visão dos pontos turísticos mais emblemáticos de Paris e Londres. Aqui, é importante notar a evolução visual da franquia. Diferente de 007, que sempre teve uma estética afiadíssima, Missão: Impossível sempre entregou muitas cenas de ação e roteiros excelentes, mas a direção de arte e fotografia ainda não tinham alcançado o seu máximo potencial. Felizmente, neste último isso acontece, mostrando como deixar o espectador impactado com cenas de ação muito bem ensaiadas e gravadas, com uma história consistente. Portanto, sai do senso comum e se torna uma referência ótima de como usar a estética a seu favor, tirando a imagem que muita gente tem diante de filmes de ação, normalmente tachados de vazios e óbvios.
+ Cinema e arquitetura: os prédios mais icônicos de ‘Missão: Impossível’
Mulher Maravilha
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Um dos bons filmes da DC, Mulher Maravilha conta a história sobre essa super-heroína semi deusa que auxilia na Segunda Guerra mundial e luta contra os nazistas. É ótimo para ver uma boa dose de girl power para dar uma variada nos clichês masculinos de super herói. O filme ainda foi o primeiro com um grande orçamento (que não chega nem perto dos que vão para os homens) dirigido por uma mulher, Patty Jenkins.
+ Com “Mulher Maravilha” e Sofia Coppola, o cinema finalmente dá um passo para a igualdade de gênero
Dois coelhos
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Escrito e dirigido pelo brasileiro Afonso Poyart, este filme fala muito sobre o poder público do país e os níveis de corrupção que acabam prejudicando as pessoas mais pobres. Envolvido em uma sinuca de bico, Edgar (Fernando Alves Pinto) decide fazer justiça com as próprias mãos, colidindo criminosos com corruptos em uma ação mais do que bem ensaiada. O filme é cheio de ação, perseguição policial e paixão entre o protagonista e sua companheira Júlia (Alessandra Negrini).
Em ritmo de fuga
Edgar Wright adora criar narrativas inspiradoras, não importa qual o roteiro do filme. Isso porque ele usa das próprias características do cinema para auxiliar na contagem da história, fazendo uma metalinguagem “ao vivo”. Em Ritmo de Fuga, Baby (Ansel Elgort) é um motorista freela que ajuda um grupo de criminosos a sair impune dos assaltos, já que dirige tão bem. As coisas começam a dar errado, quando um plano muito ambicioso divide os membros do grupo. A cena de abertura é brilhante e o resto do filme é tão eletrizante quanto.
Corra!
Filme de estreia do genial Jordan Peele, Corra! é um filme de terror único (talvez o diretor tenha criado um subgênero dentro da categoria). Com um discurso bem politizado, ele acompanha o relacionamento interracial de um casal jovem: Chris (Daniel Kaluuya) vai conhecer os pais da namorada Rose (Allison Williams) e, sem querer, descobre um segredo macabro que o prende na situação. Não dá para descrever muito, se não estraga a experiência do filme. Mesmo que você não goste de filmes de terror, esse não é muito convencional e talvez seja uma ótima aposta para confiar no gênero.
+ A beleza perturbadora em ‘Nós’, de Jordan Peele
Carrie: a estranha
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Tanto a versão de 2013, dirigida por Kimberly Peirce, quanto a de 1976, de Brian De Palma, são incríveis e tem roteiro baseado no livro de Stephen King. Carrie é uma adolescente sensível e introspectiva, que não possui muitos amigos na escola, mas acaba sofrendo bullying dos colegas de classe. Após descobrir que possui poderes telecinéticos, ela usa o baile de formatura para humilhar todos aqueles que sempre a fizeram mal.
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Deixa ela entrar
Com uma narrativa similar ao filme Carrie, este longa sueco de Tomas Alfredson conta sobre a amizade entre duas crianças que são vizinhas. Oskar tem 12 anos e sofre com o bullying na escola, mas se apaixona pela amiga que mora ao lado. Depois de um tempo que eles mantêm a amizade, o menino cria forças para enfrentar seus medos, mas depois descobre que a amiga possui um segredo sobrenatural.
O animal cordial
Dirigido pela brasileira Gabriela Amaral, este filme se passa em um restaurante de classe média, que após uma tentativa de assalto, o dono Inácio (Murilo Benicio) e a garçonete Sara (Luciana Paes) precisam lidar com os funcionários e com toda a situação, usando uma forma de controle no esquema de um slasher movie. É intrigante e o suspense é levado nas alturas.
Homem aranha no aranhaverso
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Vencedor na categoria de melhor animação no Oscar 2019, desbancando o reinado Pixar/Disney, Homem-aranha no aranha verso, dirigido por Bob Persichetti, Peter Ramsey e Rodney Rothman, traz um novo homem-aranha para protagonizar a narrativa pós Peter Parker: Miles Morales é também picado por uma aranha geneticamente modificada. Só que dessa vez, por conta de experimentos comissionados pelo Rei do Crime, ele precisa enfrentar as consequências de múltiplas realidades convivendo com o mesmo presente que ele (situação que dá nome ao filme). Portanto, outros "homens-aranhas" de realidades paralelas surgem para auxiliá-lo em sua descoberta pessoal e para resolver o problema causado por Wilson Fisk. Além de ser incrivelmente fiel aos quadrinhos, Homem-aranha no aranha verso explora tudo o que a tecnologia da animação oferece hoje ao cinema, sem deixar de lado as iconografias que tornaram as histórias em quadrinhos tão populares. O roteiro consistente carrega piadas genuínas e cenas de ação que só poderiam ser feitas nesse formato. A tela ora parece um filme convencional ora parece um quadrinho, literalmente, com intervenções escritas, balões com os pensamentos dos personagens, frames cortados em sequência… Enfim, um show a parte. Para se divertir!
Os incríveis
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Nada mais divertido do que assistir uma animação com conteúdo e um roteiro bem feito. Os Incríveis 1 e 2 pode ser um combo de risadas garantidas, com uma história que gira em torno de super heróis que foram aposentados a força pelo governo, mas voltam a ativa escondidos. Todos os personagens são ótimos e a continuação, lançada 10 anos depois da primeira, faz jus aos tempos contemporâneos. A família Pêra é muito carismática e a trama ainda acompanha um pano de fundo arquitetônico de tirar o fôlego. Charles e Ray Eames James, A. Quincy Jones, o movimento De Stijl, entre outras referências dos anos 1960 permeiam a direção de arte dos filmes. Ou seja, além de rir bastante, você ainda aprende um pouco sobre arquitetura e arte.
+ A arquitetura em 'Os Incríveis 2'
Viva a vida é uma festa
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Esse é daqueles filmes que nos mostra o quanto não temos maturidade para ver os desenhos da Pixar/Disney Studios. Sensível e fantástico, a animação vencedora do Oscar utiliza o tradicional feriado mexicano do Dia dos Mortos como pano de fundo para a história de Miguel Rivera e a sua jornada ancestral em busca de explicações para o seu gosto e talento musical. Assim como inúmeros outros filmes da Pixar, "Coco" não deixa a desejar um segundo quanto ao processo de criação dos dois universos nos quais o filme se passa: o mundo dos vivos e o dos mortos. "Nós sentimos uma grande responsabilidade com o povo mexicano, não podíamos retratar nada errado", diz a designer de produção Harley Jessup. Não preciso nem dizer o tamanho da pesquisa prévia que a equipe visual teve que fazer para conseguir reproduzir esse feriado tão importante na cultura do México. As pétalas de tagetes (marigold), por exemplo, são usadas para guiar os ancestrais até as residências – elas também formam as pontes que ligam os dois universos – e se tornam um dos elementos-chave da trama. Não à toa, cada cena é um convite para liberar emoções internas que você jamais pensaria em ter. E um mundo mágico acompanhado de um roteiro tocante, para todas as idades – como a Pixar gosta de fazer.
+ 10 animações para ver em família
Up Altas Aventuras
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Como dizem muitos memes na internet, a Pixar conseguiu fazer uma história de amor em cinco minutos melhor do que qualquer coisa que você tenha vivido. E é verdade. Este filme encantador acompanha o senhor de 78 anos Carl Fredricksen na sua aventura pessoal para lidar com o luto da perda de sua esposa e amor de sua vida (lágrimas escorrem). Na tentativa de fugir da cidade, transformando a sua casa em um balão e voando pelos ares até chegar na América do Sul, ele ganha a companhia do jovem escoteiro Russell. No fim das contas, o filme se torna uma lição de moral para tantas outras coisas da vida, que se torna uma dessas obras atemporais e necessárias de serem vistas - nunca subestime um desenho!
Divertidamente
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Você já imaginou que dentro da sua cabeça vivem outras mini pessoinhas que decidem ou sentem por você? Pois este outro filme da Pixar concretiza essa fantasia em um dos filmes mais sensíveis do estúdio - parece que eles são mesmo craques em fazer filmes infantis para adultos. A menina Riley, de 11 anos, está naquela fase da vida em que sentimentos estão à flor da pele, mas não sabe muito bem como lidar com eles. Na sala de controle de sua mente, um problema acaba afastando a Tristeza e a Alegria, o que causa um reboliço na vida de Riley.
A viagem de Chihiro
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Esta animação chinesa do icônico Studio Ghibli é para ver e rever quando puder. Pode parecer uma grande viagem na primeira vez, mas as lições de vida são sensíveis e extremamente profundas. Chihiro é uma menina que está mudando de cidade com os pais, mas após ambos comerem uma comida em um lugar estranho e se tornarem porcos, ela entra em uma aventura mágica e tenebrosa para tirá-los dessa situação. A jornada metafórica (ou não) do filme é sobre os limites e as fantasias dos reinos espirituais, conhece seres mágicos, e pode ser até comparado com Alice no País das Maravilhas e a transição da infância para a juventude.
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